Governo não tem ideia de quando brasileiros sairão da Faixa de Gaza, diz Mauro Vieira


Segundo o Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros, entre eles 32 brasileiros, tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito

Por Felipe Frazão
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o governo federal “não tem ideia” de quando os 32 brasileiros que haviam manifestado intenção de deixar a Faixa de Gaza, reduto do grupo terrorista Hamas, conseguirão deixar a região, alvo de bombardeios e de uma possível invasão das Forças Armadas de Israel.

“O momento que a abertura (da fronteira) depende de Israel, das autoridades em Gaza (Hamas) e do Egito. Não há uma perspectiva”, disse o chanceler. “Não temos ideia. Estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado para que ocorra o mais rápido possível.”

Segundo dados do Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entre eles, está o grupo de 32 brasileiros que buscou ajuda para resgate. São 13 crianças e oito mulheres, entre eles.

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O chanceler Mauro Vieira participa de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a crise no Oriente Médio Foto: Waldemir Barreto/Agv™ncia Senado / Waldemir Barreto/Agv‚Ñ¢ncia Sena

Resgate planejado

Os brasileiros foram divididos em dois grupos, cada um com 16 membros. O primeiro está abrigado a cerca de 1 quilômetro da fronteira. E o segundo a cerca de 10 quilômetros, a espera do sinal verde. Eles receberam apoio por meio de automóveis, à distância.

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“Esse transporte será feito pela FAB a partir do Egito uma vez que os brasileiros tenham sido autorizados a cruzar a passagem de Rafah e possam ser levados por nossa embaixada no Cairo até um ponto de embarque”, disse o ministro.

Há um apelo a autoridades egípcias para priorizar a saída ordenada dos brasileiros, por se tratar de um grupo pequeno. Segundo Mauro Vieira, a estrutura do posto de fronteira também dificulta o processo. Há poucos guichês de atendimento no local.

O transporte terrestre já foi contratado pelas representações diplomáticas, e a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um avião VC-2, de uso presidencial, no Egito e outro em Roma, na Itália, para o transporte aéreo. O embarque pode ocorrer no Cairo ou no Sinai, do aeroporto de El-Arish, uma pista a cerca de 30 quilômetros de Gaza, segundo os militares.

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Família de brasileiros em Gaza espera resgate do governo Foto: DIV

Situação complexa

O governo federal estima que 6 mil brasileiros vivam em território palestino atualmente, a maioria na Cisjordânia - e cerca de 50 na Faixa de Gaza. Em Israel, são cerca de 14 mil.

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A situação dos brasileiros em Gaza é considerada pelo ministro muito mais complexa do que a dos repatriados que estavam em território israelense. Ao longo da semana, embaixadores envolvidos nas negociações para repatriação dos brasileiros relataram que faltavam ainda autorizações, principalmente por parte de Israel.

Mais cedo, Vieira falou sobre a operação de repatrição “Voltando em Paz” no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.

O governo brasileiro informou já enviou ajuda humanitária e que o material doado encontra-se no Sinai, no Egito, a espera de autorização para ingresso em Gaza. Foi enviado um total de 40 purificadores de água, capazes de tratar 220 mil litros por dia, e dois pacotes de medicamentos com cerca de 300 quilos. A intenção é que sejam remetidos a Gaza por meio da passagem de Rafah, por onde o governo também espera conseguir extrair os cidadãos brasileiros da zona de conflito.

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O ministro relatou que ele mesmo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito contatos de alto nível frequentes com autoridades políticas egípcias, palestinas e israelenses. Diplomatas também reconhecem a necessidade de contato com o Hamas, para uma passagem segura do comboio brasileiro, mas o ministro não forneceu detalhes sobre essas conversas.

Brasileiros que voltaram de Israel, em voo da Companhia Aérea Emirates, desembarcam no aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Brasileiros em Israel

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Segundo o governo, nesta quarta-feira 324 brasileiros aguardavam em Israel voos de retorno ao Brasil. Ao todo, 1.137 haviam embarcado com destino ao País, em seis voos, desde 10 de outubro. A prioridade era para residentes no Brasil.

