Onda de calor provoca incêndios florestais na Grécia e nos EUA e temperaturas extremas na Espanha


Os termômetros podem marcar até 42 ºC em algumas regiões gregas e sul da Espanha terá temperaturas acima de 45 ºC neste domingo; Califórnia enfrenta incêndios

Por Redação
Atualização:

ATENAS - A onda de calor que atinge a Europa desde o início do mês continua a levar a temperaturas extremas, com partes da Espanha podendo enfrentar 45 ºC neste domingo, 24, e a Grécia enfrentando três grandes incêndios florestais no norte, sul e leste do país. Os Estados Unidos também estão lidando com incêndios na Califórnia e estados de emergências foram declarados em alguns locais.

Na ilha grega de Lesbos, o incêndio que eclodiu no sábado, 23, e provocou a retirada de centenas de turistas e moradores da cidade turística de Vatera, ainda estava ativo, informou a televisão pública ERT, citando fontes oficiais. Pelo menos quatro casas foram destruídas, segundo o canal.

Desde sábado, a Grécia sofre uma onda de calor que, segundo as previsões, durará 10 dias com temperaturas de até 42°C em algumas áreas.

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Uma casa queima em um incêndio florestal na vila de Vatera, na ilha de Lesbos, Grécia. Foto: Elias Marcou/ Reuters Foto: ELIAS MARCOU

No norte do país, bombeiros, ajudados por voluntários, continuam a lutar pelo quarto dia consecutivo contra um violento incêndio no Parque Nacional Dadia. O fogo, que foi muito difícil de combater, de acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros Yiannis Artopoios, forçou as autoridades a retirar moradores da cidade de Dadia durante a noite de sábado.

No Peloponeso, a cidade de Chrisokelaria também foi esvaziada na noite de sábado devido a um incêndio perto de Koroni que os bombeiros ainda combatiam no domingo.

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Na quarta-feira, um incêndio florestal nas montanhas perto de Atenas danificou casas e obrigou várias centenas de pessoas a fugir de suas casas, a poucos quilômetros da cidade costeira de Mati, palco do pior desastre causado em 2018 por um incêndio florestal na Grécia, em que 102 pessoas morreram.

Segundo os cientistas, a proliferação de eventos climáticos extremos é consequência direta do aquecimento global, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando em intensidade, duração e frequência. No ano passado, uma onda de calor e incêndios florestais destruíram 103.000 hectares e mataram três pessoas na Grécia.

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Mais calor na Espanha

A Espanha, que também enfrentou incêndios florestais devido à esta onda de calor que afeta o país desde 9 de julho, espera temperaturas extremas neste domingo no sul do país, onde os termômetros podem chegar a 45 ºC.

Há duas semanas o país vive com temperaturas muito altas, apesar de nos últimos dias terem caído brevemente abaixo de 40 graus. A previsão da Agência Meteorológica do Estado (Aemet) indica que quase todo o país terá máximas acima de 36 ºC, exceto no noroeste.

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As temperaturas mais altas são esperadas na região de Córdoba, na Andaluzia, com 45 ºC. Foi nesta parte do país que se registou o recorde para Espanha em agosto de 2021: 47,4 ºC em Montoro.

As altas temperaturas e a baixa pluviosidade desde o início do ano elevaram o risco de incêndio em todo o país para “extremo”, segundo Aemet. Em Tenerife, no arquipélago das Canárias, o incêndio destruiu 2.156 hectares e obrigou a retirada de 600 pessoas, informaram os serviços de emergência no sábado.

Desde o início de 2022, mais de 200.000 hectares queimaram na Espanha, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, em inglês), o que o torna o país mais afetado do continente.

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Com a onda atual, a Espanha experimentou temperaturas excepcionalmente altas cinco vezes nos últimos onze meses. O mês de maio foi o mais quente desde o início do século.

Incêndios nos EUA

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Mas não é apenas a Europa que está sofrendo os efeitos das mudanças climáticas neste verão do Hemisfério Norte. Um incêndio florestal na Califórnia, nos Estados Unidos, já queimou milhares de hectares no último sábado, enquanto milhões de americanos experimentam uma onda de calor que já atingiu temperaturas recordes.

A onda de calor que afetou dezenas de milhões de americanos em várias regiões neste fim de semana aumentou o risco de incêndios, como o grande incêndio de Oak, que eclodiu na sexta-feira perto do Parque Nacional de Yosemite.

