EUA se dizem contra realocação de palestinos no Egito e pressionam Israel para evitar mortes em Gaza


Com expectativa para ofensiva no sul do enclave, governo americano pede que zonas de segurança sejam criadas para proteção de civis

Por Redação

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 22, que a Casa Branca não apoiará uma retirada forçada dos civis palestinos da Faixa de Gaza para o Egito em meio à ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas. A declaração, tornada pública depois de telefonema com o presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sissi, depois de alguns membros do establishment político israelense defenderem uma solução nesse sentido.

Em conversas separadas com autoridades israelenses, Biden também pediu que o país faça de tudo para poupar civis em operações militares no sul de Gaza, para onde a população do enclave fugiu após a primeira fase da invasão, concentrada no norte do território.

Biden disse que Gaza não poderá seguir como um santuário do Hamas. Mas reiterou que “sob nenhuma circunstância os EUA permitirão o deslocamento forçado de civis de Gaza ou da Cisjordânia para o Egito”, disse a Casa Branca. “Os EUA também não permitirão um redesenho das fronteiras de Gaza.”

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No fim de outubro, O governo de Israel elaborou um plano de transferência de civis da Faixa de Gaza para a península de Sinai, no Egito, em meio ao conflito contra o grupo terrorista Hamas, segundo documentos internos do governo israelense divulgados pela imprensa local. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o documento, elaborado por um ministério do governo sem poder de decisão, é um ”exercício hipotético”.

O americano elogiou o esforço do Egito no acordo pela trégua de quatro dias na guerra em troca da liberação de 50 pessoas sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro e mantidas como reféns do Hamas. Os presidentes também discutiram uma coordenação para aumentar a assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, informou a Casa Branca.

Palestinos andam sobre os escombros de gaza destruída após ataque aéreo israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.  Foto: AP / Mohammed Dahman
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Em paralelo, o governo americano pressiona Israel para estabelecer zonas seguras para os civis, restaurar serviços básicos, como água e eletricidade, e considerar a extensão da trégua, caso seja possível libertar mais reféns. O governo Binyamin Netanyahu, no entanto, tem negado os pedidos por um cessar-fogo prolongado apesar da pressão internacional.

Os Estados Unidos são um dos principais aliados de Tel-Aviv e tem reafirmado o seu direito de defesa depois do ataque terrorista que matou 1.200 pessoas e levou cerca de 240 como reféns. Mesmo assim, a Casa Branca tem expressado preocupação com o elevado número de mortes no enclave – cerca de 13 mil, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. O temor é que Israel fique cada vez mais isolado.

Esse desgaste perante a comunidade internacional tende a aumentar com uma esperada ofensiva das forças israelenses e os Estados Unidos não escondem a preocupação.

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No início da guerra, Tel-Aviv insistiu que os civis deveriam deixar o norte do enclave para avançar na cidade de Gaza. Milhares de palestinos cumpriram a ordem e fugiram para o sul. Mas a região continuou sendo alvo de bombardeios e agora deve ser palco de um avanço israelense. Por isso, o esforço da Casa Branca para garantir as zonas de segurança.

Autoridades americanas disseram aos colegas israelenses que uma ofensiva no sul com alto número de vítimas civis aprofundaria o isolamento de Tel-Aviv, principalmente, entre os vizinhos árabes, que tem criticado a escalada da violência e pedido por cessar-fogo.

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“Deixamos claro para eles, assim como deixamos claro publicamente. Nós achamos que eles não devem avançar com novas atividades no sul até que tenham adotado as medidas adequadas para dar conta das necessidades humanitárias”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller.

As zonas de segurança têm sigo negociadas pelo enviado especial dos EUA David Satterfield com autoridades israelenses. E a expectativa é que a trégua de quatro dias dê tempo suficiente para um acordo.

