Cinzas de caçador de furacões morto em 2023 são espalhadas no olho do Milton


Equipe de caçadores de furacões prestou homenagem a Peter Dodge, meteorologista veterano que morreu em março do ano passado

Por Praveena Somasundaram
Atualização:

Para aqueles que conheciam Peter Dodge, era apropriado que suas cinzas fossem espalhadas no olho de um furacão. Dodge, um meteorologista que morreu no ano passado aos 73 anos, voou para o olho de 386 tempestades durante uma carreira que durou mais de quatro décadas.

Na última terça-feira, 8, uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) ajudou Dodge a fazer um voo final. Os caçadores de furacões da NOAA liberaram suas cinzas dentro da parede do olho do furacão Milton, em uma homenagem à vida de Dodge e seu amor pela meteorologia. As cinzas foram embrulhadas na bandeira estadual da Flórida, o Estado natal de Dodge, junto com o crachá de seu traje de voo e um patch denotando suas centenas de voos em paredes de olhos de furacões..

Membros da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) se preparam para jogar as cinzas de Peter Dodge no olho do furacão Milton Foto: Sim Aberson/AP
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Frank Marks, amigo próximo e colega de Dodge, disse que soltar suas cinzas no furacão Milton foi “uma honra total e uma grande homenagem a Peter e tudo o que ele fez por nós”. Marks, ex-diretor da divisão de pesquisa de furacões do Laboratório Meteorológico e Oceanográfico Atlântico da NOAA em Miami, onde Dodge trabalhou até sua morte, descreveu o meteorologista como alguém que fazia seu trabalho parecer mais fácil, mesmo diante de desastres naturais angustiantes.

A dupla se conheceu no início dos anos 1980, quando Marks contratou Dodge para ajudar a desenvolver a tecnologia de radar que seria usada para estudar tempestades. Dodge, que na época tinha acabado de receber seu mestrado pela Universidade de Washington em Seattle, foi “uma das primeiras pessoas que me disseram para contratar”, disse Marks. Um colega que ensinou Dodge disse a Marks que ele era muito bom.

Grande parte da tecnologia usada para rastrear tempestades hoje, disse Marks, começou com programas que Dodge escreveu ao longo dos anos. Enquanto trabalhavam juntos, Marks rapidamente aprendeu que quando Dodge oferecia seus pensamentos em um e-mail e escrevia “IMHO”, “in my humble opinion”, ou “na minha humilde opinião” em português, Marks deveria dar ouvidos a eles porque “isso significava que eu estava estragando tudo”, disse ele. Dodge era um solucionador de problemas, disse Marks, um cientista inteligente e sensato que amava voar.

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Imagem de satélite divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra o furacão Milton na costa da Flórida na quarta-feira, 9.  Foto: NOAA via AP

“Ele era impertubável”

Em 15 de setembro de 1989, a dupla fazia parte de uma tripulação de mais de uma dúzia de pessoas que voou para o furacão Hugo. Eles tinham acabado de entrar na tempestade de categoria 5 quando um dos motores do avião pegou fogo, lançando a missão no caos, lembrou Marks. A aeronave finalmente saiu da tempestade sem danos, mas depois, alguns membros da tripulação decidiram voltar para casa. Marks e Dodge voaram para o furacão juntos dois dias depois.

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Durante as missões federais de caça a furacões, Dodge frequentemente servia como cientista de radar a bordo. Ao longo de sua carreira, ele recebeu uma Medalha de Bronze do Departamento de Comércio e o Prêmio de Serviço Civil Patriótico do Corpo de Engenheiros do Exército. “Peter era imperturbável”, disse Marks. “É a melhor coisa que posso dizer.”

Dodge manteve esse espírito na última década de sua vida, mesmo quando perdeu a visão. Ele solicitou acomodações da NOAA, usando um teclado Braille para poder continuar trabalhando. Ele não podia mais voar em tempestades, mas ajudou nas missões de outras maneiras, como refinando os programas que as futuras equipes usariam. “Ele amava o que fazia”, disse Marks. “Não acho que ele conseguia pensar em outra coisa.” E ele não precisava.

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Por volta das 23h de terça-feira, os caçadores de furacões dentro de Milton colocaram o pacote com as cinzas de Dodge dentro de uma rampa em sua aeronave, liberando-o na tempestade. A liberação de suas cinzas foi marcada na mensagem de vórtice da missão, que registra as partes principais de um voo. “PETER DODGE HX SCI (1950-2023)”, dizia a mensagem.

