EUA promovem boicote diplomático à China e não enviarão representantes aos Jogos de Inverno


A retaliação foi anunciada nesta segunda-feira, 6, pela Casa Branca como resposta a violações de direitos humanos em Xinjiang.

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O presidente Joe Biden ou outros membros do governo dos Estados Unidos não irão aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim em fevereiro de 2022, em uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A medida, segundo o anúncio, é um boicote diplomático para pressionar a China devido a violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão não afeta os atletas americanos, que poderão competir nos jogos, mas determina que não haverá a presença da delegação oficial dos Estados Unidos, uma quebra de tradição por parte do país.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

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O presidente Joe Biden vinha sofrendo pressões de Democratas e Republicanos para promover o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim Foto: Tasos Katopodis/EFE

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos. ”

Pressões internas para o boicote

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O governo americano vem sofrendo pressões de ambos os partidos e defensores de direitos humanos há meses para um boicote aos jogos devido às políticas repressivas de Pequim contra ativistas em Hong Kong e aos muçulmanos uigures na região de Xinjiang. Em março, o governo declarou o tratamento dado pela China aos muçulmanos uigures como um genocídio.

Muitos críticos do governo chinês apontavam o boicote diplomático como uma alternativa que não prejudicaria os atletas americanos. Alguns congressistas, porém, defendiam um completo boicote aos jogos.

Os apelos ao boicote só se intensificaram após o desaparecimento da estrela do tênis Peng Shuai, que acusou um importante líder do Partido Comunista Chinês de agressão sexual.

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O anúncio foi feito semanas depois que o presidente Biden disse que o governo estava considerando um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, uma quebra da tradição de usar uma delegação para mostrar apoio aos atletas americanos e ao país que sedia as Olimpíadas.

A decisão contrasta com a de 1980, quando o presidente Jimmy Carter determinou que tanto as autoridades quanto os atletas dos EUA deveriam ficar de fora dos Jogos de Verão em Moscou, em resposta à invasão soviética do Afeganistão. 

O governo dos EUA não pode barrar unilateralmente os atletas das Olimpíadas ou declarar um boicote. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, uma organização independente sem fins lucrativos, tem autoridade exclusiva para fazer a decisão final.

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A porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki Foto: Jonathan Ernst/Reuters

China chama decisão de arrogante

Antes mesmo do anúncio, quando Biden havia apenas avisado que estava considerando a retaliação, a China respondeu. “Quero enfatizar que os Jogos Olímpicos de Inverno não são um palco para postura e manipulação política”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

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"Os políticos americanos continuam promovendo um 'boicote diplomático', mesmo sem terem sido convidados para os Jogos. Este pensamento e pura arrogância visam a manipulação política."

Nesta terça-feira, 7, a China alertou que o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos poderia prejudicar o diálogo bilateral e a cooperação em áreas importantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que a "trama" dos Estados Unidos de tentar interromper as Olimpíadas estava fadada ao fracasso, levando à perda de "autoridade moral e credibilidade". A China se opôs ao boicote e tomaria "medidas contrárias resolutas", reforçou Zhao.

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Líderes do governo e outros oficiais normalmente são convidados a assistrem aos Jogos de Verão e de Inverno a pedido dos organizadores. Eles geralmente se sentam em seções privadas, distantes dos outros presentes. Em algumas ocasiões, as delegações incluem presidentes ou chefes de estado, mas os países costumam enviar embaixadores, familiares presidenciais e outros líderes eleitos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram fechados para espectadores, mas representantes diplomáticos e altos-fncionários foram permitidos nos locais. O reduzido contingente dos EUA era liderado por Jill Biden, a primeira-dama; Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas; e Raymond Greene, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio.

O presidente Donald Trump ficou em casa durante as Olimpíadas de 2018 PyeongChang, mas enviou uma delegação que incluía o vice-presidente Mike Pence e Ivanka Trump.

