Explosão em depósito de munições russas na Crimeia é atribuído à Ucrânia; país não admite autoria


Segundo ataque em menos de uma semana na região causa a fuga de cerca de 3 mil pessoas, dizem autoridades

Por Paul Byrne
Atualização:

KIEV – As explosões e incêndios que destruíram um depósito de munições russas na Crimeia nesta terça-feira, 16, têm a Ucrânia como principal suspeita de autoria. Apesar do país não ter admitido responsabilidade pelo ataque, ocorrido no vilarejo de Maiskoie, e a Rússia ter chamado de “ato de sabotagem”, mas sem dar nome aos responsáveis, a frequência das explosões levantam as suspeitas. Trata-se da segunda explosão na região em pouco mais de uma semana, forçando a fuga de mais de 3 mil pessoas.

Além das explosões em Maiskoie, o jornal russo especializado no mundo dos negócios Kommersant citou moradores locais afirmando que colunas de fumaça também ascenderam da base aérea em Gvardeiskoie, também localizada na Crimeia, nesta terça-feira.

continua após a publicidade

O território, pertencente originalmente à Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014. O país tem usado a península como base de lançamento de ataques contra os ucranianos na guerra iniciada quase seis meses atrás.

Explosão na vila de Mayskoye, no distrito de Dzhankoi, Crimeia, 16 de agosto de 2022 Foto: RU-RTR/via AP

Em outra ação descrita como um ato de sabotagem, a agência de notícias russa Tass citou a agência de segurança FSB afirmando que operativos da Ucrânia explodiram seis torres de transmissão de alta-voltagem anteriormente este mês na região russa de Kursk, próximo à Ucrânia.

continua após a publicidade

Os incidentes levantam dúvidas a respeito da capacidade da Rússia em se defender.

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado sobre informações de inteligência que embarcações da frota russa no Mar Negro estão numa “posição extremamente defensiva” nas águas da Crimeia, com navios evitando se aventurar fora do campo de visão da costa marítima.

O navio russo Moskva foi afundado no Mar Negro em abril, e no mês passado forças ucranianas retomaram a estratégica Ilha das Serpentes.

continua após a publicidade

A “limitada eficácia” da frota russa “mina a estratégia geral de invasão da Rússia”, afirmaram os britânicos. “Isso significa que a Ucrânia é capaz de direcionar recursos para pressionar forças terrestres russas em outros lugares.”

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que os aliados ocidentais, além de fornecer armas para a Ucrânia, forneceram aos ucranianos informações detalhadas de inteligência e instruções para ajudar a Ucrânia a operar armas capazes de atingir alvos no interior do território ocupado.

continua após a publicidade

“Agências de inteligência ocidentais não apenas forneceram coordenadas e alvos para lançamentos de ataques, mas especialistas ocidentais também supervisionaram a inserção desses dados nos sistemas de armamentos”, afirmou Shoigu.

Se as forças ucranianas estiverem realmente por trás das explosões na Crimeia, isso representaria uma significativa escalada na guerra. O Kremlin exigiu que Kiev reconheça a Crimeia como parte da Rússia enquanto condição para o fim dos combates, e a Ucrânia promete expulsar as forças de Moscou da península no Mar Negro.

Vídeos postados em redes sociais mostraram espessas colunas de fumaça ascendendo sobre as chamas em Maiskoie, e uma série de explosões foi ouvida. O Ministério da Defesa russo afirmou que o incêndio danificou uma usina de energia, linhas de transmissão de eletricidade, trilhos ferroviários e edifícios residenciais.

continua após a publicidade

O líder regional da Crimeia, Sergei Aksionov, afirmou que duas pessoas ficaram feridas e mais de 3 mil fugiram de dois vilarejos.

A Crimeia é um destino popular no verão para turistas russos, e as explosões da semana passada na base aérea de Saki fez banhistas fugirem da praia enquanto chamas e colunas de fumaça ascendiam no horizonte.

Autoridades ucranianas alertaram nesta terça-feira que a Crimeia não será poupada na guerra, mas não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em vez de destino turístico, “a Crimeia ocupada pelos russos é um local com explosões de armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, tuitou Mikhailo Podoliak conselheiro do presidente da Ucrânia.

continua após a publicidade

A Rússia atribuiu a autoria das explosões da semana passada a uma detonação acidental de munições, mas fotos de satélite e outras evidências – incluindo os locais diversos das explosões – apontam para um ataque ucraniano, talvez com mísseis antinavio, de acordo com analistas militares.

