EUA lideram segundo ataque contra os houthis no Iêmen, em meio a temores na escalada do conflito


Rodada adicional de ofensivas teve como objetivo reduzir ainda mais a capacidade dos houthis de realizar mais ataques no Mar Vermelho, de acordo com duas autoridades americanas

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON — Os Estados Unidos realizaram na noite desta sexta-feira, 12, outro ataque contra os rebeldes houthis no Iêmen, segundo duas autoridades norte-americanas. As forças americanas bombardearam uma instalação de radar como parte de um esforço para reduzir a capacidade do grupo apoiado pelo Irã de atingir navios que transitam pelo mar Vermelho.

Este foi segundo dia consecutivo em que as forças armadas dos EUA dispararam contra um alvo houthi, visando proteger rotas de navegação essenciais entre a Europa e a Ásia. Os ataques ocorrem em meio a temores de uma escalada mais ampla do conflito no Oriente Médio.

Aeronaves Voyager da RAF decolam para se juntar à coalizão liderada pelos EUA da RAF Akrotiri para conduzir ataques aéreos contra alvos militares no Iêmen, visando a milícia Houthi apoiada pelo Irã.  Foto: UK MOD/Handout via REUTERS
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As forças houthis no Iêmen prometeram, na sexta-feira, retaliar os ataques anteriores, que envolveram mísseis e aviões de guerra lançados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

O tenente-general Douglas Sims, diretor do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, disse aos repórteres em uma entrevista coletiva antes do novo ataque que o Pentágono estava pronto para uma resposta dos houthis. “Eu esperaria que eles tentassem algum tipo de retaliação”, disse Sims, acrescentando que fazer isso seria um erro. “Nós simplesmente não vamos ser incomodados aqui.”

Um porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, disse em uma postagem na mídia social na sexta-feira que os ataques liderados pelos EUA “não ficarão sem resposta e sem punição”. Ele disse que os ataques anteriores haviam matado pelo menos cinco membros das forças houthis, um grupo armado que controla o norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.

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A resposta dos houthis na sexta-feira foi um único míssil antinavio lançado inofensivamente no mar Vermelho, longe de qualquer embarcação que estivesse passando, disse Sims.

“Não estamos interessados em guerra com Iêmen”

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O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse na sexta-feira que os ataques, ordenados pelo presidente Joe Biden, não tinham a intenção de deflagrar uma guerra regional mais ampla.

“Não estamos interessados em uma guerra com o Iêmen - não estamos interessados em nenhum tipo de conflito”, disse ele. “Na verdade, tudo o que o presidente tem feito é tentar evitar qualquer escalada de conflito, inclusive os ataques de ontem à noite.” Kirby disse que tudo o que os Estados Unidos atingiram foi um “alvo militar válido e legítimo”.

As forças dos EUA e do Reino Unido dispararam na sexta-feira mais de 150 mísseis e bombas contra várias dezenas de alvos no Iêmen, escolhidos especificamente para prejudicar a capacidade dos houthis de colocar em risco a navegação - áreas de armazenamento de armas, radares e locais de lançamento de mísseis e drones - disseram autoridades dos EUA.

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Os ataques marcaram a primeira investida ocidental após repetidos avisos dos Estados Unidos e de seus aliados de que os houthis e o Irã deveriam interromper os ataques no mar ou enfrentar as consequências, apenas para vê-los aumentar.

Apoiadores do movimento Houthi se reúnem para denunciar os ataques aéreos lançados pelos EUA e pela Grã-Bretanha contra alvos Houthi, em Sanaa, Iêmen, nesta sexta-feira, 12. Foto: Khaled Abdullah/REUTERS

Mais de 2 mil navios foram forçados a desviar milhares de quilômetros para evitar o Mar Vermelho, causando semanas de atrasos, segundo autoridades americanas. Na terça-feira, navios de guerra dos EUA e do Reino Unido interceptaram uma das maiores barragens de ataques de drones e mísseis houthis até o momento, um ataque que, segundo os EUA e outras autoridades militares ocidentais, foi a gota d’água.

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Analistas militares na sexta-feira ainda estavam avaliando os resultados da primeira barragem, mas Sims disse que os ataques atingiram seu objetivo de prejudicar a capacidade dos houthis de lançar o tipo de ataque complexo com drones e mísseis que realizaram na terça-feira.

