Extrema direita alemã faz site em defesa da escola sem partido


Partido AfD pretende que estudantes denunciem professores que expressem sua opinião política na sala de aula

Atualização:

HAMBURGO, ALEMANHA - Alunos alemães estão sendo encorajados pela extrema direita a denunciar professores que expressam opiniões políticas e promovam debates em sala de aula. O Neutral Schools (“Escolas Neutras”) é um portal online lançado nesta quinta-feira, 11, como projeto-piloto em Hamburgo pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD)

O Alternativa para a Alemanha (AfD) foi fundado em 2013 por um grupo de conservadores de elite Foto: AFP PHOTO / STEFFI LOOS

Os alunos foram convidados a postar denúncias anônimas no site sobre professores que violam o código de neutralidade do país, que proíbe os docentes de promover opiniões políticas nas salas de aula. O partido sugeriu que as ofensas poderiam variar de “críticas grosseiras ao AfD a materiais de aprendizado incorretos e subjetivos”, incluindo convites para participar de manifestações contra a AfD.

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O partido, o mais forte de oposição no Parlamento alemão, afirmou que a iniciativa busca “fortalecer um discurso democrático e livre” nas escolas, assim como destacar o código de neutralidade e dar conselhos aos alunos sobre como agir se eles acreditam que um professor está violando as regras.

A plataforma provocou debates acalorados e o partido recebeu pedidos de professores e de figuras de projeção para encerrar o projeto, com muitos acusando a AfD de adotar táticas usadas no período nazista e comunista.

Katarina Barley, ministra da Justiça da Alemanha, juntou-se aos sindicatos nesta quinta-feira, 11, ao criticar a medida como uma tentativa de limitar a democracia na sala de aula e intimidar os professores. “Qualquer um que incite os alunos a espionar seus professores traz os métodos da Stasi de volta à Alemanha”, escreveu ela no Twitter, referindo-se à antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. 

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Heinz-Peter Meidinger, presidente da Associação dos Professores Alemães, chamou o projeto de “uma tentativa de explorar crianças e jovens e instigar a prática da denúncia”. A AfD, no entanto, que cresceu nos últimos anos com uma posição anti-imigração, reagiu.  “O site não tem nada a ver com denúncia ou perseguição”, disse Bernd Baumann, um dos principais deputados do partido. “É uma chance de debater como as escolas desenham uma imagem muito severa da AfD.”

Uwe Böken, diretor de um colégio em Geilenkirchen, disse que foi denunciado pela AfD depois que ele convidou uma sobrevivente de Auschwitz para falar aos alunos. Böken expressou preocupações com a ascensão da extrema direita, que ocupa cadeiras no Parlamento alemão pela primeira vez desde a 2.ª Guerra.

Uma queixa disciplinar foi apresentada contra Böken pela AfD. Mesmo antes de ser decidido se havia quebrado o código de neutralidade, ele foi denunciado pelos membros do partido nas mídias sociais. “O que está acontecendo é denuncismo”, disse Böken. “Você só tem de olhar para um livro de história para reconhecer isso como algo pertencente a sistemas totalitários.” / NYT e AFP

HAMBURGO, ALEMANHA - Alunos alemães estão sendo encorajados pela extrema direita a denunciar professores que expressam opiniões políticas e promovam debates em sala de aula. O Neutral Schools (“Escolas Neutras”) é um portal online lançado nesta quinta-feira, 11, como projeto-piloto em Hamburgo pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD)

O Alternativa para a Alemanha (AfD) foi fundado em 2013 por um grupo de conservadores de elite Foto: AFP PHOTO / STEFFI LOOS

Os alunos foram convidados a postar denúncias anônimas no site sobre professores que violam o código de neutralidade do país, que proíbe os docentes de promover opiniões políticas nas salas de aula. O partido sugeriu que as ofensas poderiam variar de “críticas grosseiras ao AfD a materiais de aprendizado incorretos e subjetivos”, incluindo convites para participar de manifestações contra a AfD.

O partido, o mais forte de oposição no Parlamento alemão, afirmou que a iniciativa busca “fortalecer um discurso democrático e livre” nas escolas, assim como destacar o código de neutralidade e dar conselhos aos alunos sobre como agir se eles acreditam que um professor está violando as regras.

A plataforma provocou debates acalorados e o partido recebeu pedidos de professores e de figuras de projeção para encerrar o projeto, com muitos acusando a AfD de adotar táticas usadas no período nazista e comunista.

Katarina Barley, ministra da Justiça da Alemanha, juntou-se aos sindicatos nesta quinta-feira, 11, ao criticar a medida como uma tentativa de limitar a democracia na sala de aula e intimidar os professores. “Qualquer um que incite os alunos a espionar seus professores traz os métodos da Stasi de volta à Alemanha”, escreveu ela no Twitter, referindo-se à antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. 

