Filhos do jornalista saudita assassinado pedem que autoridades devolvam corpo à família


Em entrevista à CNN, Abdullah Khashoggi disse que espera que ‘tudo o que aconteceu não tenha sido doloroso’ para o pai; funcionário turco afirma que Riad enviou dois 'limpadores' à Turquia para 'apagar' as provas do assassinato de Jamal Khashoggi

Atualização:

WASHINGTON - Os filhos do jornalista Jamal Khashoggi pediram às autoridades sauditas que devolvam o corpo de seu pai à família, afirmaram em entrevista à emissora americana CNN neste domingo, 4.

Jamal Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro de 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul Foto: Middle East Monitor / Reuters

Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul por uma equipe enviada por Riad, um assassinato que, segundo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi ordenado por "altos níveis" do governo saudita.

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"Eu realmente espero que tudo o que aconteceu não tenha sido doloroso para ele, ou que tenha sido rápido, que tenha sido uma morte pacífica", afirmou Abdullah Khashoggi à CNN durante entrevista em Washington.

"Tudo o que queremos agora é enterrá-lo em Al Baqi, em Medina, com o resto de sua família", disse o irmão de Abdullah, Salah, referindo-se a um cemitério na Arábia Saudita. "Falei sobre isso com as autoridades sauditas e espero que aconteça rapidamente.”

O procurador-geral turco disse recentemente que Khashoggi foi estrangulado pouco depois de entrar no consulado e confirmou que seu corpo foi desmembrado. Além disso, Yasin Aktay, conselheiro de Erdogan, insinuou em um artigo publicado na sexta-feira que o corpo pode ainda ter sido destruído em ácido.

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O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

Os filhos do jornalista expressaram preocupação de que o trabalho de seu pai, um colunista do Washington Post, esteja sendo distorcido por razões políticas. "Vejo muitas pessoas agora tentando recuperar seu legado e, infelizmente, algumas estão usando isso de maneira política com a qual não concordamos", disse Salah à emissora americana.

"Meu medo é que ele está sendo politizado demais”, ressaltou ele. "Jamal nunca foi um dissidente. Ele acreditava na monarquia, que é o que mantém o país unido", acrescentou.

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Os irmãos disseram que se basearam principalmente em reportagens da imprensa para entender a morte de seu pai. "Há muitos altos e baixos (...) e estamos tentando conhecer a história, partes da história, para completar o filme", disse Abdullah. "É confuso e difícil. Não é uma situação normal e não é uma morte normal", acrescentou. Salah enfatizou que "o rei declarou que tudo será levado à Justiça", e disse acreditar nisso.

‘Limpadores’ enviados a Istambul

A Arábia Saudita enviou dois “limpadores” à Turquia para “apagar” as provas do assassinato de Khashoggi no consulado em Istambul, disse nesta segunda um alto funcionário turco.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

Dois “limpadores”, um químico e um especialista em toxicologia, foram à Turquia “com o único objetivo de apagar as provas do assassinato de Jamal Khashoggi antes que a polícia turca fosse autorizada a registrar as instalações”, indicou o funcionário, que pediu anonimato. / AFP

WASHINGTON - Os filhos do jornalista Jamal Khashoggi pediram às autoridades sauditas que devolvam o corpo de seu pai à família, afirmaram em entrevista à emissora americana CNN neste domingo, 4.

Jamal Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro de 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul Foto: Middle East Monitor / Reuters

Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul por uma equipe enviada por Riad, um assassinato que, segundo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi ordenado por "altos níveis" do governo saudita.

"Eu realmente espero que tudo o que aconteceu não tenha sido doloroso para ele, ou que tenha sido rápido, que tenha sido uma morte pacífica", afirmou Abdullah Khashoggi à CNN durante entrevista em Washington.

"Tudo o que queremos agora é enterrá-lo em Al Baqi, em Medina, com o resto de sua família", disse o irmão de Abdullah, Salah, referindo-se a um cemitério na Arábia Saudita. "Falei sobre isso com as autoridades sauditas e espero que aconteça rapidamente.”

O procurador-geral turco disse recentemente que Khashoggi foi estrangulado pouco depois de entrar no consulado e confirmou que seu corpo foi desmembrado. Além disso, Yasin Aktay, conselheiro de Erdogan, insinuou em um artigo publicado na sexta-feira que o corpo pode ainda ter sido destruído em ácido.