As forças americanas e britânicas atingiram mais de 60 alvos em 16 locais com mais de 100 munições guiadas com precisão em uma primeira onda de ataques, disseram Sims e outras autoridades. Cerca de 30 a 60 minutos depois, uma segunda onda atingiu dezenas de outros alvos em 12 locais adicionais com mais de 50 armas, disseram eles.

As baixas foram provavelmente mínimas devido ao horário e à localização remota de muitos dos alvos, disse Sims. Ele se esquivou de perguntas sobre se os houthis conseguiram retirar as pessoas e os equipamentos do caminho do perigo com antecedência, devido às notícias generalizadas de que os ataques eram iminentes.

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As consequências das tensões no mar Vermelho se espalharam para muito além do Oriente Médio. Vários navios comerciais que se dirigiam ao Canal de Suez mudaram de rota após os ataques liderados pelos EUA. A International Association of Independent Tanker Owners, uma associação comercial, disse que as empresas de navegação foram aconselhadas pela coalizão liderada pelos EUA a evitar o Bab el-Mandeb, o estreito na entrada do mar Vermelho, por “vários dias”.

O Canal de Suez, que movimenta mais de 20 mil navios por ano, proporcionando bilhões de dólares em taxas de trânsito para o Egito, viu o tráfego ser reduzido, pois centenas de navios desviaram suas viagens para evitar o canal e o mar Vermelho, tomando a rota muito mais longa ao redor da ponta sul da África, acrescentando de uma a três semanas./NYT

WASHINGTON — Os Estados Unidos realizaram na noite desta sexta-feira, 12, outro ataque contra os rebeldes houthis no Iêmen, segundo duas autoridades norte-americanas. As forças americanas bombardearam uma instalação de radar como parte de um esforço para reduzir a capacidade do grupo apoiado pelo Irã de atingir navios que transitam pelo mar Vermelho.

Este foi segundo dia consecutivo em que as forças armadas dos EUA dispararam contra um alvo houthi, visando proteger rotas de navegação essenciais entre a Europa e a Ásia. Os ataques ocorrem em meio a temores de uma escalada mais ampla do conflito no Oriente Médio.

Aeronaves Voyager da RAF decolam para se juntar à coalizão liderada pelos EUA da RAF Akrotiri para conduzir ataques aéreos contra alvos militares no Iêmen, visando a milícia Houthi apoiada pelo Irã.  Foto: UK MOD/Handout via REUTERS

As forças houthis no Iêmen prometeram, na sexta-feira, retaliar os ataques anteriores, que envolveram mísseis e aviões de guerra lançados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

O tenente-general Douglas Sims, diretor do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, disse aos repórteres em uma entrevista coletiva antes do novo ataque que o Pentágono estava pronto para uma resposta dos houthis. “Eu esperaria que eles tentassem algum tipo de retaliação”, disse Sims, acrescentando que fazer isso seria um erro. “Nós simplesmente não vamos ser incomodados aqui.”

Um porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, disse em uma postagem na mídia social na sexta-feira que os ataques liderados pelos EUA “não ficarão sem resposta e sem punição”. Ele disse que os ataques anteriores haviam matado pelo menos cinco membros das forças houthis, um grupo armado que controla o norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.

A resposta dos houthis na sexta-feira foi um único míssil antinavio lançado inofensivamente no mar Vermelho, longe de qualquer embarcação que estivesse passando, disse Sims.

“Não estamos interessados em guerra com Iêmen”

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse na sexta-feira que os ataques, ordenados pelo presidente Joe Biden, não tinham a intenção de deflagrar uma guerra regional mais ampla.

“Não estamos interessados em uma guerra com o Iêmen - não estamos interessados em nenhum tipo de conflito”, disse ele. “Na verdade, tudo o que o presidente tem feito é tentar evitar qualquer escalada de conflito, inclusive os ataques de ontem à noite.” Kirby disse que tudo o que os Estados Unidos atingiram foi um “alvo militar válido e legítimo”.

