Ex-assessor de Trump, Steve Bannon é preso por fraude em Nova York


Autoridades afirmam que Bannon teria fraudado doações para a construção do muro na fronteira entre EUA e México

Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - O ex-assessor de campanha de Donald TrumpSteve Bannon, foi preso nesta quinta-feira, 20, nos Estados Unidos. O estrategista da Casa Branca está sendo acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira do país com o México, uma das promessas de Trump em 2016. Bannon, de 66 anos, foi preso em um iate na manhã desta quinta-feira na costa do Estado americano de Connecticut por agentes federais e libertado no mesmo dia sob fiança. 

De acordo com as autoridades americanas, o We Build the Wall - esforço online de arrecadação de fundos para a construção do muro -  levantou mais de US$ 25 milhões (R$ 138,9 milhões). Bannon e três outros réus "fraudaram centenas de milhares de doadores, capitalizando seus interesses em financiar um muro de fronteira para levantar milhões de dólares, sob a falsa pretensão de que todo esse dinheiro seria gasto em construção", disse o Procurador-geral interino de Manhattan, Audrey Strauss.

Ao ser apresentado ao juiz Stewart Aaron, em Nova York, na tarde desta quinta-feira, Bannon alegou inocência. O juiz fixou uma fiança de US$ 5 milhões para sua libertação, além de restrições de viagens e uso de aviões e navios particulares

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Steve Bannon em Washington em novembro de 2019 Foto: REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os outros mencionados na acusação são Timothy Shea, que foi anunciado como administrador do Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana anti-drogas, Brian Kolfage, ex-militar, veterano da guerra do Iraque, e Andrew Badolato.

"Enquanto asseguravam repetidamente aos doadores que Brian Kolfage, o fundador e rosto público de 'We Build the Wall', não receberia um centavo, os réus secretamente planejaram passar centenas de milhares de dólares para Kolfage, que ele usou para financiar seu estilo de vida luxuoso", revelou Strauss.

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Os presos foram apresentados hoje a juízes em locais distintos. Bannon foi apresentado no Distrito Sul de Nova York, enquanto os demais seriam conduzidos a juízes na Flórida e no Colorado. O caso dos quatro ficará a cargo da juíza Analisa Torres, do distrito sul de Nova York.

"Como alegado, eles não apenas mentiram para os doadores, mas planejaram ocultar sua apropriação indébita de fundos, criando faturas e contas falsas para lavar doações e encobrir seus crimes, sem respeitar a lei ou a verdade. Este caso deve servir como um alerta para outros fraudadores de que ninguém está acima da lei, nem mesmo um veterano de guerra deficiente ou um estrategista político milionário", disse Philip R. Bartlett,inspetor responsável pelo caso.

Considerado um dos agitadores da onda nacionalista de direita que elegeu Trump, Bannon se tornou uma espécie de assessor informal da família Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos se reuniram com o ex-assessor de Trump em viagens aos Estados Unidos.

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Além da família do presidente, o acusado de fraude também manteve contato com figuras centrais do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem discutiu detalhes sobre o discurso que Bolsonaro faria na Assembleia-Geral das Nações Unidas dias depois.

Quem é Steve Bannon 

De família católica irlandesa simpática aos democratas, Bannon começou a trabalhar no mercado financeiro após finalizar seus estudos, nos anos 1980, na Goldman Sachs. Em 1990, saiu da Goldman e fundou com colegas da Goldman em 1990 a Bannon & Co, tendo como objetivo “realizar investimentos em mídia”. 

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Seus investimentos e ligações o levaram a ser convidado para dirigir o conhecido site de notícias Breitbart News, quando ficou famoso mundo afora pela defesa de ideias nacionalistas e pautas conservadoras. 

O site, fundado em 2007 por Andrew Breitbart, é um dos favoritos da direita conservadora e acusado de veicular notícias falsas e teorias de conspiração, bem como histórias enganosas. 

