Hezbollah confirma morte de chefe da milícia radical do Líbano; Israel se prepara para retaliação


Bombardeio das Forças de Defesa israelenses em Beirute matou comandantes da milícia xiita na sexta-feira

Por Redação
Atualização:

TEL AVIV, Israel — A milícia xiita radical libanesa Hezbollah confirmou neste sábado, 28, a morte do seu líder, Hasan Nasrallah, após um bombardeio das Forças de Defesa de Israel em um subúrbio no sul de Beirute, capital do Líbano, no golpe mais significativo contra o grupo extremista após meses de conflito.

Israel havia anunciado a morte de Nasrallah no bombardeio na madrugada de sábado. Nasrallah se torna o mais recente, e de longe o mais poderoso, alvo a ser morto por Israel em semanas de lutas intensificadas contra o Hezbollah.

O exército disse que vários comandantes da milícia xiita libanesa foram mortos junto com Nasrallah no ataque aéreo na sexta-feira, 27. Ali Karki, o comandante da Frente Sul do Hezbollah, também estaria entre os mortos de acordo com os militares israelenses.

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Bombardeio de Israel atinge prédios nos subúrbios de Beirute, capital do Líbano Foto: Hassan Ammar/AP

O Chefe do Estado-Maior de Israel, Tenente-General Herzi Halevi, afirmou que o ataque contra a liderança do Hezbollah foi o resultado de um “longo período de preparação”. O ataque aéreo foi realizado enquanto a liderança do grupo se reunia em sua sede em Dahiyeh, ao sul de Beirute.

Segundo o Ministério da Saúde libanês seis pessoas foram mortas e 91 ficaram feridas nos ataques que destruíram seis prédios residenciais.

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O exército israelense afirmou que estava mobilizando soldados de reserva adicionais à medida que as tensões aumentavam com o Líbano , ativando três batalhões de soldados de reserva após enviar duas brigadas ao norte de Israel no início da semana para treinar para uma possível invasão terrestre.

Na manhã de sábado, o exército israelense realizou vários ataques no sul de Beirute e no Vale de Bekaa, no leste do Líbano. O Hezbollah lançou dezenas de projéteis no norte e centro de Israel e na Cisjordânia ocupada por Israel.

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Alerta para retaliação

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, atualizou no sábado as “diretrizes de comando da frente interna” de Israel, dizendo que reuniões de mais de 1.000 pessoas seriam restringidas até a noite de segunda-feira em várias partes do país.

Hagari disse que a atualização foi feita “após uma avaliação da situação” e efetivada imediatamente. Há uma preocupação generalizada sobre a possibilidade de retaliação por parte do Hezbollah ou seus aliados após o assassinato do líder Hasan Nasrallah em um ataque aéreo israelense em Beirute.

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Caminhões transportam um tanque de guerra do exército israelense e um veículo de combate de infantaria (VCI) a caminho do posicionamento na fronteira com o Líbano, ao longo de uma rodovia no norte de Israel, em 28 de setembro de 2024 Foto: Jalaa Marey/AFP

O IDF tinha dito anteriormente que permaneceria em “alerta máximo” para uma possível retaliação ou escalada mais ampla após o ataque. O porta-voz do IDF, Nadav Shoshani, disse a repórteres em uma coletiva no sábado que a maioria dos “líderes seniores do Hezbollah foram eliminados”, prevendo que isso provavelmente teria um papel na prevenção de ataques em maior escala pelo grupo militante.

O exército de Israel disse que Nasrallah havia sido morto na sexta-feira após um “ataque ao Quartel-General Central”, que, segundo ele, estava sob um prédio residencial na área de Dahieh, em Beirute. Shoshani disse aos repórteres que os líderes do Hezbollah tinham se “encontrado lá para uma reunião”.

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Como foi a ação de Israel

Israel rastreou Hasan Nasrallah por meses antes do assassinato. Os líderes israelenses estavam cientes do paradeiro de Nasrallah havia meses e decidiram atacá-lo na semana passada porque acreditavam ter apenas uma pequena janela de oportunidade antes de o líder do Hezbollah desaparecer em outro local, segundo três altos funcionários da defesa israelense.

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Dois dos oficiais disseram que mais de 80 bombas foram lançadas em um período de vários minutos para matá-lo. Eles não confirmaram o peso ou o tipo das bombas.

Os agentes do Hezbollah encontraram e identificaram o corpo de Nasrallah no início do sábado, juntamente com o de um dos principais comandantes militares do Hezbollah, Ali Karaki, de acordo com as autoridades, que citaram informações de inteligência obtidas de dentro do Líbano. Todas as três autoridades falaram sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado.

