(Atualizada às 10h20) CHARLESTON, EUA - O extremista branco Dylann Roof assumiu nesta sexta-feira, 19, para as autoridades americanas a autoria do ataque em igreja de Charleston. Nove pessoas morreram no massacre realizado na noite de quarta-feira, entre elas o pastor e senador estadual pela Carolina do Sul, Clementa C. Pinckney.
Segundo a CNN, citando uma das autoridades que conversou com Dylann, o extremista branco afirmou que queria iniciar uma "guerra racial". O jovem, de 21 anos, supostamente tinha fascínio pela supremacia branca. Em uma foto no Facebook, ele aparece vestindo uma jaqueta com duas bandeiras de regimes segregacionistas que foram liderados por minorias brancas, um durante o Apartheid, na África do Sul, e outro na Rodésia, atual Zimbábue.
Ainda de acordo com os dois oficiais citados pela emissora americana, Dylann disse que a arma usada no ataque teria sido comprada por ele mesmo em abril em uma loja de Charleston. A informação divulgada até agora era de que a arma teria sido um presente do pai de Dylann quando ele completou 21 anos. A CNN acrescenta que o avô do extremista disse que ele teria ganhado dinheiro da família no aniversário e ninguém sabia o que ele havia feito com o valor recebido.
Fontes ligadas a investigação do caso ouvidas pela emissora NBC News afirmam, porém, que Dylann teria dito para a polícia que "quase não seguiu adiante com o ataque porque todos (na igreja) foram tão bons" com ele. O atirador teria disto, no entanto, que apesar de ter sido bem tratado decidiu que "deveria seguir adiante com sua missão" e cometeu o massacre a igreja. Dylann foi preso na quinta-feira na cidade de Shelby, na Carolina do Norte, em uma blitz de trânsito.
No dia do ataque, Dylann entrou na Igreja Metodistas Episcopal Africana Emanuel por volta de 20 horas (horário local) e permaneceu sentado durante uma hora antes de iniciar os disparos.