Steve Bannon foi assessor de Trump durante sete meses Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
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Antes que Donald Trump surgisse no cenário e obtivesse a vitória eleitoral o Breitbart News costumeiramente atacava o então Presidente Barack Obama e ao establishment democrata em temas como comércio, globalismo e a imigração.

Seu papel no Breitbart News fez com que ele se aproximasse de Donald Trump, o que o levou a assumir a campanha do então candidato Donald Trump. Durante a campanha eleitoral atuou como diretor executivo da campanha a partir de agosto de 2016, apenas poucos meses antes de fevereiro de 2017, quando mereceu a capa da revista Time, que o reconhecia como o verdadeiro cérebro pensante da campanha de Trump, alguém que logo demonstraria habilidades publicitárias e manipulatórias.

Bannon fez parte do Conselho da Cambridge Analytica, empresa criada em 2014 pelo bilionário norte-americano Robert Mercer, tendo como objetivo auxiliar o espectro ideológico conservador com análise de dados coletados online.

NOVA YORK - O ex-assessor de campanha de Donald TrumpSteve Bannon, foi preso nesta quinta-feira, 20, nos Estados Unidos. O estrategista da Casa Branca está sendo acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira do país com o México, uma das promessas de Trump em 2016. Bannon, de 66 anos, foi preso em um iate na manhã desta quinta-feira na costa do Estado americano de Connecticut por agentes federais e libertado no mesmo dia sob fiança. 

De acordo com as autoridades americanas, o We Build the Wall - esforço online de arrecadação de fundos para a construção do muro -  levantou mais de US$ 25 milhões (R$ 138,9 milhões). Bannon e três outros réus "fraudaram centenas de milhares de doadores, capitalizando seus interesses em financiar um muro de fronteira para levantar milhões de dólares, sob a falsa pretensão de que todo esse dinheiro seria gasto em construção", disse o Procurador-geral interino de Manhattan, Audrey Strauss.

Ao ser apresentado ao juiz Stewart Aaron, em Nova York, na tarde desta quinta-feira, Bannon alegou inocência. O juiz fixou uma fiança de US$ 5 milhões para sua libertação, além de restrições de viagens e uso de aviões e navios particulares

Steve Bannon em Washington em novembro de 2019 Foto: REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os outros mencionados na acusação são Timothy Shea, que foi anunciado como administrador do Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana anti-drogas, Brian Kolfage, ex-militar, veterano da guerra do Iraque, e Andrew Badolato.

"Enquanto asseguravam repetidamente aos doadores que Brian Kolfage, o fundador e rosto público de 'We Build the Wall', não receberia um centavo, os réus secretamente planejaram passar centenas de milhares de dólares para Kolfage, que ele usou para financiar seu estilo de vida luxuoso", revelou Strauss.

Os presos foram apresentados hoje a juízes em locais distintos. Bannon foi apresentado no Distrito Sul de Nova York, enquanto os demais seriam conduzidos a juízes na Flórida e no Colorado. O caso dos quatro ficará a cargo da juíza Analisa Torres, do distrito sul de Nova York.

"Como alegado, eles não apenas mentiram para os doadores, mas planejaram ocultar sua apropriação indébita de fundos, criando faturas e contas falsas para lavar doações e encobrir seus crimes, sem respeitar a lei ou a verdade. Este caso deve servir como um alerta para outros fraudadores de que ninguém está acima da lei, nem mesmo um veterano de guerra deficiente ou um estrategista político milionário", disse Philip R. Bartlett,inspetor responsável pelo caso.

Considerado um dos agitadores da onda nacionalista de direita que elegeu Trump, Bannon se tornou uma espécie de assessor informal da família Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos se reuniram com o ex-assessor de Trump em viagens aos Estados Unidos.

Além da família do presidente, o acusado de fraude também manteve contato com figuras centrais do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem discutiu detalhes sobre o discurso que Bolsonaro faria na Assembleia-Geral das Nações Unidas dias depois.

