EUA negociam troca de prisioneiros com Irã, relaxam sanções e liberam US$ 6 bi em fundos congelados


Recursos bloqueados devem ser transferidos para o Catar, onde poderão ser retirados para fins humanitários

Por Redação

WASHINGTON - Os Estados Unidos concordaram em liberar US$ 6 bilhões em recursos congelados do Irã como parte de uma negociação para libertar cinco cidadãos americanos presos no país persa. A medida representa um relaxamento de sanções impostas pela Casa Branca e abre caminho para uma troca de prisioneiros, esperada já na próxima semana.

Na prática, a o governo americano liberou bancos internacionais para fazer a transferência sem entrar em conflito com os embargos. Com isso, os US$ 6 bi em fundos iranianos que estão congelados na Coreia do Sul devem ser convertidos e enviados ao Catar, onde poderão ser resgatados para fins humanitários.

A negociação veio à público há um mês, com a transferência dos americanos para prisão domiciliar no Irã. O movimento, um primeiro passo para consolidar o acordo, já previa a liberação dos recursos iranianos e preocupou os bancos internacionais, que se recusaram a participar da transferência por temer as sanções dos Estados Unidos.

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Secretário de Estado americano Antony Blinken participa de encontro em Hanoi, Vietnã, 11 de setembro de 2021.  Foto: AP Foto/Minh Hoang

A autorização para transferências, assinada na semana passada pelo secretário de Estado americano Antony Blinken, só foi informada agora ao Congresso americano. A medida deve ser motivo de críticas, especialmente entre os republicanos, que veem o acordo como o impulso para economia do Irã. Antigo rival dos EUA, o país desperta ainda mais desconfiança em solo americano por fornecer à Rússia drones que são usados na guerra na Ucrânia.

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“Determino que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos renunciar à imposição de sanções”, justificou Blinken no documento.

Depois de muita especulação, a notificação ao Congresso traz alguns detalhes pelo acordo e cita pela primeira vez que a liberação de cinco prisioneiros iranianos fará parte do acordo. As identidades permanecem sob sigilo.

“Para facilitar a sua libertação, os Estados Unidos comprometeram-se a libertar cinco cidadãos iranianos atualmente detidos nos EUA e a permitir a transferência de aproximadamente US$ 6 bilhões”, escreveu Blinken.

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Roxanne Tahbaz segura a foto do pai, o empresário Morad Tahbaz, preso no Irã, 13 de abril de 2022. Foto: Stefan Rousseau/PA via AP/ Arquivo

A lista de cidadãos americanos beneficiados pela troca inclui os empresários Siamak Namazi (preso desde 2015 quando pisou em Teerã visitar para visitar a família); Morad Tahbaz (detido desde 2018) e Emad Sharghi (preso há três anos). Todos eles foram sentenciados há dez anos de prisão por acusações de espionagem ou “contato com o governo dos Estados Unidos”, sentenças que são criticadas internacionalmente.

A troca envolve ainda mais dois cidadãos americanos que não tiveram os nomes divulgados.

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O raro momento de colaboração entre Estados Unidos e Irã alimentou os rumores de um possível acordo para conter a expansão do programa nuclear iraniano. Os boatos, no entanto, tem sido negados pela Casa Branca

O então presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de 2015, que foi costurado durante o governo Obama com limitações estritas ao programa nuclear do Irã em troca do alívio das sanções. Biden prometeu voltar ao acordo, mas tem falhado até agora já que os dois lados não conseguem chegar a um consenso./AP

WASHINGTON - Os Estados Unidos concordaram em liberar US$ 6 bilhões em recursos congelados do Irã como parte de uma negociação para libertar cinco cidadãos americanos presos no país persa. A medida representa um relaxamento de sanções impostas pela Casa Branca e abre caminho para uma troca de prisioneiros, esperada já na próxima semana.

Na prática, a o governo americano liberou bancos internacionais para fazer a transferência sem entrar em conflito com os embargos. Com isso, os US$ 6 bi em fundos iranianos que estão congelados na Coreia do Sul devem ser convertidos e enviados ao Catar, onde poderão ser resgatados para fins humanitários.

A negociação veio à público há um mês, com a transferência dos americanos para prisão domiciliar no Irã. O movimento, um primeiro passo para consolidar o acordo, já previa a liberação dos recursos iranianos e preocupou os bancos internacionais, que se recusaram a participar da transferência por temer as sanções dos Estados Unidos.

Secretário de Estado americano Antony Blinken participa de encontro em Hanoi, Vietnã, 11 de setembro de 2021.  Foto: AP Foto/Minh Hoang

A autorização para transferências, assinada na semana passada pelo secretário de Estado americano Antony Blinken, só foi informada agora ao Congresso americano. A medida deve ser motivo de críticas, especialmente entre os republicanos, que veem o acordo como o impulso para economia do Irã. Antigo rival dos EUA, o país desperta ainda mais desconfiança em solo americano por fornecer à Rússia drones que são usados na guerra na Ucrânia.

