Guerra na Ucrânia: Depósito de munição explode na Rússia em novo sinal de contraofensiva ucraniana


Incêndio é o mais recente de uma série de incidentes em territórios sob governo russo; tensão entre os dois países em usina nuclear continua

Por Redação
Atualização:

KIEV – Um depósito de munição localizado na Rússia, próximo da fronteira nordeste da Ucrânia, incendiou na noite desta quinta-feira, 18, e duas aldeias russas precisaram ser esvaziadas. O incêndio é o mais recente de uma série de incidentes em territórios sob o governo russo nas últimas semanas e reforça os indícios de que a Ucrânia aumentou a capacidade de promover ações estratégicas.

As aldeias atingidas pelo incêndio foram Timonovo e Soloti, na região russa de Belgorod, a cerca de 25 quilômetros da fronteira ucraniana. Cerca de 1,1 mil pessoas saíram do local por causa da explosão, mas, de acordo com o governador regional de Belgorod, Viacheslav Gladkov, não houve vítimas.

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O incêndio ocorre dois dias depois de um depósito de munição explodir na Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. A tensão na região tem aumentado desde a semana passada, quando nove aviões de guerra russos foram destruídos em uma base aérea – e demonstrou tanto a vulnerabilidade dos russos quanto a capacidade dos ucranianos de atacarem atrás das linhas inimigas. A Rússia disse que um sistema de defesa aérea abriu fogo contra um drone.

Frame de um vídeo postado nas redes sociais mostra incêndio em depósito de munição no vilarejo de Timonovo, na região russa de Belgorod, na noite desta quinta-feira, 18. Incidente mostra sinais de reação da Ucrânia Foto: @STEELMALIKOV / AFP

As autoridades ucranianas não haviam reivindicado publicamente a responsabilidade dos ataques contra a Rússia nos últimos dias – que os russos, por sua vez, têm chamado de “sabotagem –, mas nesta sexta-feira um alto funcionário de segurança da Ucrânia afirmou que Kiev vai realizar ataques na Crimeia como parte de uma “desmilitarização gradual da península e a sua subsequente desocupação”.

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A autoridade, Oleksi Danilov, chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, disse que a Crimeia era um território soberano da Ucrânia e que havia um esforço contínuo para libertá-la. Foi o reconhecimento de alto nível que os ataques no território faziam parte de uma campanha ucraniana.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, disse nesta sexta que as declarações de autoridades ucranianas sobre os ataques na Crimeia marcam “uma escalada do conflito abertamente incentivada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan”.

Segundo Riabkov, as autoridades russas alertaram os EUA contra tais ações em telefonemas com funcionários do alto escalão do governo Biden. Ele acrescentou que “o envolvimento profundo e aberto dos EUA” na guerra na Ucrânia “efetivamente coloca os EUA à beira de se tornarem parte do conflito”.

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“Gostaríamos de evitar uma situação em que os EUA se tornam parte do conflito, mas até agora não vimos sua prontidão para considerar profundamente e seriamente esses avisos”, disse Riabkov.

As declarações do vice-ministro acontecem no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciam o envio de novas armas e equipamentos militares para ajudar a Ucrânia. O carregamento soma US$ 775 milhões e ilustra uma estratégia dupla: alimentar a luta imediata de artilharia da Ucrânia e a construção de um arsenal para apoiar um contra-ataque perto de Kherson, no sul do país, que ainda não se concretizou totalmente.

O último carregamento inclui 40 tanques blindados equipados com rolos gigantes para limpar campos minados antes de qualquer operação terrestre na Ucrânia; 50 veículos Humvees blindados; 1,5 mil mísseis guiados e 1 mil mísseis antitanque Javelin. O Pentágono também anunciou o envio de mais mísseis antirradiação de alta velocidade, ou HARMs – armas ar-terra projetadas para buscar e destruir o radar de defesa aérea russo.

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Apesar dos últimos incidentes, um oficial do Ocidente disse que a guerra está em uma “paralisação quase operacional”, com nenhum dos lados capaz de lançar grandes ofensivas. “Todo o ritmo da campanha desacelerou, em parte porque ambos os lados se tornaram mais conscientes de que esta é uma maratona, não uma corrida curta, e que as taxas de gastos e a conservação de suas munições são importantes”, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não está autorizado a discutir assuntos de inteligência publicamente.