Enquanto isso, no Donbas, a região industrial no leste da Ucrânia que tem sido foco dos combates nos meses recentes, um civil foi morto por bombardeio russo e outros dois ficaram feridos, de acordo com o governador regional ucraniano Pavlo Kirilenko.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um civil foi morto e outros nove ficaram feridos pelo bombardeio russo, afirmou o governador regional Oleh Siniehubov. Ele afirmou que o ataque ocorrido durante a noite foi “um dos bombardeios mais massivos sobre Kharkiv nos dias recentes”.

Uma boa notícia emergiu da região: Um navio fretado pelas Nações Unidas carregado com grãos ucranianos iniciou viagem para o Chifre da África, assolado pela fome, no primeiro envio de ajuda alimentar realizado durante a guerra. O envio foi possível em razão de um acordo intermediado internacionalmente para liberar grãos presos nos portos ucranianos em razão dos combates. /ASSOCIATED PRESS

KIEV – As explosões e incêndios que destruíram um depósito de munições russas na Crimeia nesta terça-feira, 16, têm a Ucrânia como principal suspeita de autoria. Apesar do país não ter admitido responsabilidade pelo ataque, ocorrido no vilarejo de Maiskoie, e a Rússia ter chamado de “ato de sabotagem”, mas sem dar nome aos responsáveis, a frequência das explosões levantam as suspeitas. Trata-se da segunda explosão na região em pouco mais de uma semana, forçando a fuga de mais de 3 mil pessoas.

Além das explosões em Maiskoie, o jornal russo especializado no mundo dos negócios Kommersant citou moradores locais afirmando que colunas de fumaça também ascenderam da base aérea em Gvardeiskoie, também localizada na Crimeia, nesta terça-feira.

O território, pertencente originalmente à Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014. O país tem usado a península como base de lançamento de ataques contra os ucranianos na guerra iniciada quase seis meses atrás.

Explosão na vila de Mayskoye, no distrito de Dzhankoi, Crimeia, 16 de agosto de 2022 Foto: RU-RTR/via AP

Em outra ação descrita como um ato de sabotagem, a agência de notícias russa Tass citou a agência de segurança FSB afirmando que operativos da Ucrânia explodiram seis torres de transmissão de alta-voltagem anteriormente este mês na região russa de Kursk, próximo à Ucrânia.

Os incidentes levantam dúvidas a respeito da capacidade da Rússia em se defender.

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado sobre informações de inteligência que embarcações da frota russa no Mar Negro estão numa “posição extremamente defensiva” nas águas da Crimeia, com navios evitando se aventurar fora do campo de visão da costa marítima.

O navio russo Moskva foi afundado no Mar Negro em abril, e no mês passado forças ucranianas retomaram a estratégica Ilha das Serpentes.

A “limitada eficácia” da frota russa “mina a estratégia geral de invasão da Rússia”, afirmaram os britânicos. “Isso significa que a Ucrânia é capaz de direcionar recursos para pressionar forças terrestres russas em outros lugares.”

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que os aliados ocidentais, além de fornecer armas para a Ucrânia, forneceram aos ucranianos informações detalhadas de inteligência e instruções para ajudar a Ucrânia a operar armas capazes de atingir alvos no interior do território ocupado.

“Agências de inteligência ocidentais não apenas forneceram coordenadas e alvos para lançamentos de ataques, mas especialistas ocidentais também supervisionaram a inserção desses dados nos sistemas de armamentos”, afirmou Shoigu.

Se as forças ucranianas estiverem realmente por trás das explosões na Crimeia, isso representaria uma significativa escalada na guerra. O Kremlin exigiu que Kiev reconheça a Crimeia como parte da Rússia enquanto condição para o fim dos combates, e a Ucrânia promete expulsar as forças de Moscou da península no Mar Negro.

Vídeos postados em redes sociais mostraram espessas colunas de fumaça ascendendo sobre as chamas em Maiskoie, e uma série de explosões foi ouvida. O Ministério da Defesa russo afirmou que o incêndio danificou uma usina de energia, linhas de transmissão de eletricidade, trilhos ferroviários e edifícios residenciais.

