Governo da Venezuela condiciona diálogo com a oposição a cumprimento de acordo sobre fundos


Acordo de novembro prevê liberação de R$ 16,3 bilhões para os fundos financeiros da Venezuela, mas não houve movimentação financeira

Por Redação

CARACAS – O governo de Nicolás Maduro condicionou nesta terça-feira, 17, o diálogo com a oposição da Venezuela com o cumprimento do acordo assinado em novembro do ano passado no México que liberaria US$ 3,2 bilhões (R$ 16,3 bilhões) de fundos financeiros ao país. Segundo o chefe da delegação governista, Jorge Rodríguez, não há razão em retomar o diálogo se o acordo não for cumprido.

O valor é parte dos fundos bloqueados pelas sanções internacionais contra Maduro, implementadas após os EUA acusá-lo de fraudar as eleições de 2018 para continuar no poder. “Se a devolução ao povo venezuelano dos US$ 3,2 bilhões que foram roubados, sequestrados e que foi combinado devolver não for cumprida, não há razão para continuar um diálogo com uma gente sem palavra”, disse Rodríguez durante um discurso no Parlamento, com uma ampla maioria pró-governo.

O interlocutor lembrou que a devolução foi acordada no Segundo Acordo Parcial para a Proteção do Povo Venezuelano no ano passado com a finalidade de recuperar recursos retidos no sistema financeiro. Um fundo fiduciário foi criado em novembro para receber os recursos, que serão geridos pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas até o momento nenhum dinheiro foi devolvido.

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Imagem mostra Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e interlocutor do governo nos diálogos com a oposição. Rodriguez condiciona conversas a cumprimento de acordos Foto: Leonardo Fernandez/Reuters - 05/01/2023

Segundo Rodríguez, a oposição “roubou” os bens do país no exterior e tem a responsabilidade de devolvê-los. “Se eu assino e coloco meu nome em um documento, em um compromisso, minha obrigação moral, ética e espiritual é cumprir e fazer cumprir esses acordos”, acrescentou.

O acordo de novembro foi celebrado após um ano de paralisação dos diálogos entre o governo venezuelano e a oposição e contou com a interlocução da Colômbia, da França e de outros membros da comunidade internacional. A oposição quer que seja elaborado um cronograma para a realização de eleições presidenciais com supervisão da comunidade internacional em 2024, após acusar Maduro de se reeleger de maneira fraudulenta. O presidente da Venezuela, por sua vez, exige o fim das sanções dos EUA.

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Na semana passada, Maduro voltou a condicionar a continuação do diálogo à suspensão da sanções dos EUA, a fim de descongelar fundos que estão no território americano. Nesta terça-feira, o presidente Joe Biden respondeu que as sanções “continuarão intactas” até que o país dê passos concretos para o “regresso da democracia”.

A pressão para o cumprimento do acordo surge dias depois do autoproclamado governo interino de Juan Guaidó chegar ao fim, após profundas divisões na oposição. /EFE, AFP

CARACAS – O governo de Nicolás Maduro condicionou nesta terça-feira, 17, o diálogo com a oposição da Venezuela com o cumprimento do acordo assinado em novembro do ano passado no México que liberaria US$ 3,2 bilhões (R$ 16,3 bilhões) de fundos financeiros ao país. Segundo o chefe da delegação governista, Jorge Rodríguez, não há razão em retomar o diálogo se o acordo não for cumprido.

O valor é parte dos fundos bloqueados pelas sanções internacionais contra Maduro, implementadas após os EUA acusá-lo de fraudar as eleições de 2018 para continuar no poder. “Se a devolução ao povo venezuelano dos US$ 3,2 bilhões que foram roubados, sequestrados e que foi combinado devolver não for cumprida, não há razão para continuar um diálogo com uma gente sem palavra”, disse Rodríguez durante um discurso no Parlamento, com uma ampla maioria pró-governo.

O interlocutor lembrou que a devolução foi acordada no Segundo Acordo Parcial para a Proteção do Povo Venezuelano no ano passado com a finalidade de recuperar recursos retidos no sistema financeiro. Um fundo fiduciário foi criado em novembro para receber os recursos, que serão geridos pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas até o momento nenhum dinheiro foi devolvido.

