Guerra na Ucrânia: Ataque russo faz civis fugirem de cidade vizinha à maior usina nuclear da Europa


Estados Unidos e a União Europeia pediram a desmilitarização da região; segundo o governo ucraniano, ao menos uma pessoa que trabalhava na usina morreu

Por Redação
Atualização:

Ataques de artilharia russa nos arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, o maior complexo de energia atômica da Europa, levou milhares de civis de Enerhodar e outras cidades próximas a fugir da região. Autoridades ucranianas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) temem que os ataques na região levem a um acidente, já que os disparo equivocado ou até mesmo o incêndio provocado pelos ataques pode afetar os reatores.

Os Estados Unidos e a União Europeia pediram a desmilitarização da região. Segundo o governo ucraniano, ao menos uma pessoa que trabalhava na usina morreu vítima da artilharia russa.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski acusou a Rússia na noite do sábado, 13, de chantagem nuclear. Segundo ele o ataque à região de Zaporizhzhia é uma espécie de ameaça ara impedir a Ucrânia de lançar uma contra-ofensiva à cidade de Kherson, ponto estratégico do sul da Ucrânia dominado pelo Kremlin.

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O complexo nuclear de Zaporizhzhia fica às margens do Rio Dnipro, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Analistas consideram que hoje, o maior risco nuclear do conflito na Ucrânia reside em um disparo acidental ou colateral em Zaporizhzhia, mais do que propriamente o uso de armas táticas nucleares pela Rússia contra Kiev.

Engenheiros especialistas em energia atômica dizem que a cobertura de concreto maciço dos reatores os protegem de disparos de artilharia. O risco maior seria um incêndio nas instalações, que poderia levar a um acidente nuclear.

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Zaporizhzhia tem seis reatores nucleares resfriados a água pesada, que foram reforçados depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, em virtude de uma remodelação do sistema de segurança da usina. O serviço secreto ucraniano acusou a Rússia de bombardear um posto de bombeiros na cidade vizinha à usina, o que, em tese, dificultaria a resposta a um incêndio em Zaporizhzhia.

Em campos perto de Enerhodar, longas filas de carros transportando civis em fuga se formaram no sábado. “Os moradores estão abandonando a cidade”, disse um ex-engenheiro da fábrica, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome, Oleksi, por questões de segurança, ao New York Times. Os moradores estavam saindo há semanas, mas o ritmo aumentou após as barragens e incêndios de sábado, disse ele.

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Natalia Lytvenenko, suas três filhas e a avó das crianças se preparam para deixar os arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Ameaça nuclear

Desde que a Rússia capturou a usina em março, seu exército controlou a instalação, enquanto os engenheiros ucranianos continuaram a operá-la. Os funcionários ucranianos não estão fugindo, mas mandando suas famílias embora, disse Oleksi, que partiu em junho.

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Enerhodar foi construída para os funcionários da fábrica no período soviético e tinha uma população pré-guerra de cerca de 50 mil. A Ucrânia acusou a Rússia de realizar ataques de artilharia contra cidades ucranianas do outro lado do rio Dnipro a partir da usina a partir de julho, enquanto a contra-ofensiva da Ucrânia no sul aumentava.

Ao cair da noite deste domingo, 14, no horário local, obuses russos dispararam contra a cidade ucraniana de Nikopol, que fica em frente a um reservatório da usina, disse Yevheny Yetushenko, o governador militar ucraniano da cidade, em um post no Telegram. Os militares ucranianos disseram ter poucas opções para contra-atacar. Em julho, um ataque ucraniano com drone caiu a 150 metros da usina./ NYT

Ataques de artilharia russa nos arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, o maior complexo de energia atômica da Europa, levou milhares de civis de Enerhodar e outras cidades próximas a fugir da região. Autoridades ucranianas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) temem que os ataques na região levem a um acidente, já que os disparo equivocado ou até mesmo o incêndio provocado pelos ataques pode afetar os reatores.

Os Estados Unidos e a União Europeia pediram a desmilitarização da região. Segundo o governo ucraniano, ao menos uma pessoa que trabalhava na usina morreu vítima da artilharia russa.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski acusou a Rússia na noite do sábado, 13, de chantagem nuclear. Segundo ele o ataque à região de Zaporizhzhia é uma espécie de ameaça ara impedir a Ucrânia de lançar uma contra-ofensiva à cidade de Kherson, ponto estratégico do sul da Ucrânia dominado pelo Kremlin.

O complexo nuclear de Zaporizhzhia fica às margens do Rio Dnipro, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Analistas consideram que hoje, o maior risco nuclear do conflito na Ucrânia reside em um disparo acidental ou colateral em Zaporizhzhia, mais do que propriamente o uso de armas táticas nucleares pela Rússia contra Kiev.

Engenheiros especialistas em energia atômica dizem que a cobertura de concreto maciço dos reatores os protegem de disparos de artilharia. O risco maior seria um incêndio nas instalações, que poderia levar a um acidente nuclear.