O líder regional da Crimeia, Sergei Aksionov, afirmou que duas pessoas ficaram feridas e mais de 3 mil fugiram de dois vilarejos.

A Crimeia é um destino popular no verão para turistas russos, e as explosões da semana passada na base aérea de Saki fez banhistas fugirem da praia enquanto chamas e colunas de fumaça ascendiam no horizonte.

Autoridades ucranianas alertaram nesta terça-feira que a Crimeia não será poupada na guerra, mas não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em vez de destino turístico, “a Crimeia ocupada pelos russos é um local com explosões de armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, tuitou Mikhailo Podoliak conselheiro do presidente da Ucrânia.

A Rússia atribuiu a autoria das explosões da semana passada a uma detonação acidental de munições, mas fotos de satélite e outras evidências – incluindo os locais diversos das explosões – apontam para um ataque ucraniano, talvez com mísseis antinavio, de acordo com analistas militares.

Enquanto isso, no Donbas, a região industrial no leste da Ucrânia que tem sido foco dos combates nos meses recentes, um civil foi morto por bombardeio russo e outros dois ficaram feridos, de acordo com o governador regional ucraniano Pavlo Kirilenko.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um civil foi morto e outros nove ficaram feridos pelo bombardeio russo, afirmou o governador regional Oleh Siniehubov. Ele afirmou que o ataque ocorrido durante a noite foi “um dos bombardeios mais massivos sobre Kharkiv nos dias recentes”.

Uma boa notícia emergiu da região: Um navio fretado pelas Nações Unidas carregado com grãos ucranianos iniciou viagem para o Chifre da África, assolado pela fome, no primeiro envio de ajuda alimentar realizado durante a guerra. O envio foi possível em razão de um acordo intermediado internacionalmente para liberar grãos presos nos portos ucranianos em razão dos combates. /ASSOCIATED PRESS

KIEV – As explosões e incêndios que destruíram um depósito de munições russas na Crimeia nesta terça-feira, 16, têm a Ucrânia como principal suspeita de autoria. Apesar do país não ter admitido responsabilidade pelo ataque, ocorrido no vilarejo de Maiskoie, e a Rússia ter chamado de “ato de sabotagem”, mas sem dar nome aos responsáveis, a frequência das explosões levantam as suspeitas. Trata-se da segunda explosão na região em pouco mais de uma semana, forçando a fuga de mais de 3 mil pessoas.

Além das explosões em Maiskoie, o jornal russo especializado no mundo dos negócios Kommersant citou moradores locais afirmando que colunas de fumaça também ascenderam da base aérea em Gvardeiskoie, também localizada na Crimeia, nesta terça-feira.

O território, pertencente originalmente à Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014. O país tem usado a península como base de lançamento de ataques contra os ucranianos na guerra iniciada quase seis meses atrás.

Explosão na vila de Mayskoye, no distrito de Dzhankoi, Crimeia, 16 de agosto de 2022 Foto: RU-RTR/via AP

Em outra ação descrita como um ato de sabotagem, a agência de notícias russa Tass citou a agência de segurança FSB afirmando que operativos da Ucrânia explodiram seis torres de transmissão de alta-voltagem anteriormente este mês na região russa de Kursk, próximo à Ucrânia.

Os incidentes levantam dúvidas a respeito da capacidade da Rússia em se defender.

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado sobre informações de inteligência que embarcações da frota russa no Mar Negro estão numa “posição extremamente defensiva” nas águas da Crimeia, com navios evitando se aventurar fora do campo de visão da costa marítima.

O navio russo Moskva foi afundado no Mar Negro em abril, e no mês passado forças ucranianas retomaram a estratégica Ilha das Serpentes.

A “limitada eficácia” da frota russa “mina a estratégia geral de invasão da Rússia”, afirmaram os britânicos. “Isso significa que a Ucrânia é capaz de direcionar recursos para pressionar forças terrestres russas em outros lugares.”

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que os aliados ocidentais, além de fornecer armas para a Ucrânia, forneceram aos ucranianos informações detalhadas de inteligência e instruções para ajudar a Ucrânia a operar armas capazes de atingir alvos no interior do território ocupado.