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Uma onda de extremo calor afeta milhões de americanos durante este fim de semana, com um incêndio florestal na Califórnia e temperaturas recordes registradas

O fogo, descrito pelas autoridades como “explosivo”, cresceu de cerca de 250 hectares para quase 4.800 hectares em 24 horas. Um incêndio no condado de Mariposa, já destruiu 10 propriedades e danificou outras cinco, de acordo com um boletim de sábado do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia.

Mais de 6.000 pessoas foram retiradas, de acordo com Hector Vasquez, do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios, enquanto o fogo continuou sem controle na noite de sábado.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou “estado de emergência” no condado de Mariposa no sábado, citando “condições extremamente perigosas para a segurança de pessoas e propriedades”.

Mais de 500 bombeiros estão trabalhando para apagar as chamas e estão sendo auxiliados por um avião, disse Vasquez, acrescentando que a situação continua “realmente desafiadora”.

Propriedade destruída enquanto o fogo castiga a floresta perto de Midpines, a nordeste de Mariposa, Califórnia Foto: DAVID MCNEW / AFP

De acordo com o climatologista da Universidade da Califórnia, Daniel Swain, o fogo “se espalhou em quase todas as direções”, “em um contexto de alta carga de combustível e seca extrema”. O oeste do país já experimentou incêndios florestais de magnitude e intensidade excepcionais nos últimos anos, tendência que os cientistas atribuem ao aquecimento global.

Testemunhas postaram imagens nas redes sociais de um enorme e impressionante turbilhão de fumaça espessa subindo da floresta, como um tornado, um fenômeno perigoso que pode alimentar o fogo. Este incêndio é uma das consequências mais dramáticas da onda de calor que atinge os Estados Unidos.

“O calor extremo continuará no centro dos Estados Unidos e se espalhará pelo Nordeste neste fim de semana, com inúmeros recordes esperados no sábado e domingo em toda a região”, anunciou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).

Temperaturas mais altas aumentarão a ameaça de “eventos climáticos violentos”, como granizo, ventos e tornados no centro-oeste superior, acrescentou.

O calor sufocante foi sentido particularmente na capital, Washington, onde as temperaturas estavam se aproximando da barra simbólica de 38 ºC. Nova York não foi poupada, com temperaturas próximas de 35 ºC. A temperatura também pode chegar a 43 ºCem partes de Utah e Arizona, de acordo com o NWS.

Em Boston, cuja prefeita Michelle Wu declarou “estado de emergência de calor “, com as zonas de resfriamento municipais abertas e as piscinas abertas por mais tempo, o termômetro deve chegar a 37 ºC neste domingo.

Esta semana, o presidente Joe Biden mais uma vez sublinhou o “perigo claro e imediato” representado pelas mudanças climáticas, “uma ameaça existencial à nação e ao mundo”. Mas sua margem de manobra é limitada no Congresso e na Suprema Corte.

Em junho de 2021, um “pico de calor” extraordinariamente intenso causou estragos na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá, matando mais de 500 pessoas e provocando incêndios florestais maciços, com temperaturas próximas de 50 ºC./AFP

ATENAS - A onda de calor que atinge a Europa desde o início do mês continua a levar a temperaturas extremas, com partes da Espanha podendo enfrentar 45 ºC neste domingo, 24, e a Grécia enfrentando três grandes incêndios florestais no norte, sul e leste do país. Os Estados Unidos também estão lidando com incêndios na Califórnia e estados de emergências foram declarados em alguns locais.

Na ilha grega de Lesbos, o incêndio que eclodiu no sábado, 23, e provocou a retirada de centenas de turistas e moradores da cidade turística de Vatera, ainda estava ativo, informou a televisão pública ERT, citando fontes oficiais. Pelo menos quatro casas foram destruídas, segundo o canal.

Desde sábado, a Grécia sofre uma onda de calor que, segundo as previsões, durará 10 dias com temperaturas de até 42°C em algumas áreas.

Uma casa queima em um incêndio florestal na vila de Vatera, na ilha de Lesbos, Grécia. Foto: Elias Marcou/ Reuters Foto: ELIAS MARCOU

No norte do país, bombeiros, ajudados por voluntários, continuam a lutar pelo quarto dia consecutivo contra um violento incêndio no Parque Nacional Dadia. O fogo, que foi muito difícil de combater, de acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros Yiannis Artopoios, forçou as autoridades a retirar moradores da cidade de Dadia durante a noite de sábado.