Uma faixa com uma foto do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (E), e do líder do Hezbollah no Líbano, Hasan Nasrallah, em um muro durante protesto anti-Israel em Teerã, no Irã  Foto: AFP / AFP

A operação foi planejada desde o início da semana, quando os líderes políticos israelenses conversaram com seus colegas americanos sobre a possibilidade de um cessar-fogo no Líbano, e antes do primeiro -ministro Binyamin Netanyahu deixar Israel para fazer um discurso nas Nações Unidas.

Todas as autoridades disseram que Hashem Safieddine, primo de Nasrallah e uma peça-chave no trabalho político e social do movimento, foi um dos poucos líderes seniores do Hezbollah que não estavam presentes no local do ataque.

Eles disseram que Safieddine, há muito tempo considerado um possível sucessor de Nasrallah, poderia ser anunciado em breve como o novo secretário-geral do Hezbollah.

Irã promete resposta ao ataque

De acordo com a rede NBC, Teerã iniciou convocação de militares para possível envio de tropas ao Líbano. O comandante supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se pronunciou pela primeira vez desde a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio na região sul de Beirute na noite anterior.

Em uma declaração publicada em seu site, o aiatolá condenou as “mortes causadas ao povo indefeso do Líbano” e afirmou que “todas as forças da região apoiam e estão ao lado do Hezbollah”. Porém, não mencionou Nasrallah. O aumento na segurança de Khamenei foi confirmado pela agência Reuters.

Khamenei afirmou ainda que as mortes de civis no Líbano, cujo governo estima serem mais de 700 ao longo desta semana, “provou a falta de visão e as políticas tolas dos líderes” israelenses. Ele também conclamou a todos os muçulmanos a “apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah com todos os meios de que dispõem e ajudá-los a enfrentar o... regime [de Israel]”. O destino da região, acrescentou, “será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”.

Envio de tropas ao Líbano

De acordo com um dos porta-vozes do Irã para assuntos internacionais, o aiatolá Mohammad Hassan Akhtari, o país iniciará a convocação de tropas para enviá-las ao Líbano nos próximos dias.

À rede americana NBC News, a autoridade afirmou ainda que militares podem ser “enviados às Colinas do Golã”, que, no entanto, são controladas por Israel. As declarações aumentam o temor de que expansão regional do conflito. Teerã sabe que uma guerra aberta com Israel envolveria riscos elevados e outros atores externos, como os EUA.

O Hezbollah tem agido como linha de frente de Irã contra Israel, em especial por sua capacidade para lançar milhares de mísseis. Assim, quando Israel resolveu iniciar uma grande ofensiva contra o Líbano, mirando nas capacidades de comando e ataque do Hezbollah, o alvo não era apenas o grupo xiita, mas sim o próprio regime de Teerã.

O Hezbollah é financiado e apoiado pelo Irã, integrando o chamado “Eixo da Resistência”, uma aliança informal liderada por Teerã que conta com países e movimentos extremistas islâmicos espalhados pelo Oriente Médio. Todos fazem oposição à influência do Ocidente na região e à existência do Estado de Israel. Embora a maioria dos grupos seja xiita, como o Hezbollah, o grupo terrorista Hamas, sunita, e o regime alauíta de Bashar al-Assad, na Síria, também integram a coalizão.

Quem foi Hasan Nasrallah, o líder do Hezbollah?

Hasan Nasrallah era o líder do Hezbollah, a milícia xiita apoiada pelo Irã com ampla influência política no Líbano. Nasrallah nasceu em Beirute em 1960. Estudou para se tornar um clérigo em seminários xiitas no Irã e no Iraque. Ele teria se juntado ao Hezbollah no início da década de 1980, após a invasão israelense do Líbano em 1982. Tornou-se líder do grupo em 1992, após o assassinato de seu antecessor, Sayyad Abbas Musawi, pelas forças israelenses.

Nasrallah, de 63 anos, liderou o Hezbollah durante a segunda metade da ocupação israelense do Líbano, que durou formalmente 15 anos no final do século XX.

Libaneses militantes do Hezzbolah seguram cartazes com a foto do líder da milícia xiita libanesa, Hasan Nasrallah, em protesto em Beirute; Israel afirma ter matado Nsrallah  Foto: Mahmoud Zayyat/AFP

Embora não fosse tecnicamente um funcionário público no Líbano, Nasrallah era uma das figuras políticas mais importantes do país. Nasrallah era conhecido por seus discursos longos e bombásticos e por seu ceceio pronunciado. Seus seguidores o chamam de “The Sayyed” ou “Abu Hadi” - em árabe, pai de Hadi, seu filho que foi morto em confrontos com tropas israelenses em 1997.

