Governo Lula decide expulsar embaixadora da Nicarágua no Brasil


Itamaraty aplicou princípio da reciprocidade após expulsão do brasileiro Breno Souza da Costa, que deve deixar Manágua ainda hoje

Por Jéssica Petrovna e Felipe Frazão
Atualização:

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu expulsar nesta quinta-feira, 8, a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu. O Itamaraty se valeu do princípio da reciprocidade depois de a ditadura de Daniel Ortega ordenar que o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa saísse do país.

A vice-presidente Rosario Murillo, que é mulher de Ortega e principal porta-voz da ditadura, disse que ele deixou Manágua nesta quinta, informou o jornal local La Prensa. A previsão é que a representante da Nicarágua também deixe o Brasil ainda hoje.

A expulsão da embaixadora da Nicarágua foi anunciada após reunião entre o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e Lula. Fulvia Patricia Castro Matu apresentou suas credenciais ao Itamaraty no fim de maio e não chegou a ser recebida pelo presidente. Ela ainda estava na fila quando a crise irrompeu.

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Ditador da Nicarágua Daniel Ortega.  Foto: Juan Barreto/AFP

A ordem da ditadura Daniel Ortega para expulsar o embaixador brasileiro, que se tornou pública ontem, foi uma retaliação pela ausência de Breno Souza da Costa na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. Ao ser notificado sobre a queixa, o governo brasileiro chegou à pedir à Nicarágua que ponderasse, mas ficou sem resposta.

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave em linguagem diplomática, marca o distanciamento entre Lula e Ortega.

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O presidente brasileiro tem com o ditador uma relação de longa data, tensionada pela perseguição a líderes católicos na Nicarágua. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações, desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo Rolando Álvarez à pedido do papa Francisco, como antecipou o Estadão. O religioso foi condenado a 16 anos de prisão após se recusar a deixar o país e cumpre pena em regime domiciliar.

O acirramento da tensão com a Nicarágua ocorre no momento em que o Brasil tenta se posicionar como mediador diante de outro regime autoritário de esquerda, o de Nicolás Maduro, na Venezuela. E as crises têm relação entre si.

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“É preciso analisar essa situação muito em paralelo com o que está acontecendo na Venezuela”, afirma Daniel Buarque, jornalista, doutor em Relações Internacionais e editor-executivo do portal Interesse Nacional.

Isso porque o rompimento das relações da Nicarágua com o Brasil e a tensão que se segue após a reeleição de Nicolás Maduro sob suspeita de fraude evidenciam a radicalização desses regimes — o que representa um desafio, mas também uma oportunidade para o governo.

“É uma oportunidade para o governo Lula adotar uma postura menos leniente do que estava tendo com esses governos autoritários de esquerda. Uma oportunidade para o governo demonstrar que vai defender a democracia e não vai ficar aceitando governos autoritários apenas por questões ideológicas”, sugere Buarque.

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Ao mesmo tempo, ele pondera que as relações com esses países são importantes para o Brasil se posicionar como líder na América Latina, como almeja o presidente Lula. “Fica mais difícil propor saídas para o autoritarismo agora que esses países estão mais hostis à presença do Brasil, mas esse é um desafio que o País tem que enfrentar sem ser leniente”, afirma.

“Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem nesses países porque não está”, continua. “É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica.”

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu expulsar nesta quinta-feira, 8, a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu. O Itamaraty se valeu do princípio da reciprocidade depois de a ditadura de Daniel Ortega ordenar que o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa saísse do país.

A vice-presidente Rosario Murillo, que é mulher de Ortega e principal porta-voz da ditadura, disse que ele deixou Manágua nesta quinta, informou o jornal local La Prensa. A previsão é que a representante da Nicarágua também deixe o Brasil ainda hoje.

A expulsão da embaixadora da Nicarágua foi anunciada após reunião entre o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e Lula. Fulvia Patricia Castro Matu apresentou suas credenciais ao Itamaraty no fim de maio e não chegou a ser recebida pelo presidente. Ela ainda estava na fila quando a crise irrompeu.

