Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira, 2, uma série de sanções que visam os programas de mísseis balísticos e drones do Irã, bem como a sua capacidade de travar uma guerra cibernética contra os EUA. Cinco empresas e seis funcionários iranianos foram penalizados pelo fornecimento de material e tecnologia sensíveis.
Cinco empresas sediadas no Irã e em Hong Kong que fazem parte do que o Tesouro chamou de rede secreta de compras para os programas de mísseis e drones do Irã foram alvos das sanções. Em uma ação separada, seis funcionários do comando cibernético do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã, uma organização governamental acusada por uma série de atividades cibernéticas maliciosas contra os Estados Unidos e em outros países, também foram sancionados.
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O Tesouro vinculou as sanções aos recentes ataques de grupos apoiados pelo Irã contra as forças dos Estados Unidos no Oriente Médio, incluindo o que matou três reservistas americanos e feriu mais de 30 pessoas em um posto avançado dos Estados Unidos na Jordânia.
A proliferação iraniana “continua sendo uma ameaça crítica à estabilidade da região”, disse o subsecretário para o Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, em comunicado nesta a sexta-feira. As sanções relacionadas ao ciberespaço destinavam-se a punir o Irã pelo “ataque deliberado a infraestruturas críticas”, disse em comunicado separado.
Autoridades dos Estados Unidos alertaram que iriam intensificar as sanções contra o Irã e prometeram dar uma reposta ao ataque na Jordânia. Foi a primeira vez que militares dos EUA morreram por fogo inimigo desde que a guerra em Gaza elevou a tensão no Oriente Médio e as tropas americanas passaram a ser alvo dos grupos financiados por Teerã principalmente no Iraque e na Síria.
O conflito que abala a região foi desencadeado pelo ataque terrorista do Hamas contra Israel, que matou 1,2 mil pessoas./Bloomberg e EFE.