Um de seus momentos de maior triunfo foi durante a guerra de um mês que os militantes do Hezbollah e Israel travaram em 2006: Três dias após o início do conflito, ele estava falando no ar com o canal Al-Manar do Hezbollah e disse que as surpresas que havia prometido estavam prestes a começar. Um navio de guerra israelense foi alvejado na ocasião. “Vejam-no queimar”, disse ele.

Walid Phares, um comentarista político nascido no Líbano, disse ao Conselho de Relações Exteriores em 2010 que Nasrallah é visto por alguns no Líbano como uma “figura messiânica”.

Em uma reportagem de 2006 do Líbano, Robin Wright, então repórter do The Washington Post que visitou Nasrallah em Beirute, escreveu que o rosto de Nasrallah era exibido em protetores de tela de computador, pôsteres e chaveiros. “Os táxis tocam seus discursos em vez de música”, relatou Wright.

Quais eram seus pontos de vista?

Um dos principais objetivos do Hezbollah, de acordo com seu manifesto de 1985, é a destruição de Israel. Sob o comando de Nasrallah, o Hezbollah continuou a se envolver em conflitos com Israel.

Embora o Hamas seja sunita e o Hezbollah seja xiita, e os dois grupos militantes tenham discordado em outros conflitos na região, eles encontraram recentemente uma causa comum na oposição a Israel; destruir Israel também é um objetivo declarado do Hamas. Ambos os grupos foram classificados como organizações terroristas pelos Estados Unidos. Ambos recebem apoio do Irã, segundo especialistas e autoridades.

A ocupação israelense do Líbano parece ter sido um fator de formação das motivações de Nasrallah. Ele disse a Wright em 2006 que ele e seus colegas testemunharam “o que aconteceu na Palestina, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, em Golã, no Sinai”.

Isso lhe ensinou que, no Líbano, “não podemos contar com os estados da Liga Árabe nem com as Nações Unidas”, disse ele. “A única maneira que temos é pegar em armas e lutar contra as forças de ocupação.”

O que Nasrallah disse sobre a guerra entre Israel e Gaza?

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, o Hezbollah e Israel trocaram tiros perto da fronteira entre Israel e Líbano. No entanto, não está claro até que ponto o Hezbollah se envolverá na guerra entre o Hamas e Israel, em meio a temores de uma escalada regional mais ampla.

Nasrallah fez seus primeiros comentários públicos sobre o assunto em um discurso na sexta-feira, dizendo que o Hezbollah e outros aliados do Hamas não tinham conhecimento dos planos para o ataque de 7 de outubro, mas que o Hamas não tinha “outra escolha” a não ser atacar Israel. “A outra escolha”, disse ele, “teria sido o silêncio e a morte”.

Em seu discurso, Nasrallah se gabou de que os ataques “diários e direcionados” do Hezbollah contra Israel estavam distraindo e enfraquecendo o país em sua luta contra o Hamas. Ele advertiu Israel contra qualquer “agressão ou ataque preventivo” contra o Líbano, o que, segundo ele, seria “a maior idiotice da história de sua existência”. O combate do Hezbollah com Israel na fronteira, disse ele, “é uma frente de solidariedade e apoio a Gaza”.

Essa frente está evoluindo com base nos desenvolvimentos em Gaza, disse ele, acrescentando que “todas as opções estão sobre a mesa e podemos ir em direção a elas a qualquer momento”. / Washington Post e AP

TEL AVIV, Israel — A milícia xiita radical libanesa Hezbollah confirmou neste sábado, 28, a morte do seu líder, Hasan Nasrallah, após um bombardeio das Forças de Defesa de Israel em um subúrbio no sul de Beirute, capital do Líbano, no golpe mais significativo contra o grupo extremista após meses de conflito.

Israel havia anunciado a morte de Nasrallah no bombardeio na madrugada de sábado. Nasrallah se torna o mais recente, e de longe o mais poderoso, alvo a ser morto por Israel em semanas de lutas intensificadas contra o Hezbollah.

O exército disse que vários comandantes da milícia xiita libanesa foram mortos junto com Nasrallah no ataque aéreo na sexta-feira, 27. Ali Karki, o comandante da Frente Sul do Hezbollah, também estaria entre os mortos de acordo com os militares israelenses.

Bombardeio de Israel atinge prédios nos subúrbios de Beirute, capital do Líbano Foto: Hassan Ammar/AP

O Chefe do Estado-Maior de Israel, Tenente-General Herzi Halevi, afirmou que o ataque contra a liderança do Hezbollah foi o resultado de um “longo período de preparação”. O ataque aéreo foi realizado enquanto a liderança do grupo se reunia em sua sede em Dahiyeh, ao sul de Beirute.

Segundo o Ministério da Saúde libanês seis pessoas foram mortas e 91 ficaram feridas nos ataques que destruíram seis prédios residenciais.