Acusações mútuas sobre usina nuclear

Enquanto isso, Kiev e Moscou continuaram a acusar um ao outro de bombardear a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, alimentando temores internacionais de uma catástrofe no continente. A usina está sob ocupação russa desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, e, segundo as autoridades ucranianas, tem sido utilizada para armazenar tropas e armas.

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Segundo o Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin disse ao francês Emmanuel Macron que bombardeios ucranianos em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia “levantaram a ameaça de uma catástrofe em larga escala que poderia levar à contaminação radioativa de grandes territórios”.

A Ucrânia e analistas militares acusam a Rússia de usar a usina como um “escudo”, sabendo que os ucranianos hesitam revidar ataques por causa do risco de um acidente nuclear. A Rússia nega as acusações e acusa as forças ucranianas de bombardear repetidamente a usina. /AP, NYT

KIEV – Um depósito de munição localizado na Rússia, próximo da fronteira nordeste da Ucrânia, incendiou na noite desta quinta-feira, 18, e duas aldeias russas precisaram ser esvaziadas. O incêndio é o mais recente de uma série de incidentes em territórios sob o governo russo nas últimas semanas e reforça os indícios de que a Ucrânia aumentou a capacidade de promover ações estratégicas.

As aldeias atingidas pelo incêndio foram Timonovo e Soloti, na região russa de Belgorod, a cerca de 25 quilômetros da fronteira ucraniana. Cerca de 1,1 mil pessoas saíram do local por causa da explosão, mas, de acordo com o governador regional de Belgorod, Viacheslav Gladkov, não houve vítimas.

O incêndio ocorre dois dias depois de um depósito de munição explodir na Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. A tensão na região tem aumentado desde a semana passada, quando nove aviões de guerra russos foram destruídos em uma base aérea – e demonstrou tanto a vulnerabilidade dos russos quanto a capacidade dos ucranianos de atacarem atrás das linhas inimigas. A Rússia disse que um sistema de defesa aérea abriu fogo contra um drone.

Frame de um vídeo postado nas redes sociais mostra incêndio em depósito de munição no vilarejo de Timonovo, na região russa de Belgorod, na noite desta quinta-feira, 18. Incidente mostra sinais de reação da Ucrânia Foto: @STEELMALIKOV / AFP

As autoridades ucranianas não haviam reivindicado publicamente a responsabilidade dos ataques contra a Rússia nos últimos dias – que os russos, por sua vez, têm chamado de “sabotagem –, mas nesta sexta-feira um alto funcionário de segurança da Ucrânia afirmou que Kiev vai realizar ataques na Crimeia como parte de uma “desmilitarização gradual da península e a sua subsequente desocupação”.

A autoridade, Oleksi Danilov, chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, disse que a Crimeia era um território soberano da Ucrânia e que havia um esforço contínuo para libertá-la. Foi o reconhecimento de alto nível que os ataques no território faziam parte de uma campanha ucraniana.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, disse nesta sexta que as declarações de autoridades ucranianas sobre os ataques na Crimeia marcam “uma escalada do conflito abertamente incentivada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan”.

Segundo Riabkov, as autoridades russas alertaram os EUA contra tais ações em telefonemas com funcionários do alto escalão do governo Biden. Ele acrescentou que “o envolvimento profundo e aberto dos EUA” na guerra na Ucrânia “efetivamente coloca os EUA à beira de se tornarem parte do conflito”.

“Gostaríamos de evitar uma situação em que os EUA se tornam parte do conflito, mas até agora não vimos sua prontidão para considerar profundamente e seriamente esses avisos”, disse Riabkov.

As declarações do vice-ministro acontecem no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciam o envio de novas armas e equipamentos militares para ajudar a Ucrânia. O carregamento soma US$ 775 milhões e ilustra uma estratégia dupla: alimentar a luta imediata de artilharia da Ucrânia e a construção de um arsenal para apoiar um contra-ataque perto de Kherson, no sul do país, que ainda não se concretizou totalmente.

O último carregamento inclui 40 tanques blindados equipados com rolos gigantes para limpar campos minados antes de qualquer operação terrestre na Ucrânia; 50 veículos Humvees blindados; 1,5 mil mísseis guiados e 1 mil mísseis antitanque Javelin. O Pentágono também anunciou o envio de mais mísseis antirradiação de alta velocidade, ou HARMs – armas ar-terra projetadas para buscar e destruir o radar de defesa aérea russo.

