EUA: aviões ficaram a 60 metros de bater por erro no controlador de tráfego, mostra relatório


O controlador de tráfego aéreo iberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx antes de um jato da Southwest Airlines decolar

Por Redação
Atualização:

Um relatório divulgada na quinta-feira, 6, afirma que duas aeronaves ficaram a menos de 60 metros de colidirem no Aeroporto Internacional Austin-Bergstrom, no Texas, devido a um equívoco do controlador de tráfego aéreo. O funcionário liberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx no momento em que um jato da Southwest Airlines se preparava para decolar sob uma densa neblina, no ano passado.

De acordo com Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), ´responsável pela investigação que resultou no relatório, os pilotos do Boeing 737 da Southwest não informaram ao controlador que precisavam de mais tempo na pista antes de iniciar a decolagem. O NTSB divulgou em suas redes sociais uma animação que demonstra como foi o quase acidente (veja abaixo).

O desastre foi evitado no último momento porque os pilotos do Boeing 767 da FedEx identificaram e desviaram da aeronave da companhia norte-americana, que transportava 128 passageiros e tripulantes. “Este incidente poderia ter sido catastrófico, se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, durante a audiência.

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Arremetida de última hora

O NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) por não exigir um radar terrestre ou tecnologia no aeroporto que ajudasse o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. O funcionário disse que não conseguiu ver o jato da Southwest taxiando até a pista de decolagem.

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Em depoimento aos investigadores, o controlador disse ter pensado que a decolagem do jato da Southwest fosse mais rápida. Ele afirmou que poderia ter feito a tripulação da Southwest esperar até que o avião da FedEx pousasse.

A tecnologia de rastreamento terrestre é usada em 43 aeroportos norte-americanos. A FAA anunciou planos para disponibilizar a tecnologia de rastreamento baseada em GPS para mais aeroportos, incluindo o de Austin-Bergstrom.

Um dos membros do conselho, Michael Graham, chamou o quase acidente de uma falha na segurança da aviação. “Tivemos dois aviões a menos de 60 metros um do outro, e isso não deveria acontecer,” disse.

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Graham destacou as decisões inadequadas tomadas pela tripulação da companhia norte-americana. “Se não fosse pela arremetida de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”, avaliou.

Os pilotos da Southwest demoraram para acelerar o motor do Boeing porque ainda estavam a 167 metros da pista quando informaram ao controlador que iriam decolar, segundo os investigadores. Para o ex-capitão de companhia aérea e investigador, Warren Abrams, os comandantes deveriam ter comunicado que precisavam de mais tempo.

O copiloto da FedEx, Robert Bradeen Jr., foi ovacionado pelos presentes na audiência. Já o capitão da FedEx, Hugo Carvajal III, que não estava na sessão, disse anteriormente aos investigadores que ficou irritado e perplexo quando ouviu o controlador autorizar o jato da Southwest a decolar da mesma pista que ele estava se aproximando.

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Histórico de incidentes

No ano passado, vários incidentes, como o do aeroporto do Texas, levaram a FAA a convocar uma “cúpula de segurança” com participantes da indústria da aviação.

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Representantes da instituição defendem que a aviação nos EUA nunca foi tão segura. Um painel de especialistas independentes, no entanto, concluiu que a margem de segurança da operação de aeronaves norte-americanas diminuiu no ano passado. Eles afirmaram que a FAA precisa investir em profissionais e tecnologias para gerenciar o espaço aéreo do país.

“Por mais alarmantes que sejam, eventos como (o de Austin) são raros. A aviação comercial é de longe o nosso modo de transporte mais seguro,” disse a presidente da NTSB. “Mas a verdade sombria é que basta um erro” que “pode levar a uma tragédia, destruir nosso histórico estelar de segurança e minar a confiança do público em nosso sistema de aviação.”