No Peloponeso, a cidade de Chrisokelaria também foi esvaziada na noite de sábado devido a um incêndio perto de Koroni que os bombeiros ainda combatiam no domingo.

Na quarta-feira, um incêndio florestal nas montanhas perto de Atenas danificou casas e obrigou várias centenas de pessoas a fugir de suas casas, a poucos quilômetros da cidade costeira de Mati, palco do pior desastre causado em 2018 por um incêndio florestal na Grécia, em que 102 pessoas morreram.

Segundo os cientistas, a proliferação de eventos climáticos extremos é consequência direta do aquecimento global, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando em intensidade, duração e frequência. No ano passado, uma onda de calor e incêndios florestais destruíram 103.000 hectares e mataram três pessoas na Grécia.

Mais calor na Espanha

A Espanha, que também enfrentou incêndios florestais devido à esta onda de calor que afeta o país desde 9 de julho, espera temperaturas extremas neste domingo no sul do país, onde os termômetros podem chegar a 45 ºC.

Há duas semanas o país vive com temperaturas muito altas, apesar de nos últimos dias terem caído brevemente abaixo de 40 graus. A previsão da Agência Meteorológica do Estado (Aemet) indica que quase todo o país terá máximas acima de 36 ºC, exceto no noroeste.

As temperaturas mais altas são esperadas na região de Córdoba, na Andaluzia, com 45 ºC. Foi nesta parte do país que se registou o recorde para Espanha em agosto de 2021: 47,4 ºC em Montoro.

As altas temperaturas e a baixa pluviosidade desde o início do ano elevaram o risco de incêndio em todo o país para “extremo”, segundo Aemet. Em Tenerife, no arquipélago das Canárias, o incêndio destruiu 2.156 hectares e obrigou a retirada de 600 pessoas, informaram os serviços de emergência no sábado.

Desde o início de 2022, mais de 200.000 hectares queimaram na Espanha, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, em inglês), o que o torna o país mais afetado do continente.

Com a onda atual, a Espanha experimentou temperaturas excepcionalmente altas cinco vezes nos últimos onze meses. O mês de maio foi o mais quente desde o início do século.

Incêndios nos EUA

Mas não é apenas a Europa que está sofrendo os efeitos das mudanças climáticas neste verão do Hemisfério Norte. Um incêndio florestal na Califórnia, nos Estados Unidos, já queimou milhares de hectares no último sábado, enquanto milhões de americanos experimentam uma onda de calor que já atingiu temperaturas recordes.

A onda de calor que afetou dezenas de milhões de americanos em várias regiões neste fim de semana aumentou o risco de incêndios, como o grande incêndio de Oak, que eclodiu na sexta-feira perto do Parque Nacional de Yosemite.

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Uma onda de extremo calor afeta milhões de americanos durante este fim de semana, com um incêndio florestal na Califórnia e temperaturas recordes registradas

O fogo, descrito pelas autoridades como “explosivo”, cresceu de cerca de 250 hectares para quase 4.800 hectares em 24 horas. Um incêndio no condado de Mariposa, já destruiu 10 propriedades e danificou outras cinco, de acordo com um boletim de sábado do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia.

Mais de 6.000 pessoas foram retiradas, de acordo com Hector Vasquez, do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios, enquanto o fogo continuou sem controle na noite de sábado.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou “estado de emergência” no condado de Mariposa no sábado, citando “condições extremamente perigosas para a segurança de pessoas e propriedades”.

Mais de 500 bombeiros estão trabalhando para apagar as chamas e estão sendo auxiliados por um avião, disse Vasquez, acrescentando que a situação continua “realmente desafiadora”.

Propriedade destruída enquanto o fogo castiga a floresta perto de Midpines, a nordeste de Mariposa, Califórnia Foto: DAVID MCNEW / AFP

De acordo com o climatologista da Universidade da Califórnia, Daniel Swain, o fogo “se espalhou em quase todas as direções”, “em um contexto de alta carga de combustível e seca extrema”. O oeste do país já experimentou incêndios florestais de magnitude e intensidade excepcionais nos últimos anos, tendência que os cientistas atribuem ao aquecimento global.

Testemunhas postaram imagens nas redes sociais de um enorme e impressionante turbilhão de fumaça espessa subindo da floresta, como um tornado, um fenômeno perigoso que pode alimentar o fogo. Este incêndio é uma das consequências mais dramáticas da onda de calor que atinge os Estados Unidos.