Heinz-Peter Meidinger, presidente da Associação dos Professores Alemães, chamou o projeto de “uma tentativa de explorar crianças e jovens e instigar a prática da denúncia”. A AfD, no entanto, que cresceu nos últimos anos com uma posição anti-imigração, reagiu.  “O site não tem nada a ver com denúncia ou perseguição”, disse Bernd Baumann, um dos principais deputados do partido. “É uma chance de debater como as escolas desenham uma imagem muito severa da AfD.”

Uwe Böken, diretor de um colégio em Geilenkirchen, disse que foi denunciado pela AfD depois que ele convidou uma sobrevivente de Auschwitz para falar aos alunos. Böken expressou preocupações com a ascensão da extrema direita, que ocupa cadeiras no Parlamento alemão pela primeira vez desde a 2.ª Guerra.

Uma queixa disciplinar foi apresentada contra Böken pela AfD. Mesmo antes de ser decidido se havia quebrado o código de neutralidade, ele foi denunciado pelos membros do partido nas mídias sociais. “O que está acontecendo é denuncismo”, disse Böken. “Você só tem de olhar para um livro de história para reconhecer isso como algo pertencente a sistemas totalitários.” / NYT e AFP

HAMBURGO, ALEMANHA - Alunos alemães estão sendo encorajados pela extrema direita a denunciar professores que expressam opiniões políticas e promovam debates em sala de aula. O Neutral Schools (“Escolas Neutras”) é um portal online lançado nesta quinta-feira, 11, como projeto-piloto em Hamburgo pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD)

O Alternativa para a Alemanha (AfD) foi fundado em 2013 por um grupo de conservadores de elite Foto: AFP PHOTO / STEFFI LOOS

Os alunos foram convidados a postar denúncias anônimas no site sobre professores que violam o código de neutralidade do país, que proíbe os docentes de promover opiniões políticas nas salas de aula. O partido sugeriu que as ofensas poderiam variar de “críticas grosseiras ao AfD a materiais de aprendizado incorretos e subjetivos”, incluindo convites para participar de manifestações contra a AfD.

O partido, o mais forte de oposição no Parlamento alemão, afirmou que a iniciativa busca “fortalecer um discurso democrático e livre” nas escolas, assim como destacar o código de neutralidade e dar conselhos aos alunos sobre como agir se eles acreditam que um professor está violando as regras.

A plataforma provocou debates acalorados e o partido recebeu pedidos de professores e de figuras de projeção para encerrar o projeto, com muitos acusando a AfD de adotar táticas usadas no período nazista e comunista.

Katarina Barley, ministra da Justiça da Alemanha, juntou-se aos sindicatos nesta quinta-feira, 11, ao criticar a medida como uma tentativa de limitar a democracia na sala de aula e intimidar os professores. “Qualquer um que incite os alunos a espionar seus professores traz os métodos da Stasi de volta à Alemanha”, escreveu ela no Twitter, referindo-se à antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. 

Heinz-Peter Meidinger, presidente da Associação dos Professores Alemães, chamou o projeto de “uma tentativa de explorar crianças e jovens e instigar a prática da denúncia”. A AfD, no entanto, que cresceu nos últimos anos com uma posição anti-imigração, reagiu.  “O site não tem nada a ver com denúncia ou perseguição”, disse Bernd Baumann, um dos principais deputados do partido. “É uma chance de debater como as escolas desenham uma imagem muito severa da AfD.”

Uwe Böken, diretor de um colégio em Geilenkirchen, disse que foi denunciado pela AfD depois que ele convidou uma sobrevivente de Auschwitz para falar aos alunos. Böken expressou preocupações com a ascensão da extrema direita, que ocupa cadeiras no Parlamento alemão pela primeira vez desde a 2.ª Guerra.

Uma queixa disciplinar foi apresentada contra Böken pela AfD. Mesmo antes de ser decidido se havia quebrado o código de neutralidade, ele foi denunciado pelos membros do partido nas mídias sociais. “O que está acontecendo é denuncismo”, disse Böken. “Você só tem de olhar para um livro de história para reconhecer isso como algo pertencente a sistemas totalitários.” / NYT e AFP

HAMBURGO, ALEMANHA - Alunos alemães estão sendo encorajados pela extrema direita a denunciar professores que expressam opiniões políticas e promovam debates em sala de aula. O Neutral Schools (“Escolas Neutras”) é um portal online lançado nesta quinta-feira, 11, como projeto-piloto em Hamburgo pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD)

O Alternativa para a Alemanha (AfD) foi fundado em 2013 por um grupo de conservadores de elite Foto: AFP PHOTO / STEFFI LOOS

Os alunos foram convidados a postar denúncias anônimas no site sobre professores que violam o código de neutralidade do país, que proíbe os docentes de promover opiniões políticas nas salas de aula. O partido sugeriu que as ofensas poderiam variar de “críticas grosseiras ao AfD a materiais de aprendizado incorretos e subjetivos”, incluindo convites para participar de manifestações contra a AfD.