Ditador da Nicarágua Daniel Ortega.  Foto: Juan Barreto/AFP

A ordem da ditadura Daniel Ortega para expulsar o embaixador brasileiro, que se tornou pública ontem, foi uma retaliação pela ausência de Breno Souza da Costa na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. Ao ser notificado sobre a queixa, o governo brasileiro chegou à pedir à Nicarágua que ponderasse, mas ficou sem resposta.

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave em linguagem diplomática, marca o distanciamento entre Lula e Ortega.

O presidente brasileiro tem com o ditador uma relação de longa data, tensionada pela perseguição a líderes católicos na Nicarágua. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações, desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo Rolando Álvarez à pedido do papa Francisco, como antecipou o Estadão. O religioso foi condenado a 16 anos de prisão após se recusar a deixar o país e cumpre pena em regime domiciliar.

O acirramento da tensão com a Nicarágua ocorre no momento em que o Brasil tenta se posicionar como mediador diante de outro regime autoritário de esquerda, o de Nicolás Maduro, na Venezuela. E as crises têm relação entre si.

“É preciso analisar essa situação muito em paralelo com o que está acontecendo na Venezuela”, afirma Daniel Buarque, jornalista, doutor em Relações Internacionais e editor-executivo do portal Interesse Nacional.

Isso porque o rompimento das relações da Nicarágua com o Brasil e a tensão que se segue após a reeleição de Nicolás Maduro sob suspeita de fraude evidenciam a radicalização desses regimes — o que representa um desafio, mas também uma oportunidade para o governo.

“É uma oportunidade para o governo Lula adotar uma postura menos leniente do que estava tendo com esses governos autoritários de esquerda. Uma oportunidade para o governo demonstrar que vai defender a democracia e não vai ficar aceitando governos autoritários apenas por questões ideológicas”, sugere Buarque.

Ao mesmo tempo, ele pondera que as relações com esses países são importantes para o Brasil se posicionar como líder na América Latina, como almeja o presidente Lula. “Fica mais difícil propor saídas para o autoritarismo agora que esses países estão mais hostis à presença do Brasil, mas esse é um desafio que o País tem que enfrentar sem ser leniente”, afirma.

“Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem nesses países porque não está”, continua. “É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica.”

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu expulsar nesta quinta-feira, 8, a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu. O Itamaraty se valeu do princípio da reciprocidade depois de a ditadura de Daniel Ortega ordenar que o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa saísse do país.

A vice-presidente Rosario Murillo, que é mulher de Ortega e principal porta-voz da ditadura, disse que ele deixou Manágua nesta quinta, informou o jornal local La Prensa. A previsão é que a representante da Nicarágua também deixe o Brasil ainda hoje.

A expulsão da embaixadora da Nicarágua foi anunciada após reunião entre o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e Lula. Fulvia Patricia Castro Matu apresentou suas credenciais ao Itamaraty no fim de maio e não chegou a ser recebida pelo presidente. Ela ainda estava na fila quando a crise irrompeu.

Ditador da Nicarágua Daniel Ortega.  Foto: Juan Barreto/AFP

A ordem da ditadura Daniel Ortega para expulsar o embaixador brasileiro, que se tornou pública ontem, foi uma retaliação pela ausência de Breno Souza da Costa na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. Ao ser notificado sobre a queixa, o governo brasileiro chegou à pedir à Nicarágua que ponderasse, mas ficou sem resposta.

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave em linguagem diplomática, marca o distanciamento entre Lula e Ortega.

O presidente brasileiro tem com o ditador uma relação de longa data, tensionada pela perseguição a líderes católicos na Nicarágua. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações, desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo Rolando Álvarez à pedido do papa Francisco, como antecipou o Estadão. O religioso foi condenado a 16 anos de prisão após se recusar a deixar o país e cumpre pena em regime domiciliar.

O acirramento da tensão com a Nicarágua ocorre no momento em que o Brasil tenta se posicionar como mediador diante de outro regime autoritário de esquerda, o de Nicolás Maduro, na Venezuela. E as crises têm relação entre si.

“É preciso analisar essa situação muito em paralelo com o que está acontecendo na Venezuela”, afirma Daniel Buarque, jornalista, doutor em Relações Internacionais e editor-executivo do portal Interesse Nacional.

Isso porque o rompimento das relações da Nicarágua com o Brasil e a tensão que se segue após a reeleição de Nicolás Maduro sob suspeita de fraude evidenciam a radicalização desses regimes — o que representa um desafio, mas também uma oportunidade para o governo.