O exército israelense afirmou que estava mobilizando soldados de reserva adicionais à medida que as tensões aumentavam com o Líbano , ativando três batalhões de soldados de reserva após enviar duas brigadas ao norte de Israel no início da semana para treinar para uma possível invasão terrestre.

Na manhã de sábado, o exército israelense realizou vários ataques no sul de Beirute e no Vale de Bekaa, no leste do Líbano. O Hezbollah lançou dezenas de projéteis no norte e centro de Israel e na Cisjordânia ocupada por Israel.

Alerta para retaliação

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, atualizou no sábado as “diretrizes de comando da frente interna” de Israel, dizendo que reuniões de mais de 1.000 pessoas seriam restringidas até a noite de segunda-feira em várias partes do país.

Hagari disse que a atualização foi feita “após uma avaliação da situação” e efetivada imediatamente. Há uma preocupação generalizada sobre a possibilidade de retaliação por parte do Hezbollah ou seus aliados após o assassinato do líder Hasan Nasrallah em um ataque aéreo israelense em Beirute.

Caminhões transportam um tanque de guerra do exército israelense e um veículo de combate de infantaria (VCI) a caminho do posicionamento na fronteira com o Líbano, ao longo de uma rodovia no norte de Israel, em 28 de setembro de 2024 Foto: Jalaa Marey/AFP

O IDF tinha dito anteriormente que permaneceria em “alerta máximo” para uma possível retaliação ou escalada mais ampla após o ataque. O porta-voz do IDF, Nadav Shoshani, disse a repórteres em uma coletiva no sábado que a maioria dos “líderes seniores do Hezbollah foram eliminados”, prevendo que isso provavelmente teria um papel na prevenção de ataques em maior escala pelo grupo militante.

O exército de Israel disse que Nasrallah havia sido morto na sexta-feira após um “ataque ao Quartel-General Central”, que, segundo ele, estava sob um prédio residencial na área de Dahieh, em Beirute. Shoshani disse aos repórteres que os líderes do Hezbollah tinham se “encontrado lá para uma reunião”.

Como foi a ação de Israel

Israel rastreou Hasan Nasrallah por meses antes do assassinato. Os líderes israelenses estavam cientes do paradeiro de Nasrallah havia meses e decidiram atacá-lo na semana passada porque acreditavam ter apenas uma pequena janela de oportunidade antes de o líder do Hezbollah desaparecer em outro local, segundo três altos funcionários da defesa israelense.

Dois dos oficiais disseram que mais de 80 bombas foram lançadas em um período de vários minutos para matá-lo. Eles não confirmaram o peso ou o tipo das bombas.

Os agentes do Hezbollah encontraram e identificaram o corpo de Nasrallah no início do sábado, juntamente com o de um dos principais comandantes militares do Hezbollah, Ali Karaki, de acordo com as autoridades, que citaram informações de inteligência obtidas de dentro do Líbano. Todas as três autoridades falaram sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado.

Uma faixa com uma foto do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (E), e do líder do Hezbollah no Líbano, Hasan Nasrallah, em um muro durante protesto anti-Israel em Teerã, no Irã  Foto: AFP / AFP

A operação foi planejada desde o início da semana, quando os líderes políticos israelenses conversaram com seus colegas americanos sobre a possibilidade de um cessar-fogo no Líbano, e antes do primeiro -ministro Binyamin Netanyahu deixar Israel para fazer um discurso nas Nações Unidas.

Todas as autoridades disseram que Hashem Safieddine, primo de Nasrallah e uma peça-chave no trabalho político e social do movimento, foi um dos poucos líderes seniores do Hezbollah que não estavam presentes no local do ataque.

Eles disseram que Safieddine, há muito tempo considerado um possível sucessor de Nasrallah, poderia ser anunciado em breve como o novo secretário-geral do Hezbollah.

Irã promete resposta ao ataque

De acordo com a rede NBC, Teerã iniciou convocação de militares para possível envio de tropas ao Líbano. O comandante supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se pronunciou pela primeira vez desde a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio na região sul de Beirute na noite anterior.

Em uma declaração publicada em seu site, o aiatolá condenou as “mortes causadas ao povo indefeso do Líbano” e afirmou que “todas as forças da região apoiam e estão ao lado do Hezbollah”. Porém, não mencionou Nasrallah. O aumento na segurança de Khamenei foi confirmado pela agência Reuters.

Khamenei afirmou ainda que as mortes de civis no Líbano, cujo governo estima serem mais de 700 ao longo desta semana, “provou a falta de visão e as políticas tolas dos líderes” israelenses. Ele também conclamou a todos os muçulmanos a “apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah com todos os meios de que dispõem e ajudá-los a enfrentar o... regime [de Israel]”. O destino da região, acrescentou, “será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”.

