EUA pressionam Israel para adiar invasão de Gaza, diz imprensa; Casa Branca nega


Washington afirma apenas aconselhar Tel Aviv sobre estratégia de ofensiva em área urbana

Por Edward Wong, Eric Schmitt, Michael Shear e Ronen Bergman

THE NEW YORK TIMES - Os Estados Unidos aconselharam Israel a adiar a aguardada ofensiva terrestre na Faixa de Gaza enquanto mantêm o Catar, que tem mediado conversas com o grupo terrorista Hamas, informado sobre esses diálogos e tentam libertar mais reféns, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Após o ataque do grupo terrorista a Israel, Washington tem apoiado Tel Aviv e enfatizado que o Estado judeu tem o direito de se defender. O país liderado por Joe Biden também tem destacado publicamente que Israel decidirá seu próprio cronograma para retaliação, e rejeitado afirmações de que os Estados Unidos estejam fazendo demandas ou dirigindo a estratégia israelense.

Mas a Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado agora intensificaram apelos privados à cautela em conversas com os israelenses, afirmam duas pessoas familiarizadas com as discussões, à medida que o bloqueio de Gaza por Israel agrava a crise humanitária no território e o número de mortos em ataques aéreos à região ultrapassa 5.000.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após desembarcar em Tel Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston / NYT

Uma prioridade dos EUA é dar mais tempo para negociações para a libertação de reféns feitos pelo grupo terrorista Hamas, especialmente após a libertação inesperada de duas americanas na sexta-feira, 20. A organização terrorista libertou mais dois reféns nesta segunda-feira, 23, as primeiras israelenses —duas mulheres, de 79 e 85 anos. Acredita-se que o grupo terrorista Hamas mantenha mais de 200 reféns na Faixa de Gaza.

Um funcionário do governo americano diz que a administração, consciente do papel de Doha como intermediária com o grupo terrorista Hamas, está mantendo o Catar informado de seus conselhos a Israel para que o país saiba de tudo que está acontecendo enquanto as negociações para libertar os reféns continuam.

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Segundo ele, por enquanto não há um roteiro claro ou sequência de etapas em direção à completa desescalada do conflito. A prioridade é trabalhar para retirar os reféns.

A israelense Yocheved Lifschitz, de 85 anos, foi libertada pelo grupo terrorista Hamas na segunda-feira, 23  Foto: Abir Sultan / EFE

Governos europeus apoiam pedido dos EUA

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Uma segunda autoridade dos EUA afirma que os governos europeus, muitos dos quais também tiveram cidadãos sequestrados, fazem coro ao pedido de Washington para que Tel Aviv não lance sua ofensiva terrestre em breve e, assim, dê espaço para que as negociações sobre a libertação de reféns aconteçam.

Autoridades do governo americano estão preocupadas que Israel não tenha objetivos militares factíveis em Gaza e que as Forças de Defesa de Israel ainda não estejam prontas para lançar uma invasão terrestre com um plano que possa funcionar.

Em conversas telefônicas com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizou a necessidade de cautela sobre a forma com que as forças israelenses conduziriam uma invasão de Gaza, onde o grupo terrorista Hamas mantém redes de túneis intricadas sob áreas densamente povoadas.

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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversa com combatentes do exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel  Foto: Tsafrir Abayov / AP

Essas autoridades insistem que os Estados Unidos não disseram a Israel como proceder e ainda apoiam a invasão. O Pentágono, contudo, enviou um general de três estrelas da Marinha, James Glynn, juntamente com outros oficiais para ajudar os israelenses com a estratégia de um conflito urbano.

Uma autoridade do Pentágono afirma que o envio de Glynn não significa que o Pentágono esteja tomando decisões por Israel. De acordo com essa pessoa, Glynn não estará em campo em Israel se uma ofensiva em Gaza começar.

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Autoridades israelenses em Washington não responderam a pedidos de comentário. No domingo, porém, um diplomata da embaixada israelense negou que o governo dos EUA estivesse aconselhando os israelenses a adiar a invasão terrestre. “Os EUA não estão pressionando Israel em relação à operação terrestre”, disse o diplomata.

