Guaidó promete reunir multidão de venezuelanos na fronteira se Maduro proibir ajuda humanitária


Líder opositor venezuelano diz que 300 mil pessoas precisam de alimentos e remédios, sob o risco de morrer; estratégia busca isolar Maduro

Por Luiz Raatz

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país em janeiro, disse nesta quinta-feira, 7, em entrevista ao diário uruguaio El País que a estratégia da oposição caso o presidente Nicolás Maduro não permita a entrega de ajuda humanitária à Venezuela será reunir o máximo de pessoas possíveis na fronteira para solicitar a entrada de alimentos e remédios no país. 

"O ingresso de ajuda humanitária pretende atender cerca de 300 mil pessoas que correm o risco de morrer nas próximas semanas sem acesso a remédios e alimentos", disse. "Nosso objetivo é garantir o acesso dessa população a esses insumos. Isso significa mobilizar centenas de milhares de venezuelanos em territórios próximos aos pontos de entrega."

Juan Guaidó foi reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino da Venezuela depois de ter se autoproclamado no dia 23 de janeiro Foto: Federico Parra / AFP
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Líderes da oposição já disseram publicamente que o objetivo político da mobilização da ajuda humanitária é forçar os militares, principalmente da cúpula, a romper com o chavismo.

"Faço um chamado às Forças Armadas: em poucos dias poderão escolher se estão do lado de alguém cada vez mais isolados ou se acompanharão os milhares de venezuelanos que precisam de comida e remédios", disse Guaidó no Twitter. 

Com isso, o líder chavista terá de lidar com uma escolha difícil: negar a ajuda, prejudicando ainda mais seu isolamento internacional, ou aceitá-la, concedendo uma vitória política à oposição. Nas duas opções, ainda de acordo com especialistas, ele sai enfraquecido. 

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"É uma situação similar à expulsão de diplomatas da embaixada americana: se ele interromper ou impedir a entrada da ajuda, atacando os comboios americanos, seria um ato hostil. Se ele permite a entrada da ajuda, reconhece que está debilitado politicamente", disse ao Estado Luis Vicente León, do Instituto Datanalisis. "É um dilema nada fácil. A estratégia da oposição é colocá-lo cada vez mais perto de perder apoios e de reconhecer sua própria debilidade."

Na quarta-feira, 6, militares fecharam a passagem na ponte de Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, com o auxílio de uma cerca improvisada e de carrocerias de caminhões. Maduro nega a possibilidade de aceitar ajuda internacional, considerando-a uma “desculpa” para iniciar uma intervenção militar.

Entidades de ajuda humanitária, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pediram nesta quarta-feira que a entrega de alimentos e remédios não seja politizada pelos envolvidos na crise. 

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O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país em janeiro, disse nesta quinta-feira, 7, em entrevista ao diário uruguaio El País que a estratégia da oposição caso o presidente Nicolás Maduro não permita a entrega de ajuda humanitária à Venezuela será reunir o máximo de pessoas possíveis na fronteira para solicitar a entrada de alimentos e remédios no país. 

"O ingresso de ajuda humanitária pretende atender cerca de 300 mil pessoas que correm o risco de morrer nas próximas semanas sem acesso a remédios e alimentos", disse. "Nosso objetivo é garantir o acesso dessa população a esses insumos. Isso significa mobilizar centenas de milhares de venezuelanos em territórios próximos aos pontos de entrega."

Juan Guaidó foi reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino da Venezuela depois de ter se autoproclamado no dia 23 de janeiro Foto: Federico Parra / AFP

Líderes da oposição já disseram publicamente que o objetivo político da mobilização da ajuda humanitária é forçar os militares, principalmente da cúpula, a romper com o chavismo.

"Faço um chamado às Forças Armadas: em poucos dias poderão escolher se estão do lado de alguém cada vez mais isolados ou se acompanharão os milhares de venezuelanos que precisam de comida e remédios", disse Guaidó no Twitter. 

Com isso, o líder chavista terá de lidar com uma escolha difícil: negar a ajuda, prejudicando ainda mais seu isolamento internacional, ou aceitá-la, concedendo uma vitória política à oposição. Nas duas opções, ainda de acordo com especialistas, ele sai enfraquecido. 

"É uma situação similar à expulsão de diplomatas da embaixada americana: se ele interromper ou impedir a entrada da ajuda, atacando os comboios americanos, seria um ato hostil. Se ele permite a entrada da ajuda, reconhece que está debilitado politicamente", disse ao Estado Luis Vicente León, do Instituto Datanalisis. "É um dilema nada fácil. A estratégia da oposição é colocá-lo cada vez mais perto de perder apoios e de reconhecer sua própria debilidade."

Na quarta-feira, 6, militares fecharam a passagem na ponte de Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, com o auxílio de uma cerca improvisada e de carrocerias de caminhões. Maduro nega a possibilidade de aceitar ajuda internacional, considerando-a uma “desculpa” para iniciar uma intervenção militar.

Entidades de ajuda humanitária, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pediram nesta quarta-feira que a entrega de alimentos e remédios não seja politizada pelos envolvidos na crise. 

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, que se declarou presidente interino do país em janeiro, disse nesta quinta-feira, 7, em entrevista ao diário uruguaio El País que a estratégia da oposição caso o presidente Nicolás Maduro não permita a entrega de ajuda humanitária à Venezuela será reunir o máximo de pessoas possíveis na fronteira para solicitar a entrada de alimentos e remédios no país. 

"O ingresso de ajuda humanitária pretende atender cerca de 300 mil pessoas que correm o risco de morrer nas próximas semanas sem acesso a remédios e alimentos", disse. "Nosso objetivo é garantir o acesso dessa população a esses insumos. Isso significa mobilizar centenas de milhares de venezuelanos em territórios próximos aos pontos de entrega."

Juan Guaidó foi reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino da Venezuela depois de ter se autoproclamado no dia 23 de janeiro Foto: Federico Parra / AFP

Líderes da oposição já disseram publicamente que o objetivo político da mobilização da ajuda humanitária é forçar os militares, principalmente da cúpula, a romper com o chavismo.

"Faço um chamado às Forças Armadas: em poucos dias poderão escolher se estão do lado de alguém cada vez mais isolados ou se acompanharão os milhares de venezuelanos que precisam de comida e remédios", disse Guaidó no Twitter. 

Com isso, o líder chavista terá de lidar com uma escolha difícil: negar a ajuda, prejudicando ainda mais seu isolamento internacional, ou aceitá-la, concedendo uma vitória política à oposição. Nas duas opções, ainda de acordo com especialistas, ele sai enfraquecido. 

"É uma situação similar à expulsão de diplomatas da embaixada americana: se ele interromper ou impedir a entrada da ajuda, atacando os comboios americanos, seria um ato hostil. Se ele permite a entrada da ajuda, reconhece que está debilitado politicamente", disse ao Estado Luis Vicente León, do Instituto Datanalisis. "É um dilema nada fácil. A estratégia da oposição é colocá-lo cada vez mais perto de perder apoios e de reconhecer sua própria debilidade."

Na quarta-feira, 6, militares fecharam a passagem na ponte de Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta, na Colômbia, e Ureña, na Venezuela, com o auxílio de uma cerca improvisada e de carrocerias de caminhões. Maduro nega a possibilidade de aceitar ajuda internacional, considerando-a uma “desculpa” para iniciar uma intervenção militar.

Entidades de ajuda humanitária, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pediram nesta quarta-feira que a entrega de alimentos e remédios não seja politizada pelos envolvidos na crise. 

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