Vários presidentes dos EUA também participaram das Olimpíadas de Verão e de Inverno. O presidente Barack Obama viajou para os Jogos de 2012 em Londres e o presidente George W. Bush participou dos Jogos de 2006 em Torino./ WASHINGTON POST, NEW YORK TIMES E REUTERS

WASHINGTON - O presidente Joe Biden ou outros membros do governo dos Estados Unidos não irão aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim em fevereiro de 2022, em uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A medida, segundo o anúncio, é um boicote diplomático para pressionar a China devido a violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão não afeta os atletas americanos, que poderão competir nos jogos, mas determina que não haverá a presença da delegação oficial dos Estados Unidos, uma quebra de tradição por parte do país.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

O presidente Joe Biden vinha sofrendo pressões de Democratas e Republicanos para promover o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim Foto: Tasos Katopodis/EFE

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos. ”

Pressões internas para o boicote

O governo americano vem sofrendo pressões de ambos os partidos e defensores de direitos humanos há meses para um boicote aos jogos devido às políticas repressivas de Pequim contra ativistas em Hong Kong e aos muçulmanos uigures na região de Xinjiang. Em março, o governo declarou o tratamento dado pela China aos muçulmanos uigures como um genocídio.

Muitos críticos do governo chinês apontavam o boicote diplomático como uma alternativa que não prejudicaria os atletas americanos. Alguns congressistas, porém, defendiam um completo boicote aos jogos.

Os apelos ao boicote só se intensificaram após o desaparecimento da estrela do tênis Peng Shuai, que acusou um importante líder do Partido Comunista Chinês de agressão sexual.

O anúncio foi feito semanas depois que o presidente Biden disse que o governo estava considerando um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, uma quebra da tradição de usar uma delegação para mostrar apoio aos atletas americanos e ao país que sedia as Olimpíadas.

A decisão contrasta com a de 1980, quando o presidente Jimmy Carter determinou que tanto as autoridades quanto os atletas dos EUA deveriam ficar de fora dos Jogos de Verão em Moscou, em resposta à invasão soviética do Afeganistão. 

O governo dos EUA não pode barrar unilateralmente os atletas das Olimpíadas ou declarar um boicote. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, uma organização independente sem fins lucrativos, tem autoridade exclusiva para fazer a decisão final.

A porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki Foto: Jonathan Ernst/Reuters

China chama decisão de arrogante

Antes mesmo do anúncio, quando Biden havia apenas avisado que estava considerando a retaliação, a China respondeu. “Quero enfatizar que os Jogos Olímpicos de Inverno não são um palco para postura e manipulação política”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os políticos americanos continuam promovendo um 'boicote diplomático', mesmo sem terem sido convidados para os Jogos. Este pensamento e pura arrogância visam a manipulação política."

Nesta terça-feira, 7, a China alertou que o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos poderia prejudicar o diálogo bilateral e a cooperação em áreas importantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que a "trama" dos Estados Unidos de tentar interromper as Olimpíadas estava fadada ao fracasso, levando à perda de "autoridade moral e credibilidade". A China se opôs ao boicote e tomaria "medidas contrárias resolutas", reforçou Zhao.

Líderes do governo e outros oficiais normalmente são convidados a assistrem aos Jogos de Verão e de Inverno a pedido dos organizadores. Eles geralmente se sentam em seções privadas, distantes dos outros presentes. Em algumas ocasiões, as delegações incluem presidentes ou chefes de estado, mas os países costumam enviar embaixadores, familiares presidenciais e outros líderes eleitos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram fechados para espectadores, mas representantes diplomáticos e altos-fncionários foram permitidos nos locais. O reduzido contingente dos EUA era liderado por Jill Biden, a primeira-dama; Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas; e Raymond Greene, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio.

O presidente Donald Trump ficou em casa durante as Olimpíadas de 2018 PyeongChang, mas enviou uma delegação que incluía o vice-presidente Mike Pence e Ivanka Trump.