Zaporizhzhia tem seis reatores nucleares resfriados a água pesada, que foram reforçados depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, em virtude de uma remodelação do sistema de segurança da usina. O serviço secreto ucraniano acusou a Rússia de bombardear um posto de bombeiros na cidade vizinha à usina, o que, em tese, dificultaria a resposta a um incêndio em Zaporizhzhia.

Em campos perto de Enerhodar, longas filas de carros transportando civis em fuga se formaram no sábado. “Os moradores estão abandonando a cidade”, disse um ex-engenheiro da fábrica, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome, Oleksi, por questões de segurança, ao New York Times. Os moradores estavam saindo há semanas, mas o ritmo aumentou após as barragens e incêndios de sábado, disse ele.

Natalia Lytvenenko, suas três filhas e a avó das crianças se preparam para deixar os arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Ameaça nuclear

Desde que a Rússia capturou a usina em março, seu exército controlou a instalação, enquanto os engenheiros ucranianos continuaram a operá-la. Os funcionários ucranianos não estão fugindo, mas mandando suas famílias embora, disse Oleksi, que partiu em junho.

Enerhodar foi construída para os funcionários da fábrica no período soviético e tinha uma população pré-guerra de cerca de 50 mil. A Ucrânia acusou a Rússia de realizar ataques de artilharia contra cidades ucranianas do outro lado do rio Dnipro a partir da usina a partir de julho, enquanto a contra-ofensiva da Ucrânia no sul aumentava.

Ao cair da noite deste domingo, 14, no horário local, obuses russos dispararam contra a cidade ucraniana de Nikopol, que fica em frente a um reservatório da usina, disse Yevheny Yetushenko, o governador militar ucraniano da cidade, em um post no Telegram. Os militares ucranianos disseram ter poucas opções para contra-atacar. Em julho, um ataque ucraniano com drone caiu a 150 metros da usina./ NYT

Ataques de artilharia russa nos arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, o maior complexo de energia atômica da Europa, levou milhares de civis de Enerhodar e outras cidades próximas a fugir da região. Autoridades ucranianas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) temem que os ataques na região levem a um acidente, já que os disparo equivocado ou até mesmo o incêndio provocado pelos ataques pode afetar os reatores.

Os Estados Unidos e a União Europeia pediram a desmilitarização da região. Segundo o governo ucraniano, ao menos uma pessoa que trabalhava na usina morreu vítima da artilharia russa.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski acusou a Rússia na noite do sábado, 13, de chantagem nuclear. Segundo ele o ataque à região de Zaporizhzhia é uma espécie de ameaça ara impedir a Ucrânia de lançar uma contra-ofensiva à cidade de Kherson, ponto estratégico do sul da Ucrânia dominado pelo Kremlin.

O complexo nuclear de Zaporizhzhia fica às margens do Rio Dnipro, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Analistas consideram que hoje, o maior risco nuclear do conflito na Ucrânia reside em um disparo acidental ou colateral em Zaporizhzhia, mais do que propriamente o uso de armas táticas nucleares pela Rússia contra Kiev.

Engenheiros especialistas em energia atômica dizem que a cobertura de concreto maciço dos reatores os protegem de disparos de artilharia. O risco maior seria um incêndio nas instalações, que poderia levar a um acidente nuclear.

Zaporizhzhia tem seis reatores nucleares resfriados a água pesada, que foram reforçados depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, em virtude de uma remodelação do sistema de segurança da usina. O serviço secreto ucraniano acusou a Rússia de bombardear um posto de bombeiros na cidade vizinha à usina, o que, em tese, dificultaria a resposta a um incêndio em Zaporizhzhia.

Em campos perto de Enerhodar, longas filas de carros transportando civis em fuga se formaram no sábado. “Os moradores estão abandonando a cidade”, disse um ex-engenheiro da fábrica, que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome, Oleksi, por questões de segurança, ao New York Times. Os moradores estavam saindo há semanas, mas o ritmo aumentou após as barragens e incêndios de sábado, disse ele.

Natalia Lytvenenko, suas três filhas e a avó das crianças se preparam para deixar os arredores da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia  Foto: David Guttenfelder/The New York Times

Ameaça nuclear

Desde que a Rússia capturou a usina em março, seu exército controlou a instalação, enquanto os engenheiros ucranianos continuaram a operá-la. Os funcionários ucranianos não estão fugindo, mas mandando suas famílias embora, disse Oleksi, que partiu em junho.

Enerhodar foi construída para os funcionários da fábrica no período soviético e tinha uma população pré-guerra de cerca de 50 mil. A Ucrânia acusou a Rússia de realizar ataques de artilharia contra cidades ucranianas do outro lado do rio Dnipro a partir da usina a partir de julho, enquanto a contra-ofensiva da Ucrânia no sul aumentava.

Ao cair da noite deste domingo, 14, no horário local, obuses russos dispararam contra a cidade ucraniana de Nikopol, que fica em frente a um reservatório da usina, disse Yevheny Yetushenko, o governador militar ucraniano da cidade, em um post no Telegram. Os militares ucranianos disseram ter poucas opções para contra-atacar. Em julho, um ataque ucraniano com drone caiu a 150 metros da usina./ NYT

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