Forças ucranianas começam a ser retiradas do último reduto de Mariupol e cedem controle à Rússia


Comando militar ucraniano declara fim da missão de combate, mas ainda há militares no complexo siderúrgico

Por Redação
Atualização:

Tropas escondidas no último reduto ucraniano de resistência em Mariupol, o complexo siderúrgico de Azovstal, começaram a deixar o local nesta segunda-feira, 16. O comando militar da Ucrânia declarou o fim da “missão de combate” dos soldados que estavam na siderúrgica e cedeu o controle total de Mariupol à Rússia após meses de bombardeio e cerco.

A retirada dos soldados marca o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra na Ucrânia e significa uma derrota significativa para os ucranianos. Mariupol está em ruínas após um cerco russo que matou dezenas de milhares de pessoas na cidade, segundo autoridades ucranianas.

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“A guarnição ‘Mariupol’ cumpriu sua missão de combate”, disse o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia em um comunicado anunciando a retirada de cerca de 260 soldados.

Ônibus com membros das forças ucranianas retirados de Azovstal são escoltados por militres pró-Rússia em Mariupol. Foto: Alexander Ermochenko/Reuters Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, disse que 53 soldados feridos da siderúrgica foram levados para um hospital na cidade controlada pela Rússia de Novoazovsk, cerca de 32 quilômetros a leste.

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Outras 211 pessoas foram levadas para a cidade de Olenivka, em uma área controlada por separatistas apoiados pela Rússia, disse Malyar. Todos os retirados do local estarão sujeitos a uma possível troca de prisioneiros com a Rússia, acrescentou ela.

A agência Reuters informou que cinco ônibus transportando tropas de Azovstal chegaram a Novoazovsk nesta segunda-feira. Alguns dos soldados estavam feridos e foram retirados dos ônibus em macas.

Não ficou claro quantos soldados permaneceram dentro da fábrica, com funcionários e parentes dos combatentes dizendo nos últimos dias que pode haver até 2 mil, incluindo centenas de feridos. O Estado-Maior da Ucrânia disse que “as medidas para salvar os defensores que permanecem em Azovstal estão em andamento”.

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“Esperamos ser capazes de salvar a vida de nossos homens”, disse o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu tradicional pronunciamento noturno. “Há feridos graves entre eles. Eles estão recebendo cuidados. A Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos.”

Os militares da Ucrânia disseram que “ordenaram aos comandantes das unidades estacionadas em Azovstal que salvassem a vida do pessoal” e que as tropas lá cumpriram sua missão de combate.

Esforços para resgatar as tropas que ainda estão dentro estão em andamento, acrescentaram os militares. Ele não disse quantos combatentes permaneceram no local.

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Ganhar tempo

Tropas ucranianas dizem que resistiram em Azovstal por 82 dias, ganhando tempo para o restante da Ucrânia combater as forças russas e garantir as armas ocidentais necessárias para resistir ao ataque da Rússia.

Mas a retirada provavelmente marcou o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra da Ucrânia e uma derrota significativa para Kiev. Mariupol está agora em ruínas após um cerco russo que, segundo a Ucrânia, matou dezenas de milhares de pessoas na cidade.

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Desde que a Rússia lançou sua invasão em fevereiro, a devastação de Mariupol tornou-se um símbolo tanto da capacidade da Ucrânia de resistir à invasão russa quanto da disposição da Rússia de devastar as cidades ucranianas que resistem.

Prédios residenciais e casas ficaram totalmente destruídos pelos bombardeios russos em Mariupol  Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A retirada dos combatentes ocorreu horas depois de a Rússia dizer que concordou em liberar os soldados ucranianos feridos para um centro médico em Novoazovsk.

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Os últimos defensores de Azovstal estavam resistindo por semanas em bunkers e túneis construídos no subsolo para resistir a uma guerra nuclear. Civis foram retirados de dentro da usina, uma das maiores instalações metalúrgicas da Europa, no início deste mês.

A mulher de um membro do Regimento Azov -- grupo de extrema direita que combate ao lado dos soldados ucranianos -- descreveu as condições na fábrica nesta segunda-feira: “Eles estão no inferno. Eles recebem novos ferimentos todos os dias. Eles estão sem pernas ou braços, exaustos, sem remédios”, disse Natalia Zaritskaia.

Reveses

Retirada ocorre no dia em que a Europa se movimentou na direção de um endurecimento em relação à invasão russa, com a Suécia juntando-se à Finlândia na busca da adesão à Otan e autoridades da União Europeia trabalhando para resgatar propostas de sanções sobre o petróleo russo.