As cinzas provavelmente levaram cerca de oito minutos para chegar à superfície do oceano, disse Marks. E, nesses minutos, Dodge terminou sua última missão. A mensagem de vórtice registrou sua contagem final de voo — 387.

Para aqueles que conheciam Peter Dodge, era apropriado que suas cinzas fossem espalhadas no olho de um furacão. Dodge, um meteorologista que morreu no ano passado aos 73 anos, voou para o olho de 386 tempestades durante uma carreira que durou mais de quatro décadas.

Na última terça-feira, 8, uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) ajudou Dodge a fazer um voo final. Os caçadores de furacões da NOAA liberaram suas cinzas dentro da parede do olho do furacão Milton, em uma homenagem à vida de Dodge e seu amor pela meteorologia. As cinzas foram embrulhadas na bandeira estadual da Flórida, o Estado natal de Dodge, junto com o crachá de seu traje de voo e um patch denotando suas centenas de voos em paredes de olhos de furacões..

Membros da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) se preparam para jogar as cinzas de Peter Dodge no olho do furacão Milton Foto: Sim Aberson/AP

Frank Marks, amigo próximo e colega de Dodge, disse que soltar suas cinzas no furacão Milton foi “uma honra total e uma grande homenagem a Peter e tudo o que ele fez por nós”. Marks, ex-diretor da divisão de pesquisa de furacões do Laboratório Meteorológico e Oceanográfico Atlântico da NOAA em Miami, onde Dodge trabalhou até sua morte, descreveu o meteorologista como alguém que fazia seu trabalho parecer mais fácil, mesmo diante de desastres naturais angustiantes.

A dupla se conheceu no início dos anos 1980, quando Marks contratou Dodge para ajudar a desenvolver a tecnologia de radar que seria usada para estudar tempestades. Dodge, que na época tinha acabado de receber seu mestrado pela Universidade de Washington em Seattle, foi “uma das primeiras pessoas que me disseram para contratar”, disse Marks. Um colega que ensinou Dodge disse a Marks que ele era muito bom.

Grande parte da tecnologia usada para rastrear tempestades hoje, disse Marks, começou com programas que Dodge escreveu ao longo dos anos. Enquanto trabalhavam juntos, Marks rapidamente aprendeu que quando Dodge oferecia seus pensamentos em um e-mail e escrevia “IMHO”, “in my humble opinion”, ou “na minha humilde opinião” em português, Marks deveria dar ouvidos a eles porque “isso significava que eu estava estragando tudo”, disse ele. Dodge era um solucionador de problemas, disse Marks, um cientista inteligente e sensato que amava voar.

Imagem de satélite divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra o furacão Milton na costa da Flórida na quarta-feira, 9.  Foto: NOAA via AP

“Ele era impertubável”

Em 15 de setembro de 1989, a dupla fazia parte de uma tripulação de mais de uma dúzia de pessoas que voou para o furacão Hugo. Eles tinham acabado de entrar na tempestade de categoria 5 quando um dos motores do avião pegou fogo, lançando a missão no caos, lembrou Marks. A aeronave finalmente saiu da tempestade sem danos, mas depois, alguns membros da tripulação decidiram voltar para casa. Marks e Dodge voaram para o furacão juntos dois dias depois.

Durante as missões federais de caça a furacões, Dodge frequentemente servia como cientista de radar a bordo. Ao longo de sua carreira, ele recebeu uma Medalha de Bronze do Departamento de Comércio e o Prêmio de Serviço Civil Patriótico do Corpo de Engenheiros do Exército. “Peter era imperturbável”, disse Marks. “É a melhor coisa que posso dizer.”

Dodge manteve esse espírito na última década de sua vida, mesmo quando perdeu a visão. Ele solicitou acomodações da NOAA, usando um teclado Braille para poder continuar trabalhando. Ele não podia mais voar em tempestades, mas ajudou nas missões de outras maneiras, como refinando os programas que as futuras equipes usariam. “Ele amava o que fazia”, disse Marks. “Não acho que ele conseguia pensar em outra coisa.” E ele não precisava.

Por volta das 23h de terça-feira, os caçadores de furacões dentro de Milton colocaram o pacote com as cinzas de Dodge dentro de uma rampa em sua aeronave, liberando-o na tempestade. A liberação de suas cinzas foi marcada na mensagem de vórtice da missão, que registra as partes principais de um voo. “PETER DODGE HX SCI (1950-2023)”, dizia a mensagem.

