Quando iniciar o seu segundo mandato, em 21 de janeiro, Barack Obama terá pela frente uma série de desafios de política externa. Antes mesmo do fim do ano, o principal problema a ser solucionado pelo presidente é a questão do abismo fiscal - série de aumentos de impostos e cortes de gastos aprovados pelo Congresso que poderia desacelerar a economia americana. De acordo com levantamento dos principais órgãos de imprensa americanos no dia da eleição, outros desafios na agenda do democrata são o fraco crescimento econômico, a elevada taxa de desemprego e o déficit público.Na economia, Obama, nos dois primeiros anos de seu mandato, quando possuía o Congressos nas mãos, levou adiante os programas de estímulo da economia. Seus defensores dizem que sua ação foi suficiente para evitar uma nova depressão. Os críticos, na esquerda, como o economista Paul Krugman, afirmam ter sido insuficiente. Na direita, o diretor da Escola de Administração da Columbia, Glenn Hubbard, o acusa "de ter ampliado o déficit com essas medidas sem conseguir recolocar a economia nos trilhos".O desemprego, depois de ter atingido seu ápice, de 10%, em agosto de 2009, entrou em um processo de lenta redução até se estabilizar num patamar um pouco inferior aos 8% nos dois últimos meses. Em 2006 e 2007, quando a economia americana estava superaquecida antes da explosão da bolha imobiliária e da crise financeira, a média era de 4,5% e economistas avaliam que pode demorar anos até retornar a esse patamar.Ao ser eleito, Obama prometera diminuir a taxa para 5,6%.O governo argumenta que o país perdia 800 mil empregos por mês e agora há um crescimento de 32 meses consecutivos na criação de postos de trabalho, totalizando 5,4 milhões nesta administração. Entre as medidas sugeridas pela campanha do presidente, está a eliminação de corte nos impostos para empresas que transferem empregos para o exterior. Para tentar balancear o déficit, um dos maiores problemas dos EUA, Obama propõe eliminar cortes nos impostos para a parcela mais rica da população e redução nos gastos com defesa depois do fim da Guerra do Iraque e a previsão de retirada das tropas do Afeganistão.No Irã, Obama defende manter a pressão econômica por meio de sanções e, de acordo com reportagem do New York Times, abrir um canal de diálogo bilateral com o regime de Teerã. Uma ação militar coordenada com Israel não está descartada. Na Síria, Obama hesita em apoiar uma ação militar contra Bashar Assad.
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