Dados da FAA apontam que houve 23 incidentes graves envolvendo um ou mais aviões em pistas de aeroportos no país, em 2023. O dado representa uma alta com relação ao ano anterior, que teve 16 quase acidentes.

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“Estamos indo na direção errada,” disse a presidente da junta. A NTSB planeja publicar seu relatório sobre o incidente em Austin nas próximas semanas.

A FAA se defendeu dizendo que a taxa de incidentes caiu 59% até o momento, neste ano, na comparação com 2023.

A agência disse que melhorou a tecnologia de rastreamento em vários aeroportos, incluindo Austin, onde a torre agora possui uma ferramenta chamada “verificação de aproximação da pista” e simuladores modernizados para treinamento. Eles também se comprometeram em revisar as recomendações da NTSB.

“Nossa principal prioridade é a segurança do público voador”, disse a agência, “e a FAA e a comunidade da aviação continuam a perseguir o objetivo de zero incidente grave”. / COM REPORTAGEM DA AP

Um relatório divulgada na quinta-feira, 6, afirma que duas aeronaves ficaram a menos de 60 metros de colidirem no Aeroporto Internacional Austin-Bergstrom, no Texas, devido a um equívoco do controlador de tráfego aéreo. O funcionário liberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx no momento em que um jato da Southwest Airlines se preparava para decolar sob uma densa neblina, no ano passado.

De acordo com Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), ´responsável pela investigação que resultou no relatório, os pilotos do Boeing 737 da Southwest não informaram ao controlador que precisavam de mais tempo na pista antes de iniciar a decolagem. O NTSB divulgou em suas redes sociais uma animação que demonstra como foi o quase acidente (veja abaixo).

O desastre foi evitado no último momento porque os pilotos do Boeing 767 da FedEx identificaram e desviaram da aeronave da companhia norte-americana, que transportava 128 passageiros e tripulantes. “Este incidente poderia ter sido catastrófico, se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, durante a audiência.

Arremetida de última hora

O NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) por não exigir um radar terrestre ou tecnologia no aeroporto que ajudasse o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. O funcionário disse que não conseguiu ver o jato da Southwest taxiando até a pista de decolagem.

Em depoimento aos investigadores, o controlador disse ter pensado que a decolagem do jato da Southwest fosse mais rápida. Ele afirmou que poderia ter feito a tripulação da Southwest esperar até que o avião da FedEx pousasse.

A tecnologia de rastreamento terrestre é usada em 43 aeroportos norte-americanos. A FAA anunciou planos para disponibilizar a tecnologia de rastreamento baseada em GPS para mais aeroportos, incluindo o de Austin-Bergstrom.

Um dos membros do conselho, Michael Graham, chamou o quase acidente de uma falha na segurança da aviação. “Tivemos dois aviões a menos de 60 metros um do outro, e isso não deveria acontecer,” disse.

Graham destacou as decisões inadequadas tomadas pela tripulação da companhia norte-americana. “Se não fosse pela arremetida de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”, avaliou.

Os pilotos da Southwest demoraram para acelerar o motor do Boeing porque ainda estavam a 167 metros da pista quando informaram ao controlador que iriam decolar, segundo os investigadores. Para o ex-capitão de companhia aérea e investigador, Warren Abrams, os comandantes deveriam ter comunicado que precisavam de mais tempo.

O copiloto da FedEx, Robert Bradeen Jr., foi ovacionado pelos presentes na audiência. Já o capitão da FedEx, Hugo Carvajal III, que não estava na sessão, disse anteriormente aos investigadores que ficou irritado e perplexo quando ouviu o controlador autorizar o jato da Southwest a decolar da mesma pista que ele estava se aproximando.

Histórico de incidentes

No ano passado, vários incidentes, como o do aeroporto do Texas, levaram a FAA a convocar uma “cúpula de segurança” com participantes da indústria da aviação.