As cinzas provavelmente levaram cerca de oito minutos para chegar à superfície do oceano, disse Marks. E, nesses minutos, Dodge terminou sua última missão. A mensagem de vórtice registrou sua contagem final de voo — 387.

Para aqueles que conheciam Peter Dodge, era apropriado que suas cinzas fossem espalhadas no olho de um furacão. Dodge, um meteorologista que morreu no ano passado aos 73 anos, voou para o olho de 386 tempestades durante uma carreira que durou mais de quatro décadas.

Na última terça-feira, 8, uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) ajudou Dodge a fazer um voo final. Os caçadores de furacões da NOAA liberaram suas cinzas dentro da parede do olho do furacão Milton, em uma homenagem à vida de Dodge e seu amor pela meteorologia. As cinzas foram embrulhadas na bandeira estadual da Flórida, o Estado natal de Dodge, junto com o crachá de seu traje de voo e um patch denotando suas centenas de voos em paredes de olhos de furacões..

Membros da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) se preparam para jogar as cinzas de Peter Dodge no olho do furacão Milton Foto: Sim Aberson/AP

Frank Marks, amigo próximo e colega de Dodge, disse que soltar suas cinzas no furacão Milton foi “uma honra total e uma grande homenagem a Peter e tudo o que ele fez por nós”. Marks, ex-diretor da divisão de pesquisa de furacões do Laboratório Meteorológico e Oceanográfico Atlântico da NOAA em Miami, onde Dodge trabalhou até sua morte, descreveu o meteorologista como alguém que fazia seu trabalho parecer mais fácil, mesmo diante de desastres naturais angustiantes.

A dupla se conheceu no início dos anos 1980, quando Marks contratou Dodge para ajudar a desenvolver a tecnologia de radar que seria usada para estudar tempestades. Dodge, que na época tinha acabado de receber seu mestrado pela Universidade de Washington em Seattle, foi “uma das primeiras pessoas que me disseram para contratar”, disse Marks. Um colega que ensinou Dodge disse a Marks que ele era muito bom.

Grande parte da tecnologia usada para rastrear tempestades hoje, disse Marks, começou com programas que Dodge escreveu ao longo dos anos. Enquanto trabalhavam juntos, Marks rapidamente aprendeu que quando Dodge oferecia seus pensamentos em um e-mail e escrevia “IMHO”, “in my humble opinion”, ou “na minha humilde opinião” em português, Marks deveria dar ouvidos a eles porque “isso significava que eu estava estragando tudo”, disse ele. Dodge era um solucionador de problemas, disse Marks, um cientista inteligente e sensato que amava voar.

Imagem de satélite divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra o furacão Milton na costa da Flórida na quarta-feira, 9.  Foto: NOAA via AP

“Ele era impertubável”

Em 15 de setembro de 1989, a dupla fazia parte de uma tripulação de mais de uma dúzia de pessoas que voou para o furacão Hugo. Eles tinham acabado de entrar na tempestade de categoria 5 quando um dos motores do avião pegou fogo, lançando a missão no caos, lembrou Marks. A aeronave finalmente saiu da tempestade sem danos, mas depois, alguns membros da tripulação decidiram voltar para casa. Marks e Dodge voaram para o furacão juntos dois dias depois.

Durante as missões federais de caça a furacões, Dodge frequentemente servia como cientista de radar a bordo. Ao longo de sua carreira, ele recebeu uma Medalha de Bronze do Departamento de Comércio e o Prêmio de Serviço Civil Patriótico do Corpo de Engenheiros do Exército. “Peter era imperturbável”, disse Marks. “É a melhor coisa que posso dizer.”

Dodge manteve esse espírito na última década de sua vida, mesmo quando perdeu a visão. Ele solicitou acomodações da NOAA, usando um teclado Braille para poder continuar trabalhando. Ele não podia mais voar em tempestades, mas ajudou nas missões de outras maneiras, como refinando os programas que as futuras equipes usariam. “Ele amava o que fazia”, disse Marks. “Não acho que ele conseguia pensar em outra coisa.” E ele não precisava.

Por volta das 23h de terça-feira, os caçadores de furacões dentro de Milton colocaram o pacote com as cinzas de Dodge dentro de uma rampa em sua aeronave, liberando-o na tempestade. A liberação de suas cinzas foi marcada na mensagem de vórtice da missão, que registra as partes principais de um voo. “PETER DODGE HX SCI (1950-2023)”, dizia a mensagem.

As cinzas provavelmente levaram cerca de oito minutos para chegar à superfície do oceano, disse Marks. E, nesses minutos, Dodge terminou sua última missão. A mensagem de vórtice registrou sua contagem final de voo — 387.

