Governo da Colômbia reavaliará reconhecimento da Palestina como 'Estado soberano'


Administração de Iván Duque examinará 'cautelosamente implicações e agirá de acordo com a lei internacional'; ex-presidente Juan Manuel Santos tomou decisão, protestada por Israel, nos últimos dias de seu mandato

Por Redação
Atualização:

BOGOTÁ - O novo governo da Colômbia disse que vai reavaliar o reconhecimento dado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos à Palestina, depois que a decisão até então desconhecida veio a público na quarta-feira.

Iván Duque tomou posse como presidente na terça-feira e foi informado alguns dias atrás da decisão de Santos, detalhada em uma carta de 3 de agosto ao representante palestino na Colômbia, informou o Ministério de Relações Exteriores.

Governo de Iván Duque informou que examinará implicações da decisão da gestão anterior sobre a Palestina e agirá de acordo com a lei internacional Foto: EFE/Cortesía Presidencia de Colombia
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“Dadas as possíveis omissões que podem vir à tona sobre a maneira como esta decisão foi tomada pelo presidente de saída, o governo examinará cautelosamente suas implicações e agirá de acordo com a lei internacional”, disse o novo chanceler, Carlos Holmes, em comunicado.

Santos decidiu reconhecer a Palestina como um “Estado livre, independente e soberano”, de acordo com a carta, que a chancelaria disponibilizou para a imprensa. “Assim como o povo palestino tem o direito de constituir um Estado independente, Israel tem o direito de viver em paz ao lado de seus vizinhos”, disse a carta.

A embaixada israelense em Bogotá se disse surpresa e decepcionada. “Pedimos ao governo colombiano que reverta a decisão tomada pela gestão anterior em seus últimos dias, que contradiz as relações próximas, a cooperação ampla em áreas vitais e os interesses dos dois países”, disse em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.

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A decisão veio à luz durante uma visita da embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, à Colômbia. Ela compareceu à posse de Duque na terça-feira e no dia seguinte visitou imigrantes venezuelanos na cidade fronteiriça de Cúcuta.

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O novo presidente da Colômbia, Iván Duque, disse nesta terça-feira em sua posse, que vai aplicar "corretivos" no acordo de paz com a ex-guerrilha das Farc. Em recado ao presidente da Venezuela Nicolas Maduro, ele afirmou que vai rejeitar "qualquer forma de ditadura no continente americano".

Os EUA, aliados próximos de Israel, estão recolhendo mais informações sobre a situação e não têm nenhum comentário imediato, disse a missão americana na ONU.

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“Agradecemos o governo colombiano por esta decisão e temos certeza de que ela contribuirá significativamente para criar as condições necessárias na busca pela paz no Oriente Médio”, disse o representante palestino em um comunicado na quarta-feira.

A Palestina já foi reconhecida como um Estado soberano pela Assembleia-Geral da ONU, pelo Tribunal Penal Internacional e por ao menos 136 países. Os palestinos querem fundar um Estado em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, terras que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias de 1967.

Em dezembro a Colômbia se absteve em uma votação dos 193 membros da Assembleia Geral da ONU sobre uma resolução que pediu que os EUA desistissem de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. / REUTERS

BOGOTÁ - O novo governo da Colômbia disse que vai reavaliar o reconhecimento dado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos à Palestina, depois que a decisão até então desconhecida veio a público na quarta-feira.

Iván Duque tomou posse como presidente na terça-feira e foi informado alguns dias atrás da decisão de Santos, detalhada em uma carta de 3 de agosto ao representante palestino na Colômbia, informou o Ministério de Relações Exteriores.

Governo de Iván Duque informou que examinará implicações da decisão da gestão anterior sobre a Palestina e agirá de acordo com a lei internacional Foto: EFE/Cortesía Presidencia de Colombia

“Dadas as possíveis omissões que podem vir à tona sobre a maneira como esta decisão foi tomada pelo presidente de saída, o governo examinará cautelosamente suas implicações e agirá de acordo com a lei internacional”, disse o novo chanceler, Carlos Holmes, em comunicado.

Santos decidiu reconhecer a Palestina como um “Estado livre, independente e soberano”, de acordo com a carta, que a chancelaria disponibilizou para a imprensa. “Assim como o povo palestino tem o direito de constituir um Estado independente, Israel tem o direito de viver em paz ao lado de seus vizinhos”, disse a carta.