“Agências de inteligência ocidentais não apenas forneceram coordenadas e alvos para lançamentos de ataques, mas especialistas ocidentais também supervisionaram a inserção desses dados nos sistemas de armamentos”, afirmou Shoigu.

Se as forças ucranianas estiverem realmente por trás das explosões na Crimeia, isso representaria uma significativa escalada na guerra. O Kremlin exigiu que Kiev reconheça a Crimeia como parte da Rússia enquanto condição para o fim dos combates, e a Ucrânia promete expulsar as forças de Moscou da península no Mar Negro.

Vídeos postados em redes sociais mostraram espessas colunas de fumaça ascendendo sobre as chamas em Maiskoie, e uma série de explosões foi ouvida. O Ministério da Defesa russo afirmou que o incêndio danificou uma usina de energia, linhas de transmissão de eletricidade, trilhos ferroviários e edifícios residenciais.

O líder regional da Crimeia, Sergei Aksionov, afirmou que duas pessoas ficaram feridas e mais de 3 mil fugiram de dois vilarejos.

A Crimeia é um destino popular no verão para turistas russos, e as explosões da semana passada na base aérea de Saki fez banhistas fugirem da praia enquanto chamas e colunas de fumaça ascendiam no horizonte.

Autoridades ucranianas alertaram nesta terça-feira que a Crimeia não será poupada na guerra, mas não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em vez de destino turístico, “a Crimeia ocupada pelos russos é um local com explosões de armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, tuitou Mikhailo Podoliak conselheiro do presidente da Ucrânia.

A Rússia atribuiu a autoria das explosões da semana passada a uma detonação acidental de munições, mas fotos de satélite e outras evidências – incluindo os locais diversos das explosões – apontam para um ataque ucraniano, talvez com mísseis antinavio, de acordo com analistas militares.

Enquanto isso, no Donbas, a região industrial no leste da Ucrânia que tem sido foco dos combates nos meses recentes, um civil foi morto por bombardeio russo e outros dois ficaram feridos, de acordo com o governador regional ucraniano Pavlo Kirilenko.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um civil foi morto e outros nove ficaram feridos pelo bombardeio russo, afirmou o governador regional Oleh Siniehubov. Ele afirmou que o ataque ocorrido durante a noite foi “um dos bombardeios mais massivos sobre Kharkiv nos dias recentes”.

Uma boa notícia emergiu da região: Um navio fretado pelas Nações Unidas carregado com grãos ucranianos iniciou viagem para o Chifre da África, assolado pela fome, no primeiro envio de ajuda alimentar realizado durante a guerra. O envio foi possível em razão de um acordo intermediado internacionalmente para liberar grãos presos nos portos ucranianos em razão dos combates. /ASSOCIATED PRESS

KIEV – As explosões e incêndios que destruíram um depósito de munições russas na Crimeia nesta terça-feira, 16, têm a Ucrânia como principal suspeita de autoria. Apesar do país não ter admitido responsabilidade pelo ataque, ocorrido no vilarejo de Maiskoie, e a Rússia ter chamado de “ato de sabotagem”, mas sem dar nome aos responsáveis, a frequência das explosões levantam as suspeitas. Trata-se da segunda explosão na região em pouco mais de uma semana, forçando a fuga de mais de 3 mil pessoas.

Além das explosões em Maiskoie, o jornal russo especializado no mundo dos negócios Kommersant citou moradores locais afirmando que colunas de fumaça também ascenderam da base aérea em Gvardeiskoie, também localizada na Crimeia, nesta terça-feira.

O território, pertencente originalmente à Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014. O país tem usado a península como base de lançamento de ataques contra os ucranianos na guerra iniciada quase seis meses atrás.

Explosão na vila de Mayskoye, no distrito de Dzhankoi, Crimeia, 16 de agosto de 2022 Foto: RU-RTR/via AP

Em outra ação descrita como um ato de sabotagem, a agência de notícias russa Tass citou a agência de segurança FSB afirmando que operativos da Ucrânia explodiram seis torres de transmissão de alta-voltagem anteriormente este mês na região russa de Kursk, próximo à Ucrânia.

Os incidentes levantam dúvidas a respeito da capacidade da Rússia em se defender.

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado sobre informações de inteligência que embarcações da frota russa no Mar Negro estão numa “posição extremamente defensiva” nas águas da Crimeia, com navios evitando se aventurar fora do campo de visão da costa marítima.