Em outras partes do país, as tropas ucranianas resistiram a tentativas de avanços russos e até os fizeram recuar em certas regiões. Nos dias recentes, forças de Moscou retiraram-se do entorno da cidade de Kharkiv, no nordeste ucraniano, depois de bombardeá-la por semanas./REUTERS e NYT

Tropas escondidas no último reduto ucraniano de resistência em Mariupol, o complexo siderúrgico de Azovstal, começaram a deixar o local nesta segunda-feira, 16. O comando militar da Ucrânia declarou o fim da “missão de combate” dos soldados que estavam na siderúrgica e cedeu o controle total de Mariupol à Rússia após meses de bombardeio e cerco.

A retirada dos soldados marca o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra na Ucrânia e significa uma derrota significativa para os ucranianos. Mariupol está em ruínas após um cerco russo que matou dezenas de milhares de pessoas na cidade, segundo autoridades ucranianas.

“A guarnição ‘Mariupol’ cumpriu sua missão de combate”, disse o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia em um comunicado anunciando a retirada de cerca de 260 soldados.

Ônibus com membros das forças ucranianas retirados de Azovstal são escoltados por militres pró-Rússia em Mariupol. Foto: Alexander Ermochenko/Reuters Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, disse que 53 soldados feridos da siderúrgica foram levados para um hospital na cidade controlada pela Rússia de Novoazovsk, cerca de 32 quilômetros a leste.

Outras 211 pessoas foram levadas para a cidade de Olenivka, em uma área controlada por separatistas apoiados pela Rússia, disse Malyar. Todos os retirados do local estarão sujeitos a uma possível troca de prisioneiros com a Rússia, acrescentou ela.

A agência Reuters informou que cinco ônibus transportando tropas de Azovstal chegaram a Novoazovsk nesta segunda-feira. Alguns dos soldados estavam feridos e foram retirados dos ônibus em macas.

Não ficou claro quantos soldados permaneceram dentro da fábrica, com funcionários e parentes dos combatentes dizendo nos últimos dias que pode haver até 2 mil, incluindo centenas de feridos. O Estado-Maior da Ucrânia disse que “as medidas para salvar os defensores que permanecem em Azovstal estão em andamento”.

“Esperamos ser capazes de salvar a vida de nossos homens”, disse o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu tradicional pronunciamento noturno. “Há feridos graves entre eles. Eles estão recebendo cuidados. A Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos.”

Os militares da Ucrânia disseram que “ordenaram aos comandantes das unidades estacionadas em Azovstal que salvassem a vida do pessoal” e que as tropas lá cumpriram sua missão de combate.

Esforços para resgatar as tropas que ainda estão dentro estão em andamento, acrescentaram os militares. Ele não disse quantos combatentes permaneceram no local.

Ganhar tempo

Tropas ucranianas dizem que resistiram em Azovstal por 82 dias, ganhando tempo para o restante da Ucrânia combater as forças russas e garantir as armas ocidentais necessárias para resistir ao ataque da Rússia.

Mas a retirada provavelmente marcou o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra da Ucrânia e uma derrota significativa para Kiev. Mariupol está agora em ruínas após um cerco russo que, segundo a Ucrânia, matou dezenas de milhares de pessoas na cidade.

Desde que a Rússia lançou sua invasão em fevereiro, a devastação de Mariupol tornou-se um símbolo tanto da capacidade da Ucrânia de resistir à invasão russa quanto da disposição da Rússia de devastar as cidades ucranianas que resistem.

Prédios residenciais e casas ficaram totalmente destruídos pelos bombardeios russos em Mariupol  Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A retirada dos combatentes ocorreu horas depois de a Rússia dizer que concordou em liberar os soldados ucranianos feridos para um centro médico em Novoazovsk.

Os últimos defensores de Azovstal estavam resistindo por semanas em bunkers e túneis construídos no subsolo para resistir a uma guerra nuclear. Civis foram retirados de dentro da usina, uma das maiores instalações metalúrgicas da Europa, no início deste mês.

A mulher de um membro do Regimento Azov -- grupo de extrema direita que combate ao lado dos soldados ucranianos -- descreveu as condições na fábrica nesta segunda-feira: “Eles estão no inferno. Eles recebem novos ferimentos todos os dias. Eles estão sem pernas ou braços, exaustos, sem remédios”, disse Natalia Zaritskaia.

Reveses

Retirada ocorre no dia em que a Europa se movimentou na direção de um endurecimento em relação à invasão russa, com a Suécia juntando-se à Finlândia na busca da adesão à Otan e autoridades da União Europeia trabalhando para resgatar propostas de sanções sobre o petróleo russo.