O partido, o mais forte de oposição no Parlamento alemão, afirmou que a iniciativa busca “fortalecer um discurso democrático e livre” nas escolas, assim como destacar o código de neutralidade e dar conselhos aos alunos sobre como agir se eles acreditam que um professor está violando as regras.

A plataforma provocou debates acalorados e o partido recebeu pedidos de professores e de figuras de projeção para encerrar o projeto, com muitos acusando a AfD de adotar táticas usadas no período nazista e comunista.

Katarina Barley, ministra da Justiça da Alemanha, juntou-se aos sindicatos nesta quinta-feira, 11, ao criticar a medida como uma tentativa de limitar a democracia na sala de aula e intimidar os professores. “Qualquer um que incite os alunos a espionar seus professores traz os métodos da Stasi de volta à Alemanha”, escreveu ela no Twitter, referindo-se à antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. 

Heinz-Peter Meidinger, presidente da Associação dos Professores Alemães, chamou o projeto de “uma tentativa de explorar crianças e jovens e instigar a prática da denúncia”. A AfD, no entanto, que cresceu nos últimos anos com uma posição anti-imigração, reagiu.  “O site não tem nada a ver com denúncia ou perseguição”, disse Bernd Baumann, um dos principais deputados do partido. “É uma chance de debater como as escolas desenham uma imagem muito severa da AfD.”

Uwe Böken, diretor de um colégio em Geilenkirchen, disse que foi denunciado pela AfD depois que ele convidou uma sobrevivente de Auschwitz para falar aos alunos. Böken expressou preocupações com a ascensão da extrema direita, que ocupa cadeiras no Parlamento alemão pela primeira vez desde a 2.ª Guerra.

Uma queixa disciplinar foi apresentada contra Böken pela AfD. Mesmo antes de ser decidido se havia quebrado o código de neutralidade, ele foi denunciado pelos membros do partido nas mídias sociais. “O que está acontecendo é denuncismo”, disse Böken. “Você só tem de olhar para um livro de história para reconhecer isso como algo pertencente a sistemas totalitários.” / NYT e AFP

HAMBURGO, ALEMANHA - Alunos alemães estão sendo encorajados pela extrema direita a denunciar professores que expressam opiniões políticas e promovam debates em sala de aula. O Neutral Schools (“Escolas Neutras”) é um portal online lançado nesta quinta-feira, 11, como projeto-piloto em Hamburgo pelo partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD)

O Alternativa para a Alemanha (AfD) foi fundado em 2013 por um grupo de conservadores de elite Foto: AFP PHOTO / STEFFI LOOS

Os alunos foram convidados a postar denúncias anônimas no site sobre professores que violam o código de neutralidade do país, que proíbe os docentes de promover opiniões políticas nas salas de aula. O partido sugeriu que as ofensas poderiam variar de “críticas grosseiras ao AfD a materiais de aprendizado incorretos e subjetivos”, incluindo convites para participar de manifestações contra a AfD.

O partido, o mais forte de oposição no Parlamento alemão, afirmou que a iniciativa busca “fortalecer um discurso democrático e livre” nas escolas, assim como destacar o código de neutralidade e dar conselhos aos alunos sobre como agir se eles acreditam que um professor está violando as regras.

A plataforma provocou debates acalorados e o partido recebeu pedidos de professores e de figuras de projeção para encerrar o projeto, com muitos acusando a AfD de adotar táticas usadas no período nazista e comunista.

Katarina Barley, ministra da Justiça da Alemanha, juntou-se aos sindicatos nesta quinta-feira, 11, ao criticar a medida como uma tentativa de limitar a democracia na sala de aula e intimidar os professores. “Qualquer um que incite os alunos a espionar seus professores traz os métodos da Stasi de volta à Alemanha”, escreveu ela no Twitter, referindo-se à antiga polícia secreta da Alemanha Oriental. 

Heinz-Peter Meidinger, presidente da Associação dos Professores Alemães, chamou o projeto de “uma tentativa de explorar crianças e jovens e instigar a prática da denúncia”. A AfD, no entanto, que cresceu nos últimos anos com uma posição anti-imigração, reagiu.  “O site não tem nada a ver com denúncia ou perseguição”, disse Bernd Baumann, um dos principais deputados do partido. “É uma chance de debater como as escolas desenham uma imagem muito severa da AfD.”

Uwe Böken, diretor de um colégio em Geilenkirchen, disse que foi denunciado pela AfD depois que ele convidou uma sobrevivente de Auschwitz para falar aos alunos. Böken expressou preocupações com a ascensão da extrema direita, que ocupa cadeiras no Parlamento alemão pela primeira vez desde a 2.ª Guerra.

Uma queixa disciplinar foi apresentada contra Böken pela AfD. Mesmo antes de ser decidido se havia quebrado o código de neutralidade, ele foi denunciado pelos membros do partido nas mídias sociais. “O que está acontecendo é denuncismo”, disse Böken. “Você só tem de olhar para um livro de história para reconhecer isso como algo pertencente a sistemas totalitários.” / NYT e AFP

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