As Forças de Defesa de Israel disseram no início deste sábado, 28, que seus caças atingiram 150 alvos subterrâneos no norte da Faixa de Gaza, incluindo túneis, espaços de combate subterrâneos e infraestrutura subterrânea adicional, matando vários “terroristas do Hamas”. Dentre os mortos, Israel afirma’ ter matado um oficial do Hamas encarregado de “paramotores, drones, equipamentos de detecção e defesa antiaérea”.
“Asem Abou Rakaba participou na organização do massacre nas comunidades fronteiriças da Faixa de Gaza em 7 de outubro”, afirma o comunicado.
As munições pesadas, projetadas para destruir estruturas subterrâneas, visavam presumivelmente a rede de túneis e câmaras subterrâneas que o Hamas é conhecido por operar em todo o enclave. Acredita-se que a extensa cadeia de passagens seja o local onde o Hamas mantém abrigos para seus combatentes, quartéis-generais de comando e instalações de comunicação, além de espaço para a moradia de alguns de seus principais líderes militares.
Acredita-se que pelo menos alguns, se não a maioria, dos mais de 200 reféns levados em cativeiro de Israel em 7 de outubro tenham sido mantidos lá.
Israel continuou a bombardear a Faixa de Gaza na manhã de sábado, onde fontes médicas disseram à AFP que temiam um grande número de vítimas e grandes danos após os fortes ataques da noite.
Um jornalista da AFP pôde ouvir explosões esporádicas na manhã de sábado dentro da Faixa de Gaza, bombardeada por ar, mar e terra. A intensidade do bombardeio aéreo e de artilharia diminuiu em relação à noite.
Uma forte neblina está cobrindo áreas inteiras do norte de Gaza, disse outro jornalista da AFP estacionado em Ascalon, no sul de Israel, a menos de 10 km da fronteira com o enclave palestino.
Bombardeios intensos e incessantes do exército israelense durante a noite sacudiram as janelas e o chão em Ascalon até as 04:00 horas locais (01:00 GMT).
Fumaça e um cheiro pungente de queimado encheram o ar ao amanhecer em Ascalon e Sederot, a um quilômetro da fronteira com a Faixa de Gaza, disseram os correspondentes da AFP.
Os caças israelenses ainda estavam voando baixo e as explosões de projéteis disparados pelo exército israelense podiam ser ouvidas regularmente nas duas cidades, acrescentaram.
Na sexta-feira, Israel divulgou o que diz ser uma prova detalhada de que o Hamas mantém seu principal centro de operações sob o maior hospital de Gaza, que também é um refúgio para civis que buscam refúgio. O Hamas refuta essa informação. Izzat Al-Rishq, um membro sênior de seu braço político, disse no Telegram que a alegação israelense era um prelúdio para um “massacre” no hospital.
A Faixa de Gaza está isolada do resto do mundo desde sexta-feira, devido à interrupção das telecomunicações e da Internet imposta por Israel.
Israel diz que matou líder do Hamas que planejou o ataque de 7 de outubro
Aviões israelenses abateram o chefe do comando aéreo do grupo palestino Hamas, Asem Abu Rakaba, que participou do planejamento do ataque de 7 de outubro contra Israel. As Forças de Defesa e a Agência de Segurança de Israel informaram neste sábado, 28, em um comunicado conjunto sobre a morte de Abu Rakaba, sem especificar o local onde morreu.
A nota explica que Abu Rakaba foi o responsável pelos drones, parapentes e defesa aérea do Hamas. Ele também planejou o ataque de 7 de outubro contra Israel. “Ele ordenou que terroristas se infiltrassem em Israel com parapentes e foi responsável por ataques de drones contra postos das Forças de Defesa de Israel.”, indica o comunicado.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, que começou com o ataque em solo israelense pelo grupo terrorista em 7 de outubro, o Exército matou vários líderes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Há dois dias, ele matou em um ataque bombardeando o “número dois” da Diretoria de Inteligência do grupo, Shadi Barud, a quem Israel considerava o coautor intelectual dos ataques contra seu território.
Ontem à noite, o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, anunciou que suas forças iriam expandir as operações terrestres no Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos ao enclave, que deixaram mais de 7.300 mortos.
Conflito Israel-Palestina; entenda
/EFE, AFP e W.Post