Quem é Steve Bannon 

De família católica irlandesa simpática aos democratas, Bannon começou a trabalhar no mercado financeiro após finalizar seus estudos, nos anos 1980, na Goldman Sachs. Em 1990, saiu da Goldman e fundou com colegas da Goldman em 1990 a Bannon & Co, tendo como objetivo “realizar investimentos em mídia”. 

Seus investimentos e ligações o levaram a ser convidado para dirigir o conhecido site de notícias Breitbart News, quando ficou famoso mundo afora pela defesa de ideias nacionalistas e pautas conservadoras. 

O site, fundado em 2007 por Andrew Breitbart, é um dos favoritos da direita conservadora e acusado de veicular notícias falsas e teorias de conspiração, bem como histórias enganosas. 

Steve Bannon foi assessor de Trump durante sete meses Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

Antes que Donald Trump surgisse no cenário e obtivesse a vitória eleitoral o Breitbart News costumeiramente atacava o então Presidente Barack Obama e ao establishment democrata em temas como comércio, globalismo e a imigração.

Seu papel no Breitbart News fez com que ele se aproximasse de Donald Trump, o que o levou a assumir a campanha do então candidato Donald Trump. Durante a campanha eleitoral atuou como diretor executivo da campanha a partir de agosto de 2016, apenas poucos meses antes de fevereiro de 2017, quando mereceu a capa da revista Time, que o reconhecia como o verdadeiro cérebro pensante da campanha de Trump, alguém que logo demonstraria habilidades publicitárias e manipulatórias.

Bannon fez parte do Conselho da Cambridge Analytica, empresa criada em 2014 pelo bilionário norte-americano Robert Mercer, tendo como objetivo auxiliar o espectro ideológico conservador com análise de dados coletados online.

NOVA YORK - O ex-assessor de campanha de Donald TrumpSteve Bannon, foi preso nesta quinta-feira, 20, nos Estados Unidos. O estrategista da Casa Branca está sendo acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira do país com o México, uma das promessas de Trump em 2016. Bannon, de 66 anos, foi preso em um iate na manhã desta quinta-feira na costa do Estado americano de Connecticut por agentes federais e libertado no mesmo dia sob fiança. 

De acordo com as autoridades americanas, o We Build the Wall - esforço online de arrecadação de fundos para a construção do muro -  levantou mais de US$ 25 milhões (R$ 138,9 milhões). Bannon e três outros réus "fraudaram centenas de milhares de doadores, capitalizando seus interesses em financiar um muro de fronteira para levantar milhões de dólares, sob a falsa pretensão de que todo esse dinheiro seria gasto em construção", disse o Procurador-geral interino de Manhattan, Audrey Strauss.

Ao ser apresentado ao juiz Stewart Aaron, em Nova York, na tarde desta quinta-feira, Bannon alegou inocência. O juiz fixou uma fiança de US$ 5 milhões para sua libertação, além de restrições de viagens e uso de aviões e navios particulares

Steve Bannon em Washington em novembro de 2019 Foto: REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os outros mencionados na acusação são Timothy Shea, que foi anunciado como administrador do Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana anti-drogas, Brian Kolfage, ex-militar, veterano da guerra do Iraque, e Andrew Badolato.

"Enquanto asseguravam repetidamente aos doadores que Brian Kolfage, o fundador e rosto público de 'We Build the Wall', não receberia um centavo, os réus secretamente planejaram passar centenas de milhares de dólares para Kolfage, que ele usou para financiar seu estilo de vida luxuoso", revelou Strauss.

Os presos foram apresentados hoje a juízes em locais distintos. Bannon foi apresentado no Distrito Sul de Nova York, enquanto os demais seriam conduzidos a juízes na Flórida e no Colorado. O caso dos quatro ficará a cargo da juíza Analisa Torres, do distrito sul de Nova York.

"Como alegado, eles não apenas mentiram para os doadores, mas planejaram ocultar sua apropriação indébita de fundos, criando faturas e contas falsas para lavar doações e encobrir seus crimes, sem respeitar a lei ou a verdade. Este caso deve servir como um alerta para outros fraudadores de que ninguém está acima da lei, nem mesmo um veterano de guerra deficiente ou um estrategista político milionário", disse Philip R. Bartlett,inspetor responsável pelo caso.

