G-7 e convidados emitem comunicado com foco em segurança alimentar e aliviam impasse de Lula


Texto não traz críticas à Rússia pela guerra; o presidente do Brasil resistia a assinar qualquer documento hostil a Moscou

Por Eduardo Gayer
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA - Os países-membros do G-7 e seus convidados para a cúpula de Hiroshima fecharam um comunicado conjunto neste sábado, 20, sem críticas à Rússia pela guerra na Ucrânia e com foco na segurança alimentar.

O comunicado foi assinado pelo Brasil, aliviando o impasse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que resistia a qualquer comunicado com um tom mais duro contra Moscou.

No comunicado exclusivo dos países-membros do G7, porém, o tom elevado contra a Rússia foi uma marca que será reforçada ao final da cúpula. Enquanto o Grupo dos Sete é coeso no apoio à Kiev, Lula e outros líderes de países em desenvolvimento preferem adotar postura que chamam de neutralidade.

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No texto conjunto de hoje, os signatários se comprometem a trabalhar juntos para responder ao agravamento da crise de segurança alimentar global, ampliada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O peso do conflito é reconhecido.

“A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a atual crise de segurança alimentar em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Observamos com profunda preocupação o impacto adverso da guerra na Ucrânia e enfatizamos que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global”, diz o comunicado.

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Brasil já havia sinalizado que negociava tom neutro

Na semana passada, o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, afirmou que o Brasil negociaria este texto de forma a manter o tom neutro adotado pelo País quando o assunto é a guerra.

“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos do conflito na Ucrânia sobre acesso a alimentos e nós sabemos disso, uma referência inicial deverá ser feita ao conflito na Ucrânia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema”, declarou o diplomata.

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(Da esquerda para a direita) O presidente de Comores, Azali Assoumani, o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participam de uma sessão de trabalho como parte da Cúpula dos Líderes do G7 em Hiroshima, em 20 de maio de 2023. Foto: Ludovic Marin/AFP

Ao longo da declaração, o G-7 e seus convidados se comprometem, inclusive, a apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e da própria Rússia como forma de evitar um desabastecimento na cadeia global de suprimentos. Os grãos russos não foram alvo de sanções por seu papel relevante na alimentação da humanidade.

“Estaremos trabalhando em conjunto para responder à atual crise de segurança alimentar, inclusive por apoio à exportação de grãos da Ucrânia e da Rússia, com a expansão e extensão do BSGI (Iniciativa de Grãos do Mar Negro)”, dizem os signatários, o que inclui Lula.

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O BSGI é um acordo da comunidade global que permite a exportação de grãos pelo Mar Negro como forma de garantir o abastecimento mundial apesar da guerra. A Rússia renovou por mais 60 dias seu compromisso com o tratado nesta semana.

“Apelamos a todos os participantes da BSGI a continuar a implementar plenamente sua operacionalização, em seu potencial máximo e pelo tempo que for necessário, e enfatizamos a importância de permitir que os grãos continuem a chegar aos que mais necessitam”, diz o texto conjunto.

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA - Os países-membros do G-7 e seus convidados para a cúpula de Hiroshima fecharam um comunicado conjunto neste sábado, 20, sem críticas à Rússia pela guerra na Ucrânia e com foco na segurança alimentar.

O comunicado foi assinado pelo Brasil, aliviando o impasse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que resistia a qualquer comunicado com um tom mais duro contra Moscou.

No comunicado exclusivo dos países-membros do G7, porém, o tom elevado contra a Rússia foi uma marca que será reforçada ao final da cúpula. Enquanto o Grupo dos Sete é coeso no apoio à Kiev, Lula e outros líderes de países em desenvolvimento preferem adotar postura que chamam de neutralidade.

No texto conjunto de hoje, os signatários se comprometem a trabalhar juntos para responder ao agravamento da crise de segurança alimentar global, ampliada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O peso do conflito é reconhecido.

