As Forças de Defesa de Israel (ou IDF) disseram às organizações de notícias Reuters e Agence France-Presse que não poderiam garantir a segurança dos repórteres que trabalham na Faixa de Gaza.
“O IDF está atacando todas as atividades militares do Hamas em toda a Faixa de Gaza”, escreveu o exército em resposta às solicitações das organizações de notícias para que seus jornalistas não fossem atacados.
O IDF acrescentou que seus ataques ao Hamas podem danificar edifícios, enquanto os foguetes do Hamas podem falhar e matar pessoas em Gaza. “Nessas circunstâncias, não podemos garantir a segurança de seus funcionários e pedimos encarecidamente que tomem todas as medidas necessárias para a segurança deles”, dizia a carta do exército do Israel.
Pelo menos 27 jornalistas foram mortos na guerra entre Israel e Gaza desde 7 de outubro, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Familiares de jornalistas também foram mortos, como foi o caso do corresponsal-chefe da Al Jazeera em Gaza, Wael al-Dahdouh, um repórter veterano cujos parentes estavam entre os mortos em um ataque aéreo ao campo de refugiados de Nuseirat.
Em resposta à carta do IDF, a Reuters descreveu a situação no local como “terrível”.
“A falta de vontade do IDF em dar garantias sobre a segurança de nossa equipe ameaça sua capacidade de fornecer as notícias sobre esse conflito sem medo de serem feridos ou mortos”, disse a Reuters em um comunicado.