Representantes da instituição defendem que a aviação nos EUA nunca foi tão segura. Um painel de especialistas independentes, no entanto, concluiu que a margem de segurança da operação de aeronaves norte-americanas diminuiu no ano passado. Eles afirmaram que a FAA precisa investir em profissionais e tecnologias para gerenciar o espaço aéreo do país.

“Por mais alarmantes que sejam, eventos como (o de Austin) são raros. A aviação comercial é de longe o nosso modo de transporte mais seguro,” disse a presidente da NTSB. “Mas a verdade sombria é que basta um erro” que “pode levar a uma tragédia, destruir nosso histórico estelar de segurança e minar a confiança do público em nosso sistema de aviação.”

Dados da FAA apontam que houve 23 incidentes graves envolvendo um ou mais aviões em pistas de aeroportos no país, em 2023. O dado representa uma alta com relação ao ano anterior, que teve 16 quase acidentes.

“Estamos indo na direção errada,” disse a presidente da junta. A NTSB planeja publicar seu relatório sobre o incidente em Austin nas próximas semanas.

A FAA se defendeu dizendo que a taxa de incidentes caiu 59% até o momento, neste ano, na comparação com 2023.

A agência disse que melhorou a tecnologia de rastreamento em vários aeroportos, incluindo Austin, onde a torre agora possui uma ferramenta chamada “verificação de aproximação da pista” e simuladores modernizados para treinamento. Eles também se comprometeram em revisar as recomendações da NTSB.

“Nossa principal prioridade é a segurança do público voador”, disse a agência, “e a FAA e a comunidade da aviação continuam a perseguir o objetivo de zero incidente grave”. / COM REPORTAGEM DA AP

Um relatório divulgada na quinta-feira, 6, afirma que duas aeronaves ficaram a menos de 60 metros de colidirem no Aeroporto Internacional Austin-Bergstrom, no Texas, devido a um equívoco do controlador de tráfego aéreo. O funcionário liberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx no momento em que um jato da Southwest Airlines se preparava para decolar sob uma densa neblina, no ano passado.

De acordo com Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), ´responsável pela investigação que resultou no relatório, os pilotos do Boeing 737 da Southwest não informaram ao controlador que precisavam de mais tempo na pista antes de iniciar a decolagem. O NTSB divulgou em suas redes sociais uma animação que demonstra como foi o quase acidente (veja abaixo).

O desastre foi evitado no último momento porque os pilotos do Boeing 767 da FedEx identificaram e desviaram da aeronave da companhia norte-americana, que transportava 128 passageiros e tripulantes. “Este incidente poderia ter sido catastrófico, se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, durante a audiência.

Arremetida de última hora

O NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) por não exigir um radar terrestre ou tecnologia no aeroporto que ajudasse o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. O funcionário disse que não conseguiu ver o jato da Southwest taxiando até a pista de decolagem.

Em depoimento aos investigadores, o controlador disse ter pensado que a decolagem do jato da Southwest fosse mais rápida. Ele afirmou que poderia ter feito a tripulação da Southwest esperar até que o avião da FedEx pousasse.

A tecnologia de rastreamento terrestre é usada em 43 aeroportos norte-americanos. A FAA anunciou planos para disponibilizar a tecnologia de rastreamento baseada em GPS para mais aeroportos, incluindo o de Austin-Bergstrom.

Um dos membros do conselho, Michael Graham, chamou o quase acidente de uma falha na segurança da aviação. “Tivemos dois aviões a menos de 60 metros um do outro, e isso não deveria acontecer,” disse.

Graham destacou as decisões inadequadas tomadas pela tripulação da companhia norte-americana. “Se não fosse pela arremetida de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”, avaliou.

Os pilotos da Southwest demoraram para acelerar o motor do Boeing porque ainda estavam a 167 metros da pista quando informaram ao controlador que iriam decolar, segundo os investigadores. Para o ex-capitão de companhia aérea e investigador, Warren Abrams, os comandantes deveriam ter comunicado que precisavam de mais tempo.