“Determino que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos renunciar à imposição de sanções”, justificou Blinken no documento.

Depois de muita especulação, a notificação ao Congresso traz alguns detalhes pelo acordo e cita pela primeira vez que a liberação de cinco prisioneiros iranianos fará parte do acordo. As identidades permanecem sob sigilo.

“Para facilitar a sua libertação, os Estados Unidos comprometeram-se a libertar cinco cidadãos iranianos atualmente detidos nos EUA e a permitir a transferência de aproximadamente US$ 6 bilhões”, escreveu Blinken.

Roxanne Tahbaz segura a foto do pai, o empresário Morad Tahbaz, preso no Irã, 13 de abril de 2022. Foto: Stefan Rousseau/PA via AP/ Arquivo

A lista de cidadãos americanos beneficiados pela troca inclui os empresários Siamak Namazi (preso desde 2015 quando pisou em Teerã visitar para visitar a família); Morad Tahbaz (detido desde 2018) e Emad Sharghi (preso há três anos). Todos eles foram sentenciados há dez anos de prisão por acusações de espionagem ou “contato com o governo dos Estados Unidos”, sentenças que são criticadas internacionalmente.

A troca envolve ainda mais dois cidadãos americanos que não tiveram os nomes divulgados.

O raro momento de colaboração entre Estados Unidos e Irã alimentou os rumores de um possível acordo para conter a expansão do programa nuclear iraniano. Os boatos, no entanto, tem sido negados pela Casa Branca

O então presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de 2015, que foi costurado durante o governo Obama com limitações estritas ao programa nuclear do Irã em troca do alívio das sanções. Biden prometeu voltar ao acordo, mas tem falhado até agora já que os dois lados não conseguem chegar a um consenso./AP

WASHINGTON - Os Estados Unidos concordaram em liberar US$ 6 bilhões em recursos congelados do Irã como parte de uma negociação para libertar cinco cidadãos americanos presos no país persa. A medida representa um relaxamento de sanções impostas pela Casa Branca e abre caminho para uma troca de prisioneiros, esperada já na próxima semana.

Na prática, a o governo americano liberou bancos internacionais para fazer a transferência sem entrar em conflito com os embargos. Com isso, os US$ 6 bi em fundos iranianos que estão congelados na Coreia do Sul devem ser convertidos e enviados ao Catar, onde poderão ser resgatados para fins humanitários.

A negociação veio à público há um mês, com a transferência dos americanos para prisão domiciliar no Irã. O movimento, um primeiro passo para consolidar o acordo, já previa a liberação dos recursos iranianos e preocupou os bancos internacionais, que se recusaram a participar da transferência por temer as sanções dos Estados Unidos.

Secretário de Estado americano Antony Blinken participa de encontro em Hanoi, Vietnã, 11 de setembro de 2021.  Foto: AP Foto/Minh Hoang

A autorização para transferências, assinada na semana passada pelo secretário de Estado americano Antony Blinken, só foi informada agora ao Congresso americano. A medida deve ser motivo de críticas, especialmente entre os republicanos, que veem o acordo como o impulso para economia do Irã. Antigo rival dos EUA, o país desperta ainda mais desconfiança em solo americano por fornecer à Rússia drones que são usados na guerra na Ucrânia.

“Determino que é do interesse da segurança nacional dos Estados Unidos renunciar à imposição de sanções”, justificou Blinken no documento.

Depois de muita especulação, a notificação ao Congresso traz alguns detalhes pelo acordo e cita pela primeira vez que a liberação de cinco prisioneiros iranianos fará parte do acordo. As identidades permanecem sob sigilo.

“Para facilitar a sua libertação, os Estados Unidos comprometeram-se a libertar cinco cidadãos iranianos atualmente detidos nos EUA e a permitir a transferência de aproximadamente US$ 6 bilhões”, escreveu Blinken.

Roxanne Tahbaz segura a foto do pai, o empresário Morad Tahbaz, preso no Irã, 13 de abril de 2022. Foto: Stefan Rousseau/PA via AP/ Arquivo

A lista de cidadãos americanos beneficiados pela troca inclui os empresários Siamak Namazi (preso desde 2015 quando pisou em Teerã visitar para visitar a família); Morad Tahbaz (detido desde 2018) e Emad Sharghi (preso há três anos). Todos eles foram sentenciados há dez anos de prisão por acusações de espionagem ou “contato com o governo dos Estados Unidos”, sentenças que são criticadas internacionalmente.

A troca envolve ainda mais dois cidadãos americanos que não tiveram os nomes divulgados.

O raro momento de colaboração entre Estados Unidos e Irã alimentou os rumores de um possível acordo para conter a expansão do programa nuclear iraniano. Os boatos, no entanto, tem sido negados pela Casa Branca

O então presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de 2015, que foi costurado durante o governo Obama com limitações estritas ao programa nuclear do Irã em troca do alívio das sanções. Biden prometeu voltar ao acordo, mas tem falhado até agora já que os dois lados não conseguem chegar a um consenso./AP

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