Em outras partes do país, as tropas ucranianas resistiram a tentativas de avanços russos e até os fizeram recuar em certas regiões. Nos dias recentes, forças de Moscou retiraram-se do entorno da cidade de Kharkiv, no nordeste ucraniano, depois de bombardeá-la por semanas./REUTERS e NYT

Tropas escondidas no último reduto ucraniano de resistência em Mariupol, o complexo siderúrgico de Azovstal, começaram a deixar o local nesta segunda-feira, 16. O comando militar da Ucrânia declarou o fim da “missão de combate” dos soldados que estavam na siderúrgica e cedeu o controle total de Mariupol à Rússia após meses de bombardeio e cerco.

A retirada dos soldados marca o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra na Ucrânia e significa uma derrota significativa para os ucranianos. Mariupol está em ruínas após um cerco russo que matou dezenas de milhares de pessoas na cidade, segundo autoridades ucranianas.

“A guarnição ‘Mariupol’ cumpriu sua missão de combate”, disse o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia em um comunicado anunciando a retirada de cerca de 260 soldados.

Ônibus com membros das forças ucranianas retirados de Azovstal são escoltados por militres pró-Rússia em Mariupol. Foto: Alexander Ermochenko/Reuters Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, disse que 53 soldados feridos da siderúrgica foram levados para um hospital na cidade controlada pela Rússia de Novoazovsk, cerca de 32 quilômetros a leste.

Outras 211 pessoas foram levadas para a cidade de Olenivka, em uma área controlada por separatistas apoiados pela Rússia, disse Malyar. Todos os retirados do local estarão sujeitos a uma possível troca de prisioneiros com a Rússia, acrescentou ela.

A agência Reuters informou que cinco ônibus transportando tropas de Azovstal chegaram a Novoazovsk nesta segunda-feira. Alguns dos soldados estavam feridos e foram retirados dos ônibus em macas.

Não ficou claro quantos soldados permaneceram dentro da fábrica, com funcionários e parentes dos combatentes dizendo nos últimos dias que pode haver até 2 mil, incluindo centenas de feridos. O Estado-Maior da Ucrânia disse que “as medidas para salvar os defensores que permanecem em Azovstal estão em andamento”.

“Esperamos ser capazes de salvar a vida de nossos homens”, disse o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, em seu tradicional pronunciamento noturno. “Há feridos graves entre eles. Eles estão recebendo cuidados. A Ucrânia precisa de heróis ucranianos vivos.”

Os militares da Ucrânia disseram que “ordenaram aos comandantes das unidades estacionadas em Azovstal que salvassem a vida do pessoal” e que as tropas lá cumpriram sua missão de combate.

Esforços para resgatar as tropas que ainda estão dentro estão em andamento, acrescentaram os militares. Ele não disse quantos combatentes permaneceram no local.

Ganhar tempo

Tropas ucranianas dizem que resistiram em Azovstal por 82 dias, ganhando tempo para o restante da Ucrânia combater as forças russas e garantir as armas ocidentais necessárias para resistir ao ataque da Rússia.

Mas a retirada provavelmente marcou o fim da batalha mais longa e sangrenta da guerra da Ucrânia e uma derrota significativa para Kiev. Mariupol está agora em ruínas após um cerco russo que, segundo a Ucrânia, matou dezenas de milhares de pessoas na cidade.

Desde que a Rússia lançou sua invasão em fevereiro, a devastação de Mariupol tornou-se um símbolo tanto da capacidade da Ucrânia de resistir à invasão russa quanto da disposição da Rússia de devastar as cidades ucranianas que resistem.

Prédios residenciais e casas ficaram totalmente destruídos pelos bombardeios russos em Mariupol  Foto: Alexander Ermochenko/Reuters

A retirada dos combatentes ocorreu horas depois de a Rússia dizer que concordou em liberar os soldados ucranianos feridos para um centro médico em Novoazovsk.

Os últimos defensores de Azovstal estavam resistindo por semanas em bunkers e túneis construídos no subsolo para resistir a uma guerra nuclear. Civis foram retirados de dentro da usina, uma das maiores instalações metalúrgicas da Europa, no início deste mês.

A mulher de um membro do Regimento Azov -- grupo de extrema direita que combate ao lado dos soldados ucranianos -- descreveu as condições na fábrica nesta segunda-feira: “Eles estão no inferno. Eles recebem novos ferimentos todos os dias. Eles estão sem pernas ou braços, exaustos, sem remédios”, disse Natalia Zaritskaia.

Reveses

Retirada ocorre no dia em que a Europa se movimentou na direção de um endurecimento em relação à invasão russa, com a Suécia juntando-se à Finlândia na busca da adesão à Otan e autoridades da União Europeia trabalhando para resgatar propostas de sanções sobre o petróleo russo.

Em outras partes do país, as tropas ucranianas resistiram a tentativas de avanços russos e até os fizeram recuar em certas regiões. Nos dias recentes, forças de Moscou retiraram-se do entorno da cidade de Kharkiv, no nordeste ucraniano, depois de bombardeá-la por semanas./REUTERS e NYT

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