Biden afirmou nesta segunda que qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza só pode ocorrer se o grupo terrorista Hamas libertar todos os 220 reféns sequestrados em Israel no dia 7 de outubro.

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“Esses reféns precisam ser libertados, e então vamos poder conversar”, disse Biden ao ser questionado se apoiaria um cessar-fogo em troca da libertação dos sequestrados.

Segundo o jornal The Times of Israel, o comentário pode indicar que o governo americano não apoiará o objetivo de Israel de eliminar o grupo terrorista.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Israel fará de tudo para trazer os reféns de volta para casa, mas que “isso não poderia impedir nossas ações, incluindo a ofensiva terrestre, se decidirmos por ela”.

“O Hamas quer que nós lidemos com os reféns e não querem que o Exército entre e elimine a infraestrutura deles. Isso não acontecerá”, disse.

THE NEW YORK TIMES - Os Estados Unidos aconselharam Israel a adiar a aguardada ofensiva terrestre na Faixa de Gaza enquanto mantêm o Catar, que tem mediado conversas com o grupo terrorista Hamas, informado sobre esses diálogos e tentam libertar mais reféns, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Após o ataque do grupo terrorista a Israel, Washington tem apoiado Tel Aviv e enfatizado que o Estado judeu tem o direito de se defender. O país liderado por Joe Biden também tem destacado publicamente que Israel decidirá seu próprio cronograma para retaliação, e rejeitado afirmações de que os Estados Unidos estejam fazendo demandas ou dirigindo a estratégia israelense.

Mas a Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado agora intensificaram apelos privados à cautela em conversas com os israelenses, afirmam duas pessoas familiarizadas com as discussões, à medida que o bloqueio de Gaza por Israel agrava a crise humanitária no território e o número de mortos em ataques aéreos à região ultrapassa 5.000.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após desembarcar em Tel Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston / NYT

Uma prioridade dos EUA é dar mais tempo para negociações para a libertação de reféns feitos pelo grupo terrorista Hamas, especialmente após a libertação inesperada de duas americanas na sexta-feira, 20. A organização terrorista libertou mais dois reféns nesta segunda-feira, 23, as primeiras israelenses —duas mulheres, de 79 e 85 anos. Acredita-se que o grupo terrorista Hamas mantenha mais de 200 reféns na Faixa de Gaza.

Um funcionário do governo americano diz que a administração, consciente do papel de Doha como intermediária com o grupo terrorista Hamas, está mantendo o Catar informado de seus conselhos a Israel para que o país saiba de tudo que está acontecendo enquanto as negociações para libertar os reféns continuam.

Segundo ele, por enquanto não há um roteiro claro ou sequência de etapas em direção à completa desescalada do conflito. A prioridade é trabalhar para retirar os reféns.

A israelense Yocheved Lifschitz, de 85 anos, foi libertada pelo grupo terrorista Hamas na segunda-feira, 23  Foto: Abir Sultan / EFE

Governos europeus apoiam pedido dos EUA

Uma segunda autoridade dos EUA afirma que os governos europeus, muitos dos quais também tiveram cidadãos sequestrados, fazem coro ao pedido de Washington para que Tel Aviv não lance sua ofensiva terrestre em breve e, assim, dê espaço para que as negociações sobre a libertação de reféns aconteçam.

Autoridades do governo americano estão preocupadas que Israel não tenha objetivos militares factíveis em Gaza e que as Forças de Defesa de Israel ainda não estejam prontas para lançar uma invasão terrestre com um plano que possa funcionar.

Em conversas telefônicas com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizou a necessidade de cautela sobre a forma com que as forças israelenses conduziriam uma invasão de Gaza, onde o grupo terrorista Hamas mantém redes de túneis intricadas sob áreas densamente povoadas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversa com combatentes do exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel  Foto: Tsafrir Abayov / AP

Essas autoridades insistem que os Estados Unidos não disseram a Israel como proceder e ainda apoiam a invasão. O Pentágono, contudo, enviou um general de três estrelas da Marinha, James Glynn, juntamente com outros oficiais para ajudar os israelenses com a estratégia de um conflito urbano.