Envio de tropas ao Líbano

De acordo com um dos porta-vozes do Irã para assuntos internacionais, o aiatolá Mohammad Hassan Akhtari, o país iniciará a convocação de tropas para enviá-las ao Líbano nos próximos dias.

À rede americana NBC News, a autoridade afirmou ainda que militares podem ser “enviados às Colinas do Golã”, que, no entanto, são controladas por Israel. As declarações aumentam o temor de que expansão regional do conflito. Teerã sabe que uma guerra aberta com Israel envolveria riscos elevados e outros atores externos, como os EUA.

O Hezbollah tem agido como linha de frente de Irã contra Israel, em especial por sua capacidade para lançar milhares de mísseis. Assim, quando Israel resolveu iniciar uma grande ofensiva contra o Líbano, mirando nas capacidades de comando e ataque do Hezbollah, o alvo não era apenas o grupo xiita, mas sim o próprio regime de Teerã.

O Hezbollah é financiado e apoiado pelo Irã, integrando o chamado “Eixo da Resistência”, uma aliança informal liderada por Teerã que conta com países e movimentos extremistas islâmicos espalhados pelo Oriente Médio. Todos fazem oposição à influência do Ocidente na região e à existência do Estado de Israel. Embora a maioria dos grupos seja xiita, como o Hezbollah, o grupo terrorista Hamas, sunita, e o regime alauíta de Bashar al-Assad, na Síria, também integram a coalizão.

Quem foi Hasan Nasrallah, o líder do Hezbollah?

Hasan Nasrallah era o líder do Hezbollah, a milícia xiita apoiada pelo Irã com ampla influência política no Líbano. Nasrallah nasceu em Beirute em 1960. Estudou para se tornar um clérigo em seminários xiitas no Irã e no Iraque. Ele teria se juntado ao Hezbollah no início da década de 1980, após a invasão israelense do Líbano em 1982. Tornou-se líder do grupo em 1992, após o assassinato de seu antecessor, Sayyad Abbas Musawi, pelas forças israelenses.

Nasrallah, de 63 anos, liderou o Hezbollah durante a segunda metade da ocupação israelense do Líbano, que durou formalmente 15 anos no final do século XX.

Libaneses militantes do Hezzbolah seguram cartazes com a foto do líder da milícia xiita libanesa, Hasan Nasrallah, em protesto em Beirute; Israel afirma ter matado Nsrallah  Foto: Mahmoud Zayyat/AFP

Embora não fosse tecnicamente um funcionário público no Líbano, Nasrallah era uma das figuras políticas mais importantes do país. Nasrallah era conhecido por seus discursos longos e bombásticos e por seu ceceio pronunciado. Seus seguidores o chamam de “The Sayyed” ou “Abu Hadi” - em árabe, pai de Hadi, seu filho que foi morto em confrontos com tropas israelenses em 1997.

Um de seus momentos de maior triunfo foi durante a guerra de um mês que os militantes do Hezbollah e Israel travaram em 2006: Três dias após o início do conflito, ele estava falando no ar com o canal Al-Manar do Hezbollah e disse que as surpresas que havia prometido estavam prestes a começar. Um navio de guerra israelense foi alvejado na ocasião. “Vejam-no queimar”, disse ele.

Walid Phares, um comentarista político nascido no Líbano, disse ao Conselho de Relações Exteriores em 2010 que Nasrallah é visto por alguns no Líbano como uma “figura messiânica”.

Em uma reportagem de 2006 do Líbano, Robin Wright, então repórter do The Washington Post que visitou Nasrallah em Beirute, escreveu que o rosto de Nasrallah era exibido em protetores de tela de computador, pôsteres e chaveiros. “Os táxis tocam seus discursos em vez de música”, relatou Wright.

Quais eram seus pontos de vista?

Um dos principais objetivos do Hezbollah, de acordo com seu manifesto de 1985, é a destruição de Israel. Sob o comando de Nasrallah, o Hezbollah continuou a se envolver em conflitos com Israel.

Embora o Hamas seja sunita e o Hezbollah seja xiita, e os dois grupos militantes tenham discordado em outros conflitos na região, eles encontraram recentemente uma causa comum na oposição a Israel; destruir Israel também é um objetivo declarado do Hamas. Ambos os grupos foram classificados como organizações terroristas pelos Estados Unidos. Ambos recebem apoio do Irã, segundo especialistas e autoridades.

A ocupação israelense do Líbano parece ter sido um fator de formação das motivações de Nasrallah. Ele disse a Wright em 2006 que ele e seus colegas testemunharam “o que aconteceu na Palestina, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, em Golã, no Sinai”.

