Organizações de defesa de direitos humanos e familiares de vítimas saíram às ruas de Paris, neste domingo, 19, para protestar contra a violência policial. De acordo com a polícia de Paris, mais de 7 mil pessoas participam do ato.
Essa é a mais recente de uma série de manifestações que ocorreram em resposta a acusações de agressão de um policial contra um jovem negro. O jovem de 22 anos, chamado Theo, alegou ter sido estuprado por um policial com um bastão durante uma detenção em Alnay-sous-Bois, bairro no norte de Paris, no mês passado.
Além disso, nesta semana, o policial Damien Saboundjian foi julgado e sentenciado a cinco anos de prisão por matar a tiros Amine Bentounsi, considerado suspeito pelo agente, durante uma perseguição num bairro do subúrbio parisiense em 2012.
Daniel Merchat, o advogado da defesa do caso, acusou a corte de ser ‘antipolicial’. A unidade SGP-Police protestou contra o veredito, reclamando sobre a imagem negativa da polícia da França. “Policiais [são vistos como] fascistas, violentos, que não respeitam a lei”.
O protesto deste domingo foi majoritariamente pacífico. Ao longo da marcha, a multidão gritava nomes de vítimas de policiais e dizeres como 'Emergência, a polícia assassinou impunemente". Sindicatos, grupos de defesa dos direitos humanos e organizações que lutam contra o racismo participaram da manifestação.
Entretanto, em alguns momentos houve confronto entre manifestantes encapuzados, que jogaram coquetéis molotov contra policiais. Os agentes então revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. Durante estes confrontos, dois policiais ficaram levemente feridos e foram levados para o hospital. A prefeitura relatou uma prisão.
* Com informações da AFP