A expectativa do governo é que a primeira fase da operação, com mais um voo, o sétimo ao todo, seja concluída ainda nesta semana, com um avião KC-30, o de maior autonomia da FAB.

O chanceler disse que a operação é a maior de retirada de brasileiros de zonas de conflito desde 2006, excluída a operação de repatriação de Wuhan, na China, durante a pandemia da covid-19.

Ao todo, 15 estrangeiros sul-americanos também serão transportados no sétimo voo, planejado para ser o último da primeira fase da operação. Nove países da América Latina haviam pedido apoio. Bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios irão embarcar em um voo da FAB. Ainda há cerca de 150 brasileiros interessados em apoio aéreo, entre eles os cerca de 30 em Gaza.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o governo federal “não tem ideia” de quando os 32 brasileiros que haviam manifestado intenção de deixar a Faixa de Gaza, reduto do grupo terrorista Hamas, conseguirão deixar a região, alvo de bombardeios e de uma possível invasão das Forças Armadas de Israel.

“O momento que a abertura (da fronteira) depende de Israel, das autoridades em Gaza (Hamas) e do Egito. Não há uma perspectiva”, disse o chanceler. “Não temos ideia. Estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado para que ocorra o mais rápido possível.”

Segundo dados do Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entre eles, está o grupo de 32 brasileiros que buscou ajuda para resgate. São 13 crianças e oito mulheres, entre eles.

O chanceler Mauro Vieira participa de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a crise no Oriente Médio Foto: Waldemir Barreto/Agv™ncia Senado / Waldemir Barreto/Agv‚Ñ¢ncia Sena

Resgate planejado

Os brasileiros foram divididos em dois grupos, cada um com 16 membros. O primeiro está abrigado a cerca de 1 quilômetro da fronteira. E o segundo a cerca de 10 quilômetros, a espera do sinal verde. Eles receberam apoio por meio de automóveis, à distância.

“Esse transporte será feito pela FAB a partir do Egito uma vez que os brasileiros tenham sido autorizados a cruzar a passagem de Rafah e possam ser levados por nossa embaixada no Cairo até um ponto de embarque”, disse o ministro.

Há um apelo a autoridades egípcias para priorizar a saída ordenada dos brasileiros, por se tratar de um grupo pequeno. Segundo Mauro Vieira, a estrutura do posto de fronteira também dificulta o processo. Há poucos guichês de atendimento no local.

O transporte terrestre já foi contratado pelas representações diplomáticas, e a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um avião VC-2, de uso presidencial, no Egito e outro em Roma, na Itália, para o transporte aéreo. O embarque pode ocorrer no Cairo ou no Sinai, do aeroporto de El-Arish, uma pista a cerca de 30 quilômetros de Gaza, segundo os militares.

Família de brasileiros em Gaza espera resgate do governo Foto: DIV

Situação complexa

O governo federal estima que 6 mil brasileiros vivam em território palestino atualmente, a maioria na Cisjordânia - e cerca de 50 na Faixa de Gaza. Em Israel, são cerca de 14 mil.

A situação dos brasileiros em Gaza é considerada pelo ministro muito mais complexa do que a dos repatriados que estavam em território israelense. Ao longo da semana, embaixadores envolvidos nas negociações para repatriação dos brasileiros relataram que faltavam ainda autorizações, principalmente por parte de Israel.

Mais cedo, Vieira falou sobre a operação de repatrição “Voltando em Paz” no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.

O governo brasileiro informou já enviou ajuda humanitária e que o material doado encontra-se no Sinai, no Egito, a espera de autorização para ingresso em Gaza. Foi enviado um total de 40 purificadores de água, capazes de tratar 220 mil litros por dia, e dois pacotes de medicamentos com cerca de 300 quilos. A intenção é que sejam remetidos a Gaza por meio da passagem de Rafah, por onde o governo também espera conseguir extrair os cidadãos brasileiros da zona de conflito.