As forças dos EUA e do Reino Unido dispararam na sexta-feira mais de 150 mísseis e bombas contra várias dezenas de alvos no Iêmen, escolhidos especificamente para prejudicar a capacidade dos houthis de colocar em risco a navegação - áreas de armazenamento de armas, radares e locais de lançamento de mísseis e drones - disseram autoridades dos EUA.

Os ataques marcaram a primeira investida ocidental após repetidos avisos dos Estados Unidos e de seus aliados de que os houthis e o Irã deveriam interromper os ataques no mar ou enfrentar as consequências, apenas para vê-los aumentar.

Apoiadores do movimento Houthi se reúnem para denunciar os ataques aéreos lançados pelos EUA e pela Grã-Bretanha contra alvos Houthi, em Sanaa, Iêmen, nesta sexta-feira, 12. Foto: Khaled Abdullah/REUTERS

Mais de 2 mil navios foram forçados a desviar milhares de quilômetros para evitar o Mar Vermelho, causando semanas de atrasos, segundo autoridades americanas. Na terça-feira, navios de guerra dos EUA e do Reino Unido interceptaram uma das maiores barragens de ataques de drones e mísseis houthis até o momento, um ataque que, segundo os EUA e outras autoridades militares ocidentais, foi a gota d’água.

Analistas militares na sexta-feira ainda estavam avaliando os resultados da primeira barragem, mas Sims disse que os ataques atingiram seu objetivo de prejudicar a capacidade dos houthis de lançar o tipo de ataque complexo com drones e mísseis que realizaram na terça-feira.

As forças americanas e britânicas atingiram mais de 60 alvos em 16 locais com mais de 100 munições guiadas com precisão em uma primeira onda de ataques, disseram Sims e outras autoridades. Cerca de 30 a 60 minutos depois, uma segunda onda atingiu dezenas de outros alvos em 12 locais adicionais com mais de 50 armas, disseram eles.

As baixas foram provavelmente mínimas devido ao horário e à localização remota de muitos dos alvos, disse Sims. Ele se esquivou de perguntas sobre se os houthis conseguiram retirar as pessoas e os equipamentos do caminho do perigo com antecedência, devido às notícias generalizadas de que os ataques eram iminentes.

As consequências das tensões no mar Vermelho se espalharam para muito além do Oriente Médio. Vários navios comerciais que se dirigiam ao Canal de Suez mudaram de rota após os ataques liderados pelos EUA. A International Association of Independent Tanker Owners, uma associação comercial, disse que as empresas de navegação foram aconselhadas pela coalizão liderada pelos EUA a evitar o Bab el-Mandeb, o estreito na entrada do mar Vermelho, por “vários dias”.

O Canal de Suez, que movimenta mais de 20 mil navios por ano, proporcionando bilhões de dólares em taxas de trânsito para o Egito, viu o tráfego ser reduzido, pois centenas de navios desviaram suas viagens para evitar o canal e o mar Vermelho, tomando a rota muito mais longa ao redor da ponta sul da África, acrescentando de uma a três semanas./NYT

WASHINGTON — Os Estados Unidos realizaram na noite desta sexta-feira, 12, outro ataque contra os rebeldes houthis no Iêmen, segundo duas autoridades norte-americanas. As forças americanas bombardearam uma instalação de radar como parte de um esforço para reduzir a capacidade do grupo apoiado pelo Irã de atingir navios que transitam pelo mar Vermelho.

Este foi segundo dia consecutivo em que as forças armadas dos EUA dispararam contra um alvo houthi, visando proteger rotas de navegação essenciais entre a Europa e a Ásia. Os ataques ocorrem em meio a temores de uma escalada mais ampla do conflito no Oriente Médio.

Aeronaves Voyager da RAF decolam para se juntar à coalizão liderada pelos EUA da RAF Akrotiri para conduzir ataques aéreos contra alvos militares no Iêmen, visando a milícia Houthi apoiada pelo Irã.  Foto: UK MOD/Handout via REUTERS

As forças houthis no Iêmen prometeram, na sexta-feira, retaliar os ataques anteriores, que envolveram mísseis e aviões de guerra lançados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

O tenente-general Douglas Sims, diretor do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, disse aos repórteres em uma entrevista coletiva antes do novo ataque que o Pentágono estava pronto para uma resposta dos houthis. “Eu esperaria que eles tentassem algum tipo de retaliação”, disse Sims, acrescentando que fazer isso seria um erro. “Nós simplesmente não vamos ser incomodados aqui.”