Imagem mostra Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e interlocutor do governo nos diálogos com a oposição. Rodriguez condiciona conversas a cumprimento de acordos Foto: Leonardo Fernandez/Reuters - 05/01/2023

Segundo Rodríguez, a oposição “roubou” os bens do país no exterior e tem a responsabilidade de devolvê-los. “Se eu assino e coloco meu nome em um documento, em um compromisso, minha obrigação moral, ética e espiritual é cumprir e fazer cumprir esses acordos”, acrescentou.

O acordo de novembro foi celebrado após um ano de paralisação dos diálogos entre o governo venezuelano e a oposição e contou com a interlocução da Colômbia, da França e de outros membros da comunidade internacional. A oposição quer que seja elaborado um cronograma para a realização de eleições presidenciais com supervisão da comunidade internacional em 2024, após acusar Maduro de se reeleger de maneira fraudulenta. O presidente da Venezuela, por sua vez, exige o fim das sanções dos EUA.

Na semana passada, Maduro voltou a condicionar a continuação do diálogo à suspensão da sanções dos EUA, a fim de descongelar fundos que estão no território americano. Nesta terça-feira, o presidente Joe Biden respondeu que as sanções “continuarão intactas” até que o país dê passos concretos para o “regresso da democracia”.

A pressão para o cumprimento do acordo surge dias depois do autoproclamado governo interino de Juan Guaidó chegar ao fim, após profundas divisões na oposição. /EFE, AFP

CARACAS – O governo de Nicolás Maduro condicionou nesta terça-feira, 17, o diálogo com a oposição da Venezuela com o cumprimento do acordo assinado em novembro do ano passado no México que liberaria US$ 3,2 bilhões (R$ 16,3 bilhões) de fundos financeiros ao país. Segundo o chefe da delegação governista, Jorge Rodríguez, não há razão em retomar o diálogo se o acordo não for cumprido.

O valor é parte dos fundos bloqueados pelas sanções internacionais contra Maduro, implementadas após os EUA acusá-lo de fraudar as eleições de 2018 para continuar no poder. “Se a devolução ao povo venezuelano dos US$ 3,2 bilhões que foram roubados, sequestrados e que foi combinado devolver não for cumprida, não há razão para continuar um diálogo com uma gente sem palavra”, disse Rodríguez durante um discurso no Parlamento, com uma ampla maioria pró-governo.

O interlocutor lembrou que a devolução foi acordada no Segundo Acordo Parcial para a Proteção do Povo Venezuelano no ano passado com a finalidade de recuperar recursos retidos no sistema financeiro. Um fundo fiduciário foi criado em novembro para receber os recursos, que serão geridos pela Organização das Nações Unidas (ONU), mas até o momento nenhum dinheiro foi devolvido.

Imagem mostra Jorge Rodriguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e interlocutor do governo nos diálogos com a oposição. Rodriguez condiciona conversas a cumprimento de acordos Foto: Leonardo Fernandez/Reuters - 05/01/2023

Segundo Rodríguez, a oposição “roubou” os bens do país no exterior e tem a responsabilidade de devolvê-los. “Se eu assino e coloco meu nome em um documento, em um compromisso, minha obrigação moral, ética e espiritual é cumprir e fazer cumprir esses acordos”, acrescentou.

O acordo de novembro foi celebrado após um ano de paralisação dos diálogos entre o governo venezuelano e a oposição e contou com a interlocução da Colômbia, da França e de outros membros da comunidade internacional. A oposição quer que seja elaborado um cronograma para a realização de eleições presidenciais com supervisão da comunidade internacional em 2024, após acusar Maduro de se reeleger de maneira fraudulenta. O presidente da Venezuela, por sua vez, exige o fim das sanções dos EUA.

Na semana passada, Maduro voltou a condicionar a continuação do diálogo à suspensão da sanções dos EUA, a fim de descongelar fundos que estão no território americano. Nesta terça-feira, o presidente Joe Biden respondeu que as sanções “continuarão intactas” até que o país dê passos concretos para o “regresso da democracia”.

A pressão para o cumprimento do acordo surge dias depois do autoproclamado governo interino de Juan Guaidó chegar ao fim, após profundas divisões na oposição. /EFE, AFP

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