A nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, a primeira mulher no cargo na história do país, realizou neste domingo, 23, a transferência de poderes com seu antecessor, Mario Draghi, no Palácio Chigi, sede do governo em Roma.
Meloni, líder do partido de extrema-direita Irmãos de Itália (FdI), recebeu de Draghi o pequeno sino com o qual os primeiros-ministros marcam o início de suas reuniões de governo, uma cerimônia simbólica que representa a transferência de poder.
A política romana de 45 anos tornou-se a primeira mulher a receber este sino e, como manda a tradição, tocou-o com um sorriso e depois apertou a mão de Draghi.
Anteriormente, vestida de terno preto e camisa branca, Meloni havia sido recebida no pátio central do Palácio Chigi por uma escolta de honra, que revisou acompanhada pelo conselheiro militar da instituição.
Imediatamente depois, e após prestar homenagem à bandeira, foi recebida por Draghi no primeiro andar do palácio, com sorrisos e sinais de cordialidade, e mais tarde realizaram uma reunião a portas fechadas para debater as questões mais prementes para o país.
O encontro entre os dois foi mais longo que o normal, durando quase uma hora e meia, e seu conteúdo não foi divulgado.
Uma vez concluído, a escolta de honra do Palácio de Chigi se despediu do primeiro-ministro Draghi, que governou o país por 20 meses a partir de fevereiro de 2021 com uma coalizão de unidade apoiada por todos os partidos, exceto Meloni, sua única oposição.
Os trabalhadores e funcionários do palácio também se despediram do agora ex-primeiro-ministro aplaudindo-o das janelas do edifício.
Por fim, neste dia importante para a nova primeira-ministra, Meloni deve presidir sua primeira reunião do Conselho de Ministros e aprovar a nomeação do conservador Alfredo Mantovano para o influente cargo de vice-secretário da presidência.
Meloni tomou posse neste sábado, 22, perante o chefe de Estado, Sergio Mattarella, à frente de um Executivo formado pelos três partidos que compõem a coalizão de direita vencedora das eleições de 25 de setembro: o FdI, a Liga de Matteo Salvini e o Força Itália de Silvio Berlusconi.
O próximo passo será a posse nas duas sedes do Parlamento, o Senado e a Câmara dos Deputados, um mero formalismo já que a coalizão de direita conta com maioria absoluta. / EFE