Exclusão da Hungria de embargo da UE ao petróleo russo é sinal da aproximação de Orbán e Putin


Declaradamente iliberal, líder húngaro tem falado cada vez mais em tom de admiração sobre o presidente da Rússia

Por Victoria Kim

THE NEW YORK TIMES - O adiado acordo da União Europeia para impor um embargo ao petróleo russo, finalizado na segunda-feira, 30, efetivamente isenta a Hungria da custosa medida que o resto do bloco está tomando para punir a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Embora o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, tenha apresentado sua reiterada oposição ao acordo para proteger a economia de seu país, também foi o último passo no que tem sido uma virada de uma década da liderança húngara em direção a um alinhamento mais próximo com a Rússia, às vezes à custa das relações com os seus colegas membros da União Europeia e da Otan.

continua após a publicidade

A mudança de direção ocorreu apesar da profunda desconfiança na Hungria sobre o poder e influência russos, com base na história das tropas russas e soviéticas que reprimiram brutalmente as revoltas húngaras em 1848-49 e em 1956.

Viktor Orbán e Vladimir Putin falam com a imprensa após encontro em Budapeste, em outubro de 2019. Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS

Orbán, um líder declaradamente não liberal que no início de sua carreira foi um crítico veemente de Moscou, tem falado cada vez mais em tom de admiração sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu tipo de nacionalismo, expressando simpatia pelas exigências de segurança de Putin à Otan. Ele também pintou os interesses da Hungria como sendo distintos do Ocidente ao fomentar guerras culturais e temores de que os valores liberais dominassem as fronteiras da Hungria, falando em março sobre “a insanidade de gênero que varre o mundo ocidental”.

continua após a publicidade

Sob o acordo de segunda-feira, os países da União Europeia concordaram em bloquear as importações de petróleo russo por mar, o que deixa o fornecimento da Hungria intacto porque não tem litoral e recebe seu petróleo por oleoduto. O acordo também inclui uma garantia de que, caso o oleoduto seja danificado – ele atravessa a Ucrânia – a Hungria poderia comprar petróleo russo por outros meios sem ser acusada de violar o bloqueio europeu.

“A Hungria está isenta do embargo ao petróleo!”, escreveu Orbán em sua página no Facebook na segunda-feira. Ele havia dito anteriormente que cortar o petróleo russo “equivale a uma bomba atômica lançada sobre a economia húngara”.

continua após a publicidade

A Hungria responde por apenas uma pequena fração do fluxo de petróleo russo para a União Europeia, e o embargo privará a Rússia de bilhões de dólares em receita, independentemente das importações contínuas da Hungria.

Na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, enquanto outros aliados alertavam sobre o aumento de tropas russas perto da fronteira, Orbán viajou a Moscou para reafirmar um acordo para o gás natural russo barato que o ajudou a manter os preços da energia baixos e manter o apoio político em casa.

Desde o início da guerra, a Hungria tem trilhado uma linha tênue, juntando-se às primeiras rodadas de sanções contra a Rússia e aceitando refugiados ucranianos, enquanto se recusa a permitir que entregas de armas com destino à Ucrânia atravessem o país ou aceitar tropas adicionais dos EUA. Orbán foi reeleito em abril para um quarto mandato consecutivo, apesar das críticas de que ele estava se aproximando de Putin, que o parabenizou publicamente por sua vitória.

continua após a publicidade

A Hungria depende mais da energia russa do que outras nações europeias, recebendo cerca de 80% de seu gás da estatal russa Gazprom e mais da metade de seu petróleo da Rússia. A Rússia também investiu pesadamente na expansão de uma usina nuclear no país, que gera cerca de metade de sua eletricidade.

THE NEW YORK TIMES - O adiado acordo da União Europeia para impor um embargo ao petróleo russo, finalizado na segunda-feira, 30, efetivamente isenta a Hungria da custosa medida que o resto do bloco está tomando para punir a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Embora o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, tenha apresentado sua reiterada oposição ao acordo para proteger a economia de seu país, também foi o último passo no que tem sido uma virada de uma década da liderança húngara em direção a um alinhamento mais próximo com a Rússia, às vezes à custa das relações com os seus colegas membros da União Europeia e da Otan.

A mudança de direção ocorreu apesar da profunda desconfiança na Hungria sobre o poder e influência russos, com base na história das tropas russas e soviéticas que reprimiram brutalmente as revoltas húngaras em 1848-49 e em 1956.

Viktor Orbán e Vladimir Putin falam com a imprensa após encontro em Budapeste, em outubro de 2019. Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS

Orbán, um líder declaradamente não liberal que no início de sua carreira foi um crítico veemente de Moscou, tem falado cada vez mais em tom de admiração sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu tipo de nacionalismo, expressando simpatia pelas exigências de segurança de Putin à Otan. Ele também pintou os interesses da Hungria como sendo distintos do Ocidente ao fomentar guerras culturais e temores de que os valores liberais dominassem as fronteiras da Hungria, falando em março sobre “a insanidade de gênero que varre o mundo ocidental”.