Para aqueles que conheciam Peter Dodge, era apropriado que suas cinzas fossem espalhadas no olho de um furacão. Dodge, um meteorologista que morreu no ano passado aos 73 anos, voou para o olho de 386 tempestades durante uma carreira que durou mais de quatro décadas.

Na última terça-feira, 8, uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) ajudou Dodge a fazer um voo final. Os caçadores de furacões da NOAA liberaram suas cinzas dentro da parede do olho do furacão Milton, em uma homenagem à vida de Dodge e seu amor pela meteorologia. As cinzas foram embrulhadas na bandeira estadual da Flórida, o Estado natal de Dodge, junto com o crachá de seu traje de voo e um patch denotando suas centenas de voos em paredes de olhos de furacões..

Membros da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) se preparam para jogar as cinzas de Peter Dodge no olho do furacão Milton Foto: Sim Aberson/AP

Frank Marks, amigo próximo e colega de Dodge, disse que soltar suas cinzas no furacão Milton foi “uma honra total e uma grande homenagem a Peter e tudo o que ele fez por nós”. Marks, ex-diretor da divisão de pesquisa de furacões do Laboratório Meteorológico e Oceanográfico Atlântico da NOAA em Miami, onde Dodge trabalhou até sua morte, descreveu o meteorologista como alguém que fazia seu trabalho parecer mais fácil, mesmo diante de desastres naturais angustiantes.

A dupla se conheceu no início dos anos 1980, quando Marks contratou Dodge para ajudar a desenvolver a tecnologia de radar que seria usada para estudar tempestades. Dodge, que na época tinha acabado de receber seu mestrado pela Universidade de Washington em Seattle, foi “uma das primeiras pessoas que me disseram para contratar”, disse Marks. Um colega que ensinou Dodge disse a Marks que ele era muito bom.

Grande parte da tecnologia usada para rastrear tempestades hoje, disse Marks, começou com programas que Dodge escreveu ao longo dos anos. Enquanto trabalhavam juntos, Marks rapidamente aprendeu que quando Dodge oferecia seus pensamentos em um e-mail e escrevia “IMHO”, “in my humble opinion”, ou “na minha humilde opinião” em português, Marks deveria dar ouvidos a eles porque “isso significava que eu estava estragando tudo”, disse ele. Dodge era um solucionador de problemas, disse Marks, um cientista inteligente e sensato que amava voar.

Imagem de satélite divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra o furacão Milton na costa da Flórida na quarta-feira, 9.  Foto: NOAA via AP

“Ele era impertubável”

Em 15 de setembro de 1989, a dupla fazia parte de uma tripulação de mais de uma dúzia de pessoas que voou para o furacão Hugo. Eles tinham acabado de entrar na tempestade de categoria 5 quando um dos motores do avião pegou fogo, lançando a missão no caos, lembrou Marks. A aeronave finalmente saiu da tempestade sem danos, mas depois, alguns membros da tripulação decidiram voltar para casa. Marks e Dodge voaram para o furacão juntos dois dias depois.

Durante as missões federais de caça a furacões, Dodge frequentemente servia como cientista de radar a bordo. Ao longo de sua carreira, ele recebeu uma Medalha de Bronze do Departamento de Comércio e o Prêmio de Serviço Civil Patriótico do Corpo de Engenheiros do Exército. “Peter era imperturbável”, disse Marks. “É a melhor coisa que posso dizer.”

Dodge manteve esse espírito na última década de sua vida, mesmo quando perdeu a visão. Ele solicitou acomodações da NOAA, usando um teclado Braille para poder continuar trabalhando. Ele não podia mais voar em tempestades, mas ajudou nas missões de outras maneiras, como refinando os programas que as futuras equipes usariam. “Ele amava o que fazia”, disse Marks. “Não acho que ele conseguia pensar em outra coisa.” E ele não precisava.

Por volta das 23h de terça-feira, os caçadores de furacões dentro de Milton colocaram o pacote com as cinzas de Dodge dentro de uma rampa em sua aeronave, liberando-o na tempestade. A liberação de suas cinzas foi marcada na mensagem de vórtice da missão, que registra as partes principais de um voo. “PETER DODGE HX SCI (1950-2023)”, dizia a mensagem.

As cinzas provavelmente levaram cerca de oito minutos para chegar à superfície do oceano, disse Marks. E, nesses minutos, Dodge terminou sua última missão. A mensagem de vórtice registrou sua contagem final de voo — 387.

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