Veneza sofre com o êxodo de seus habitantes


População da cidade italiana diminuiu dois terços desde 1950, passando de 180 mil para 60 mil

Por EFE

Gondoleiros transportam caixão simbólico da morte de Veneza. Foto: Manuel Silvestri/Reuters

 

continua após a publicidade

As difíceis condições de uma vida entre canais está deixando Veneza com cada vez menos habitantes, o que levou ao aumento do número de iniciativas para sensibilizar os que ainda residem na cidade italiana sobre seu despovoamento.

 

Em 21 de outubro, a população de Veneza ficou abaixo dos 60 mil habitantes. A população de Veneza diminuiu dois terços desde 1950, passando de 180 mil para 60 mil.

continua após a publicidade

 

Neste sábado, o site "Venessia.com" promoveu o "Funeral de Veneza", no qual cerca de 300 manifestantes em gôndolas e barcos a remo chamaram a atenção para o problema, lançando mão inclusive de um caixão para simbolizar a morte da cidade.

 

continua após a publicidade

"Há dois anos, instalamos um painel luminoso que mostrava a contagem regressiva dos residentes em Veneza e decidimos que, quando ficasse abaixo dos 60 mil, organizaríamos o funeral da cidade. Com menos que isso, Veneza não é mais uma cidade, é um pequeno povoado", explicou à Agência Efe Matteo Secchi, um dos promotores da iniciativa.

 

Os autênticos habitantes de Veneza são tão poucos que um grupo de estudiosos do Worcester Polytechnic Institute, sediado nos Estados Unidos, aproveitou o protesto para recolher amostras da saliva dos venezianos de pelo menos três gerações e, assim, conservar seu DNA.

continua após a publicidade

 

Ao final do protesto, o caixão foi colocado em frente à sede da Prefeitura de Veneza, o palácio Cà Farsetti, onde foi feita uma oração fúnebre pela cidade em dialeto veneziano.

 

continua após a publicidade

Com esta provocação, os cidadãos de Veneza querem sensibilizar a opinião pública sobre as dificuldades enfrentadas diariamente pelos venezianos e a falta de apoio das instituições políticas.

 

Os moradores da cidade lutam com problemas como a presença de ratos, os pombos, os preços excessivamente altos, o acúmulo de lixo e a invasão de turistas.

continua após a publicidade

 

Muitas casas venezianas são invadidas por ratos que, com a alta da maré, entram nas casas pelo encanamento. Porém, a maré baixa é ainda pior, já que os canais secam, o que provoca um mau cheiro insuportável.

 

Secchi diz que os preços da habitação em Veneza são muito caros, o que leva os jovens a morar em cidades próximas. Além disso, vender um imóvel na cidade é muito rentável, levando os habitantes a oferecer suas casas para a construção de hotéis.

 

Para evitar que o êxodo continue, os poucos que ficam pedem aos políticos medidas para frear a saída dos residentes como a interrupção imediata da abertura de hotéis em Veneza, incentivos fiscais aos proprietários de casas que aluguem seus imóveis para venezianos e auxílio para a compra de casas populares, para aqueles que deixaram Veneza possam retornar.

 

Com o Funeral, seus organizadores esperam que as pessoas voltem a viver na cidade antes que se transforme em um mero destino turístico, quase como um parque temático da arte e da cultura.

Durante o protesto, houve um recolhimento de assinaturas dirigido a todos os que quiseram "se tornar um veneziano".

 

Afinal de contas, acrescenta Secchi, "Veneza é a cidade do futuro. Não há carros, toda a área é para pedestres e se respira paz e tranquilidade", tudo o que as grandes cidades desejam.

Gondoleiros transportam caixão simbólico da morte de Veneza. Foto: Manuel Silvestri/Reuters

 

As difíceis condições de uma vida entre canais está deixando Veneza com cada vez menos habitantes, o que levou ao aumento do número de iniciativas para sensibilizar os que ainda residem na cidade italiana sobre seu despovoamento.

 

Em 21 de outubro, a população de Veneza ficou abaixo dos 60 mil habitantes. A população de Veneza diminuiu dois terços desde 1950, passando de 180 mil para 60 mil.

 

Neste sábado, o site "Venessia.com" promoveu o "Funeral de Veneza", no qual cerca de 300 manifestantes em gôndolas e barcos a remo chamaram a atenção para o problema, lançando mão inclusive de um caixão para simbolizar a morte da cidade.

 

"Há dois anos, instalamos um painel luminoso que mostrava a contagem regressiva dos residentes em Veneza e decidimos que, quando ficasse abaixo dos 60 mil, organizaríamos o funeral da cidade. Com menos que isso, Veneza não é mais uma cidade, é um pequeno povoado", explicou à Agência Efe Matteo Secchi, um dos promotores da iniciativa.

 

Os autênticos habitantes de Veneza são tão poucos que um grupo de estudiosos do Worcester Polytechnic Institute, sediado nos Estados Unidos, aproveitou o protesto para recolher amostras da saliva dos venezianos de pelo menos três gerações e, assim, conservar seu DNA.