“A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a atual crise de segurança alimentar em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Observamos com profunda preocupação o impacto adverso da guerra na Ucrânia e enfatizamos que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global”, diz o comunicado.

Brasil já havia sinalizado que negociava tom neutro

Na semana passada, o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, afirmou que o Brasil negociaria este texto de forma a manter o tom neutro adotado pelo País quando o assunto é a guerra.

“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos do conflito na Ucrânia sobre acesso a alimentos e nós sabemos disso, uma referência inicial deverá ser feita ao conflito na Ucrânia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema”, declarou o diplomata.

(Da esquerda para a direita) O presidente de Comores, Azali Assoumani, o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participam de uma sessão de trabalho como parte da Cúpula dos Líderes do G7 em Hiroshima, em 20 de maio de 2023. Foto: Ludovic Marin/AFP

Ao longo da declaração, o G-7 e seus convidados se comprometem, inclusive, a apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e da própria Rússia como forma de evitar um desabastecimento na cadeia global de suprimentos. Os grãos russos não foram alvo de sanções por seu papel relevante na alimentação da humanidade.

“Estaremos trabalhando em conjunto para responder à atual crise de segurança alimentar, inclusive por apoio à exportação de grãos da Ucrânia e da Rússia, com a expansão e extensão do BSGI (Iniciativa de Grãos do Mar Negro)”, dizem os signatários, o que inclui Lula.

O BSGI é um acordo da comunidade global que permite a exportação de grãos pelo Mar Negro como forma de garantir o abastecimento mundial apesar da guerra. A Rússia renovou por mais 60 dias seu compromisso com o tratado nesta semana.

“Apelamos a todos os participantes da BSGI a continuar a implementar plenamente sua operacionalização, em seu potencial máximo e pelo tempo que for necessário, e enfatizamos a importância de permitir que os grãos continuem a chegar aos que mais necessitam”, diz o texto conjunto.

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA - Os países-membros do G-7 e seus convidados para a cúpula de Hiroshima fecharam um comunicado conjunto neste sábado, 20, sem críticas à Rússia pela guerra na Ucrânia e com foco na segurança alimentar.

O comunicado foi assinado pelo Brasil, aliviando o impasse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que resistia a qualquer comunicado com um tom mais duro contra Moscou.

No comunicado exclusivo dos países-membros do G7, porém, o tom elevado contra a Rússia foi uma marca que será reforçada ao final da cúpula. Enquanto o Grupo dos Sete é coeso no apoio à Kiev, Lula e outros líderes de países em desenvolvimento preferem adotar postura que chamam de neutralidade.

No texto conjunto de hoje, os signatários se comprometem a trabalhar juntos para responder ao agravamento da crise de segurança alimentar global, ampliada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O peso do conflito é reconhecido.

“A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a atual crise de segurança alimentar em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Observamos com profunda preocupação o impacto adverso da guerra na Ucrânia e enfatizamos que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global”, diz o comunicado.

Brasil já havia sinalizado que negociava tom neutro

Na semana passada, o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, afirmou que o Brasil negociaria este texto de forma a manter o tom neutro adotado pelo País quando o assunto é a guerra.

“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos do conflito na Ucrânia sobre acesso a alimentos e nós sabemos disso, uma referência inicial deverá ser feita ao conflito na Ucrânia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema”, declarou o diplomata.

(Da esquerda para a direita) O presidente de Comores, Azali Assoumani, o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participam de uma sessão de trabalho como parte da Cúpula dos Líderes do G7 em Hiroshima, em 20 de maio de 2023. Foto: Ludovic Marin/AFP

Ao longo da declaração, o G-7 e seus convidados se comprometem, inclusive, a apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e da própria Rússia como forma de evitar um desabastecimento na cadeia global de suprimentos. Os grãos russos não foram alvo de sanções por seu papel relevante na alimentação da humanidade.