Apesar dos últimos incidentes, um oficial do Ocidente disse que a guerra está em uma “paralisação quase operacional”, com nenhum dos lados capaz de lançar grandes ofensivas. “Todo o ritmo da campanha desacelerou, em parte porque ambos os lados se tornaram mais conscientes de que esta é uma maratona, não uma corrida curta, e que as taxas de gastos e a conservação de suas munições são importantes”, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não está autorizado a discutir assuntos de inteligência publicamente.

Acusações mútuas sobre usina nuclear

Enquanto isso, Kiev e Moscou continuaram a acusar um ao outro de bombardear a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, alimentando temores internacionais de uma catástrofe no continente. A usina está sob ocupação russa desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, e, segundo as autoridades ucranianas, tem sido utilizada para armazenar tropas e armas.

Segundo o Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin disse ao francês Emmanuel Macron que bombardeios ucranianos em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia “levantaram a ameaça de uma catástrofe em larga escala que poderia levar à contaminação radioativa de grandes territórios”.

A Ucrânia e analistas militares acusam a Rússia de usar a usina como um “escudo”, sabendo que os ucranianos hesitam revidar ataques por causa do risco de um acidente nuclear. A Rússia nega as acusações e acusa as forças ucranianas de bombardear repetidamente a usina. /AP, NYT

KIEV – Um depósito de munição localizado na Rússia, próximo da fronteira nordeste da Ucrânia, incendiou na noite desta quinta-feira, 18, e duas aldeias russas precisaram ser esvaziadas. O incêndio é o mais recente de uma série de incidentes em territórios sob o governo russo nas últimas semanas e reforça os indícios de que a Ucrânia aumentou a capacidade de promover ações estratégicas.

As aldeias atingidas pelo incêndio foram Timonovo e Soloti, na região russa de Belgorod, a cerca de 25 quilômetros da fronteira ucraniana. Cerca de 1,1 mil pessoas saíram do local por causa da explosão, mas, de acordo com o governador regional de Belgorod, Viacheslav Gladkov, não houve vítimas.

O incêndio ocorre dois dias depois de um depósito de munição explodir na Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. A tensão na região tem aumentado desde a semana passada, quando nove aviões de guerra russos foram destruídos em uma base aérea – e demonstrou tanto a vulnerabilidade dos russos quanto a capacidade dos ucranianos de atacarem atrás das linhas inimigas. A Rússia disse que um sistema de defesa aérea abriu fogo contra um drone.

Frame de um vídeo postado nas redes sociais mostra incêndio em depósito de munição no vilarejo de Timonovo, na região russa de Belgorod, na noite desta quinta-feira, 18. Incidente mostra sinais de reação da Ucrânia Foto: @STEELMALIKOV / AFP

As autoridades ucranianas não haviam reivindicado publicamente a responsabilidade dos ataques contra a Rússia nos últimos dias – que os russos, por sua vez, têm chamado de “sabotagem –, mas nesta sexta-feira um alto funcionário de segurança da Ucrânia afirmou que Kiev vai realizar ataques na Crimeia como parte de uma “desmilitarização gradual da península e a sua subsequente desocupação”.

A autoridade, Oleksi Danilov, chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, disse que a Crimeia era um território soberano da Ucrânia e que havia um esforço contínuo para libertá-la. Foi o reconhecimento de alto nível que os ataques no território faziam parte de uma campanha ucraniana.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, disse nesta sexta que as declarações de autoridades ucranianas sobre os ataques na Crimeia marcam “uma escalada do conflito abertamente incentivada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan”.

Segundo Riabkov, as autoridades russas alertaram os EUA contra tais ações em telefonemas com funcionários do alto escalão do governo Biden. Ele acrescentou que “o envolvimento profundo e aberto dos EUA” na guerra na Ucrânia “efetivamente coloca os EUA à beira de se tornarem parte do conflito”.

“Gostaríamos de evitar uma situação em que os EUA se tornam parte do conflito, mas até agora não vimos sua prontidão para considerar profundamente e seriamente esses avisos”, disse Riabkov.