Uma autoridade do Pentágono afirma que o envio de Glynn não significa que o Pentágono esteja tomando decisões por Israel. De acordo com essa pessoa, Glynn não estará em campo em Israel se uma ofensiva em Gaza começar.

Autoridades israelenses em Washington não responderam a pedidos de comentário. No domingo, porém, um diplomata da embaixada israelense negou que o governo dos EUA estivesse aconselhando os israelenses a adiar a invasão terrestre. “Os EUA não estão pressionando Israel em relação à operação terrestre”, disse o diplomata.

Biden afirmou nesta segunda que qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza só pode ocorrer se o grupo terrorista Hamas libertar todos os 220 reféns sequestrados em Israel no dia 7 de outubro.

“Esses reféns precisam ser libertados, e então vamos poder conversar”, disse Biden ao ser questionado se apoiaria um cessar-fogo em troca da libertação dos sequestrados.

Segundo o jornal The Times of Israel, o comentário pode indicar que o governo americano não apoiará o objetivo de Israel de eliminar o grupo terrorista.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Israel fará de tudo para trazer os reféns de volta para casa, mas que “isso não poderia impedir nossas ações, incluindo a ofensiva terrestre, se decidirmos por ela”.

“O Hamas quer que nós lidemos com os reféns e não querem que o Exército entre e elimine a infraestrutura deles. Isso não acontecerá”, disse.

THE NEW YORK TIMES - Os Estados Unidos aconselharam Israel a adiar a aguardada ofensiva terrestre na Faixa de Gaza enquanto mantêm o Catar, que tem mediado conversas com o grupo terrorista Hamas, informado sobre esses diálogos e tentam libertar mais reféns, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Após o ataque do grupo terrorista a Israel, Washington tem apoiado Tel Aviv e enfatizado que o Estado judeu tem o direito de se defender. O país liderado por Joe Biden também tem destacado publicamente que Israel decidirá seu próprio cronograma para retaliação, e rejeitado afirmações de que os Estados Unidos estejam fazendo demandas ou dirigindo a estratégia israelense.

Mas a Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado agora intensificaram apelos privados à cautela em conversas com os israelenses, afirmam duas pessoas familiarizadas com as discussões, à medida que o bloqueio de Gaza por Israel agrava a crise humanitária no território e o número de mortos em ataques aéreos à região ultrapassa 5.000.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após desembarcar em Tel Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston / NYT

Uma prioridade dos EUA é dar mais tempo para negociações para a libertação de reféns feitos pelo grupo terrorista Hamas, especialmente após a libertação inesperada de duas americanas na sexta-feira, 20. A organização terrorista libertou mais dois reféns nesta segunda-feira, 23, as primeiras israelenses —duas mulheres, de 79 e 85 anos. Acredita-se que o grupo terrorista Hamas mantenha mais de 200 reféns na Faixa de Gaza.

Um funcionário do governo americano diz que a administração, consciente do papel de Doha como intermediária com o grupo terrorista Hamas, está mantendo o Catar informado de seus conselhos a Israel para que o país saiba de tudo que está acontecendo enquanto as negociações para libertar os reféns continuam.

Segundo ele, por enquanto não há um roteiro claro ou sequência de etapas em direção à completa desescalada do conflito. A prioridade é trabalhar para retirar os reféns.

A israelense Yocheved Lifschitz, de 85 anos, foi libertada pelo grupo terrorista Hamas na segunda-feira, 23  Foto: Abir Sultan / EFE

Governos europeus apoiam pedido dos EUA

Uma segunda autoridade dos EUA afirma que os governos europeus, muitos dos quais também tiveram cidadãos sequestrados, fazem coro ao pedido de Washington para que Tel Aviv não lance sua ofensiva terrestre em breve e, assim, dê espaço para que as negociações sobre a libertação de reféns aconteçam.