Enquanto esperam pelo cessar-fogo, que só deve começar a partir de sexta-feira, os Estados Unidos já posicionaram a ajuda humanitária no Egito para que seja entregue rapidamente na Faixa de Gaza assim que os combates cessarem. Segundo as autoridades americanas, água e eletricidade para os hospitais são a prioridade./The New York Times

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 22, que a Casa Branca não apoiará uma retirada forçada dos civis palestinos da Faixa de Gaza para o Egito em meio à ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas. A declaração, tornada pública depois de telefonema com o presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sissi, depois de alguns membros do establishment político israelense defenderem uma solução nesse sentido.

Em conversas separadas com autoridades israelenses, Biden também pediu que o país faça de tudo para poupar civis em operações militares no sul de Gaza, para onde a população do enclave fugiu após a primeira fase da invasão, concentrada no norte do território.

Biden disse que Gaza não poderá seguir como um santuário do Hamas. Mas reiterou que “sob nenhuma circunstância os EUA permitirão o deslocamento forçado de civis de Gaza ou da Cisjordânia para o Egito”, disse a Casa Branca. “Os EUA também não permitirão um redesenho das fronteiras de Gaza.”

No fim de outubro, O governo de Israel elaborou um plano de transferência de civis da Faixa de Gaza para a península de Sinai, no Egito, em meio ao conflito contra o grupo terrorista Hamas, segundo documentos internos do governo israelense divulgados pela imprensa local. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o documento, elaborado por um ministério do governo sem poder de decisão, é um ”exercício hipotético”.

O americano elogiou o esforço do Egito no acordo pela trégua de quatro dias na guerra em troca da liberação de 50 pessoas sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro e mantidas como reféns do Hamas. Os presidentes também discutiram uma coordenação para aumentar a assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, informou a Casa Branca.

Palestinos andam sobre os escombros de gaza destruída após ataque aéreo israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.  Foto: AP / Mohammed Dahman

Em paralelo, o governo americano pressiona Israel para estabelecer zonas seguras para os civis, restaurar serviços básicos, como água e eletricidade, e considerar a extensão da trégua, caso seja possível libertar mais reféns. O governo Binyamin Netanyahu, no entanto, tem negado os pedidos por um cessar-fogo prolongado apesar da pressão internacional.

Os Estados Unidos são um dos principais aliados de Tel-Aviv e tem reafirmado o seu direito de defesa depois do ataque terrorista que matou 1.200 pessoas e levou cerca de 240 como reféns. Mesmo assim, a Casa Branca tem expressado preocupação com o elevado número de mortes no enclave – cerca de 13 mil, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. O temor é que Israel fique cada vez mais isolado.

Esse desgaste perante a comunidade internacional tende a aumentar com uma esperada ofensiva das forças israelenses e os Estados Unidos não escondem a preocupação.

No início da guerra, Tel-Aviv insistiu que os civis deveriam deixar o norte do enclave para avançar na cidade de Gaza. Milhares de palestinos cumpriram a ordem e fugiram para o sul. Mas a região continuou sendo alvo de bombardeios e agora deve ser palco de um avanço israelense. Por isso, o esforço da Casa Branca para garantir as zonas de segurança.

Autoridades americanas disseram aos colegas israelenses que uma ofensiva no sul com alto número de vítimas civis aprofundaria o isolamento de Tel-Aviv, principalmente, entre os vizinhos árabes, que tem criticado a escalada da violência e pedido por cessar-fogo.

“Deixamos claro para eles, assim como deixamos claro publicamente. Nós achamos que eles não devem avançar com novas atividades no sul até que tenham adotado as medidas adequadas para dar conta das necessidades humanitárias”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller.

As zonas de segurança têm sigo negociadas pelo enviado especial dos EUA David Satterfield com autoridades israelenses. E a expectativa é que a trégua de quatro dias dê tempo suficiente para um acordo.

