Alemanha e França criticam ‘imperialismo’ de Trump na Groenlândia e UE liga sinal de alerta


Em entrevista coletiva na terça-feira, 7, o republicano ressaltou a importância da Groenlândia e do Canal do Panamá para os Estados Unidos e não descartou o uso de força militar para garantir o controle dos territórios

Por Redação
Atualização:

PARIS - A França e a Alemanha, os dois principais países da União Europeia, criticaram nesta quarta-feira, 8, para as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá. Em entrevista coletiva na terça-feira, 7, o republicano ressaltou a importância dos locais para os Estados Unidos e não descartou o uso de força militar para garantir o controle dos territórios.

“Podemos ver isto como uma forma de imperialismo que se materializa nas declarações que vimos de Trump sobre a anexação de um território inteiro”, disse a porta-voz do governo francês, Sophie Primas.

Já o chanceler da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que a Groenlândia, área autônoma da Dinamarca, é um território [ultramarino] da União Europeia. “Não é apropriado que a UE permita que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, ataquem as suas fronteiras soberanas”, disse.

continua após a publicidade
Avião de Donald Trump Jr pousa em Nuuk, Groenlândia  Foto: Emil Stach/AP

Na Alemanha, o porta-voz do chanceler Olaf Schölz se juntou às críticas. “As fronteiras não se movem pela força”, disse Steffen Hebestreit.

Já na Dinamarca, a primeira-ministra Mette Frederiksen ressaltou que " A Groenlândia é dos groelandeses” ao comentar o tema.

continua após a publicidade

A Dinamarca faz parte da UE, mas a Groenlândia é considerada um “território ultramarino” do bloco europeu depois de os cidadãos da ilha terem decidido, durante um referendo em 1982, deixar a então Comunidade Econômica Europeia.

Barrot descartou que a possibilidade de Washington invadir o território rico em recursos naturais, mas fez um alerta: “Devemos acordar, fortalecer-nos, em um mundo governado pela lei do mais forte”.

O governo da Dinamarca também rejeitou as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos. “A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, reiterou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

continua após a publicidade

Coletiva de Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos subiu o tom sobre a questão em uma entrevista coletiva. Trump ressaltou que quer controlar a Groenlândia e o Canal do Panamá por questões estratégicas e econômicas.

continua após a publicidade

“Não vou me comprometer com isso”, disse ele, quando perguntado se descartaria o uso de força militar nos dois locais. “Pode ser que você tenha que fazer algo. O Canal do Panamá é vital para o nosso país.” Ele acrescentou: “Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional.”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma coletiva de imprensa em Palm Beach, Flórida  Foto: Evan Vucci/AP

Trump tem promovido a potencial expansão dos Estados Unidos enquanto se prepara para começar seu segundo mandato no final deste mês. Em uma declaração nas redes sociais em dezembro anunciando Ken Howery — um cofundador do PayPal e ex-embaixador dos EUA na Suécia — como sua escolha para embaixador dos EUA na Dinamarca, Trump disse que “o controle da Groenlândia é uma necessidade absoluta”.

continua após a publicidade

O republicano também ameaçou a Dinamarca com “tarifas de alto nível” se o país nórdico não ceder a Groenlândia./com AFP

PARIS - A França e a Alemanha, os dois principais países da União Europeia, criticaram nesta quarta-feira, 8, para as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá. Em entrevista coletiva na terça-feira, 7, o republicano ressaltou a importância dos locais para os Estados Unidos e não descartou o uso de força militar para garantir o controle dos territórios.

“Podemos ver isto como uma forma de imperialismo que se materializa nas declarações que vimos de Trump sobre a anexação de um território inteiro”, disse a porta-voz do governo francês, Sophie Primas.

Já o chanceler da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que a Groenlândia, área autônoma da Dinamarca, é um território [ultramarino] da União Europeia. “Não é apropriado que a UE permita que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, ataquem as suas fronteiras soberanas”, disse.

Avião de Donald Trump Jr pousa em Nuuk, Groenlândia  Foto: Emil Stach/AP

Na Alemanha, o porta-voz do chanceler Olaf Schölz se juntou às críticas. “As fronteiras não se movem pela força”, disse Steffen Hebestreit.

Já na Dinamarca, a primeira-ministra Mette Frederiksen ressaltou que " A Groenlândia é dos groelandeses” ao comentar o tema.