Vários presidentes dos EUA também participaram das Olimpíadas de Verão e de Inverno. O presidente Barack Obama viajou para os Jogos de 2012 em Londres e o presidente George W. Bush participou dos Jogos de 2006 em Torino./ WASHINGTON POST, NEW YORK TIMES E REUTERS

WASHINGTON - O presidente Joe Biden ou outros membros do governo dos Estados Unidos não irão aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim em fevereiro de 2022, em uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A medida, segundo o anúncio, é um boicote diplomático para pressionar a China devido a violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão não afeta os atletas americanos, que poderão competir nos jogos, mas determina que não haverá a presença da delegação oficial dos Estados Unidos, uma quebra de tradição por parte do país.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

O presidente Joe Biden vinha sofrendo pressões de Democratas e Republicanos para promover o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim Foto: Tasos Katopodis/EFE

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos. ”

Pressões internas para o boicote

O governo americano vem sofrendo pressões de ambos os partidos e defensores de direitos humanos há meses para um boicote aos jogos devido às políticas repressivas de Pequim contra ativistas em Hong Kong e aos muçulmanos uigures na região de Xinjiang. Em março, o governo declarou o tratamento dado pela China aos muçulmanos uigures como um genocídio.

Muitos críticos do governo chinês apontavam o boicote diplomático como uma alternativa que não prejudicaria os atletas americanos. Alguns congressistas, porém, defendiam um completo boicote aos jogos.

Os apelos ao boicote só se intensificaram após o desaparecimento da estrela do tênis Peng Shuai, que acusou um importante líder do Partido Comunista Chinês de agressão sexual.

O anúncio foi feito semanas depois que o presidente Biden disse que o governo estava considerando um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, uma quebra da tradição de usar uma delegação para mostrar apoio aos atletas americanos e ao país que sedia as Olimpíadas.

A decisão contrasta com a de 1980, quando o presidente Jimmy Carter determinou que tanto as autoridades quanto os atletas dos EUA deveriam ficar de fora dos Jogos de Verão em Moscou, em resposta à invasão soviética do Afeganistão. 

O governo dos EUA não pode barrar unilateralmente os atletas das Olimpíadas ou declarar um boicote. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, uma organização independente sem fins lucrativos, tem autoridade exclusiva para fazer a decisão final.

A porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki Foto: Jonathan Ernst/Reuters

China chama decisão de arrogante

Antes mesmo do anúncio, quando Biden havia apenas avisado que estava considerando a retaliação, a China respondeu. “Quero enfatizar que os Jogos Olímpicos de Inverno não são um palco para postura e manipulação política”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os políticos americanos continuam promovendo um 'boicote diplomático', mesmo sem terem sido convidados para os Jogos. Este pensamento e pura arrogância visam a manipulação política."

Nesta terça-feira, 7, a China alertou que o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos poderia prejudicar o diálogo bilateral e a cooperação em áreas importantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que a "trama" dos Estados Unidos de tentar interromper as Olimpíadas estava fadada ao fracasso, levando à perda de "autoridade moral e credibilidade". A China se opôs ao boicote e tomaria "medidas contrárias resolutas", reforçou Zhao.

Líderes do governo e outros oficiais normalmente são convidados a assistrem aos Jogos de Verão e de Inverno a pedido dos organizadores. Eles geralmente se sentam em seções privadas, distantes dos outros presentes. Em algumas ocasiões, as delegações incluem presidentes ou chefes de estado, mas os países costumam enviar embaixadores, familiares presidenciais e outros líderes eleitos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram fechados para espectadores, mas representantes diplomáticos e altos-fncionários foram permitidos nos locais. O reduzido contingente dos EUA era liderado por Jill Biden, a primeira-dama; Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas; e Raymond Greene, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio.

O presidente Donald Trump ficou em casa durante as Olimpíadas de 2018 PyeongChang, mas enviou uma delegação que incluía o vice-presidente Mike Pence e Ivanka Trump.