O ministro relatou que ele mesmo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito contatos de alto nível frequentes com autoridades políticas egípcias, palestinas e israelenses. Diplomatas também reconhecem a necessidade de contato com o Hamas, para uma passagem segura do comboio brasileiro, mas o ministro não forneceu detalhes sobre essas conversas.

Brasileiros que voltaram de Israel, em voo da Companhia Aérea Emirates, desembarcam no aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Brasileiros em Israel

Segundo o governo, nesta quarta-feira 324 brasileiros aguardavam em Israel voos de retorno ao Brasil. Ao todo, 1.137 haviam embarcado com destino ao País, em seis voos, desde 10 de outubro. A prioridade era para residentes no Brasil.

A expectativa do governo é que a primeira fase da operação, com mais um voo, o sétimo ao todo, seja concluída ainda nesta semana, com um avião KC-30, o de maior autonomia da FAB.

O chanceler disse que a operação é a maior de retirada de brasileiros de zonas de conflito desde 2006, excluída a operação de repatriação de Wuhan, na China, durante a pandemia da covid-19.

Ao todo, 15 estrangeiros sul-americanos também serão transportados no sétimo voo, planejado para ser o último da primeira fase da operação. Nove países da América Latina haviam pedido apoio. Bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios irão embarcar em um voo da FAB. Ainda há cerca de 150 brasileiros interessados em apoio aéreo, entre eles os cerca de 30 em Gaza.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o governo federal “não tem ideia” de quando os 32 brasileiros que haviam manifestado intenção de deixar a Faixa de Gaza, reduto do grupo terrorista Hamas, conseguirão deixar a região, alvo de bombardeios e de uma possível invasão das Forças Armadas de Israel.

“O momento que a abertura (da fronteira) depende de Israel, das autoridades em Gaza (Hamas) e do Egito. Não há uma perspectiva”, disse o chanceler. “Não temos ideia. Estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado para que ocorra o mais rápido possível.”

Segundo dados do Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entre eles, está o grupo de 32 brasileiros que buscou ajuda para resgate. São 13 crianças e oito mulheres, entre eles.

O chanceler Mauro Vieira participa de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a crise no Oriente Médio Foto: Waldemir Barreto/Agv™ncia Senado / Waldemir Barreto/Agv‚Ñ¢ncia Sena

Resgate planejado

Os brasileiros foram divididos em dois grupos, cada um com 16 membros. O primeiro está abrigado a cerca de 1 quilômetro da fronteira. E o segundo a cerca de 10 quilômetros, a espera do sinal verde. Eles receberam apoio por meio de automóveis, à distância.

“Esse transporte será feito pela FAB a partir do Egito uma vez que os brasileiros tenham sido autorizados a cruzar a passagem de Rafah e possam ser levados por nossa embaixada no Cairo até um ponto de embarque”, disse o ministro.

Há um apelo a autoridades egípcias para priorizar a saída ordenada dos brasileiros, por se tratar de um grupo pequeno. Segundo Mauro Vieira, a estrutura do posto de fronteira também dificulta o processo. Há poucos guichês de atendimento no local.

O transporte terrestre já foi contratado pelas representações diplomáticas, e a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um avião VC-2, de uso presidencial, no Egito e outro em Roma, na Itália, para o transporte aéreo. O embarque pode ocorrer no Cairo ou no Sinai, do aeroporto de El-Arish, uma pista a cerca de 30 quilômetros de Gaza, segundo os militares.

Família de brasileiros em Gaza espera resgate do governo Foto: DIV

Situação complexa

O governo federal estima que 6 mil brasileiros vivam em território palestino atualmente, a maioria na Cisjordânia - e cerca de 50 na Faixa de Gaza. Em Israel, são cerca de 14 mil.