O copiloto da FedEx, Robert Bradeen Jr., foi ovacionado pelos presentes na audiência. Já o capitão da FedEx, Hugo Carvajal III, que não estava na sessão, disse anteriormente aos investigadores que ficou irritado e perplexo quando ouviu o controlador autorizar o jato da Southwest a decolar da mesma pista que ele estava se aproximando.

Histórico de incidentes

No ano passado, vários incidentes, como o do aeroporto do Texas, levaram a FAA a convocar uma “cúpula de segurança” com participantes da indústria da aviação.

Representantes da instituição defendem que a aviação nos EUA nunca foi tão segura. Um painel de especialistas independentes, no entanto, concluiu que a margem de segurança da operação de aeronaves norte-americanas diminuiu no ano passado. Eles afirmaram que a FAA precisa investir em profissionais e tecnologias para gerenciar o espaço aéreo do país.

“Por mais alarmantes que sejam, eventos como (o de Austin) são raros. A aviação comercial é de longe o nosso modo de transporte mais seguro,” disse a presidente da NTSB. “Mas a verdade sombria é que basta um erro” que “pode levar a uma tragédia, destruir nosso histórico estelar de segurança e minar a confiança do público em nosso sistema de aviação.”

Dados da FAA apontam que houve 23 incidentes graves envolvendo um ou mais aviões em pistas de aeroportos no país, em 2023. O dado representa uma alta com relação ao ano anterior, que teve 16 quase acidentes.

“Estamos indo na direção errada,” disse a presidente da junta. A NTSB planeja publicar seu relatório sobre o incidente em Austin nas próximas semanas.

A FAA se defendeu dizendo que a taxa de incidentes caiu 59% até o momento, neste ano, na comparação com 2023.

A agência disse que melhorou a tecnologia de rastreamento em vários aeroportos, incluindo Austin, onde a torre agora possui uma ferramenta chamada “verificação de aproximação da pista” e simuladores modernizados para treinamento. Eles também se comprometeram em revisar as recomendações da NTSB.

“Nossa principal prioridade é a segurança do público voador”, disse a agência, “e a FAA e a comunidade da aviação continuam a perseguir o objetivo de zero incidente grave”. / COM REPORTAGEM DA AP

Um relatório divulgada na quinta-feira, 6, afirma que duas aeronaves ficaram a menos de 60 metros de colidirem no Aeroporto Internacional Austin-Bergstrom, no Texas, devido a um equívoco do controlador de tráfego aéreo. O funcionário liberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx no momento em que um jato da Southwest Airlines se preparava para decolar sob uma densa neblina, no ano passado.

De acordo com Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), ´responsável pela investigação que resultou no relatório, os pilotos do Boeing 737 da Southwest não informaram ao controlador que precisavam de mais tempo na pista antes de iniciar a decolagem. O NTSB divulgou em suas redes sociais uma animação que demonstra como foi o quase acidente (veja abaixo).

O desastre foi evitado no último momento porque os pilotos do Boeing 767 da FedEx identificaram e desviaram da aeronave da companhia norte-americana, que transportava 128 passageiros e tripulantes. “Este incidente poderia ter sido catastrófico, se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, durante a audiência.

Arremetida de última hora

O NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) por não exigir um radar terrestre ou tecnologia no aeroporto que ajudasse o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. O funcionário disse que não conseguiu ver o jato da Southwest taxiando até a pista de decolagem.

Em depoimento aos investigadores, o controlador disse ter pensado que a decolagem do jato da Southwest fosse mais rápida. Ele afirmou que poderia ter feito a tripulação da Southwest esperar até que o avião da FedEx pousasse.

A tecnologia de rastreamento terrestre é usada em 43 aeroportos norte-americanos. A FAA anunciou planos para disponibilizar a tecnologia de rastreamento baseada em GPS para mais aeroportos, incluindo o de Austin-Bergstrom.