Isso lhe ensinou que, no Líbano, “não podemos contar com os estados da Liga Árabe nem com as Nações Unidas”, disse ele. “A única maneira que temos é pegar em armas e lutar contra as forças de ocupação.”

O que Nasrallah disse sobre a guerra entre Israel e Gaza?

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, o Hezbollah e Israel trocaram tiros perto da fronteira entre Israel e Líbano. No entanto, não está claro até que ponto o Hezbollah se envolverá na guerra entre o Hamas e Israel, em meio a temores de uma escalada regional mais ampla.

Nasrallah fez seus primeiros comentários públicos sobre o assunto em um discurso na sexta-feira, dizendo que o Hezbollah e outros aliados do Hamas não tinham conhecimento dos planos para o ataque de 7 de outubro, mas que o Hamas não tinha “outra escolha” a não ser atacar Israel. “A outra escolha”, disse ele, “teria sido o silêncio e a morte”.

Em seu discurso, Nasrallah se gabou de que os ataques “diários e direcionados” do Hezbollah contra Israel estavam distraindo e enfraquecendo o país em sua luta contra o Hamas. Ele advertiu Israel contra qualquer “agressão ou ataque preventivo” contra o Líbano, o que, segundo ele, seria “a maior idiotice da história de sua existência”. O combate do Hezbollah com Israel na fronteira, disse ele, “é uma frente de solidariedade e apoio a Gaza”.

Essa frente está evoluindo com base nos desenvolvimentos em Gaza, disse ele, acrescentando que “todas as opções estão sobre a mesa e podemos ir em direção a elas a qualquer momento”. / Washington Post e AP

TEL AVIV, Israel — A milícia xiita radical libanesa Hezbollah confirmou neste sábado, 28, a morte do seu líder, Hasan Nasrallah, após um bombardeio das Forças de Defesa de Israel em um subúrbio no sul de Beirute, capital do Líbano, no golpe mais significativo contra o grupo extremista após meses de conflito.

Israel havia anunciado a morte de Nasrallah no bombardeio na madrugada de sábado. Nasrallah se torna o mais recente, e de longe o mais poderoso, alvo a ser morto por Israel em semanas de lutas intensificadas contra o Hezbollah.

O exército disse que vários comandantes da milícia xiita libanesa foram mortos junto com Nasrallah no ataque aéreo na sexta-feira, 27. Ali Karki, o comandante da Frente Sul do Hezbollah, também estaria entre os mortos de acordo com os militares israelenses.

Bombardeio de Israel atinge prédios nos subúrbios de Beirute, capital do Líbano Foto: Hassan Ammar/AP

O Chefe do Estado-Maior de Israel, Tenente-General Herzi Halevi, afirmou que o ataque contra a liderança do Hezbollah foi o resultado de um “longo período de preparação”. O ataque aéreo foi realizado enquanto a liderança do grupo se reunia em sua sede em Dahiyeh, ao sul de Beirute.

Segundo o Ministério da Saúde libanês seis pessoas foram mortas e 91 ficaram feridas nos ataques que destruíram seis prédios residenciais.

O exército israelense afirmou que estava mobilizando soldados de reserva adicionais à medida que as tensões aumentavam com o Líbano , ativando três batalhões de soldados de reserva após enviar duas brigadas ao norte de Israel no início da semana para treinar para uma possível invasão terrestre.

Na manhã de sábado, o exército israelense realizou vários ataques no sul de Beirute e no Vale de Bekaa, no leste do Líbano. O Hezbollah lançou dezenas de projéteis no norte e centro de Israel e na Cisjordânia ocupada por Israel.

Alerta para retaliação

Porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, atualizou no sábado as “diretrizes de comando da frente interna” de Israel, dizendo que reuniões de mais de 1.000 pessoas seriam restringidas até a noite de segunda-feira em várias partes do país.

Hagari disse que a atualização foi feita “após uma avaliação da situação” e efetivada imediatamente. Há uma preocupação generalizada sobre a possibilidade de retaliação por parte do Hezbollah ou seus aliados após o assassinato do líder Hasan Nasrallah em um ataque aéreo israelense em Beirute.

Caminhões transportam um tanque de guerra do exército israelense e um veículo de combate de infantaria (VCI) a caminho do posicionamento na fronteira com o Líbano, ao longo de uma rodovia no norte de Israel, em 28 de setembro de 2024 Foto: Jalaa Marey/AFP

O IDF tinha dito anteriormente que permaneceria em “alerta máximo” para uma possível retaliação ou escalada mais ampla após o ataque. O porta-voz do IDF, Nadav Shoshani, disse a repórteres em uma coletiva no sábado que a maioria dos “líderes seniores do Hezbollah foram eliminados”, prevendo que isso provavelmente teria um papel na prevenção de ataques em maior escala pelo grupo militante.

