WASHINGTON - A Casa Branca tentou amenizar relação com Reino Unido nesta sexta-feira, 17, após sugerir que o ex-presidente Barack Obama teria usado uma agência de espionagem de Londres para conduzir seus planos de vigiar o atual mandatário dos EUA, Donald Trump, quando este ainda era candidato à presidência.
Segundo o jornal The New York Times, o porta-voz do governo americano, Sean Spicer, e o conselheiro de Segurança Nacional, o general Herbert McMaster, contataram funcionários britânicos para tentar lidar com situação entre EUA e seu aliado mais próximo.
A imprensa britânica afirmou que eles se desculparam pelo ocorrido, mas a Casa Branca não confirmou a informação.
Um porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que as acusações de que a GHCQ (Government Communications Headquarters), agência de inteligência britânica, espionou Trump a pedido de Obama são "profundamente ridículas" e "recebemos garantias (da Casa Branca) de que não se repetirão".
Ele usou a mesma linguagem que o GCHQ, que havia rebatido anteriormente as acusações, chamando-as de "absurdas" e "totalmente ridículas". "Temos uma relação estreita e especial com a Casa Branca, que nos permite expressar nossas inquietações quando as temos, como era o caso", completou o porta-voz.
Trump acusou Obama de ter ordenado um grampo em suas comunicações. Depois, Spicer repetiu uma informação divulgada pela imprensa de que o ex-presidente teria confiado a tarefa aos britânicos para driblar as restrições legais americanas.
Os comitês de inteligência da Câmara e do Senado americano examinaram a denúncia de Trump e concluíram que nenhuma evidência se sustentava. / com AFP