“O calor extremo continuará no centro dos Estados Unidos e se espalhará pelo Nordeste neste fim de semana, com inúmeros recordes esperados no sábado e domingo em toda a região”, anunciou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).

Temperaturas mais altas aumentarão a ameaça de “eventos climáticos violentos”, como granizo, ventos e tornados no centro-oeste superior, acrescentou.

O calor sufocante foi sentido particularmente na capital, Washington, onde as temperaturas estavam se aproximando da barra simbólica de 38 ºC. Nova York não foi poupada, com temperaturas próximas de 35 ºC. A temperatura também pode chegar a 43 ºCem partes de Utah e Arizona, de acordo com o NWS.

Em Boston, cuja prefeita Michelle Wu declarou “estado de emergência de calor “, com as zonas de resfriamento municipais abertas e as piscinas abertas por mais tempo, o termômetro deve chegar a 37 ºC neste domingo.

Esta semana, o presidente Joe Biden mais uma vez sublinhou o “perigo claro e imediato” representado pelas mudanças climáticas, “uma ameaça existencial à nação e ao mundo”. Mas sua margem de manobra é limitada no Congresso e na Suprema Corte.

Em junho de 2021, um “pico de calor” extraordinariamente intenso causou estragos na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá, matando mais de 500 pessoas e provocando incêndios florestais maciços, com temperaturas próximas de 50 ºC./AFP

ATENAS - A onda de calor que atinge a Europa desde o início do mês continua a levar a temperaturas extremas, com partes da Espanha podendo enfrentar 45 ºC neste domingo, 24, e a Grécia enfrentando três grandes incêndios florestais no norte, sul e leste do país. Os Estados Unidos também estão lidando com incêndios na Califórnia e estados de emergências foram declarados em alguns locais.

Na ilha grega de Lesbos, o incêndio que eclodiu no sábado, 23, e provocou a retirada de centenas de turistas e moradores da cidade turística de Vatera, ainda estava ativo, informou a televisão pública ERT, citando fontes oficiais. Pelo menos quatro casas foram destruídas, segundo o canal.

Desde sábado, a Grécia sofre uma onda de calor que, segundo as previsões, durará 10 dias com temperaturas de até 42°C em algumas áreas.

Uma casa queima em um incêndio florestal na vila de Vatera, na ilha de Lesbos, Grécia. Foto: Elias Marcou/ Reuters Foto: ELIAS MARCOU

No norte do país, bombeiros, ajudados por voluntários, continuam a lutar pelo quarto dia consecutivo contra um violento incêndio no Parque Nacional Dadia. O fogo, que foi muito difícil de combater, de acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros Yiannis Artopoios, forçou as autoridades a retirar moradores da cidade de Dadia durante a noite de sábado.

No Peloponeso, a cidade de Chrisokelaria também foi esvaziada na noite de sábado devido a um incêndio perto de Koroni que os bombeiros ainda combatiam no domingo.

Na quarta-feira, um incêndio florestal nas montanhas perto de Atenas danificou casas e obrigou várias centenas de pessoas a fugir de suas casas, a poucos quilômetros da cidade costeira de Mati, palco do pior desastre causado em 2018 por um incêndio florestal na Grécia, em que 102 pessoas morreram.

Segundo os cientistas, a proliferação de eventos climáticos extremos é consequência direta do aquecimento global, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando em intensidade, duração e frequência. No ano passado, uma onda de calor e incêndios florestais destruíram 103.000 hectares e mataram três pessoas na Grécia.

Mais calor na Espanha

A Espanha, que também enfrentou incêndios florestais devido à esta onda de calor que afeta o país desde 9 de julho, espera temperaturas extremas neste domingo no sul do país, onde os termômetros podem chegar a 45 ºC.

Há duas semanas o país vive com temperaturas muito altas, apesar de nos últimos dias terem caído brevemente abaixo de 40 graus. A previsão da Agência Meteorológica do Estado (Aemet) indica que quase todo o país terá máximas acima de 36 ºC, exceto no noroeste.

As temperaturas mais altas são esperadas na região de Córdoba, na Andaluzia, com 45 ºC. Foi nesta parte do país que se registou o recorde para Espanha em agosto de 2021: 47,4 ºC em Montoro.