O exército de Israel disse que Nasrallah havia sido morto na sexta-feira após um “ataque ao Quartel-General Central”, que, segundo ele, estava sob um prédio residencial na área de Dahieh, em Beirute. Shoshani disse aos repórteres que os líderes do Hezbollah tinham se “encontrado lá para uma reunião”.

Como foi a ação de Israel

Israel rastreou Hasan Nasrallah por meses antes do assassinato. Os líderes israelenses estavam cientes do paradeiro de Nasrallah havia meses e decidiram atacá-lo na semana passada porque acreditavam ter apenas uma pequena janela de oportunidade antes de o líder do Hezbollah desaparecer em outro local, segundo três altos funcionários da defesa israelense.

Dois dos oficiais disseram que mais de 80 bombas foram lançadas em um período de vários minutos para matá-lo. Eles não confirmaram o peso ou o tipo das bombas.

Os agentes do Hezbollah encontraram e identificaram o corpo de Nasrallah no início do sábado, juntamente com o de um dos principais comandantes militares do Hezbollah, Ali Karaki, de acordo com as autoridades, que citaram informações de inteligência obtidas de dentro do Líbano. Todas as três autoridades falaram sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado.

Uma faixa com uma foto do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (E), e do líder do Hezbollah no Líbano, Hasan Nasrallah, em um muro durante protesto anti-Israel em Teerã, no Irã  Foto: AFP / AFP

A operação foi planejada desde o início da semana, quando os líderes políticos israelenses conversaram com seus colegas americanos sobre a possibilidade de um cessar-fogo no Líbano, e antes do primeiro -ministro Binyamin Netanyahu deixar Israel para fazer um discurso nas Nações Unidas.

Todas as autoridades disseram que Hashem Safieddine, primo de Nasrallah e uma peça-chave no trabalho político e social do movimento, foi um dos poucos líderes seniores do Hezbollah que não estavam presentes no local do ataque.

Eles disseram que Safieddine, há muito tempo considerado um possível sucessor de Nasrallah, poderia ser anunciado em breve como o novo secretário-geral do Hezbollah.

Irã promete resposta ao ataque

De acordo com a rede NBC, Teerã iniciou convocação de militares para possível envio de tropas ao Líbano. O comandante supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se pronunciou pela primeira vez desde a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio na região sul de Beirute na noite anterior.

Em uma declaração publicada em seu site, o aiatolá condenou as “mortes causadas ao povo indefeso do Líbano” e afirmou que “todas as forças da região apoiam e estão ao lado do Hezbollah”. Porém, não mencionou Nasrallah. O aumento na segurança de Khamenei foi confirmado pela agência Reuters.

Khamenei afirmou ainda que as mortes de civis no Líbano, cujo governo estima serem mais de 700 ao longo desta semana, “provou a falta de visão e as políticas tolas dos líderes” israelenses. Ele também conclamou a todos os muçulmanos a “apoiar o povo do Líbano e o Hezbollah com todos os meios de que dispõem e ajudá-los a enfrentar o... regime [de Israel]”. O destino da região, acrescentou, “será determinado pelas forças de resistência, com o Hezbollah na vanguarda”.

Envio de tropas ao Líbano

De acordo com um dos porta-vozes do Irã para assuntos internacionais, o aiatolá Mohammad Hassan Akhtari, o país iniciará a convocação de tropas para enviá-las ao Líbano nos próximos dias.

À rede americana NBC News, a autoridade afirmou ainda que militares podem ser “enviados às Colinas do Golã”, que, no entanto, são controladas por Israel. As declarações aumentam o temor de que expansão regional do conflito. Teerã sabe que uma guerra aberta com Israel envolveria riscos elevados e outros atores externos, como os EUA.

O Hezbollah tem agido como linha de frente de Irã contra Israel, em especial por sua capacidade para lançar milhares de mísseis. Assim, quando Israel resolveu iniciar uma grande ofensiva contra o Líbano, mirando nas capacidades de comando e ataque do Hezbollah, o alvo não era apenas o grupo xiita, mas sim o próprio regime de Teerã.

O Hezbollah é financiado e apoiado pelo Irã, integrando o chamado “Eixo da Resistência”, uma aliança informal liderada por Teerã que conta com países e movimentos extremistas islâmicos espalhados pelo Oriente Médio. Todos fazem oposição à influência do Ocidente na região e à existência do Estado de Israel. Embora a maioria dos grupos seja xiita, como o Hezbollah, o grupo terrorista Hamas, sunita, e o regime alauíta de Bashar al-Assad, na Síria, também integram a coalizão.

Quem foi Hasan Nasrallah, o líder do Hezbollah?