“É uma oportunidade para o governo Lula adotar uma postura menos leniente do que estava tendo com esses governos autoritários de esquerda. Uma oportunidade para o governo demonstrar que vai defender a democracia e não vai ficar aceitando governos autoritários apenas por questões ideológicas”, sugere Buarque.

Ao mesmo tempo, ele pondera que as relações com esses países são importantes para o Brasil se posicionar como líder na América Latina, como almeja o presidente Lula. “Fica mais difícil propor saídas para o autoritarismo agora que esses países estão mais hostis à presença do Brasil, mas esse é um desafio que o País tem que enfrentar sem ser leniente”, afirma.

“Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem nesses países porque não está”, continua. “É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica.”

O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu expulsar nesta quinta-feira, 8, a embaixadora da Nicarágua no Brasil Fulvia Patricia Castro Matu. O Itamaraty se valeu do princípio da reciprocidade depois de a ditadura de Daniel Ortega ordenar que o embaixador brasileiro Breno Souza da Costa saísse do país.

A vice-presidente Rosario Murillo, que é mulher de Ortega e principal porta-voz da ditadura, disse que ele deixou Manágua nesta quinta, informou o jornal local La Prensa. A previsão é que a representante da Nicarágua também deixe o Brasil ainda hoje.

A expulsão da embaixadora da Nicarágua foi anunciada após reunião entre o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e Lula. Fulvia Patricia Castro Matu apresentou suas credenciais ao Itamaraty no fim de maio e não chegou a ser recebida pelo presidente. Ela ainda estava na fila quando a crise irrompeu.

Ditador da Nicarágua Daniel Ortega.  Foto: Juan Barreto/AFP

A ordem da ditadura Daniel Ortega para expulsar o embaixador brasileiro, que se tornou pública ontem, foi uma retaliação pela ausência de Breno Souza da Costa na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista. Ao ser notificado sobre a queixa, o governo brasileiro chegou à pedir à Nicarágua que ponderasse, mas ficou sem resposta.

O gesto de expulsar embaixadores, algo grave em linguagem diplomática, marca o distanciamento entre Lula e Ortega.

O presidente brasileiro tem com o ditador uma relação de longa data, tensionada pela perseguição a líderes católicos na Nicarágua. Lula disse há pouco mais de duas semanas que Ortega não atende às suas ligações, desde que ele se propôs a interceder pela liberação do bispo Rolando Álvarez à pedido do papa Francisco, como antecipou o Estadão. O religioso foi condenado a 16 anos de prisão após se recusar a deixar o país e cumpre pena em regime domiciliar.

O acirramento da tensão com a Nicarágua ocorre no momento em que o Brasil tenta se posicionar como mediador diante de outro regime autoritário de esquerda, o de Nicolás Maduro, na Venezuela. E as crises têm relação entre si.

“É preciso analisar essa situação muito em paralelo com o que está acontecendo na Venezuela”, afirma Daniel Buarque, jornalista, doutor em Relações Internacionais e editor-executivo do portal Interesse Nacional.

Isso porque o rompimento das relações da Nicarágua com o Brasil e a tensão que se segue após a reeleição de Nicolás Maduro sob suspeita de fraude evidenciam a radicalização desses regimes — o que representa um desafio, mas também uma oportunidade para o governo.

“É uma oportunidade para o governo Lula adotar uma postura menos leniente do que estava tendo com esses governos autoritários de esquerda. Uma oportunidade para o governo demonstrar que vai defender a democracia e não vai ficar aceitando governos autoritários apenas por questões ideológicas”, sugere Buarque.

Ao mesmo tempo, ele pondera que as relações com esses países são importantes para o Brasil se posicionar como líder na América Latina, como almeja o presidente Lula. “Fica mais difícil propor saídas para o autoritarismo agora que esses países estão mais hostis à presença do Brasil, mas esse é um desafio que o País tem que enfrentar sem ser leniente”, afirma.

“Não adianta querer ser um líder global que respeita a soberania dos países e abraçar ditador como se estivesse tudo bem nesses países porque não está”, continua. “É a oportunidade de ter uma relação mais formal, que consiga pressionar esses países sem partir da simpatia ideológica.”

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