Tóquio - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitará oficialmente o Japão na próxima semana e analisará com o primeiro-ministro Shinzo Abe temas vinculados com a Coreia do Norte, segundo informou nesta quinta-feira, 8, o porta-voz oficial japonês. Pence chegará ao Japão a caminho de Cingapura, onde participará de uma cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que será inaugurada na próxima terça-feira.
O ministro porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, confirmou a visita de Pence a Tóquio e a reunião que terá na terça-feira com Abe, antes que o vice-presidente americano siga nesse mesmo dia a Cingapura. "Será uma boa oportunidade para confirmar a relação entre os dois países em temas pendentes, como a Coreia do Norte", afirmou Suga em sua entrevista coletiva diária. Suga não detalhou que temas específicos seriam considerados, mas Tóquio segue muito de perto as tentativas para se conseguir a desnuclearização da Coreia do Norte, uma iniciativa sobre a qual se focou o governo de Donald Trump. Além disso, o Japão está buscando apoios internacionais para exigir que o regime de Pyongyang resolva o sequestro de pelo menos 17 japoneses cometidos por agentes secretos norte-coreanos entre 1977 e 1983. O vice-presidente americano chegará a Tóquio dias depois de Washington anunciar o adiamento de uma reunião entre o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e uma delegação do regime de Pyongyang. Nesta reunião estava previsto que ambas as partes revisassem detalhes da segunda cúpula entre Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, para a qual ainda não há data nem sede.
Perguntado sobre as recentes eleições legislativas americanas, Suga evitou fazer avaliações políticas, mas destacou a firmeza da aliança entre EUA e Japão. Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva para falar de diferentes temas, Trump declarou que o Japão "não trata os Estados Unidos com justiça" no que diz respeito às suas relações comerciais. "Eles nos enviam milhões de automóveis com uma tarifa muito baixa e eles não pegam nossos veículos", acrescentou Trump, repetindo posições que expressou em ocasiões anteriores. /EFE