Hasan Nasrallah era o líder do Hezbollah, a milícia xiita apoiada pelo Irã com ampla influência política no Líbano. Nasrallah nasceu em Beirute em 1960. Estudou para se tornar um clérigo em seminários xiitas no Irã e no Iraque. Ele teria se juntado ao Hezbollah no início da década de 1980, após a invasão israelense do Líbano em 1982. Tornou-se líder do grupo em 1992, após o assassinato de seu antecessor, Sayyad Abbas Musawi, pelas forças israelenses.

Nasrallah, de 63 anos, liderou o Hezbollah durante a segunda metade da ocupação israelense do Líbano, que durou formalmente 15 anos no final do século XX.

Libaneses militantes do Hezzbolah seguram cartazes com a foto do líder da milícia xiita libanesa, Hasan Nasrallah, em protesto em Beirute; Israel afirma ter matado Nsrallah  Foto: Mahmoud Zayyat/AFP

Embora não fosse tecnicamente um funcionário público no Líbano, Nasrallah era uma das figuras políticas mais importantes do país. Nasrallah era conhecido por seus discursos longos e bombásticos e por seu ceceio pronunciado. Seus seguidores o chamam de “The Sayyed” ou “Abu Hadi” - em árabe, pai de Hadi, seu filho que foi morto em confrontos com tropas israelenses em 1997.

Um de seus momentos de maior triunfo foi durante a guerra de um mês que os militantes do Hezbollah e Israel travaram em 2006: Três dias após o início do conflito, ele estava falando no ar com o canal Al-Manar do Hezbollah e disse que as surpresas que havia prometido estavam prestes a começar. Um navio de guerra israelense foi alvejado na ocasião. “Vejam-no queimar”, disse ele.

Walid Phares, um comentarista político nascido no Líbano, disse ao Conselho de Relações Exteriores em 2010 que Nasrallah é visto por alguns no Líbano como uma “figura messiânica”.

Em uma reportagem de 2006 do Líbano, Robin Wright, então repórter do The Washington Post que visitou Nasrallah em Beirute, escreveu que o rosto de Nasrallah era exibido em protetores de tela de computador, pôsteres e chaveiros. “Os táxis tocam seus discursos em vez de música”, relatou Wright.

Quais eram seus pontos de vista?

Um dos principais objetivos do Hezbollah, de acordo com seu manifesto de 1985, é a destruição de Israel. Sob o comando de Nasrallah, o Hezbollah continuou a se envolver em conflitos com Israel.

Embora o Hamas seja sunita e o Hezbollah seja xiita, e os dois grupos militantes tenham discordado em outros conflitos na região, eles encontraram recentemente uma causa comum na oposição a Israel; destruir Israel também é um objetivo declarado do Hamas. Ambos os grupos foram classificados como organizações terroristas pelos Estados Unidos. Ambos recebem apoio do Irã, segundo especialistas e autoridades.

A ocupação israelense do Líbano parece ter sido um fator de formação das motivações de Nasrallah. Ele disse a Wright em 2006 que ele e seus colegas testemunharam “o que aconteceu na Palestina, na Cisjordânia, na Faixa de Gaza, em Golã, no Sinai”.

Isso lhe ensinou que, no Líbano, “não podemos contar com os estados da Liga Árabe nem com as Nações Unidas”, disse ele. “A única maneira que temos é pegar em armas e lutar contra as forças de ocupação.”

O que Nasrallah disse sobre a guerra entre Israel e Gaza?

Desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando o Hamas atacou Israel, o Hezbollah e Israel trocaram tiros perto da fronteira entre Israel e Líbano. No entanto, não está claro até que ponto o Hezbollah se envolverá na guerra entre o Hamas e Israel, em meio a temores de uma escalada regional mais ampla.

Nasrallah fez seus primeiros comentários públicos sobre o assunto em um discurso na sexta-feira, dizendo que o Hezbollah e outros aliados do Hamas não tinham conhecimento dos planos para o ataque de 7 de outubro, mas que o Hamas não tinha “outra escolha” a não ser atacar Israel. “A outra escolha”, disse ele, “teria sido o silêncio e a morte”.

Em seu discurso, Nasrallah se gabou de que os ataques “diários e direcionados” do Hezbollah contra Israel estavam distraindo e enfraquecendo o país em sua luta contra o Hamas. Ele advertiu Israel contra qualquer “agressão ou ataque preventivo” contra o Líbano, o que, segundo ele, seria “a maior idiotice da história de sua existência”. O combate do Hezbollah com Israel na fronteira, disse ele, “é uma frente de solidariedade e apoio a Gaza”.

Essa frente está evoluindo com base nos desenvolvimentos em Gaza, disse ele, acrescentando que “todas as opções estão sobre a mesa e podemos ir em direção a elas a qualquer momento”. / Washington Post e AP

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