Considerado um dos agitadores da onda nacionalista de direita que elegeu Trump, Bannon se tornou uma espécie de assessor informal da família Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos se reuniram com o ex-assessor de Trump em viagens aos Estados Unidos.

Além da família do presidente, o acusado de fraude também manteve contato com figuras centrais do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem discutiu detalhes sobre o discurso que Bolsonaro faria na Assembleia-Geral das Nações Unidas dias depois.

Quem é Steve Bannon 

De família católica irlandesa simpática aos democratas, Bannon começou a trabalhar no mercado financeiro após finalizar seus estudos, nos anos 1980, na Goldman Sachs. Em 1990, saiu da Goldman e fundou com colegas da Goldman em 1990 a Bannon & Co, tendo como objetivo “realizar investimentos em mídia”. 

Seus investimentos e ligações o levaram a ser convidado para dirigir o conhecido site de notícias Breitbart News, quando ficou famoso mundo afora pela defesa de ideias nacionalistas e pautas conservadoras. 

O site, fundado em 2007 por Andrew Breitbart, é um dos favoritos da direita conservadora e acusado de veicular notícias falsas e teorias de conspiração, bem como histórias enganosas. 

Steve Bannon foi assessor de Trump durante sete meses Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

Antes que Donald Trump surgisse no cenário e obtivesse a vitória eleitoral o Breitbart News costumeiramente atacava o então Presidente Barack Obama e ao establishment democrata em temas como comércio, globalismo e a imigração.

Seu papel no Breitbart News fez com que ele se aproximasse de Donald Trump, o que o levou a assumir a campanha do então candidato Donald Trump. Durante a campanha eleitoral atuou como diretor executivo da campanha a partir de agosto de 2016, apenas poucos meses antes de fevereiro de 2017, quando mereceu a capa da revista Time, que o reconhecia como o verdadeiro cérebro pensante da campanha de Trump, alguém que logo demonstraria habilidades publicitárias e manipulatórias.

Bannon fez parte do Conselho da Cambridge Analytica, empresa criada em 2014 pelo bilionário norte-americano Robert Mercer, tendo como objetivo auxiliar o espectro ideológico conservador com análise de dados coletados online.

NOVA YORK - O ex-assessor de campanha de Donald TrumpSteve Bannon, foi preso nesta quinta-feira, 20, nos Estados Unidos. O estrategista da Casa Branca está sendo acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira do país com o México, uma das promessas de Trump em 2016. Bannon, de 66 anos, foi preso em um iate na manhã desta quinta-feira na costa do Estado americano de Connecticut por agentes federais e libertado no mesmo dia sob fiança. 

De acordo com as autoridades americanas, o We Build the Wall - esforço online de arrecadação de fundos para a construção do muro -  levantou mais de US$ 25 milhões (R$ 138,9 milhões). Bannon e três outros réus "fraudaram centenas de milhares de doadores, capitalizando seus interesses em financiar um muro de fronteira para levantar milhões de dólares, sob a falsa pretensão de que todo esse dinheiro seria gasto em construção", disse o Procurador-geral interino de Manhattan, Audrey Strauss.

Ao ser apresentado ao juiz Stewart Aaron, em Nova York, na tarde desta quinta-feira, Bannon alegou inocência. O juiz fixou uma fiança de US$ 5 milhões para sua libertação, além de restrições de viagens e uso de aviões e navios particulares

Steve Bannon em Washington em novembro de 2019 Foto: REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os outros mencionados na acusação são Timothy Shea, que foi anunciado como administrador do Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana anti-drogas, Brian Kolfage, ex-militar, veterano da guerra do Iraque, e Andrew Badolato.

