Guerra na Síria é resultado das diferenças entre Rússia e EUA sobre terrorismo, diz Assad


Presidente sírio afirma que vitória militar em Alepo seria um trampolim para o Exército sírio a partir do qual se libertaria outras áreas do país das mãos de ‘terroristas’

Por Redação

MOSCOU - O presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, 14, pelo jornal Komsomolskaya Pravda, que a guerra que vive seu país é o resultado das diferenças entre Rússia e EUA sobre a questão do terrorismo.

"Moscou quer lutar contra o terrorismo não só pela Síria ou pela Rússia, mas por toda a região, pela Europa e por todo o mundo", disse Assad, acrescentando que para os americanos, no entanto, "o terrorismo é uma carta guardada na manga e sacada quando é preciso".

Presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista à agência de notíciasAssociated Press Foto: Syrian Presidency via AP
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"Você sente no ar o cheiro da guerra, mas isso ainda não é um confronto direto. Embora tenha elementos terroristas, políticos e militares", disse o líder sírio, destacando que acha que o mundo terá uma terceira guerra mundial.

"Hoje você vê uma (guerra) semelhante à Guerra Fria e mais, acredito que para os países ocidentais, especialmente os EUA, a Guerra Fria nunca acabou, mesmo após a desintegração da União Soviética", afirmou.

Assad acrescentou que a Síria é uma das etapas mais importantes desse processo e que tem como "objetivo principal conservar a hegemonia americana sobre o mundo". "A Síria é um país independente e o Ocidente nunca aceitará a independência de nenhum país, seja ele a pequena Síria ou a grande Rússia.” 

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"A Rússia, Irã e Hezbollah são nossos parceiros permanentes e estão aqui legalmente. Eles lutam contra os terroristas, mas há outros países que se intrometem para apoiar terroristas. O problema não é o número de atores (envolvidos no conflito sírio). O principal problema é o terrorismo", concluiu Assad.

Ele ainda disse que uma vitória militar em Alepo seria para o Exército sírio um trampolim a partir do qual se libertaria outras áreas do país das mãos de “terroristas”, e que retomar o controle da região daria importantes ganhos políticos e estratégicos para o regime.

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“Seria um trampolim (...) para mudar para outras áreas, para libertar outras zonas dos terroristas. Essa é a importância de Alepo agora”, destacou o presidente sírio. “Você precisa continuar limpando a região e pressionando os terroristas em direção à Turquia, para voltarem de onde vieram, ou matá-los. Não há outra opção.”

Forças do governo sírio têm cercado o leste de Alepo, sitiando cerca de um quarto da população, a qual dizem que está sendo usada como escudo humano por “terroristas”. O cerco está causando protestos de diversos países e grupos que acusam a Síria e a Rússia de crimes de guerra por ligação com os atentados a instalações médicas e comboios de ajuda humanitária. / EFE e ASSOCIATED PRESS

MOSCOU - O presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, 14, pelo jornal Komsomolskaya Pravda, que a guerra que vive seu país é o resultado das diferenças entre Rússia e EUA sobre a questão do terrorismo.

"Moscou quer lutar contra o terrorismo não só pela Síria ou pela Rússia, mas por toda a região, pela Europa e por todo o mundo", disse Assad, acrescentando que para os americanos, no entanto, "o terrorismo é uma carta guardada na manga e sacada quando é preciso".

Presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista à agência de notíciasAssociated Press Foto: Syrian Presidency via AP

"Você sente no ar o cheiro da guerra, mas isso ainda não é um confronto direto. Embora tenha elementos terroristas, políticos e militares", disse o líder sírio, destacando que acha que o mundo terá uma terceira guerra mundial.

"Hoje você vê uma (guerra) semelhante à Guerra Fria e mais, acredito que para os países ocidentais, especialmente os EUA, a Guerra Fria nunca acabou, mesmo após a desintegração da União Soviética", afirmou.

