WASHINGTON - O governo americano lançou um programa nesta segunda-feira, 15, para treinar agentes comunitários importantes em todo o país, a fim de evitar que jovens radicais se integrem ao EI e outros grupos extremistas lutando na Síria e no Iraque. "Hoje, poucas ameaças são mais urgentes do que a ameaça representada pelo extremismo violento", disse o procurador-geral, Eric Holder, em um vídeo sobre o programa.
O Departamento de Justiça, a Casa Branca e outras agências estão iniciando uma série de programas-piloto para unir líderes comunitários, autoridades policiais e outros agentes com a finalidade de desenvolver uma estratégia para combater a ameaça, disse Holder.
Os programas também abrangem professores e profissionais dos ramos de saúde mental e serviços sociais, dando mais apoio e desenvolvendo maneiras de identificar potenciais extremistas, disse um representante com conhecimento do programa. A meta é intervir antes que as pessoas se radicalizem, disse o representante, que não quis ser identificado.
Autoridades policiais dizem ter tido sucesso em esforços semelhantes para combater a violência de gangues, por exemplo, ao treinar professores, assistentes sociais e outros profissionais sobre o que procurar e como esses potenciais militantes são recrutados.
O presidente Barack Obama definiu como parte de sua estratégia contra os jihadistas impedir a ida de americanos radicalizados para tomarem parte de conflitos no exterior. A estratégia inclui uma campanha militar para destruir o grupo.
Obama disse em um discurso na quarta-feira que as autoridades ofereceriam "programas domésticos sob medida para evitar o extremismo violento e a radicalização". Autoridades dos EUA estimaram que até 15 mil combatentes estrangeiros estão operando na Síria, incluindo 3 mil ocidentais, entre os quais 100 americanos.
O Conselho de Segurança da ONU planeja exigir que países combatam o recrutamento de combatentes estrangeiros ao criar leis criminais especificamente sobre o tema, informou a Reuters na semana passada.
A resolução preliminar foi motivada pelo crescimento do EI e da Frente al-Nusra, ala da Al-Qaeda na Síria. / REUTERS