As altas temperaturas e a baixa pluviosidade desde o início do ano elevaram o risco de incêndio em todo o país para “extremo”, segundo Aemet. Em Tenerife, no arquipélago das Canárias, o incêndio destruiu 2.156 hectares e obrigou a retirada de 600 pessoas, informaram os serviços de emergência no sábado.

Desde o início de 2022, mais de 200.000 hectares queimaram na Espanha, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, em inglês), o que o torna o país mais afetado do continente.

Com a onda atual, a Espanha experimentou temperaturas excepcionalmente altas cinco vezes nos últimos onze meses. O mês de maio foi o mais quente desde o início do século.

Incêndios nos EUA

Mas não é apenas a Europa que está sofrendo os efeitos das mudanças climáticas neste verão do Hemisfério Norte. Um incêndio florestal na Califórnia, nos Estados Unidos, já queimou milhares de hectares no último sábado, enquanto milhões de americanos experimentam uma onda de calor que já atingiu temperaturas recordes.

A onda de calor que afetou dezenas de milhões de americanos em várias regiões neste fim de semana aumentou o risco de incêndios, como o grande incêndio de Oak, que eclodiu na sexta-feira perto do Parque Nacional de Yosemite.

Seu navegador não suporta esse video.

Uma onda de extremo calor afeta milhões de americanos durante este fim de semana, com um incêndio florestal na Califórnia e temperaturas recordes registradas

O fogo, descrito pelas autoridades como “explosivo”, cresceu de cerca de 250 hectares para quase 4.800 hectares em 24 horas. Um incêndio no condado de Mariposa, já destruiu 10 propriedades e danificou outras cinco, de acordo com um boletim de sábado do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia.

Mais de 6.000 pessoas foram retiradas, de acordo com Hector Vasquez, do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios, enquanto o fogo continuou sem controle na noite de sábado.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou “estado de emergência” no condado de Mariposa no sábado, citando “condições extremamente perigosas para a segurança de pessoas e propriedades”.

Mais de 500 bombeiros estão trabalhando para apagar as chamas e estão sendo auxiliados por um avião, disse Vasquez, acrescentando que a situação continua “realmente desafiadora”.

Propriedade destruída enquanto o fogo castiga a floresta perto de Midpines, a nordeste de Mariposa, Califórnia Foto: DAVID MCNEW / AFP

De acordo com o climatologista da Universidade da Califórnia, Daniel Swain, o fogo “se espalhou em quase todas as direções”, “em um contexto de alta carga de combustível e seca extrema”. O oeste do país já experimentou incêndios florestais de magnitude e intensidade excepcionais nos últimos anos, tendência que os cientistas atribuem ao aquecimento global.

Testemunhas postaram imagens nas redes sociais de um enorme e impressionante turbilhão de fumaça espessa subindo da floresta, como um tornado, um fenômeno perigoso que pode alimentar o fogo. Este incêndio é uma das consequências mais dramáticas da onda de calor que atinge os Estados Unidos.

“O calor extremo continuará no centro dos Estados Unidos e se espalhará pelo Nordeste neste fim de semana, com inúmeros recordes esperados no sábado e domingo em toda a região”, anunciou o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS).

Temperaturas mais altas aumentarão a ameaça de “eventos climáticos violentos”, como granizo, ventos e tornados no centro-oeste superior, acrescentou.

O calor sufocante foi sentido particularmente na capital, Washington, onde as temperaturas estavam se aproximando da barra simbólica de 38 ºC. Nova York não foi poupada, com temperaturas próximas de 35 ºC. A temperatura também pode chegar a 43 ºCem partes de Utah e Arizona, de acordo com o NWS.

Em Boston, cuja prefeita Michelle Wu declarou “estado de emergência de calor “, com as zonas de resfriamento municipais abertas e as piscinas abertas por mais tempo, o termômetro deve chegar a 37 ºC neste domingo.

Esta semana, o presidente Joe Biden mais uma vez sublinhou o “perigo claro e imediato” representado pelas mudanças climáticas, “uma ameaça existencial à nação e ao mundo”. Mas sua margem de manobra é limitada no Congresso e na Suprema Corte.

Em junho de 2021, um “pico de calor” extraordinariamente intenso causou estragos na costa oeste dos Estados Unidos e Canadá, matando mais de 500 pessoas e provocando incêndios florestais maciços, com temperaturas próximas de 50 ºC./AFP

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