“Fui um dos primeiros a tentar ir embora”, afirma sobrevivente de rave atacada pelo Hamas em Israel


Rafael Birman participou do evento organizado pelo Memorial do Holocausto que prestou homenagem as 1.400 vitimas do atentado terrorista do grupo Hamas em Israel e também realizou uma cerimonia por conta do aniversário de 85 anos da chamada Noite dos Cristais

Por Daniel Gateno
Atualização:

“Quando os foguetes começaram a cair durante a festa eu fui uma das primeiras pessoas a pegar o carro e tentar ir embora”, afirmou o paulista Rafael Birman, de 30 anos, um dos sobreviventes da rave de música eletrônica Universo Paralello, que estava ocorrendo na cidade de Sderot, nas proximidades da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, antes dos ataques terroristas do Hamas, no dia 7 de outubro, que deixou 1400 vítimas no sul de Israel, sendo que 260 delas foram na rave que Birman estava participando.

De volta a São Paulo junto com a família, Birman participou do evento organizado pelo Memorial do Holocausto que prestou homenagem as 1.400 vitimas do atentado terrorista do grupo Hamas em Israel e também realizou uma cerimonia por conta do aniversário de 85 anos da chamada Noite dos Cristais, o nome que se dá aos ataques sofridos por judeus realizados na Alemanha Nazista entre os dias 9 e 10 de novembro de 1938.

Birman conta que conheceu Bruna Valeanu durante a festa, uma das três vítimas brasileiras do atentado terrorista. “Estava com as melhores amigas da Bruna e ofereci uma carona no meu carro, mas ela preferiu esperar um amigo que estava na rave.”

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Rafael Birman Foto: Rafael Birman/Insta

Birman conta que teve que passar por três trajetos diferentes por questões de segurança e viu muitos corpos e carros destruídos. O brasileiro e seus amigos tiveram que se proteger embaixo de um carro enquanto soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) lutavam contra terroristas do Hamas. Um dos soldados que Birman considera que salvou a sua vida teve que ter a perna amputada por conta de ferimentos.

“Achamos uma estrada paralela e sofremos uma emboscada dos terroristas, que começaram a atirar. Não tínhamos noção do que estava acontecendo, mas logo depois os soldados israelenses chegaram e nos protegeram”. O brasileiro apontou que depois da troca de tiros entre os soldados israelenses e os terroristas do Hamas, um soldado de Israel afirmou que Birman e seus amigos precisavam sair do local para não serem mortos.

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“Os soldados disseram para irmos para Netivot, uma cidade no leste de onde estávamos e conseguimos abrigo lá com moradores de um prédio, que nos deram água e comida. Ficamos lá por sete horas até voltarmos para Tel-Aviv, onde eu moro”. Birman afirmou que só tomou conhecimento da proporção do ataque terrorista horas depois do ocorrido.

Noite dos Cristais

“Eu tinha seis anos em Berlim quando no meio da noite ouvi barulhos de estilhaços, vidros quebrados e gritos de horror, era a Noite dos Cristais”, afirmou Margot Rotstein, durante discurso no evento. Rotstein é sobrevivente do Holocausto e estava na capital da Alemanha Nazista durante a Noite dos Cristais. “Hoje, ao menos três gerações depois da minha dor, revejo o preconceito voltando, justo agora que dissemos nunca mais, justo agora que temos para onde ir”

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A Noite dos Cristais se tornou conhecida por ser um estopim na escala de violência contra a comunidade judaica que vivia no país. Sinagogas, comércios de judeus e residências de membros da comunidade judaica foram atacadas.

Rotstein recebeu flores da cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg.

Margot Rotstein Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Antissemitismo

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Marcos Knobel afirmou estar preocupado com o aumento do antissemitismo em diversas regiões do globo após o inicio da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Knobel afirmou que está comprometido com a segurança da comunidade judaica paulista e em constante contato com as autoridades do Estado de SP. “Acredito que este é o pior momento para a comunidade judaica desde o Holocausto e vou continuar trabalhando para que nenhum judeu do Estado de São Paulo sofra nenhum ato de antissemitismo”.

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A Fisesp abriu um canal de denuncias para casos de antissemitismo junto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib). De acordo com dados da Conib, os ataques antissemitas cresceram 1,200% no País desde o dia 7 de outubro. A comunidade judaica brasileira é a segunda maior da América Latina, com 120 mil pessoas.

O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece discursando em uma televisão em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuter

Na quarta-feira, 8, a Conib parabenizou a atuação da Polícia Federal e demonstrou preocupação com a presença de pessoas ligadas ao grupo radical islâmico libanês Hezbollah no País após a PF prender duas pessoas e cumprir 11 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal por um possível planejamento do grupo libanês de ataques terroristas contra prédios da comunidade judaica no Brasil.