Vários presidentes dos EUA também participaram das Olimpíadas de Verão e de Inverno. O presidente Barack Obama viajou para os Jogos de 2012 em Londres e o presidente George W. Bush participou dos Jogos de 2006 em Torino./ WASHINGTON POST, NEW YORK TIMES E REUTERS

WASHINGTON - O presidente Joe Biden ou outros membros do governo dos Estados Unidos não irão aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim em fevereiro de 2022, em uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A medida, segundo o anúncio, é um boicote diplomático para pressionar a China devido a violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão não afeta os atletas americanos, que poderão competir nos jogos, mas determina que não haverá a presença da delegação oficial dos Estados Unidos, uma quebra de tradição por parte do país.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

O presidente Joe Biden vinha sofrendo pressões de Democratas e Republicanos para promover o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim Foto: Tasos Katopodis/EFE

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos. ”

Pressões internas para o boicote

O governo americano vem sofrendo pressões de ambos os partidos e defensores de direitos humanos há meses para um boicote aos jogos devido às políticas repressivas de Pequim contra ativistas em Hong Kong e aos muçulmanos uigures na região de Xinjiang. Em março, o governo declarou o tratamento dado pela China aos muçulmanos uigures como um genocídio.

Muitos críticos do governo chinês apontavam o boicote diplomático como uma alternativa que não prejudicaria os atletas americanos. Alguns congressistas, porém, defendiam um completo boicote aos jogos.

Os apelos ao boicote só se intensificaram após o desaparecimento da estrela do tênis Peng Shuai, que acusou um importante líder do Partido Comunista Chinês de agressão sexual.

O anúncio foi feito semanas depois que o presidente Biden disse que o governo estava considerando um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, uma quebra da tradição de usar uma delegação para mostrar apoio aos atletas americanos e ao país que sedia as Olimpíadas.

A decisão contrasta com a de 1980, quando o presidente Jimmy Carter determinou que tanto as autoridades quanto os atletas dos EUA deveriam ficar de fora dos Jogos de Verão em Moscou, em resposta à invasão soviética do Afeganistão. 

O governo dos EUA não pode barrar unilateralmente os atletas das Olimpíadas ou declarar um boicote. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, uma organização independente sem fins lucrativos, tem autoridade exclusiva para fazer a decisão final.

A porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki Foto: Jonathan Ernst/Reuters

China chama decisão de arrogante

Antes mesmo do anúncio, quando Biden havia apenas avisado que estava considerando a retaliação, a China respondeu. “Quero enfatizar que os Jogos Olímpicos de Inverno não são um palco para postura e manipulação política”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os políticos americanos continuam promovendo um 'boicote diplomático', mesmo sem terem sido convidados para os Jogos. Este pensamento e pura arrogância visam a manipulação política."

Nesta terça-feira, 7, a China alertou que o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos poderia prejudicar o diálogo bilateral e a cooperação em áreas importantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que a "trama" dos Estados Unidos de tentar interromper as Olimpíadas estava fadada ao fracasso, levando à perda de "autoridade moral e credibilidade". A China se opôs ao boicote e tomaria "medidas contrárias resolutas", reforçou Zhao.

Líderes do governo e outros oficiais normalmente são convidados a assistrem aos Jogos de Verão e de Inverno a pedido dos organizadores. Eles geralmente se sentam em seções privadas, distantes dos outros presentes. Em algumas ocasiões, as delegações incluem presidentes ou chefes de estado, mas os países costumam enviar embaixadores, familiares presidenciais e outros líderes eleitos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram fechados para espectadores, mas representantes diplomáticos e altos-fncionários foram permitidos nos locais. O reduzido contingente dos EUA era liderado por Jill Biden, a primeira-dama; Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas; e Raymond Greene, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio.

O presidente Donald Trump ficou em casa durante as Olimpíadas de 2018 PyeongChang, mas enviou uma delegação que incluía o vice-presidente Mike Pence e Ivanka Trump.

Vários presidentes dos EUA também participaram das Olimpíadas de Verão e de Inverno. O presidente Barack Obama viajou para os Jogos de 2012 em Londres e o presidente George W. Bush participou dos Jogos de 2006 em Torino./ WASHINGTON POST, NEW YORK TIMES E REUTERS

WASHINGTON - O presidente Joe Biden ou outros membros do governo dos Estados Unidos não irão aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim em fevereiro de 2022, em uma retaliação diplomática à China. O anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 6, pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

A medida, segundo o anúncio, é um boicote diplomático para pressionar a China devido a violações de direitos humanos em Hong Kong e Xinjiang. A decisão não afeta os atletas americanos, que poderão competir nos jogos, mas determina que não haverá a presença da delegação oficial dos Estados Unidos, uma quebra de tradição por parte do país.