A situação dos brasileiros em Gaza é considerada pelo ministro muito mais complexa do que a dos repatriados que estavam em território israelense. Ao longo da semana, embaixadores envolvidos nas negociações para repatriação dos brasileiros relataram que faltavam ainda autorizações, principalmente por parte de Israel.

Mais cedo, Vieira falou sobre a operação de repatrição “Voltando em Paz” no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.

O governo brasileiro informou já enviou ajuda humanitária e que o material doado encontra-se no Sinai, no Egito, a espera de autorização para ingresso em Gaza. Foi enviado um total de 40 purificadores de água, capazes de tratar 220 mil litros por dia, e dois pacotes de medicamentos com cerca de 300 quilos. A intenção é que sejam remetidos a Gaza por meio da passagem de Rafah, por onde o governo também espera conseguir extrair os cidadãos brasileiros da zona de conflito.

O ministro relatou que ele mesmo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito contatos de alto nível frequentes com autoridades políticas egípcias, palestinas e israelenses. Diplomatas também reconhecem a necessidade de contato com o Hamas, para uma passagem segura do comboio brasileiro, mas o ministro não forneceu detalhes sobre essas conversas.

Brasileiros que voltaram de Israel, em voo da Companhia Aérea Emirates, desembarcam no aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Brasileiros em Israel

Segundo o governo, nesta quarta-feira 324 brasileiros aguardavam em Israel voos de retorno ao Brasil. Ao todo, 1.137 haviam embarcado com destino ao País, em seis voos, desde 10 de outubro. A prioridade era para residentes no Brasil.

A expectativa do governo é que a primeira fase da operação, com mais um voo, o sétimo ao todo, seja concluída ainda nesta semana, com um avião KC-30, o de maior autonomia da FAB.

O chanceler disse que a operação é a maior de retirada de brasileiros de zonas de conflito desde 2006, excluída a operação de repatriação de Wuhan, na China, durante a pandemia da covid-19.

Ao todo, 15 estrangeiros sul-americanos também serão transportados no sétimo voo, planejado para ser o último da primeira fase da operação. Nove países da América Latina haviam pedido apoio. Bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios irão embarcar em um voo da FAB. Ainda há cerca de 150 brasileiros interessados em apoio aéreo, entre eles os cerca de 30 em Gaza.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o governo federal “não tem ideia” de quando os 32 brasileiros que haviam manifestado intenção de deixar a Faixa de Gaza, reduto do grupo terrorista Hamas, conseguirão deixar a região, alvo de bombardeios e de uma possível invasão das Forças Armadas de Israel.

“O momento que a abertura (da fronteira) depende de Israel, das autoridades em Gaza (Hamas) e do Egito. Não há uma perspectiva”, disse o chanceler. “Não temos ideia. Estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado para que ocorra o mais rápido possível.”

Segundo dados do Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entre eles, está o grupo de 32 brasileiros que buscou ajuda para resgate. São 13 crianças e oito mulheres, entre eles.

O chanceler Mauro Vieira participa de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a crise no Oriente Médio Foto: Waldemir Barreto/Agv™ncia Senado / Waldemir Barreto/Agv‚Ñ¢ncia Sena

Resgate planejado

Os brasileiros foram divididos em dois grupos, cada um com 16 membros. O primeiro está abrigado a cerca de 1 quilômetro da fronteira. E o segundo a cerca de 10 quilômetros, a espera do sinal verde. Eles receberam apoio por meio de automóveis, à distância.

“Esse transporte será feito pela FAB a partir do Egito uma vez que os brasileiros tenham sido autorizados a cruzar a passagem de Rafah e possam ser levados por nossa embaixada no Cairo até um ponto de embarque”, disse o ministro.

Há um apelo a autoridades egípcias para priorizar a saída ordenada dos brasileiros, por se tratar de um grupo pequeno. Segundo Mauro Vieira, a estrutura do posto de fronteira também dificulta o processo. Há poucos guichês de atendimento no local.

