MONTREAL, CANADÁ - Joshua Boyle, o ex-refém canadense no Afeganistão libertado em outubro, foi detido sob a acusação de agressões sexuais, sequestro e ameaças de morte, informou na terça-feira 2 a imprensa canadense.
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"Pode se dizer muito pouco no momento" sobre o caso, declarou Eric Granger, advogado de Joshua Boyle, destacando que não recebeu qualquer prova contra seu cliente. "Boyle nunca teve problemas e nenhuma prova foi fornecida.”
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Segundo a emissora CTV News, Joshua é objeto de várias acusações, incluindo agressões sexuais, violência, sequestro e ameaças de morte. Todos os crimes foram cometidos no período entre seu retorno ao Canadá, no dia 14 de outubro, e 30 de dezembro.
Segundo Granger, o juiz proibiu a "identificação das vítimas e das testemunhas envolvidas no caso".
Em entrevista ao jornal Toronto Star, Caitlan Coleman, mulher de Boyle, declarou que os atos se devem "à tensão e ao traumatismo" causados pelo sequestro, e pelos "efeitos" deste drama "sobre seu estado mental".
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O canadense Joshua Boyle, mantido em cativeiro no Afeganistão e no Paquistão com a família durante cinco anos, foi visto neste domingo do lado de fora de sua nova casa na cidade de Smith Falls, no Canadá. Em um comunicado, os talibãs desmentiram que mataram a filha e estupraram a esposa, como Boyle acusa.
Caitlan, que não esclareceu se foi vítima dos crimes, disse esperar "com compaixão e perdão" que seu marido receba a ajuda necessária para se curar, acrescentando que ela e as crianças estão "em bom estado de saúde".
Boyle e Caitlan foram sequestrados em 2012 por um grupo da Rede Haqqani, ligada aos taleban, quando viajavam pelo Afeganistão. Os dois foram libertados em outubro, com seus três filhos nascidos no cativeiro.
Em entrevista ao canal de televisão ABC, Caitlan acusou seus raptores de estuprá-la diante de seus filhos e de obrigá-la a abortar. / AFP