Sob o acordo de segunda-feira, os países da União Europeia concordaram em bloquear as importações de petróleo russo por mar, o que deixa o fornecimento da Hungria intacto porque não tem litoral e recebe seu petróleo por oleoduto. O acordo também inclui uma garantia de que, caso o oleoduto seja danificado – ele atravessa a Ucrânia – a Hungria poderia comprar petróleo russo por outros meios sem ser acusada de violar o bloqueio europeu.

“A Hungria está isenta do embargo ao petróleo!”, escreveu Orbán em sua página no Facebook na segunda-feira. Ele havia dito anteriormente que cortar o petróleo russo “equivale a uma bomba atômica lançada sobre a economia húngara”.

A Hungria responde por apenas uma pequena fração do fluxo de petróleo russo para a União Europeia, e o embargo privará a Rússia de bilhões de dólares em receita, independentemente das importações contínuas da Hungria.

Na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, enquanto outros aliados alertavam sobre o aumento de tropas russas perto da fronteira, Orbán viajou a Moscou para reafirmar um acordo para o gás natural russo barato que o ajudou a manter os preços da energia baixos e manter o apoio político em casa.

Desde o início da guerra, a Hungria tem trilhado uma linha tênue, juntando-se às primeiras rodadas de sanções contra a Rússia e aceitando refugiados ucranianos, enquanto se recusa a permitir que entregas de armas com destino à Ucrânia atravessem o país ou aceitar tropas adicionais dos EUA. Orbán foi reeleito em abril para um quarto mandato consecutivo, apesar das críticas de que ele estava se aproximando de Putin, que o parabenizou publicamente por sua vitória.

A Hungria depende mais da energia russa do que outras nações europeias, recebendo cerca de 80% de seu gás da estatal russa Gazprom e mais da metade de seu petróleo da Rússia. A Rússia também investiu pesadamente na expansão de uma usina nuclear no país, que gera cerca de metade de sua eletricidade.

THE NEW YORK TIMES - O adiado acordo da União Europeia para impor um embargo ao petróleo russo, finalizado na segunda-feira, 30, efetivamente isenta a Hungria da custosa medida que o resto do bloco está tomando para punir a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Embora o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, tenha apresentado sua reiterada oposição ao acordo para proteger a economia de seu país, também foi o último passo no que tem sido uma virada de uma década da liderança húngara em direção a um alinhamento mais próximo com a Rússia, às vezes à custa das relações com os seus colegas membros da União Europeia e da Otan.

A mudança de direção ocorreu apesar da profunda desconfiança na Hungria sobre o poder e influência russos, com base na história das tropas russas e soviéticas que reprimiram brutalmente as revoltas húngaras em 1848-49 e em 1956.

Viktor Orbán e Vladimir Putin falam com a imprensa após encontro em Budapeste, em outubro de 2019. Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS Foto: Bernadett Szabo/ REUTERS

Orbán, um líder declaradamente não liberal que no início de sua carreira foi um crítico veemente de Moscou, tem falado cada vez mais em tom de admiração sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu tipo de nacionalismo, expressando simpatia pelas exigências de segurança de Putin à Otan. Ele também pintou os interesses da Hungria como sendo distintos do Ocidente ao fomentar guerras culturais e temores de que os valores liberais dominassem as fronteiras da Hungria, falando em março sobre “a insanidade de gênero que varre o mundo ocidental”.

Sob o acordo de segunda-feira, os países da União Europeia concordaram em bloquear as importações de petróleo russo por mar, o que deixa o fornecimento da Hungria intacto porque não tem litoral e recebe seu petróleo por oleoduto. O acordo também inclui uma garantia de que, caso o oleoduto seja danificado – ele atravessa a Ucrânia – a Hungria poderia comprar petróleo russo por outros meios sem ser acusada de violar o bloqueio europeu.

“A Hungria está isenta do embargo ao petróleo!”, escreveu Orbán em sua página no Facebook na segunda-feira. Ele havia dito anteriormente que cortar o petróleo russo “equivale a uma bomba atômica lançada sobre a economia húngara”.

A Hungria responde por apenas uma pequena fração do fluxo de petróleo russo para a União Europeia, e o embargo privará a Rússia de bilhões de dólares em receita, independentemente das importações contínuas da Hungria.

Na véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, enquanto outros aliados alertavam sobre o aumento de tropas russas perto da fronteira, Orbán viajou a Moscou para reafirmar um acordo para o gás natural russo barato que o ajudou a manter os preços da energia baixos e manter o apoio político em casa.

Desde o início da guerra, a Hungria tem trilhado uma linha tênue, juntando-se às primeiras rodadas de sanções contra a Rússia e aceitando refugiados ucranianos, enquanto se recusa a permitir que entregas de armas com destino à Ucrânia atravessem o país ou aceitar tropas adicionais dos EUA. Orbán foi reeleito em abril para um quarto mandato consecutivo, apesar das críticas de que ele estava se aproximando de Putin, que o parabenizou publicamente por sua vitória.

A Hungria depende mais da energia russa do que outras nações europeias, recebendo cerca de 80% de seu gás da estatal russa Gazprom e mais da metade de seu petróleo da Rússia. A Rússia também investiu pesadamente na expansão de uma usina nuclear no país, que gera cerca de metade de sua eletricidade.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.