 

Ao final do protesto, o caixão foi colocado em frente à sede da Prefeitura de Veneza, o palácio Cà Farsetti, onde foi feita uma oração fúnebre pela cidade em dialeto veneziano.

 

Com esta provocação, os cidadãos de Veneza querem sensibilizar a opinião pública sobre as dificuldades enfrentadas diariamente pelos venezianos e a falta de apoio das instituições políticas.

 

Os moradores da cidade lutam com problemas como a presença de ratos, os pombos, os preços excessivamente altos, o acúmulo de lixo e a invasão de turistas.

 

Muitas casas venezianas são invadidas por ratos que, com a alta da maré, entram nas casas pelo encanamento. Porém, a maré baixa é ainda pior, já que os canais secam, o que provoca um mau cheiro insuportável.

 

Secchi diz que os preços da habitação em Veneza são muito caros, o que leva os jovens a morar em cidades próximas. Além disso, vender um imóvel na cidade é muito rentável, levando os habitantes a oferecer suas casas para a construção de hotéis.

 

Para evitar que o êxodo continue, os poucos que ficam pedem aos políticos medidas para frear a saída dos residentes como a interrupção imediata da abertura de hotéis em Veneza, incentivos fiscais aos proprietários de casas que aluguem seus imóveis para venezianos e auxílio para a compra de casas populares, para aqueles que deixaram Veneza possam retornar.

 

Com o Funeral, seus organizadores esperam que as pessoas voltem a viver na cidade antes que se transforme em um mero destino turístico, quase como um parque temático da arte e da cultura.

Durante o protesto, houve um recolhimento de assinaturas dirigido a todos os que quiseram "se tornar um veneziano".

 

Afinal de contas, acrescenta Secchi, "Veneza é a cidade do futuro. Não há carros, toda a área é para pedestres e se respira paz e tranquilidade", tudo o que as grandes cidades desejam.

Gondoleiros transportam caixão simbólico da morte de Veneza. Foto: Manuel Silvestri/Reuters

 

As difíceis condições de uma vida entre canais está deixando Veneza com cada vez menos habitantes, o que levou ao aumento do número de iniciativas para sensibilizar os que ainda residem na cidade italiana sobre seu despovoamento.

 

Em 21 de outubro, a população de Veneza ficou abaixo dos 60 mil habitantes. A população de Veneza diminuiu dois terços desde 1950, passando de 180 mil para 60 mil.

 

Neste sábado, o site "Venessia.com" promoveu o "Funeral de Veneza", no qual cerca de 300 manifestantes em gôndolas e barcos a remo chamaram a atenção para o problema, lançando mão inclusive de um caixão para simbolizar a morte da cidade.

 

"Há dois anos, instalamos um painel luminoso que mostrava a contagem regressiva dos residentes em Veneza e decidimos que, quando ficasse abaixo dos 60 mil, organizaríamos o funeral da cidade. Com menos que isso, Veneza não é mais uma cidade, é um pequeno povoado", explicou à Agência Efe Matteo Secchi, um dos promotores da iniciativa.

 

Os autênticos habitantes de Veneza são tão poucos que um grupo de estudiosos do Worcester Polytechnic Institute, sediado nos Estados Unidos, aproveitou o protesto para recolher amostras da saliva dos venezianos de pelo menos três gerações e, assim, conservar seu DNA.

 

Ao final do protesto, o caixão foi colocado em frente à sede da Prefeitura de Veneza, o palácio Cà Farsetti, onde foi feita uma oração fúnebre pela cidade em dialeto veneziano.

 

Com esta provocação, os cidadãos de Veneza querem sensibilizar a opinião pública sobre as dificuldades enfrentadas diariamente pelos venezianos e a falta de apoio das instituições políticas.

 

Os moradores da cidade lutam com problemas como a presença de ratos, os pombos, os preços excessivamente altos, o acúmulo de lixo e a invasão de turistas.

 

Muitas casas venezianas são invadidas por ratos que, com a alta da maré, entram nas casas pelo encanamento. Porém, a maré baixa é ainda pior, já que os canais secam, o que provoca um mau cheiro insuportável.

 

Secchi diz que os preços da habitação em Veneza são muito caros, o que leva os jovens a morar em cidades próximas. Além disso, vender um imóvel na cidade é muito rentável, levando os habitantes a oferecer suas casas para a construção de hotéis.

 

Para evitar que o êxodo continue, os poucos que ficam pedem aos políticos medidas para frear a saída dos residentes como a interrupção imediata da abertura de hotéis em Veneza, incentivos fiscais aos proprietários de casas que aluguem seus imóveis para venezianos e auxílio para a compra de casas populares, para aqueles que deixaram Veneza possam retornar.

 

Com o Funeral, seus organizadores esperam que as pessoas voltem a viver na cidade antes que se transforme em um mero destino turístico, quase como um parque temático da arte e da cultura.

Durante o protesto, houve um recolhimento de assinaturas dirigido a todos os que quiseram "se tornar um veneziano".

 

Afinal de contas, acrescenta Secchi, "Veneza é a cidade do futuro. Não há carros, toda a área é para pedestres e se respira paz e tranquilidade", tudo o que as grandes cidades desejam.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.