O transporte terrestre já foi contratado pelas representações diplomáticas, e a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um avião VC-2, de uso presidencial, no Egito e outro em Roma, na Itália, para o transporte aéreo. O embarque pode ocorrer no Cairo ou no Sinai, do aeroporto de El-Arish, uma pista a cerca de 30 quilômetros de Gaza, segundo os militares.

Família de brasileiros em Gaza espera resgate do governo Foto: DIV

Situação complexa

O governo federal estima que 6 mil brasileiros vivam em território palestino atualmente, a maioria na Cisjordânia - e cerca de 50 na Faixa de Gaza. Em Israel, são cerca de 14 mil.

A situação dos brasileiros em Gaza é considerada pelo ministro muito mais complexa do que a dos repatriados que estavam em território israelense. Ao longo da semana, embaixadores envolvidos nas negociações para repatriação dos brasileiros relataram que faltavam ainda autorizações, principalmente por parte de Israel.

Mais cedo, Vieira falou sobre a operação de repatrição “Voltando em Paz” no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.

O governo brasileiro informou já enviou ajuda humanitária e que o material doado encontra-se no Sinai, no Egito, a espera de autorização para ingresso em Gaza. Foi enviado um total de 40 purificadores de água, capazes de tratar 220 mil litros por dia, e dois pacotes de medicamentos com cerca de 300 quilos. A intenção é que sejam remetidos a Gaza por meio da passagem de Rafah, por onde o governo também espera conseguir extrair os cidadãos brasileiros da zona de conflito.

O ministro relatou que ele mesmo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito contatos de alto nível frequentes com autoridades políticas egípcias, palestinas e israelenses. Diplomatas também reconhecem a necessidade de contato com o Hamas, para uma passagem segura do comboio brasileiro, mas o ministro não forneceu detalhes sobre essas conversas.

Brasileiros que voltaram de Israel, em voo da Companhia Aérea Emirates, desembarcam no aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Brasileiros em Israel

Segundo o governo, nesta quarta-feira 324 brasileiros aguardavam em Israel voos de retorno ao Brasil. Ao todo, 1.137 haviam embarcado com destino ao País, em seis voos, desde 10 de outubro. A prioridade era para residentes no Brasil.

A expectativa do governo é que a primeira fase da operação, com mais um voo, o sétimo ao todo, seja concluída ainda nesta semana, com um avião KC-30, o de maior autonomia da FAB.

O chanceler disse que a operação é a maior de retirada de brasileiros de zonas de conflito desde 2006, excluída a operação de repatriação de Wuhan, na China, durante a pandemia da covid-19.

Ao todo, 15 estrangeiros sul-americanos também serão transportados no sétimo voo, planejado para ser o último da primeira fase da operação. Nove países da América Latina haviam pedido apoio. Bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios irão embarcar em um voo da FAB. Ainda há cerca de 150 brasileiros interessados em apoio aéreo, entre eles os cerca de 30 em Gaza.

BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, dia 18, que o governo federal “não tem ideia” de quando os 32 brasileiros que haviam manifestado intenção de deixar a Faixa de Gaza, reduto do grupo terrorista Hamas, conseguirão deixar a região, alvo de bombardeios e de uma possível invasão das Forças Armadas de Israel.

“O momento que a abertura (da fronteira) depende de Israel, das autoridades em Gaza (Hamas) e do Egito. Não há uma perspectiva”, disse o chanceler. “Não temos ideia. Estamos trabalhando intensamente com as autoridades egípcias e também do outro lado para que ocorra o mais rápido possível.”

Segundo dados do Itamaraty, cerca de 5 mil estrangeiros tentam deixar Gaza por meio da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Entre eles, está o grupo de 32 brasileiros que buscou ajuda para resgate. São 13 crianças e oito mulheres, entre eles.

