WASHINGTON - A equipe que investiga elos entre o governo da Rússia e a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, identificou um assessor da Casa Branca próximo do republicano como "alvo de interesse" da operação, informou o Washington Post. O nome do assessor, no entanto, não foi divulgado.
Também nesta sexta-feira, 19, o New York Times publicou que Trump disse ao chanceler russo, Serguei Lavrov, e ao embaixador russo em Washington, Serguei Kislyak, que a demissão do ex-diretor do FBI James Comey, responsável pela investigação, aliviara a pressão sobre ele.
A revelação ocorre em um momento no qual a investigação aparenta ter entrado em uma fase mais ativa, com os policiais passando a colher depoimentos e provas com base em intimações emitidas por um júri.
Apesar de o assessor estar envolvido na investigação, dizem as fontes ouvidas pelo Post, o foco continua sendo ex-colaboradores de Trump, como o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn e o ex-diretor de campanha Paul Manafort.
Flynn renunciou em fevereiro após ter mentido sobre seus contatos com Kyslyak ainda durante a campanha. Sabe-se que o genro do presidente e assessor especial Jared Kushner, o secretário de Justiça Jeff Sessions e o secretário de Estado Rex Tillerson reconheceram contatos prévios com agentes do governo de Moscou.
Pessoas próximas à investigação dizem que a observação do assessor não significa necessariamente um indiciamento. No começo da semana, o subsecretário de Justiça Rod Rosenstein indicou o ex-diretor do FBI Robert Muller para liderar a investigação. Ainda não está claro o quanto a liderança de Mueller terá impacto no inquérito. / WASHINGTON POST