“Estaremos trabalhando em conjunto para responder à atual crise de segurança alimentar, inclusive por apoio à exportação de grãos da Ucrânia e da Rússia, com a expansão e extensão do BSGI (Iniciativa de Grãos do Mar Negro)”, dizem os signatários, o que inclui Lula.

O BSGI é um acordo da comunidade global que permite a exportação de grãos pelo Mar Negro como forma de garantir o abastecimento mundial apesar da guerra. A Rússia renovou por mais 60 dias seu compromisso com o tratado nesta semana.

“Apelamos a todos os participantes da BSGI a continuar a implementar plenamente sua operacionalização, em seu potencial máximo e pelo tempo que for necessário, e enfatizamos a importância de permitir que os grãos continuem a chegar aos que mais necessitam”, diz o texto conjunto.

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA - Os países-membros do G-7 e seus convidados para a cúpula de Hiroshima fecharam um comunicado conjunto neste sábado, 20, sem críticas à Rússia pela guerra na Ucrânia e com foco na segurança alimentar.

O comunicado foi assinado pelo Brasil, aliviando o impasse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que resistia a qualquer comunicado com um tom mais duro contra Moscou.

No comunicado exclusivo dos países-membros do G7, porém, o tom elevado contra a Rússia foi uma marca que será reforçada ao final da cúpula. Enquanto o Grupo dos Sete é coeso no apoio à Kiev, Lula e outros líderes de países em desenvolvimento preferem adotar postura que chamam de neutralidade.

No texto conjunto de hoje, os signatários se comprometem a trabalhar juntos para responder ao agravamento da crise de segurança alimentar global, ampliada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O peso do conflito é reconhecido.

“A guerra na Ucrânia agravou ainda mais a atual crise de segurança alimentar em todo o mundo, especialmente nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos. Observamos com profunda preocupação o impacto adverso da guerra na Ucrânia e enfatizamos que ela está causando imenso sofrimento humano e exacerbando as fragilidades existentes na economia global”, diz o comunicado.

Brasil já havia sinalizado que negociava tom neutro

Na semana passada, o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, afirmou que o Brasil negociaria este texto de forma a manter o tom neutro adotado pelo País quando o assunto é a guerra.

“Como é uma declaração sobre segurança alimentar e há efeitos do conflito na Ucrânia sobre acesso a alimentos e nós sabemos disso, uma referência inicial deverá ser feita ao conflito na Ucrânia. E, naturalmente, o governo brasileiro negocia essa linguagem para que seja compatível com a linguagem que o Brasil tem usado sobre o tema”, declarou o diplomata.

(Da esquerda para a direita) O presidente de Comores, Azali Assoumani, o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, participam de uma sessão de trabalho como parte da Cúpula dos Líderes do G7 em Hiroshima, em 20 de maio de 2023. Foto: Ludovic Marin/AFP

Ao longo da declaração, o G-7 e seus convidados se comprometem, inclusive, a apoiar as exportações de grãos da Ucrânia e da própria Rússia como forma de evitar um desabastecimento na cadeia global de suprimentos. Os grãos russos não foram alvo de sanções por seu papel relevante na alimentação da humanidade.

“Estaremos trabalhando em conjunto para responder à atual crise de segurança alimentar, inclusive por apoio à exportação de grãos da Ucrânia e da Rússia, com a expansão e extensão do BSGI (Iniciativa de Grãos do Mar Negro)”, dizem os signatários, o que inclui Lula.

O BSGI é um acordo da comunidade global que permite a exportação de grãos pelo Mar Negro como forma de garantir o abastecimento mundial apesar da guerra. A Rússia renovou por mais 60 dias seu compromisso com o tratado nesta semana.

“Apelamos a todos os participantes da BSGI a continuar a implementar plenamente sua operacionalização, em seu potencial máximo e pelo tempo que for necessário, e enfatizamos a importância de permitir que os grãos continuem a chegar aos que mais necessitam”, diz o texto conjunto.

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