Um dos membros do conselho, Michael Graham, chamou o quase acidente de uma falha na segurança da aviação. “Tivemos dois aviões a menos de 60 metros um do outro, e isso não deveria acontecer,” disse.

Graham destacou as decisões inadequadas tomadas pela tripulação da companhia norte-americana. “Se não fosse pela arremetida de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”, avaliou.

Os pilotos da Southwest demoraram para acelerar o motor do Boeing porque ainda estavam a 167 metros da pista quando informaram ao controlador que iriam decolar, segundo os investigadores. Para o ex-capitão de companhia aérea e investigador, Warren Abrams, os comandantes deveriam ter comunicado que precisavam de mais tempo.

O copiloto da FedEx, Robert Bradeen Jr., foi ovacionado pelos presentes na audiência. Já o capitão da FedEx, Hugo Carvajal III, que não estava na sessão, disse anteriormente aos investigadores que ficou irritado e perplexo quando ouviu o controlador autorizar o jato da Southwest a decolar da mesma pista que ele estava se aproximando.

Histórico de incidentes

No ano passado, vários incidentes, como o do aeroporto do Texas, levaram a FAA a convocar uma “cúpula de segurança” com participantes da indústria da aviação.

Representantes da instituição defendem que a aviação nos EUA nunca foi tão segura. Um painel de especialistas independentes, no entanto, concluiu que a margem de segurança da operação de aeronaves norte-americanas diminuiu no ano passado. Eles afirmaram que a FAA precisa investir em profissionais e tecnologias para gerenciar o espaço aéreo do país.

“Por mais alarmantes que sejam, eventos como (o de Austin) são raros. A aviação comercial é de longe o nosso modo de transporte mais seguro,” disse a presidente da NTSB. “Mas a verdade sombria é que basta um erro” que “pode levar a uma tragédia, destruir nosso histórico estelar de segurança e minar a confiança do público em nosso sistema de aviação.”

Dados da FAA apontam que houve 23 incidentes graves envolvendo um ou mais aviões em pistas de aeroportos no país, em 2023. O dado representa uma alta com relação ao ano anterior, que teve 16 quase acidentes.

“Estamos indo na direção errada,” disse a presidente da junta. A NTSB planeja publicar seu relatório sobre o incidente em Austin nas próximas semanas.

A FAA se defendeu dizendo que a taxa de incidentes caiu 59% até o momento, neste ano, na comparação com 2023.

A agência disse que melhorou a tecnologia de rastreamento em vários aeroportos, incluindo Austin, onde a torre agora possui uma ferramenta chamada “verificação de aproximação da pista” e simuladores modernizados para treinamento. Eles também se comprometeram em revisar as recomendações da NTSB.

“Nossa principal prioridade é a segurança do público voador”, disse a agência, “e a FAA e a comunidade da aviação continuam a perseguir o objetivo de zero incidente grave”. / COM REPORTAGEM DA AP

Um relatório divulgada na quinta-feira, 6, afirma que duas aeronaves ficaram a menos de 60 metros de colidirem no Aeroporto Internacional Austin-Bergstrom, no Texas, devido a um equívoco do controlador de tráfego aéreo. O funcionário liberou a aterrissagem de um avião de carga da FedEx no momento em que um jato da Southwest Airlines se preparava para decolar sob uma densa neblina, no ano passado.

De acordo com Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), ´responsável pela investigação que resultou no relatório, os pilotos do Boeing 737 da Southwest não informaram ao controlador que precisavam de mais tempo na pista antes de iniciar a decolagem. O NTSB divulgou em suas redes sociais uma animação que demonstra como foi o quase acidente (veja abaixo).

O desastre foi evitado no último momento porque os pilotos do Boeing 767 da FedEx identificaram e desviaram da aeronave da companhia norte-americana, que transportava 128 passageiros e tripulantes. “Este incidente poderia ter sido catastrófico, se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse a presidente do NTSB, Jennifer Homendy, durante a audiência.