O navio russo Moskva foi afundado no Mar Negro em abril, e no mês passado forças ucranianas retomaram a estratégica Ilha das Serpentes.

A “limitada eficácia” da frota russa “mina a estratégia geral de invasão da Rússia”, afirmaram os britânicos. “Isso significa que a Ucrânia é capaz de direcionar recursos para pressionar forças terrestres russas em outros lugares.”

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que os aliados ocidentais, além de fornecer armas para a Ucrânia, forneceram aos ucranianos informações detalhadas de inteligência e instruções para ajudar a Ucrânia a operar armas capazes de atingir alvos no interior do território ocupado.

“Agências de inteligência ocidentais não apenas forneceram coordenadas e alvos para lançamentos de ataques, mas especialistas ocidentais também supervisionaram a inserção desses dados nos sistemas de armamentos”, afirmou Shoigu.

Se as forças ucranianas estiverem realmente por trás das explosões na Crimeia, isso representaria uma significativa escalada na guerra. O Kremlin exigiu que Kiev reconheça a Crimeia como parte da Rússia enquanto condição para o fim dos combates, e a Ucrânia promete expulsar as forças de Moscou da península no Mar Negro.

Vídeos postados em redes sociais mostraram espessas colunas de fumaça ascendendo sobre as chamas em Maiskoie, e uma série de explosões foi ouvida. O Ministério da Defesa russo afirmou que o incêndio danificou uma usina de energia, linhas de transmissão de eletricidade, trilhos ferroviários e edifícios residenciais.

O líder regional da Crimeia, Sergei Aksionov, afirmou que duas pessoas ficaram feridas e mais de 3 mil fugiram de dois vilarejos.

A Crimeia é um destino popular no verão para turistas russos, e as explosões da semana passada na base aérea de Saki fez banhistas fugirem da praia enquanto chamas e colunas de fumaça ascendiam no horizonte.

Autoridades ucranianas alertaram nesta terça-feira que a Crimeia não será poupada na guerra, mas não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em vez de destino turístico, “a Crimeia ocupada pelos russos é um local com explosões de armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, tuitou Mikhailo Podoliak conselheiro do presidente da Ucrânia.

A Rússia atribuiu a autoria das explosões da semana passada a uma detonação acidental de munições, mas fotos de satélite e outras evidências – incluindo os locais diversos das explosões – apontam para um ataque ucraniano, talvez com mísseis antinavio, de acordo com analistas militares.

Enquanto isso, no Donbas, a região industrial no leste da Ucrânia que tem sido foco dos combates nos meses recentes, um civil foi morto por bombardeio russo e outros dois ficaram feridos, de acordo com o governador regional ucraniano Pavlo Kirilenko.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um civil foi morto e outros nove ficaram feridos pelo bombardeio russo, afirmou o governador regional Oleh Siniehubov. Ele afirmou que o ataque ocorrido durante a noite foi “um dos bombardeios mais massivos sobre Kharkiv nos dias recentes”.

Uma boa notícia emergiu da região: Um navio fretado pelas Nações Unidas carregado com grãos ucranianos iniciou viagem para o Chifre da África, assolado pela fome, no primeiro envio de ajuda alimentar realizado durante a guerra. O envio foi possível em razão de um acordo intermediado internacionalmente para liberar grãos presos nos portos ucranianos em razão dos combates. /ASSOCIATED PRESS

KIEV – As explosões e incêndios que destruíram um depósito de munições russas na Crimeia nesta terça-feira, 16, têm a Ucrânia como principal suspeita de autoria. Apesar do país não ter admitido responsabilidade pelo ataque, ocorrido no vilarejo de Maiskoie, e a Rússia ter chamado de “ato de sabotagem”, mas sem dar nome aos responsáveis, a frequência das explosões levantam as suspeitas. Trata-se da segunda explosão na região em pouco mais de uma semana, forçando a fuga de mais de 3 mil pessoas.

Além das explosões em Maiskoie, o jornal russo especializado no mundo dos negócios Kommersant citou moradores locais afirmando que colunas de fumaça também ascenderam da base aérea em Gvardeiskoie, também localizada na Crimeia, nesta terça-feira.