"Enquanto asseguravam repetidamente aos doadores que Brian Kolfage, o fundador e rosto público de 'We Build the Wall', não receberia um centavo, os réus secretamente planejaram passar centenas de milhares de dólares para Kolfage, que ele usou para financiar seu estilo de vida luxuoso", revelou Strauss.

Os presos foram apresentados hoje a juízes em locais distintos. Bannon foi apresentado no Distrito Sul de Nova York, enquanto os demais seriam conduzidos a juízes na Flórida e no Colorado. O caso dos quatro ficará a cargo da juíza Analisa Torres, do distrito sul de Nova York.

"Como alegado, eles não apenas mentiram para os doadores, mas planejaram ocultar sua apropriação indébita de fundos, criando faturas e contas falsas para lavar doações e encobrir seus crimes, sem respeitar a lei ou a verdade. Este caso deve servir como um alerta para outros fraudadores de que ninguém está acima da lei, nem mesmo um veterano de guerra deficiente ou um estrategista político milionário", disse Philip R. Bartlett,inspetor responsável pelo caso.

Considerado um dos agitadores da onda nacionalista de direita que elegeu Trump, Bannon se tornou uma espécie de assessor informal da família Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos se reuniram com o ex-assessor de Trump em viagens aos Estados Unidos.

Além da família do presidente, o acusado de fraude também manteve contato com figuras centrais do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem discutiu detalhes sobre o discurso que Bolsonaro faria na Assembleia-Geral das Nações Unidas dias depois.

Quem é Steve Bannon 

De família católica irlandesa simpática aos democratas, Bannon começou a trabalhar no mercado financeiro após finalizar seus estudos, nos anos 1980, na Goldman Sachs. Em 1990, saiu da Goldman e fundou com colegas da Goldman em 1990 a Bannon & Co, tendo como objetivo “realizar investimentos em mídia”. 

Seus investimentos e ligações o levaram a ser convidado para dirigir o conhecido site de notícias Breitbart News, quando ficou famoso mundo afora pela defesa de ideias nacionalistas e pautas conservadoras. 

O site, fundado em 2007 por Andrew Breitbart, é um dos favoritos da direita conservadora e acusado de veicular notícias falsas e teorias de conspiração, bem como histórias enganosas. 

Steve Bannon foi assessor de Trump durante sete meses Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

Antes que Donald Trump surgisse no cenário e obtivesse a vitória eleitoral o Breitbart News costumeiramente atacava o então Presidente Barack Obama e ao establishment democrata em temas como comércio, globalismo e a imigração.

Seu papel no Breitbart News fez com que ele se aproximasse de Donald Trump, o que o levou a assumir a campanha do então candidato Donald Trump. Durante a campanha eleitoral atuou como diretor executivo da campanha a partir de agosto de 2016, apenas poucos meses antes de fevereiro de 2017, quando mereceu a capa da revista Time, que o reconhecia como o verdadeiro cérebro pensante da campanha de Trump, alguém que logo demonstraria habilidades publicitárias e manipulatórias.

Bannon fez parte do Conselho da Cambridge Analytica, empresa criada em 2014 pelo bilionário norte-americano Robert Mercer, tendo como objetivo auxiliar o espectro ideológico conservador com análise de dados coletados online.

NOVA YORK - O ex-assessor de campanha de Donald TrumpSteve Bannon, foi preso nesta quinta-feira, 20, nos Estados Unidos. O estrategista da Casa Branca está sendo acusado de fraudar doações para a construção de um muro na fronteira do país com o México, uma das promessas de Trump em 2016. Bannon, de 66 anos, foi preso em um iate na manhã desta quinta-feira na costa do Estado americano de Connecticut por agentes federais e libertado no mesmo dia sob fiança. 

De acordo com as autoridades americanas, o We Build the Wall - esforço online de arrecadação de fundos para a construção do muro -  levantou mais de US$ 25 milhões (R$ 138,9 milhões). Bannon e três outros réus "fraudaram centenas de milhares de doadores, capitalizando seus interesses em financiar um muro de fronteira para levantar milhões de dólares, sob a falsa pretensão de que todo esse dinheiro seria gasto em construção", disse o Procurador-geral interino de Manhattan, Audrey Strauss.