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O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

Os filhos do jornalista expressaram preocupação de que o trabalho de seu pai, um colunista do Washington Post, esteja sendo distorcido por razões políticas. "Vejo muitas pessoas agora tentando recuperar seu legado e, infelizmente, algumas estão usando isso de maneira política com a qual não concordamos", disse Salah à emissora americana.

"Meu medo é que ele está sendo politizado demais”, ressaltou ele. "Jamal nunca foi um dissidente. Ele acreditava na monarquia, que é o que mantém o país unido", acrescentou.

Os irmãos disseram que se basearam principalmente em reportagens da imprensa para entender a morte de seu pai. "Há muitos altos e baixos (...) e estamos tentando conhecer a história, partes da história, para completar o filme", disse Abdullah. "É confuso e difícil. Não é uma situação normal e não é uma morte normal", acrescentou. Salah enfatizou que "o rei declarou que tudo será levado à Justiça", e disse acreditar nisso.

‘Limpadores’ enviados a Istambul

A Arábia Saudita enviou dois “limpadores” à Turquia para “apagar” as provas do assassinato de Khashoggi no consulado em Istambul, disse nesta segunda um alto funcionário turco.

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Dois “limpadores”, um químico e um especialista em toxicologia, foram à Turquia “com o único objetivo de apagar as provas do assassinato de Jamal Khashoggi antes que a polícia turca fosse autorizada a registrar as instalações”, indicou o funcionário, que pediu anonimato. / AFP

WASHINGTON - Os filhos do jornalista Jamal Khashoggi pediram às autoridades sauditas que devolvam o corpo de seu pai à família, afirmaram em entrevista à emissora americana CNN neste domingo, 4.

Jamal Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro de 2018 no consulado da Arábia Saudita em Istambul Foto: Middle East Monitor / Reuters

Khashoggi foi morto no dia 2 de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul por uma equipe enviada por Riad, um assassinato que, segundo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi ordenado por "altos níveis" do governo saudita.

"Eu realmente espero que tudo o que aconteceu não tenha sido doloroso para ele, ou que tenha sido rápido, que tenha sido uma morte pacífica", afirmou Abdullah Khashoggi à CNN durante entrevista em Washington.

"Tudo o que queremos agora é enterrá-lo em Al Baqi, em Medina, com o resto de sua família", disse o irmão de Abdullah, Salah, referindo-se a um cemitério na Arábia Saudita. "Falei sobre isso com as autoridades sauditas e espero que aconteça rapidamente.”

O procurador-geral turco disse recentemente que Khashoggi foi estrangulado pouco depois de entrar no consulado e confirmou que seu corpo foi desmembrado. Além disso, Yasin Aktay, conselheiro de Erdogan, insinuou em um artigo publicado na sexta-feira que o corpo pode ainda ter sido destruído em ácido.

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Os filhos do jornalista expressaram preocupação de que o trabalho de seu pai, um colunista do Washington Post, esteja sendo distorcido por razões políticas. "Vejo muitas pessoas agora tentando recuperar seu legado e, infelizmente, algumas estão usando isso de maneira política com a qual não concordamos", disse Salah à emissora americana.

"Meu medo é que ele está sendo politizado demais”, ressaltou ele. "Jamal nunca foi um dissidente. Ele acreditava na monarquia, que é o que mantém o país unido", acrescentou.

Os irmãos disseram que se basearam principalmente em reportagens da imprensa para entender a morte de seu pai. "Há muitos altos e baixos (...) e estamos tentando conhecer a história, partes da história, para completar o filme", disse Abdullah. "É confuso e difícil. Não é uma situação normal e não é uma morte normal", acrescentou. Salah enfatizou que "o rei declarou que tudo será levado à Justiça", e disse acreditar nisso.

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A Arábia Saudita enviou dois “limpadores” à Turquia para “apagar” as provas do assassinato de Khashoggi no consulado em Istambul, disse nesta segunda um alto funcionário turco.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

Dois “limpadores”, um químico e um especialista em toxicologia, foram à Turquia “com o único objetivo de apagar as provas do assassinato de Jamal Khashoggi antes que a polícia turca fosse autorizada a registrar as instalações”, indicou o funcionário, que pediu anonimato. / AFP

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