JERUSALÉM - O Exército de Israel bombardeou “dezenas” de novos alvos no Líbano contra a milícia xiita radical libanesa Hezbollah neste domingo, 29, dois dias após matar o chefe do movimento pró-iraniano, Hasan Nasrallah.
A aviação militar israelense “atacou dezenas de alvos terroristas em território libanês nas últimas horas”, informou um porta-voz militar no Telegram.
Ele especificou que os ataques tiveram como alvo locais de lançamento de foguetes contra Israel, edifícios militares e depósitos de armas.
A Força de Defesa israelense, desde sábado, 28, “bombardeou centenas de alvos terroristas do Hezbollah no Líbano”, acrescentou o porta-voz.
Na última sexta-feira, 27, um ataque aéreo de Israel matou Hasan Nasrallah, líder da milícia radical. Os líderes israelenses estavam cientes de seu paradeiro havia meses e decidiram atacá-lo na semana passada porque acreditavam ter apenas uma pequena janela de oportunidade antes de o líder do Hezbollah desaparecer em outro local, segundo três altos funcionários da defesa israelense.
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Dois dos oficiais disseram que mais de 80 bombas foram lançadas em um período de vários minutos para matá-lo. Eles não confirmaram o peso ou o tipo das bombas.
Os agentes do Hezbollah encontraram e identificaram o corpo de Nasrallah no início do sábado, juntamente com o de um dos principais comandantes militares do grupo, Ali Karaki, de acordo com as autoridades, que citaram informações de inteligência obtidas de dentro do Líbano. Todas as três autoridades falaram sob condição de anonimato.
Em suas primeiras declarações públicas desde o assassinato do líder da milícia xiita radical, Binyamin Netanyahu afirmou que a eliminação de Nasrallah se tornou uma “condição essencial” para que seu país atingisse seus objetivos de guerra.
“Acertamos nossas contas com o responsável pelo assassinato de inúmeros israelenses e muitos cidadãos de outros países, incluindo centenas de americanos e dezenas de franceses”, disse Netanyahu, que afirmou que a morte de outros comandantes de alto escalão do Hezbollah não foi suficiente e que decidiu que Nasrallah também precisava ser eliminado. Ele culpou Nasrallah por ser o “arquiteto” de um plano para “aniquilar” Israel. /Com AFP