O chanceler Mauro Vieira participa de sessão da Comissão de Relações Exteriores do Senado sobre a crise no Oriente Médio Foto: Waldemir Barreto/Agv™ncia Senado / Waldemir Barreto/Agv‚Ñ¢ncia Sena

Resgate planejado

Os brasileiros foram divididos em dois grupos, cada um com 16 membros. O primeiro está abrigado a cerca de 1 quilômetro da fronteira. E o segundo a cerca de 10 quilômetros, a espera do sinal verde. Eles receberam apoio por meio de automóveis, à distância.

“Esse transporte será feito pela FAB a partir do Egito uma vez que os brasileiros tenham sido autorizados a cruzar a passagem de Rafah e possam ser levados por nossa embaixada no Cairo até um ponto de embarque”, disse o ministro.

Há um apelo a autoridades egípcias para priorizar a saída ordenada dos brasileiros, por se tratar de um grupo pequeno. Segundo Mauro Vieira, a estrutura do posto de fronteira também dificulta o processo. Há poucos guichês de atendimento no local.

O transporte terrestre já foi contratado pelas representações diplomáticas, e a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um avião VC-2, de uso presidencial, no Egito e outro em Roma, na Itália, para o transporte aéreo. O embarque pode ocorrer no Cairo ou no Sinai, do aeroporto de El-Arish, uma pista a cerca de 30 quilômetros de Gaza, segundo os militares.

Família de brasileiros em Gaza espera resgate do governo Foto: DIV

Situação complexa

O governo federal estima que 6 mil brasileiros vivam em território palestino atualmente, a maioria na Cisjordânia - e cerca de 50 na Faixa de Gaza. Em Israel, são cerca de 14 mil.

A situação dos brasileiros em Gaza é considerada pelo ministro muito mais complexa do que a dos repatriados que estavam em território israelense. Ao longo da semana, embaixadores envolvidos nas negociações para repatriação dos brasileiros relataram que faltavam ainda autorizações, principalmente por parte de Israel.

Mais cedo, Vieira falou sobre a operação de repatrição “Voltando em Paz” no Itamaraty, ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno.

O governo brasileiro informou já enviou ajuda humanitária e que o material doado encontra-se no Sinai, no Egito, a espera de autorização para ingresso em Gaza. Foi enviado um total de 40 purificadores de água, capazes de tratar 220 mil litros por dia, e dois pacotes de medicamentos com cerca de 300 quilos. A intenção é que sejam remetidos a Gaza por meio da passagem de Rafah, por onde o governo também espera conseguir extrair os cidadãos brasileiros da zona de conflito.

O ministro relatou que ele mesmo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito contatos de alto nível frequentes com autoridades políticas egípcias, palestinas e israelenses. Diplomatas também reconhecem a necessidade de contato com o Hamas, para uma passagem segura do comboio brasileiro, mas o ministro não forneceu detalhes sobre essas conversas.

Brasileiros que voltaram de Israel, em voo da Companhia Aérea Emirates, desembarcam no aeroporto do Galeão, na zona norte do Rio Foto: PEDRO KIRILOS/ESTADÃO

Brasileiros em Israel

Segundo o governo, nesta quarta-feira 324 brasileiros aguardavam em Israel voos de retorno ao Brasil. Ao todo, 1.137 haviam embarcado com destino ao País, em seis voos, desde 10 de outubro. A prioridade era para residentes no Brasil.

A expectativa do governo é que a primeira fase da operação, com mais um voo, o sétimo ao todo, seja concluída ainda nesta semana, com um avião KC-30, o de maior autonomia da FAB.

O chanceler disse que a operação é a maior de retirada de brasileiros de zonas de conflito desde 2006, excluída a operação de repatriação de Wuhan, na China, durante a pandemia da covid-19.

Ao todo, 15 estrangeiros sul-americanos também serão transportados no sétimo voo, planejado para ser o último da primeira fase da operação. Nove países da América Latina haviam pedido apoio. Bolivianos, argentinos, paraguaios e uruguaios irão embarcar em um voo da FAB. Ainda há cerca de 150 brasileiros interessados em apoio aéreo, entre eles os cerca de 30 em Gaza.

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