MANILA - Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 67 ficaram feridas após a explosão de uma bomba nesta sexta-feira, 2, em um mercado na cidade de Davao, no sudeste das Filipinas, informaram fontes oficiais.
Os números da polícia de Davao foram transmitidos durante uma reunião dos serviços de urgência e das forças de segurança com o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, segundo a emissora local ANC.
Além disso, o secretário de Comunicações do governo filipino, Martin Andanar, afirmou aos veículos de imprensa que a polícia encontrou estilhaços no local da explosão, por isso "parece que se trata de uma bomba", acrescentou.
"Investigações iniciais indicam que um morteiro foi utilizado como bomba improvisada, mas vamos continuar investigando, portanto não estão descartadas outras opções", declarou Andanar.
O secretário de Comunicações afirmou que as hipóteses indicam dois possíveis autores do suposto atentado: o grupo islamita rebelde Abu Sayyaf e barões do narcotráfico enfurecidos pela radical guerra às drogas que está sendo realizada pelo atual governo das Filipinas.
Andanar também confirmou a presença de Duterte na cidade de Davao, da qual foi governador e prefeito durante mais de 20 anos.
As forças de segurança de Davao, por sua vez, estão em alerta vermelho, e "estabeleceram postos de controle em todos os pontos de saída da cidade", afirmou em comunicado o chefe da polícia da província de Davao, Manuel Gaerlan.
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Os filipinos comparecem às urnas para uma eleição presidencial em meio à tensão. Pelo menos dez pessoas morreram no país só nesta segunda-feira, 9.
A polícia da região metropolitana de Manila, a capital do país, também declarou alerta máximo na cidade, onde a vigilância foi aumentada no aeroporto, nos terminais de ônibus e shoppings, enquanto os controles nas estradas também foram intensificados.
A explosão aconteceu por volta das 23h locais de sexta-feira (12h de Brasília) em um mercado noturno no centro da cidade.
Davao se encontra na ilha meridional de Mindanao, uma região problemática das Filipinas onde operam vários grupos rebeldes, entre eles o Abu Sayyaf, uma organização radical islâmica que se declarou seguidora do Estado Islâmico e protagonizou alguns dos ataques terroristas mais violentos do país.
Na segunda-feira passada, enfrentamentos entre o Abu Sayyaf e o exército das Filipinas na cidade de Patikul, na província de Sulu, no sul do arquipélago, causaram a morte de pelo menos 15 soldados e cerca de 30 rebeldes, segundo números oficiais. / EFE