WASHINGTON - O gerente de campanha do principal pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi acusado de agressão no Estado da Flórida nesta terça-feira, 29, devido a alegações de que agarrou uma repórter à força durante um evento.
A polícia da cidade de Jupiter acusou Corey Lewandowski, de 42 anos, de agarrar e machucar intencionalmente o braço de Michelle Fields, na ocasião uma repórter do site conservador Breitbart, quando ela tentava fazer uma pergunta a Trump em um evento de campanha no dia 8.
A polícia divulgou um vídeo que registrou o incidente. A filmagem mostra Michelle andando ao lado de Trump e Lewandowski agarrando seu braço e a puxando para trás enquanto ela tenta entrevistar o magnata. Em vídeos anteriores do episódio a multidão bloqueava a visão.
"O senhor Lewandowski é absolutamente inocente desta acusação", afirmou a campanha de Trump em um comunicado. "Ele irá apresentar uma declaração de inocência e aguarda sua chance de ir ao tribunal. Ele está completamente confiante de que será inocentado".
A versão de Michelle também foi corroborada pelo jornalista do jornal Washington Post, Ben Terris, que disse que viu quando ela foi agredida.
A jornalista pediu demissão do Breitbart menos de uma semana depois do incidente, por considerar que a publicação não a apoiou. Ben Shapiro, ex-editor do Breitbart, também pediu demissão, alegando que o veículo "abandonou" a jornalista para "proteger" Trump.
Os comícios de Trump, empresário bilionário que lidera a corrida pela indicação republicana para a eleição presidencial do dia 8 de novembro, vem sendo marcados por cenas de desordem e contatos físicos ocasionais entre manifestantes e apoiadores ou seguranças. Também têm sido frequentes as polêmicas envolvendo o pré-candidato e jornalistas.
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Lewandowski foi acusado de agressão simples, definida pela lei da Flórida como o ato de tocar ou atingir uma pessoa intencionalmente e contra a sua vontade. No caso de um réu primário a agressão é vista como um delito de primeiro grau, que implica em uma pena máxima de um ano de prisão ou uma multa de mil dólares. / REUTERS e EFE