Autoridades do governo americano estão preocupadas que Israel não tenha objetivos militares factíveis em Gaza e que as Forças de Defesa de Israel ainda não estejam prontas para lançar uma invasão terrestre com um plano que possa funcionar.

Em conversas telefônicas com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizou a necessidade de cautela sobre a forma com que as forças israelenses conduziriam uma invasão de Gaza, onde o grupo terrorista Hamas mantém redes de túneis intricadas sob áreas densamente povoadas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversa com combatentes do exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel  Foto: Tsafrir Abayov / AP

Essas autoridades insistem que os Estados Unidos não disseram a Israel como proceder e ainda apoiam a invasão. O Pentágono, contudo, enviou um general de três estrelas da Marinha, James Glynn, juntamente com outros oficiais para ajudar os israelenses com a estratégia de um conflito urbano.

Uma autoridade do Pentágono afirma que o envio de Glynn não significa que o Pentágono esteja tomando decisões por Israel. De acordo com essa pessoa, Glynn não estará em campo em Israel se uma ofensiva em Gaza começar.

Autoridades israelenses em Washington não responderam a pedidos de comentário. No domingo, porém, um diplomata da embaixada israelense negou que o governo dos EUA estivesse aconselhando os israelenses a adiar a invasão terrestre. “Os EUA não estão pressionando Israel em relação à operação terrestre”, disse o diplomata.

Biden afirmou nesta segunda que qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza só pode ocorrer se o grupo terrorista Hamas libertar todos os 220 reféns sequestrados em Israel no dia 7 de outubro.

“Esses reféns precisam ser libertados, e então vamos poder conversar”, disse Biden ao ser questionado se apoiaria um cessar-fogo em troca da libertação dos sequestrados.

Segundo o jornal The Times of Israel, o comentário pode indicar que o governo americano não apoiará o objetivo de Israel de eliminar o grupo terrorista.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Israel fará de tudo para trazer os reféns de volta para casa, mas que “isso não poderia impedir nossas ações, incluindo a ofensiva terrestre, se decidirmos por ela”.

“O Hamas quer que nós lidemos com os reféns e não querem que o Exército entre e elimine a infraestrutura deles. Isso não acontecerá”, disse.

THE NEW YORK TIMES - Os Estados Unidos aconselharam Israel a adiar a aguardada ofensiva terrestre na Faixa de Gaza enquanto mantêm o Catar, que tem mediado conversas com o grupo terrorista Hamas, informado sobre esses diálogos e tentam libertar mais reféns, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Após o ataque do grupo terrorista a Israel, Washington tem apoiado Tel Aviv e enfatizado que o Estado judeu tem o direito de se defender. O país liderado por Joe Biden também tem destacado publicamente que Israel decidirá seu próprio cronograma para retaliação, e rejeitado afirmações de que os Estados Unidos estejam fazendo demandas ou dirigindo a estratégia israelense.

Mas a Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado agora intensificaram apelos privados à cautela em conversas com os israelenses, afirmam duas pessoas familiarizadas com as discussões, à medida que o bloqueio de Gaza por Israel agrava a crise humanitária no território e o número de mortos em ataques aéreos à região ultrapassa 5.000.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após desembarcar em Tel Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston / NYT

Uma prioridade dos EUA é dar mais tempo para negociações para a libertação de reféns feitos pelo grupo terrorista Hamas, especialmente após a libertação inesperada de duas americanas na sexta-feira, 20. A organização terrorista libertou mais dois reféns nesta segunda-feira, 23, as primeiras israelenses —duas mulheres, de 79 e 85 anos. Acredita-se que o grupo terrorista Hamas mantenha mais de 200 reféns na Faixa de Gaza.

Um funcionário do governo americano diz que a administração, consciente do papel de Doha como intermediária com o grupo terrorista Hamas, está mantendo o Catar informado de seus conselhos a Israel para que o país saiba de tudo que está acontecendo enquanto as negociações para libertar os reféns continuam.