Ao ser apresentado ao juiz Stewart Aaron, em Nova York, na tarde desta quinta-feira, Bannon alegou inocência. O juiz fixou uma fiança de US$ 5 milhões para sua libertação, além de restrições de viagens e uso de aviões e navios particulares

Steve Bannon em Washington em novembro de 2019 Foto: REUTERS/James Lawler Duggan/File Photo

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, os outros mencionados na acusação são Timothy Shea, que foi anunciado como administrador do Drug Enforcement Administration (DEA), agência americana anti-drogas, Brian Kolfage, ex-militar, veterano da guerra do Iraque, e Andrew Badolato.

"Enquanto asseguravam repetidamente aos doadores que Brian Kolfage, o fundador e rosto público de 'We Build the Wall', não receberia um centavo, os réus secretamente planejaram passar centenas de milhares de dólares para Kolfage, que ele usou para financiar seu estilo de vida luxuoso", revelou Strauss.

Os presos foram apresentados hoje a juízes em locais distintos. Bannon foi apresentado no Distrito Sul de Nova York, enquanto os demais seriam conduzidos a juízes na Flórida e no Colorado. O caso dos quatro ficará a cargo da juíza Analisa Torres, do distrito sul de Nova York.

"Como alegado, eles não apenas mentiram para os doadores, mas planejaram ocultar sua apropriação indébita de fundos, criando faturas e contas falsas para lavar doações e encobrir seus crimes, sem respeitar a lei ou a verdade. Este caso deve servir como um alerta para outros fraudadores de que ninguém está acima da lei, nem mesmo um veterano de guerra deficiente ou um estrategista político milionário", disse Philip R. Bartlett,inspetor responsável pelo caso.

Considerado um dos agitadores da onda nacionalista de direita que elegeu Trump, Bannon se tornou uma espécie de assessor informal da família Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos se reuniram com o ex-assessor de Trump em viagens aos Estados Unidos.

Além da família do presidente, o acusado de fraude também manteve contato com figuras centrais do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem discutiu detalhes sobre o discurso que Bolsonaro faria na Assembleia-Geral das Nações Unidas dias depois.

Quem é Steve Bannon 

De família católica irlandesa simpática aos democratas, Bannon começou a trabalhar no mercado financeiro após finalizar seus estudos, nos anos 1980, na Goldman Sachs. Em 1990, saiu da Goldman e fundou com colegas da Goldman em 1990 a Bannon & Co, tendo como objetivo “realizar investimentos em mídia”. 

Seus investimentos e ligações o levaram a ser convidado para dirigir o conhecido site de notícias Breitbart News, quando ficou famoso mundo afora pela defesa de ideias nacionalistas e pautas conservadoras. 

O site, fundado em 2007 por Andrew Breitbart, é um dos favoritos da direita conservadora e acusado de veicular notícias falsas e teorias de conspiração, bem como histórias enganosas. 

Steve Bannon foi assessor de Trump durante sete meses Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

Antes que Donald Trump surgisse no cenário e obtivesse a vitória eleitoral o Breitbart News costumeiramente atacava o então Presidente Barack Obama e ao establishment democrata em temas como comércio, globalismo e a imigração.

Seu papel no Breitbart News fez com que ele se aproximasse de Donald Trump, o que o levou a assumir a campanha do então candidato Donald Trump. Durante a campanha eleitoral atuou como diretor executivo da campanha a partir de agosto de 2016, apenas poucos meses antes de fevereiro de 2017, quando mereceu a capa da revista Time, que o reconhecia como o verdadeiro cérebro pensante da campanha de Trump, alguém que logo demonstraria habilidades publicitárias e manipulatórias.

Bannon fez parte do Conselho da Cambridge Analytica, empresa criada em 2014 pelo bilionário norte-americano Robert Mercer, tendo como objetivo auxiliar o espectro ideológico conservador com análise de dados coletados online.

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