Assad acrescentou que a Síria é uma das etapas mais importantes desse processo e que tem como "objetivo principal conservar a hegemonia americana sobre o mundo". "A Síria é um país independente e o Ocidente nunca aceitará a independência de nenhum país, seja ele a pequena Síria ou a grande Rússia.” 

"A Rússia, Irã e Hezbollah são nossos parceiros permanentes e estão aqui legalmente. Eles lutam contra os terroristas, mas há outros países que se intrometem para apoiar terroristas. O problema não é o número de atores (envolvidos no conflito sírio). O principal problema é o terrorismo", concluiu Assad.

Ele ainda disse que uma vitória militar em Alepo seria para o Exército sírio um trampolim a partir do qual se libertaria outras áreas do país das mãos de “terroristas”, e que retomar o controle da região daria importantes ganhos políticos e estratégicos para o regime.

“Seria um trampolim (...) para mudar para outras áreas, para libertar outras zonas dos terroristas. Essa é a importância de Alepo agora”, destacou o presidente sírio. “Você precisa continuar limpando a região e pressionando os terroristas em direção à Turquia, para voltarem de onde vieram, ou matá-los. Não há outra opção.”

Forças do governo sírio têm cercado o leste de Alepo, sitiando cerca de um quarto da população, a qual dizem que está sendo usada como escudo humano por “terroristas”. O cerco está causando protestos de diversos países e grupos que acusam a Síria e a Rússia de crimes de guerra por ligação com os atentados a instalações médicas e comboios de ajuda humanitária. / EFE e ASSOCIATED PRESS

MOSCOU - O presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, 14, pelo jornal Komsomolskaya Pravda, que a guerra que vive seu país é o resultado das diferenças entre Rússia e EUA sobre a questão do terrorismo.

"Moscou quer lutar contra o terrorismo não só pela Síria ou pela Rússia, mas por toda a região, pela Europa e por todo o mundo", disse Assad, acrescentando que para os americanos, no entanto, "o terrorismo é uma carta guardada na manga e sacada quando é preciso".

Presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista à agência de notíciasAssociated Press Foto: Syrian Presidency via AP

"Você sente no ar o cheiro da guerra, mas isso ainda não é um confronto direto. Embora tenha elementos terroristas, políticos e militares", disse o líder sírio, destacando que acha que o mundo terá uma terceira guerra mundial.

"Hoje você vê uma (guerra) semelhante à Guerra Fria e mais, acredito que para os países ocidentais, especialmente os EUA, a Guerra Fria nunca acabou, mesmo após a desintegração da União Soviética", afirmou.

Assad acrescentou que a Síria é uma das etapas mais importantes desse processo e que tem como "objetivo principal conservar a hegemonia americana sobre o mundo". "A Síria é um país independente e o Ocidente nunca aceitará a independência de nenhum país, seja ele a pequena Síria ou a grande Rússia.” 

"A Rússia, Irã e Hezbollah são nossos parceiros permanentes e estão aqui legalmente. Eles lutam contra os terroristas, mas há outros países que se intrometem para apoiar terroristas. O problema não é o número de atores (envolvidos no conflito sírio). O principal problema é o terrorismo", concluiu Assad.

Ele ainda disse que uma vitória militar em Alepo seria para o Exército sírio um trampolim a partir do qual se libertaria outras áreas do país das mãos de “terroristas”, e que retomar o controle da região daria importantes ganhos políticos e estratégicos para o regime.

“Seria um trampolim (...) para mudar para outras áreas, para libertar outras zonas dos terroristas. Essa é a importância de Alepo agora”, destacou o presidente sírio. “Você precisa continuar limpando a região e pressionando os terroristas em direção à Turquia, para voltarem de onde vieram, ou matá-los. Não há outra opção.”

Forças do governo sírio têm cercado o leste de Alepo, sitiando cerca de um quarto da população, a qual dizem que está sendo usada como escudo humano por “terroristas”. O cerco está causando protestos de diversos países e grupos que acusam a Síria e a Rússia de crimes de guerra por ligação com os atentados a instalações médicas e comboios de ajuda humanitária. / EFE e ASSOCIATED PRESS

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