Enquanto esperam pelo cessar-fogo, que só deve começar a partir de sexta-feira, os Estados Unidos já posicionaram a ajuda humanitária no Egito para que seja entregue rapidamente na Faixa de Gaza assim que os combates cessarem. Segundo as autoridades americanas, água e eletricidade para os hospitais são a prioridade./The New York Times

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 22, que a Casa Branca não apoiará uma retirada forçada dos civis palestinos da Faixa de Gaza para o Egito em meio à ofensiva de Israel contra o grupo terrorista Hamas. A declaração, tornada pública depois de telefonema com o presidente egípcio Abdel Fatah Al-Sissi, depois de alguns membros do establishment político israelense defenderem uma solução nesse sentido.

Em conversas separadas com autoridades israelenses, Biden também pediu que o país faça de tudo para poupar civis em operações militares no sul de Gaza, para onde a população do enclave fugiu após a primeira fase da invasão, concentrada no norte do território.

Biden disse que Gaza não poderá seguir como um santuário do Hamas. Mas reiterou que “sob nenhuma circunstância os EUA permitirão o deslocamento forçado de civis de Gaza ou da Cisjordânia para o Egito”, disse a Casa Branca. “Os EUA também não permitirão um redesenho das fronteiras de Gaza.”

No fim de outubro, O governo de Israel elaborou um plano de transferência de civis da Faixa de Gaza para a península de Sinai, no Egito, em meio ao conflito contra o grupo terrorista Hamas, segundo documentos internos do governo israelense divulgados pela imprensa local. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o documento, elaborado por um ministério do governo sem poder de decisão, é um ”exercício hipotético”.

O americano elogiou o esforço do Egito no acordo pela trégua de quatro dias na guerra em troca da liberação de 50 pessoas sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro e mantidas como reféns do Hamas. Os presidentes também discutiram uma coordenação para aumentar a assistência humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza, informou a Casa Branca.

Palestinos andam sobre os escombros de gaza destruída após ataque aéreo israelense em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.  Foto: AP / Mohammed Dahman

Em paralelo, o governo americano pressiona Israel para estabelecer zonas seguras para os civis, restaurar serviços básicos, como água e eletricidade, e considerar a extensão da trégua, caso seja possível libertar mais reféns. O governo Binyamin Netanyahu, no entanto, tem negado os pedidos por um cessar-fogo prolongado apesar da pressão internacional.

Os Estados Unidos são um dos principais aliados de Tel-Aviv e tem reafirmado o seu direito de defesa depois do ataque terrorista que matou 1.200 pessoas e levou cerca de 240 como reféns. Mesmo assim, a Casa Branca tem expressado preocupação com o elevado número de mortes no enclave – cerca de 13 mil, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. O temor é que Israel fique cada vez mais isolado.

Esse desgaste perante a comunidade internacional tende a aumentar com uma esperada ofensiva das forças israelenses e os Estados Unidos não escondem a preocupação.

No início da guerra, Tel-Aviv insistiu que os civis deveriam deixar o norte do enclave para avançar na cidade de Gaza. Milhares de palestinos cumpriram a ordem e fugiram para o sul. Mas a região continuou sendo alvo de bombardeios e agora deve ser palco de um avanço israelense. Por isso, o esforço da Casa Branca para garantir as zonas de segurança.

Autoridades americanas disseram aos colegas israelenses que uma ofensiva no sul com alto número de vítimas civis aprofundaria o isolamento de Tel-Aviv, principalmente, entre os vizinhos árabes, que tem criticado a escalada da violência e pedido por cessar-fogo.

“Deixamos claro para eles, assim como deixamos claro publicamente. Nós achamos que eles não devem avançar com novas atividades no sul até que tenham adotado as medidas adequadas para dar conta das necessidades humanitárias”, disse o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller.

As zonas de segurança têm sigo negociadas pelo enviado especial dos EUA David Satterfield com autoridades israelenses. E a expectativa é que a trégua de quatro dias dê tempo suficiente para um acordo.

Enquanto esperam pelo cessar-fogo, que só deve começar a partir de sexta-feira, os Estados Unidos já posicionaram a ajuda humanitária no Egito para que seja entregue rapidamente na Faixa de Gaza assim que os combates cessarem. Segundo as autoridades americanas, água e eletricidade para os hospitais são a prioridade./The New York Times

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