A Dinamarca faz parte da UE, mas a Groenlândia é considerada um “território ultramarino” do bloco europeu depois de os cidadãos da ilha terem decidido, durante um referendo em 1982, deixar a então Comunidade Econômica Europeia.

Barrot descartou que a possibilidade de Washington invadir o território rico em recursos naturais, mas fez um alerta: “Devemos acordar, fortalecer-nos, em um mundo governado pela lei do mais forte”.

O governo da Dinamarca também rejeitou as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos. “A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, reiterou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

Coletiva de Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos subiu o tom sobre a questão em uma entrevista coletiva. Trump ressaltou que quer controlar a Groenlândia e o Canal do Panamá por questões estratégicas e econômicas.

“Não vou me comprometer com isso”, disse ele, quando perguntado se descartaria o uso de força militar nos dois locais. “Pode ser que você tenha que fazer algo. O Canal do Panamá é vital para o nosso país.” Ele acrescentou: “Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional.”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma coletiva de imprensa em Palm Beach, Flórida  Foto: Evan Vucci/AP

Trump tem promovido a potencial expansão dos Estados Unidos enquanto se prepara para começar seu segundo mandato no final deste mês. Em uma declaração nas redes sociais em dezembro anunciando Ken Howery — um cofundador do PayPal e ex-embaixador dos EUA na Suécia — como sua escolha para embaixador dos EUA na Dinamarca, Trump disse que “o controle da Groenlândia é uma necessidade absoluta”.

O republicano também ameaçou a Dinamarca com “tarifas de alto nível” se o país nórdico não ceder a Groenlândia./com AFP

PARIS - A França e a Alemanha, os dois principais países da União Europeia, criticaram nesta quarta-feira, 8, para as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá. Em entrevista coletiva na terça-feira, 7, o republicano ressaltou a importância dos locais para os Estados Unidos e não descartou o uso de força militar para garantir o controle dos territórios.

“Podemos ver isto como uma forma de imperialismo que se materializa nas declarações que vimos de Trump sobre a anexação de um território inteiro”, disse a porta-voz do governo francês, Sophie Primas.

Já o chanceler da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que a Groenlândia, área autônoma da Dinamarca, é um território [ultramarino] da União Europeia. “Não é apropriado que a UE permita que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, ataquem as suas fronteiras soberanas”, disse.

Avião de Donald Trump Jr pousa em Nuuk, Groenlândia  Foto: Emil Stach/AP

Na Alemanha, o porta-voz do chanceler Olaf Schölz se juntou às críticas. “As fronteiras não se movem pela força”, disse Steffen Hebestreit.

Já na Dinamarca, a primeira-ministra Mette Frederiksen ressaltou que " A Groenlândia é dos groelandeses” ao comentar o tema.

A Dinamarca faz parte da UE, mas a Groenlândia é considerada um “território ultramarino” do bloco europeu depois de os cidadãos da ilha terem decidido, durante um referendo em 1982, deixar a então Comunidade Econômica Europeia.

Barrot descartou que a possibilidade de Washington invadir o território rico em recursos naturais, mas fez um alerta: “Devemos acordar, fortalecer-nos, em um mundo governado pela lei do mais forte”.

O governo da Dinamarca também rejeitou as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos. “A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, reiterou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

Coletiva de Trump

O presidente eleito dos Estados Unidos subiu o tom sobre a questão em uma entrevista coletiva. Trump ressaltou que quer controlar a Groenlândia e o Canal do Panamá por questões estratégicas e econômicas.

“Não vou me comprometer com isso”, disse ele, quando perguntado se descartaria o uso de força militar nos dois locais. “Pode ser que você tenha que fazer algo. O Canal do Panamá é vital para o nosso país.” Ele acrescentou: “Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional.”

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, participa de uma coletiva de imprensa em Palm Beach, Flórida  Foto: Evan Vucci/AP

Trump tem promovido a potencial expansão dos Estados Unidos enquanto se prepara para começar seu segundo mandato no final deste mês. Em uma declaração nas redes sociais em dezembro anunciando Ken Howery — um cofundador do PayPal e ex-embaixador dos EUA na Suécia — como sua escolha para embaixador dos EUA na Dinamarca, Trump disse que “o controle da Groenlândia é uma necessidade absoluta”.

O republicano também ameaçou a Dinamarca com “tarifas de alto nível” se o país nórdico não ceder a Groenlândia./com AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.