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“O terrorismo, em todas as suas vertentes, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira. A Conib parabeniza a Polícia Federal, o Ministério Público e o Ministério da Justiça pela sua ação preventiva e reitera que os trágicos conflitos do Oriente Médio não podem ser importados ao nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”, completou a Conib.

“Quando os foguetes começaram a cair durante a festa eu fui uma das primeiras pessoas a pegar o carro e tentar ir embora”, afirmou o paulista Rafael Birman, de 30 anos, um dos sobreviventes da rave de música eletrônica Universo Paralello, que estava ocorrendo na cidade de Sderot, nas proximidades da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, antes dos ataques terroristas do Hamas, no dia 7 de outubro, que deixou 1400 vítimas no sul de Israel, sendo que 260 delas foram na rave que Birman estava participando.

De volta a São Paulo junto com a família, Birman participou do evento organizado pelo Memorial do Holocausto que prestou homenagem as 1.400 vitimas do atentado terrorista do grupo Hamas em Israel e também realizou uma cerimonia por conta do aniversário de 85 anos da chamada Noite dos Cristais, o nome que se dá aos ataques sofridos por judeus realizados na Alemanha Nazista entre os dias 9 e 10 de novembro de 1938.

Birman conta que conheceu Bruna Valeanu durante a festa, uma das três vítimas brasileiras do atentado terrorista. “Estava com as melhores amigas da Bruna e ofereci uma carona no meu carro, mas ela preferiu esperar um amigo que estava na rave.”

Rafael Birman Foto: Rafael Birman/Insta

Birman conta que teve que passar por três trajetos diferentes por questões de segurança e viu muitos corpos e carros destruídos. O brasileiro e seus amigos tiveram que se proteger embaixo de um carro enquanto soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) lutavam contra terroristas do Hamas. Um dos soldados que Birman considera que salvou a sua vida teve que ter a perna amputada por conta de ferimentos.

“Achamos uma estrada paralela e sofremos uma emboscada dos terroristas, que começaram a atirar. Não tínhamos noção do que estava acontecendo, mas logo depois os soldados israelenses chegaram e nos protegeram”. O brasileiro apontou que depois da troca de tiros entre os soldados israelenses e os terroristas do Hamas, um soldado de Israel afirmou que Birman e seus amigos precisavam sair do local para não serem mortos.

“Os soldados disseram para irmos para Netivot, uma cidade no leste de onde estávamos e conseguimos abrigo lá com moradores de um prédio, que nos deram água e comida. Ficamos lá por sete horas até voltarmos para Tel-Aviv, onde eu moro”. Birman afirmou que só tomou conhecimento da proporção do ataque terrorista horas depois do ocorrido.

Noite dos Cristais

“Eu tinha seis anos em Berlim quando no meio da noite ouvi barulhos de estilhaços, vidros quebrados e gritos de horror, era a Noite dos Cristais”, afirmou Margot Rotstein, durante discurso no evento. Rotstein é sobrevivente do Holocausto e estava na capital da Alemanha Nazista durante a Noite dos Cristais. “Hoje, ao menos três gerações depois da minha dor, revejo o preconceito voltando, justo agora que dissemos nunca mais, justo agora que temos para onde ir”

A Noite dos Cristais se tornou conhecida por ser um estopim na escala de violência contra a comunidade judaica que vivia no país. Sinagogas, comércios de judeus e residências de membros da comunidade judaica foram atacadas.

Rotstein recebeu flores da cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg.

Margot Rotstein Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Antissemitismo

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Marcos Knobel afirmou estar preocupado com o aumento do antissemitismo em diversas regiões do globo após o inicio da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Knobel afirmou que está comprometido com a segurança da comunidade judaica paulista e em constante contato com as autoridades do Estado de SP. “Acredito que este é o pior momento para a comunidade judaica desde o Holocausto e vou continuar trabalhando para que nenhum judeu do Estado de São Paulo sofra nenhum ato de antissemitismo”.

A Fisesp abriu um canal de denuncias para casos de antissemitismo junto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib). De acordo com dados da Conib, os ataques antissemitas cresceram 1,200% no País desde o dia 7 de outubro. A comunidade judaica brasileira é a segunda maior da América Latina, com 120 mil pessoas.

O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece discursando em uma televisão em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuter

Na quarta-feira, 8, a Conib parabenizou a atuação da Polícia Federal e demonstrou preocupação com a presença de pessoas ligadas ao grupo radical islâmico libanês Hezbollah no País após a PF prender duas pessoas e cumprir 11 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal por um possível planejamento do grupo libanês de ataques terroristas contra prédios da comunidade judaica no Brasil.

“O terrorismo, em todas as suas vertentes, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira. A Conib parabeniza a Polícia Federal, o Ministério Público e o Ministério da Justiça pela sua ação preventiva e reitera que os trágicos conflitos do Oriente Médio não podem ser importados ao nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”, completou a Conib.

