O Exército de Israel anunciou neste domingo, 1, que os corpos de seis reféns sequestrados durante o ataque do grupo terrorista Hamas em Israel, em 7 de outubro, foram recuperados na Faixa de Gaza. Um deles é o israelo-americano Hersh Goldberg-Polin, de 23 anos.
A informação de que Goldberg-Polin era uma das vitimas foi anunciada mais cedo pelo presidente doa EUA, Joe Biden, e posteriormente confirmada pelos israelenses. Os mortos foram encontrados “em um túnel na zona de Raffah”, no sul do território e “levados a Israel, onde foram identificados”, segundo comunicado dos israelenses,.
O jovem era uma das 251 pessoas capturadas pelo Hamas durante o ataque que desencadeou a guerra. Cerca de 100 reféns ainda estão em cativeiro no território palestino sitiado e 33 foram declarados mortos pelas forças militares israelenses.
Os outros cinco corpos recuperados foram identificados pelo Exército de Israel como Carmel Gat, 40 anos, Eden Yerushalmi, 24, Alexander Lobanov, 33, Almog Sarusi, 27 e o sargento Ori Danino, 25.
Os pais de Goldberg-Polin, que estava no festival de música que acontecia no sul de Israel, participaram da convenção do Partido Democrata realizada em Chicago no último dia 21 de agosto e em um dos momentos mais emocionantes da noite fizeram um apelo pelo filho. “Hersh! Sou eu, mamãe... Eu te amo, se mantenha firme, sobreviva”, gritou Rachel Goldberg-Polin.
O presidente Joe Biden, que se encontrou com os pais, disse estar “devastado e indignado”.
“É tão trágico quanto repreensível”, disse ele. “Não se enganem, os líderes do Hamas pagarão por esses crimes. E continuaremos trabalhando sem parar por um acordo para garantir a libertação dos reféns restantes.”
A família emitiu uma declaração horas após o exército israelense dizer que havia localizado corpos em Gaza.
“Com corações partidos, a família Goldberg-Polin está devastada ao anunciar a morte de seu amado filho e irmão, Hersh”, disse a declaração. “A família agradece a todos pelo amor e apoio e pede privacidade neste momento.”
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, prometeu “acertar contas” com o grupo terrorista, dizendo em comunicado que “quem mata um refém não quer um acordo”.
“Nós os perseguiremos, os capturaremos e acertaremos contas”, disse o primeiro-ministro.
Goldberg-Polin se escondeu em um abrigo antiaéreo com outras pessoas durante o ataque, mas foi cercado por homens armados que o atacaram com granadas. Um vídeo divulgado pelo Hamas naquele dia mostrava que o jovem foi colocado em uma caminhonete sem parte do seu braço esquerdo, que foi arrancado no ataque.
Ele apareceu depois em uma gravação de prova de vida divulgada pelo grupo terrorista em 24 de abril, na qual dizia que os cativos viviam “no inferno”. Seu braço esquerdo tinha sido amputado abaixo do cotovelo.
O ataque do Hamas a Israel matou 1.199 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.
A campanha militar de retaliação de Israel causou pelo menos 40.691 mortes em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas. Pelo menos 22 morreram desde quarta-feira na região.
O escritório de direitos humanos da ONU afirma que a maioria dos mortos são mulheres e crianças./AP e AFP.