A embaixada israelense em Bogotá se disse surpresa e decepcionada. “Pedimos ao governo colombiano que reverta a decisão tomada pela gestão anterior em seus últimos dias, que contradiz as relações próximas, a cooperação ampla em áreas vitais e os interesses dos dois países”, disse em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.

A decisão veio à luz durante uma visita da embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, à Colômbia. Ela compareceu à posse de Duque na terça-feira e no dia seguinte visitou imigrantes venezuelanos na cidade fronteiriça de Cúcuta.

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O novo presidente da Colômbia, Iván Duque, disse nesta terça-feira em sua posse, que vai aplicar "corretivos" no acordo de paz com a ex-guerrilha das Farc. Em recado ao presidente da Venezuela Nicolas Maduro, ele afirmou que vai rejeitar "qualquer forma de ditadura no continente americano".

Os EUA, aliados próximos de Israel, estão recolhendo mais informações sobre a situação e não têm nenhum comentário imediato, disse a missão americana na ONU.

“Agradecemos o governo colombiano por esta decisão e temos certeza de que ela contribuirá significativamente para criar as condições necessárias na busca pela paz no Oriente Médio”, disse o representante palestino em um comunicado na quarta-feira.

A Palestina já foi reconhecida como um Estado soberano pela Assembleia-Geral da ONU, pelo Tribunal Penal Internacional e por ao menos 136 países. Os palestinos querem fundar um Estado em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, terras que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias de 1967.

Em dezembro a Colômbia se absteve em uma votação dos 193 membros da Assembleia Geral da ONU sobre uma resolução que pediu que os EUA desistissem de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. / REUTERS

BOGOTÁ - O novo governo da Colômbia disse que vai reavaliar o reconhecimento dado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos à Palestina, depois que a decisão até então desconhecida veio a público na quarta-feira.

Iván Duque tomou posse como presidente na terça-feira e foi informado alguns dias atrás da decisão de Santos, detalhada em uma carta de 3 de agosto ao representante palestino na Colômbia, informou o Ministério de Relações Exteriores.

Governo de Iván Duque informou que examinará implicações da decisão da gestão anterior sobre a Palestina e agirá de acordo com a lei internacional Foto: EFE/Cortesía Presidencia de Colombia

“Dadas as possíveis omissões que podem vir à tona sobre a maneira como esta decisão foi tomada pelo presidente de saída, o governo examinará cautelosamente suas implicações e agirá de acordo com a lei internacional”, disse o novo chanceler, Carlos Holmes, em comunicado.

Santos decidiu reconhecer a Palestina como um “Estado livre, independente e soberano”, de acordo com a carta, que a chancelaria disponibilizou para a imprensa. “Assim como o povo palestino tem o direito de constituir um Estado independente, Israel tem o direito de viver em paz ao lado de seus vizinhos”, disse a carta.

A embaixada israelense em Bogotá se disse surpresa e decepcionada. “Pedimos ao governo colombiano que reverta a decisão tomada pela gestão anterior em seus últimos dias, que contradiz as relações próximas, a cooperação ampla em áreas vitais e os interesses dos dois países”, disse em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.

A decisão veio à luz durante uma visita da embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, à Colômbia. Ela compareceu à posse de Duque na terça-feira e no dia seguinte visitou imigrantes venezuelanos na cidade fronteiriça de Cúcuta.

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O novo presidente da Colômbia, Iván Duque, disse nesta terça-feira em sua posse, que vai aplicar "corretivos" no acordo de paz com a ex-guerrilha das Farc. Em recado ao presidente da Venezuela Nicolas Maduro, ele afirmou que vai rejeitar "qualquer forma de ditadura no continente americano".

Os EUA, aliados próximos de Israel, estão recolhendo mais informações sobre a situação e não têm nenhum comentário imediato, disse a missão americana na ONU.

“Agradecemos o governo colombiano por esta decisão e temos certeza de que ela contribuirá significativamente para criar as condições necessárias na busca pela paz no Oriente Médio”, disse o representante palestino em um comunicado na quarta-feira.

A Palestina já foi reconhecida como um Estado soberano pela Assembleia-Geral da ONU, pelo Tribunal Penal Internacional e por ao menos 136 países. Os palestinos querem fundar um Estado em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, terras que Israel capturou na Guerra dos Seis Dias de 1967.

Em dezembro a Colômbia se absteve em uma votação dos 193 membros da Assembleia Geral da ONU sobre uma resolução que pediu que os EUA desistissem de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. / REUTERS

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