“Quando os foguetes começaram a cair durante a festa eu fui uma das primeiras pessoas a pegar o carro e tentar ir embora”, afirmou o paulista Rafael Birman, de 30 anos, um dos sobreviventes da rave de música eletrônica Universo Paralello, que estava ocorrendo na cidade de Sderot, nas proximidades da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza, antes dos ataques terroristas do Hamas, no dia 7 de outubro, que deixou 1400 vítimas no sul de Israel, sendo que 260 delas foram na rave que Birman estava participando.

De volta a São Paulo junto com a família, Birman participou do evento organizado pelo Memorial do Holocausto que prestou homenagem as 1.400 vitimas do atentado terrorista do grupo Hamas em Israel e também realizou uma cerimonia por conta do aniversário de 85 anos da chamada Noite dos Cristais, o nome que se dá aos ataques sofridos por judeus realizados na Alemanha Nazista entre os dias 9 e 10 de novembro de 1938.

Birman conta que conheceu Bruna Valeanu durante a festa, uma das três vítimas brasileiras do atentado terrorista. “Estava com as melhores amigas da Bruna e ofereci uma carona no meu carro, mas ela preferiu esperar um amigo que estava na rave.”

Rafael Birman Foto: Rafael Birman/Insta

Birman conta que teve que passar por três trajetos diferentes por questões de segurança e viu muitos corpos e carros destruídos. O brasileiro e seus amigos tiveram que se proteger embaixo de um carro enquanto soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) lutavam contra terroristas do Hamas. Um dos soldados que Birman considera que salvou a sua vida teve que ter a perna amputada por conta de ferimentos.

“Achamos uma estrada paralela e sofremos uma emboscada dos terroristas, que começaram a atirar. Não tínhamos noção do que estava acontecendo, mas logo depois os soldados israelenses chegaram e nos protegeram”. O brasileiro apontou que depois da troca de tiros entre os soldados israelenses e os terroristas do Hamas, um soldado de Israel afirmou que Birman e seus amigos precisavam sair do local para não serem mortos.

“Os soldados disseram para irmos para Netivot, uma cidade no leste de onde estávamos e conseguimos abrigo lá com moradores de um prédio, que nos deram água e comida. Ficamos lá por sete horas até voltarmos para Tel-Aviv, onde eu moro”. Birman afirmou que só tomou conhecimento da proporção do ataque terrorista horas depois do ocorrido.

Noite dos Cristais

“Eu tinha seis anos em Berlim quando no meio da noite ouvi barulhos de estilhaços, vidros quebrados e gritos de horror, era a Noite dos Cristais”, afirmou Margot Rotstein, durante discurso no evento. Rotstein é sobrevivente do Holocausto e estava na capital da Alemanha Nazista durante a Noite dos Cristais. “Hoje, ao menos três gerações depois da minha dor, revejo o preconceito voltando, justo agora que dissemos nunca mais, justo agora que temos para onde ir”

A Noite dos Cristais se tornou conhecida por ser um estopim na escala de violência contra a comunidade judaica que vivia no país. Sinagogas, comércios de judeus e residências de membros da comunidade judaica foram atacadas.

Rotstein recebeu flores da cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg.

Margot Rotstein Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Antissemitismo

O presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), Marcos Knobel afirmou estar preocupado com o aumento do antissemitismo em diversas regiões do globo após o inicio da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Knobel afirmou que está comprometido com a segurança da comunidade judaica paulista e em constante contato com as autoridades do Estado de SP. “Acredito que este é o pior momento para a comunidade judaica desde o Holocausto e vou continuar trabalhando para que nenhum judeu do Estado de São Paulo sofra nenhum ato de antissemitismo”.

A Fisesp abriu um canal de denuncias para casos de antissemitismo junto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib). De acordo com dados da Conib, os ataques antissemitas cresceram 1,200% no País desde o dia 7 de outubro. A comunidade judaica brasileira é a segunda maior da América Latina, com 120 mil pessoas.

O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, aparece discursando em uma televisão em Beirute, Líbano  Foto: Mohamed Azakir/Reuter

Na quarta-feira, 8, a Conib parabenizou a atuação da Polícia Federal e demonstrou preocupação com a presença de pessoas ligadas ao grupo radical islâmico libanês Hezbollah no País após a PF prender duas pessoas e cumprir 11 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal por um possível planejamento do grupo libanês de ataques terroristas contra prédios da comunidade judaica no Brasil.

“O terrorismo, em todas as suas vertentes, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira. A Conib parabeniza a Polícia Federal, o Ministério Público e o Ministério da Justiça pela sua ação preventiva e reitera que os trágicos conflitos do Oriente Médio não podem ser importados ao nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”, completou a Conib.

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