O território, pertencente originalmente à Ucrânia, foi anexado pela Rússia em 2014. O país tem usado a península como base de lançamento de ataques contra os ucranianos na guerra iniciada quase seis meses atrás.

Explosão na vila de Mayskoye, no distrito de Dzhankoi, Crimeia, 16 de agosto de 2022 Foto: RU-RTR/via AP

Em outra ação descrita como um ato de sabotagem, a agência de notícias russa Tass citou a agência de segurança FSB afirmando que operativos da Ucrânia explodiram seis torres de transmissão de alta-voltagem anteriormente este mês na região russa de Kursk, próximo à Ucrânia.

Os incidentes levantam dúvidas a respeito da capacidade da Rússia em se defender.

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado sobre informações de inteligência que embarcações da frota russa no Mar Negro estão numa “posição extremamente defensiva” nas águas da Crimeia, com navios evitando se aventurar fora do campo de visão da costa marítima.

O navio russo Moskva foi afundado no Mar Negro em abril, e no mês passado forças ucranianas retomaram a estratégica Ilha das Serpentes.

A “limitada eficácia” da frota russa “mina a estratégia geral de invasão da Rússia”, afirmaram os britânicos. “Isso significa que a Ucrânia é capaz de direcionar recursos para pressionar forças terrestres russas em outros lugares.”

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que os aliados ocidentais, além de fornecer armas para a Ucrânia, forneceram aos ucranianos informações detalhadas de inteligência e instruções para ajudar a Ucrânia a operar armas capazes de atingir alvos no interior do território ocupado.

“Agências de inteligência ocidentais não apenas forneceram coordenadas e alvos para lançamentos de ataques, mas especialistas ocidentais também supervisionaram a inserção desses dados nos sistemas de armamentos”, afirmou Shoigu.

Se as forças ucranianas estiverem realmente por trás das explosões na Crimeia, isso representaria uma significativa escalada na guerra. O Kremlin exigiu que Kiev reconheça a Crimeia como parte da Rússia enquanto condição para o fim dos combates, e a Ucrânia promete expulsar as forças de Moscou da península no Mar Negro.

Vídeos postados em redes sociais mostraram espessas colunas de fumaça ascendendo sobre as chamas em Maiskoie, e uma série de explosões foi ouvida. O Ministério da Defesa russo afirmou que o incêndio danificou uma usina de energia, linhas de transmissão de eletricidade, trilhos ferroviários e edifícios residenciais.

O líder regional da Crimeia, Sergei Aksionov, afirmou que duas pessoas ficaram feridas e mais de 3 mil fugiram de dois vilarejos.

A Crimeia é um destino popular no verão para turistas russos, e as explosões da semana passada na base aérea de Saki fez banhistas fugirem da praia enquanto chamas e colunas de fumaça ascendiam no horizonte.

Autoridades ucranianas alertaram nesta terça-feira que a Crimeia não será poupada na guerra, mas não assumiram a responsabilidade pelo ataque. Em vez de destino turístico, “a Crimeia ocupada pelos russos é um local com explosões de armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, tuitou Mikhailo Podoliak conselheiro do presidente da Ucrânia.

A Rússia atribuiu a autoria das explosões da semana passada a uma detonação acidental de munições, mas fotos de satélite e outras evidências – incluindo os locais diversos das explosões – apontam para um ataque ucraniano, talvez com mísseis antinavio, de acordo com analistas militares.

Enquanto isso, no Donbas, a região industrial no leste da Ucrânia que tem sido foco dos combates nos meses recentes, um civil foi morto por bombardeio russo e outros dois ficaram feridos, de acordo com o governador regional ucraniano Pavlo Kirilenko.

Em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, um civil foi morto e outros nove ficaram feridos pelo bombardeio russo, afirmou o governador regional Oleh Siniehubov. Ele afirmou que o ataque ocorrido durante a noite foi “um dos bombardeios mais massivos sobre Kharkiv nos dias recentes”.

Uma boa notícia emergiu da região: Um navio fretado pelas Nações Unidas carregado com grãos ucranianos iniciou viagem para o Chifre da África, assolado pela fome, no primeiro envio de ajuda alimentar realizado durante a guerra. O envio foi possível em razão de um acordo intermediado internacionalmente para liberar grãos presos nos portos ucranianos em razão dos combates. /ASSOCIATED PRESS

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.