Segundo ele, por enquanto não há um roteiro claro ou sequência de etapas em direção à completa desescalada do conflito. A prioridade é trabalhar para retirar os reféns.

A israelense Yocheved Lifschitz, de 85 anos, foi libertada pelo grupo terrorista Hamas na segunda-feira, 23  Foto: Abir Sultan / EFE

Governos europeus apoiam pedido dos EUA

Uma segunda autoridade dos EUA afirma que os governos europeus, muitos dos quais também tiveram cidadãos sequestrados, fazem coro ao pedido de Washington para que Tel Aviv não lance sua ofensiva terrestre em breve e, assim, dê espaço para que as negociações sobre a libertação de reféns aconteçam.

Autoridades do governo americano estão preocupadas que Israel não tenha objetivos militares factíveis em Gaza e que as Forças de Defesa de Israel ainda não estejam prontas para lançar uma invasão terrestre com um plano que possa funcionar.

Em conversas telefônicas com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizou a necessidade de cautela sobre a forma com que as forças israelenses conduziriam uma invasão de Gaza, onde o grupo terrorista Hamas mantém redes de túneis intricadas sob áreas densamente povoadas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversa com combatentes do exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel  Foto: Tsafrir Abayov / AP

Essas autoridades insistem que os Estados Unidos não disseram a Israel como proceder e ainda apoiam a invasão. O Pentágono, contudo, enviou um general de três estrelas da Marinha, James Glynn, juntamente com outros oficiais para ajudar os israelenses com a estratégia de um conflito urbano.

Uma autoridade do Pentágono afirma que o envio de Glynn não significa que o Pentágono esteja tomando decisões por Israel. De acordo com essa pessoa, Glynn não estará em campo em Israel se uma ofensiva em Gaza começar.

Autoridades israelenses em Washington não responderam a pedidos de comentário. No domingo, porém, um diplomata da embaixada israelense negou que o governo dos EUA estivesse aconselhando os israelenses a adiar a invasão terrestre. “Os EUA não estão pressionando Israel em relação à operação terrestre”, disse o diplomata.

Biden afirmou nesta segunda que qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza só pode ocorrer se o grupo terrorista Hamas libertar todos os 220 reféns sequestrados em Israel no dia 7 de outubro.

“Esses reféns precisam ser libertados, e então vamos poder conversar”, disse Biden ao ser questionado se apoiaria um cessar-fogo em troca da libertação dos sequestrados.

Segundo o jornal The Times of Israel, o comentário pode indicar que o governo americano não apoiará o objetivo de Israel de eliminar o grupo terrorista.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Israel fará de tudo para trazer os reféns de volta para casa, mas que “isso não poderia impedir nossas ações, incluindo a ofensiva terrestre, se decidirmos por ela”.

“O Hamas quer que nós lidemos com os reféns e não querem que o Exército entre e elimine a infraestrutura deles. Isso não acontecerá”, disse.

THE NEW YORK TIMES - Os Estados Unidos aconselharam Israel a adiar a aguardada ofensiva terrestre na Faixa de Gaza enquanto mantêm o Catar, que tem mediado conversas com o grupo terrorista Hamas, informado sobre esses diálogos e tentam libertar mais reféns, segundo fontes ouvidas pela agência Reuters.

Após o ataque do grupo terrorista a Israel, Washington tem apoiado Tel Aviv e enfatizado que o Estado judeu tem o direito de se defender. O país liderado por Joe Biden também tem destacado publicamente que Israel decidirá seu próprio cronograma para retaliação, e rejeitado afirmações de que os Estados Unidos estejam fazendo demandas ou dirigindo a estratégia israelense.