“O governo Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Pequim 2022, devido ao genocídio em andamento e aos crimes contra a humanidade em Xinjiang e outros abusos dos direitos humanos”, disse Psaki.

O presidente Joe Biden vinha sofrendo pressões de Democratas e Republicanos para promover o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim Foto: Tasos Katopodis/EFE

“Os atletas da equipe dos EUA têm todo o nosso apoio. Estaremos 100% com eles enquanto torcemos em casa. Não estaremos contribuindo para a fanfarra dos jogos. ”

Pressões internas para o boicote

O governo americano vem sofrendo pressões de ambos os partidos e defensores de direitos humanos há meses para um boicote aos jogos devido às políticas repressivas de Pequim contra ativistas em Hong Kong e aos muçulmanos uigures na região de Xinjiang. Em março, o governo declarou o tratamento dado pela China aos muçulmanos uigures como um genocídio.

Muitos críticos do governo chinês apontavam o boicote diplomático como uma alternativa que não prejudicaria os atletas americanos. Alguns congressistas, porém, defendiam um completo boicote aos jogos.

Os apelos ao boicote só se intensificaram após o desaparecimento da estrela do tênis Peng Shuai, que acusou um importante líder do Partido Comunista Chinês de agressão sexual.

O anúncio foi feito semanas depois que o presidente Biden disse que o governo estava considerando um boicote diplomático aos Jogos de Inverno, uma quebra da tradição de usar uma delegação para mostrar apoio aos atletas americanos e ao país que sedia as Olimpíadas.

A decisão contrasta com a de 1980, quando o presidente Jimmy Carter determinou que tanto as autoridades quanto os atletas dos EUA deveriam ficar de fora dos Jogos de Verão em Moscou, em resposta à invasão soviética do Afeganistão. 

O governo dos EUA não pode barrar unilateralmente os atletas das Olimpíadas ou declarar um boicote. O Comitê Olímpico e Paraolímpico dos Estados Unidos, uma organização independente sem fins lucrativos, tem autoridade exclusiva para fazer a decisão final.

A porta-voz do governo Joe Biden, Jen Psaki Foto: Jonathan Ernst/Reuters

China chama decisão de arrogante

Antes mesmo do anúncio, quando Biden havia apenas avisado que estava considerando a retaliação, a China respondeu. “Quero enfatizar que os Jogos Olímpicos de Inverno não são um palco para postura e manipulação política”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os políticos americanos continuam promovendo um 'boicote diplomático', mesmo sem terem sido convidados para os Jogos. Este pensamento e pura arrogância visam a manipulação política."

Nesta terça-feira, 7, a China alertou que o boicote diplomático aos Jogos Olímpicos poderia prejudicar o diálogo bilateral e a cooperação em áreas importantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que a "trama" dos Estados Unidos de tentar interromper as Olimpíadas estava fadada ao fracasso, levando à perda de "autoridade moral e credibilidade". A China se opôs ao boicote e tomaria "medidas contrárias resolutas", reforçou Zhao.

Líderes do governo e outros oficiais normalmente são convidados a assistrem aos Jogos de Verão e de Inverno a pedido dos organizadores. Eles geralmente se sentam em seções privadas, distantes dos outros presentes. Em algumas ocasiões, as delegações incluem presidentes ou chefes de estado, mas os países costumam enviar embaixadores, familiares presidenciais e outros líderes eleitos.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram fechados para espectadores, mas representantes diplomáticos e altos-fncionários foram permitidos nos locais. O reduzido contingente dos EUA era liderado por Jill Biden, a primeira-dama; Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas; e Raymond Greene, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Tóquio.

O presidente Donald Trump ficou em casa durante as Olimpíadas de 2018 PyeongChang, mas enviou uma delegação que incluía o vice-presidente Mike Pence e Ivanka Trump.

Vários presidentes dos EUA também participaram das Olimpíadas de Verão e de Inverno. O presidente Barack Obama viajou para os Jogos de 2012 em Londres e o presidente George W. Bush participou dos Jogos de 2006 em Torino./ WASHINGTON POST, NEW YORK TIMES E REUTERS

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