Arremetida de última hora

O NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) por não exigir um radar terrestre ou tecnologia no aeroporto que ajudasse o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell a rastrear os aviões. O funcionário disse que não conseguiu ver o jato da Southwest taxiando até a pista de decolagem.

Em depoimento aos investigadores, o controlador disse ter pensado que a decolagem do jato da Southwest fosse mais rápida. Ele afirmou que poderia ter feito a tripulação da Southwest esperar até que o avião da FedEx pousasse.

A tecnologia de rastreamento terrestre é usada em 43 aeroportos norte-americanos. A FAA anunciou planos para disponibilizar a tecnologia de rastreamento baseada em GPS para mais aeroportos, incluindo o de Austin-Bergstrom.

Um dos membros do conselho, Michael Graham, chamou o quase acidente de uma falha na segurança da aviação. “Tivemos dois aviões a menos de 60 metros um do outro, e isso não deveria acontecer,” disse.

Graham destacou as decisões inadequadas tomadas pela tripulação da companhia norte-americana. “Se não fosse pela arremetida de última hora da tripulação da FedEx, poderíamos estar tendo uma discussão diferente hoje”, avaliou.

Os pilotos da Southwest demoraram para acelerar o motor do Boeing porque ainda estavam a 167 metros da pista quando informaram ao controlador que iriam decolar, segundo os investigadores. Para o ex-capitão de companhia aérea e investigador, Warren Abrams, os comandantes deveriam ter comunicado que precisavam de mais tempo.

O copiloto da FedEx, Robert Bradeen Jr., foi ovacionado pelos presentes na audiência. Já o capitão da FedEx, Hugo Carvajal III, que não estava na sessão, disse anteriormente aos investigadores que ficou irritado e perplexo quando ouviu o controlador autorizar o jato da Southwest a decolar da mesma pista que ele estava se aproximando.

Histórico de incidentes

No ano passado, vários incidentes, como o do aeroporto do Texas, levaram a FAA a convocar uma “cúpula de segurança” com participantes da indústria da aviação.

Representantes da instituição defendem que a aviação nos EUA nunca foi tão segura. Um painel de especialistas independentes, no entanto, concluiu que a margem de segurança da operação de aeronaves norte-americanas diminuiu no ano passado. Eles afirmaram que a FAA precisa investir em profissionais e tecnologias para gerenciar o espaço aéreo do país.

“Por mais alarmantes que sejam, eventos como (o de Austin) são raros. A aviação comercial é de longe o nosso modo de transporte mais seguro,” disse a presidente da NTSB. “Mas a verdade sombria é que basta um erro” que “pode levar a uma tragédia, destruir nosso histórico estelar de segurança e minar a confiança do público em nosso sistema de aviação.”

Dados da FAA apontam que houve 23 incidentes graves envolvendo um ou mais aviões em pistas de aeroportos no país, em 2023. O dado representa uma alta com relação ao ano anterior, que teve 16 quase acidentes.

“Estamos indo na direção errada,” disse a presidente da junta. A NTSB planeja publicar seu relatório sobre o incidente em Austin nas próximas semanas.

A FAA se defendeu dizendo que a taxa de incidentes caiu 59% até o momento, neste ano, na comparação com 2023.

A agência disse que melhorou a tecnologia de rastreamento em vários aeroportos, incluindo Austin, onde a torre agora possui uma ferramenta chamada “verificação de aproximação da pista” e simuladores modernizados para treinamento. Eles também se comprometeram em revisar as recomendações da NTSB.

“Nossa principal prioridade é a segurança do público voador”, disse a agência, “e a FAA e a comunidade da aviação continuam a perseguir o objetivo de zero incidente grave”. / COM REPORTAGEM DA AP

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