Mas a Casa Branca, o Pentágono e o Departamento de Estado agora intensificaram apelos privados à cautela em conversas com os israelenses, afirmam duas pessoas familiarizadas com as discussões, à medida que o bloqueio de Gaza por Israel agrava a crise humanitária no território e o número de mortos em ataques aéreos à região ultrapassa 5.000.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após desembarcar em Tel Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston / NYT

Uma prioridade dos EUA é dar mais tempo para negociações para a libertação de reféns feitos pelo grupo terrorista Hamas, especialmente após a libertação inesperada de duas americanas na sexta-feira, 20. A organização terrorista libertou mais dois reféns nesta segunda-feira, 23, as primeiras israelenses —duas mulheres, de 79 e 85 anos. Acredita-se que o grupo terrorista Hamas mantenha mais de 200 reféns na Faixa de Gaza.

Um funcionário do governo americano diz que a administração, consciente do papel de Doha como intermediária com o grupo terrorista Hamas, está mantendo o Catar informado de seus conselhos a Israel para que o país saiba de tudo que está acontecendo enquanto as negociações para libertar os reféns continuam.

Segundo ele, por enquanto não há um roteiro claro ou sequência de etapas em direção à completa desescalada do conflito. A prioridade é trabalhar para retirar os reféns.

A israelense Yocheved Lifschitz, de 85 anos, foi libertada pelo grupo terrorista Hamas na segunda-feira, 23  Foto: Abir Sultan / EFE

Governos europeus apoiam pedido dos EUA

Uma segunda autoridade dos EUA afirma que os governos europeus, muitos dos quais também tiveram cidadãos sequestrados, fazem coro ao pedido de Washington para que Tel Aviv não lance sua ofensiva terrestre em breve e, assim, dê espaço para que as negociações sobre a libertação de reféns aconteçam.

Autoridades do governo americano estão preocupadas que Israel não tenha objetivos militares factíveis em Gaza e que as Forças de Defesa de Israel ainda não estejam prontas para lançar uma invasão terrestre com um plano que possa funcionar.

Em conversas telefônicas com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, o secretário de Defesa Lloyd Austin enfatizou a necessidade de cautela sobre a forma com que as forças israelenses conduziriam uma invasão de Gaza, onde o grupo terrorista Hamas mantém redes de túneis intricadas sob áreas densamente povoadas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, conversa com combatentes do exército israelense na fronteira com a Faixa de Gaza, no sul de Israel  Foto: Tsafrir Abayov / AP

Essas autoridades insistem que os Estados Unidos não disseram a Israel como proceder e ainda apoiam a invasão. O Pentágono, contudo, enviou um general de três estrelas da Marinha, James Glynn, juntamente com outros oficiais para ajudar os israelenses com a estratégia de um conflito urbano.

Uma autoridade do Pentágono afirma que o envio de Glynn não significa que o Pentágono esteja tomando decisões por Israel. De acordo com essa pessoa, Glynn não estará em campo em Israel se uma ofensiva em Gaza começar.

Autoridades israelenses em Washington não responderam a pedidos de comentário. No domingo, porém, um diplomata da embaixada israelense negou que o governo dos EUA estivesse aconselhando os israelenses a adiar a invasão terrestre. “Os EUA não estão pressionando Israel em relação à operação terrestre”, disse o diplomata.

Biden afirmou nesta segunda que qualquer discussão sobre um cessar-fogo em Gaza só pode ocorrer se o grupo terrorista Hamas libertar todos os 220 reféns sequestrados em Israel no dia 7 de outubro.

“Esses reféns precisam ser libertados, e então vamos poder conversar”, disse Biden ao ser questionado se apoiaria um cessar-fogo em troca da libertação dos sequestrados.

Segundo o jornal The Times of Israel, o comentário pode indicar que o governo americano não apoiará o objetivo de Israel de eliminar o grupo terrorista.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, o ministro da Energia israelense, Israel Katz, afirmou que Israel fará de tudo para trazer os reféns de volta para casa, mas que “isso não poderia impedir nossas ações, incluindo a ofensiva terrestre, se decidirmos por ela”.

“O Hamas quer que nós lidemos com os reféns e não querem que o Exército entre e elimine a infraestrutura deles. Isso não acontecerá”, disse.

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