Os Estados Unidos declararam nesta quarta-feira, 22, que a criação de um Estado Palestino deve acontecer por meio de “negociações diretas” entre os envolvidos, e não por um “reconhecimento unilateral”, rejeitando a iniciativa da Espanha, da Irlanda e da Noruega de reconhecer um Estado Palestino.
“O presidente (Joe Biden) é um forte apoiador de uma solução de dois Estados e tem sido assim ao longo de sua carreira”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos para a CNN. “Ele acredita que um Estado Palestino aconteceria por meio de negociações diretas entre as duas partes, não pelo reconhecimento unilateral.”
Leia Também:
Em um discurso na formatura da Morehouse College, em Atlanta, no domingo, 19, Biden declarou que apoiava a solução de dois Estados. “Estou trabalhando para garantir que finalmente consigamos uma solução de dois Estados – a única solução para os dois povos viverem em paz, segurança e dignidade”, afirmou.
O anúncio feito pelos três países europeus nesta quarta-feira, embora simbólico, aprofunda o isolamento de Israel depois de quase oito meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
Como reação, Binyamin Netanyahu convocou os embaixadores dos três países, acusando os europeus de “recompensarem” o Hamas pelo ataque de 7 de outubro.
Também em resposta, o Ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, fez uma visita ao complexo da mesquita de Al-Aqsa — um ponto crítico em Jerusalém que é sagrado para muçulmanos e judeus, que se referem a ele como o Monte do Templo. Na visita, declarou: “nós não permitiremos sequer uma declaração sobre o Estado Palestino”, disse.
O governo de Netanyahu opõe-se à criação de um Estado Palestino e afirma que o conflito só pode ser resolvido através de negociações diretas./Com Associated Press.