Um porta-voz militar dos houthis, Yahya Saree, disse em uma postagem na mídia social na sexta-feira que os ataques liderados pelos EUA “não ficarão sem resposta e sem punição”. Ele disse que os ataques anteriores haviam matado pelo menos cinco membros das forças houthis, um grupo armado que controla o norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.

A resposta dos houthis na sexta-feira foi um único míssil antinavio lançado inofensivamente no mar Vermelho, longe de qualquer embarcação que estivesse passando, disse Sims.

“Não estamos interessados em guerra com Iêmen”

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse na sexta-feira que os ataques, ordenados pelo presidente Joe Biden, não tinham a intenção de deflagrar uma guerra regional mais ampla.

“Não estamos interessados em uma guerra com o Iêmen - não estamos interessados em nenhum tipo de conflito”, disse ele. “Na verdade, tudo o que o presidente tem feito é tentar evitar qualquer escalada de conflito, inclusive os ataques de ontem à noite.” Kirby disse que tudo o que os Estados Unidos atingiram foi um “alvo militar válido e legítimo”.

As forças dos EUA e do Reino Unido dispararam na sexta-feira mais de 150 mísseis e bombas contra várias dezenas de alvos no Iêmen, escolhidos especificamente para prejudicar a capacidade dos houthis de colocar em risco a navegação - áreas de armazenamento de armas, radares e locais de lançamento de mísseis e drones - disseram autoridades dos EUA.

Os ataques marcaram a primeira investida ocidental após repetidos avisos dos Estados Unidos e de seus aliados de que os houthis e o Irã deveriam interromper os ataques no mar ou enfrentar as consequências, apenas para vê-los aumentar.

Apoiadores do movimento Houthi se reúnem para denunciar os ataques aéreos lançados pelos EUA e pela Grã-Bretanha contra alvos Houthi, em Sanaa, Iêmen, nesta sexta-feira, 12. Foto: Khaled Abdullah/REUTERS

Mais de 2 mil navios foram forçados a desviar milhares de quilômetros para evitar o Mar Vermelho, causando semanas de atrasos, segundo autoridades americanas. Na terça-feira, navios de guerra dos EUA e do Reino Unido interceptaram uma das maiores barragens de ataques de drones e mísseis houthis até o momento, um ataque que, segundo os EUA e outras autoridades militares ocidentais, foi a gota d’água.

Analistas militares na sexta-feira ainda estavam avaliando os resultados da primeira barragem, mas Sims disse que os ataques atingiram seu objetivo de prejudicar a capacidade dos houthis de lançar o tipo de ataque complexo com drones e mísseis que realizaram na terça-feira.

As forças americanas e britânicas atingiram mais de 60 alvos em 16 locais com mais de 100 munições guiadas com precisão em uma primeira onda de ataques, disseram Sims e outras autoridades. Cerca de 30 a 60 minutos depois, uma segunda onda atingiu dezenas de outros alvos em 12 locais adicionais com mais de 50 armas, disseram eles.

As baixas foram provavelmente mínimas devido ao horário e à localização remota de muitos dos alvos, disse Sims. Ele se esquivou de perguntas sobre se os houthis conseguiram retirar as pessoas e os equipamentos do caminho do perigo com antecedência, devido às notícias generalizadas de que os ataques eram iminentes.

As consequências das tensões no mar Vermelho se espalharam para muito além do Oriente Médio. Vários navios comerciais que se dirigiam ao Canal de Suez mudaram de rota após os ataques liderados pelos EUA. A International Association of Independent Tanker Owners, uma associação comercial, disse que as empresas de navegação foram aconselhadas pela coalizão liderada pelos EUA a evitar o Bab el-Mandeb, o estreito na entrada do mar Vermelho, por “vários dias”.

O Canal de Suez, que movimenta mais de 20 mil navios por ano, proporcionando bilhões de dólares em taxas de trânsito para o Egito, viu o tráfego ser reduzido, pois centenas de navios desviaram suas viagens para evitar o canal e o mar Vermelho, tomando a rota muito mais longa ao redor da ponta sul da África, acrescentando de uma a três semanas./NYT

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