As declarações do vice-ministro acontecem no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciam o envio de novas armas e equipamentos militares para ajudar a Ucrânia. O carregamento soma US$ 775 milhões e ilustra uma estratégia dupla: alimentar a luta imediata de artilharia da Ucrânia e a construção de um arsenal para apoiar um contra-ataque perto de Kherson, no sul do país, que ainda não se concretizou totalmente.

O último carregamento inclui 40 tanques blindados equipados com rolos gigantes para limpar campos minados antes de qualquer operação terrestre na Ucrânia; 50 veículos Humvees blindados; 1,5 mil mísseis guiados e 1 mil mísseis antitanque Javelin. O Pentágono também anunciou o envio de mais mísseis antirradiação de alta velocidade, ou HARMs – armas ar-terra projetadas para buscar e destruir o radar de defesa aérea russo.

Apesar dos últimos incidentes, um oficial do Ocidente disse que a guerra está em uma “paralisação quase operacional”, com nenhum dos lados capaz de lançar grandes ofensivas. “Todo o ritmo da campanha desacelerou, em parte porque ambos os lados se tornaram mais conscientes de que esta é uma maratona, não uma corrida curta, e que as taxas de gastos e a conservação de suas munições são importantes”, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não está autorizado a discutir assuntos de inteligência publicamente.

Acusações mútuas sobre usina nuclear

Enquanto isso, Kiev e Moscou continuaram a acusar um ao outro de bombardear a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, alimentando temores internacionais de uma catástrofe no continente. A usina está sob ocupação russa desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, e, segundo as autoridades ucranianas, tem sido utilizada para armazenar tropas e armas.

Segundo o Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin disse ao francês Emmanuel Macron que bombardeios ucranianos em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia “levantaram a ameaça de uma catástrofe em larga escala que poderia levar à contaminação radioativa de grandes territórios”.

A Ucrânia e analistas militares acusam a Rússia de usar a usina como um “escudo”, sabendo que os ucranianos hesitam revidar ataques por causa do risco de um acidente nuclear. A Rússia nega as acusações e acusa as forças ucranianas de bombardear repetidamente a usina. /AP, NYT

KIEV – Um depósito de munição localizado na Rússia, próximo da fronteira nordeste da Ucrânia, incendiou na noite desta quinta-feira, 18, e duas aldeias russas precisaram ser esvaziadas. O incêndio é o mais recente de uma série de incidentes em territórios sob o governo russo nas últimas semanas e reforça os indícios de que a Ucrânia aumentou a capacidade de promover ações estratégicas.

As aldeias atingidas pelo incêndio foram Timonovo e Soloti, na região russa de Belgorod, a cerca de 25 quilômetros da fronteira ucraniana. Cerca de 1,1 mil pessoas saíram do local por causa da explosão, mas, de acordo com o governador regional de Belgorod, Viacheslav Gladkov, não houve vítimas.

O incêndio ocorre dois dias depois de um depósito de munição explodir na Crimeia, território anexado pela Rússia em 2014. A tensão na região tem aumentado desde a semana passada, quando nove aviões de guerra russos foram destruídos em uma base aérea – e demonstrou tanto a vulnerabilidade dos russos quanto a capacidade dos ucranianos de atacarem atrás das linhas inimigas. A Rússia disse que um sistema de defesa aérea abriu fogo contra um drone.

Frame de um vídeo postado nas redes sociais mostra incêndio em depósito de munição no vilarejo de Timonovo, na região russa de Belgorod, na noite desta quinta-feira, 18. Incidente mostra sinais de reação da Ucrânia Foto: @STEELMALIKOV / AFP

As autoridades ucranianas não haviam reivindicado publicamente a responsabilidade dos ataques contra a Rússia nos últimos dias – que os russos, por sua vez, têm chamado de “sabotagem –, mas nesta sexta-feira um alto funcionário de segurança da Ucrânia afirmou que Kiev vai realizar ataques na Crimeia como parte de uma “desmilitarização gradual da península e a sua subsequente desocupação”.

A autoridade, Oleksi Danilov, chefe do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, disse que a Crimeia era um território soberano da Ucrânia e que havia um esforço contínuo para libertá-la. Foi o reconhecimento de alto nível que os ataques no território faziam parte de uma campanha ucraniana.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, disse nesta sexta que as declarações de autoridades ucranianas sobre os ataques na Crimeia marcam “uma escalada do conflito abertamente incentivada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan”.

Segundo Riabkov, as autoridades russas alertaram os EUA contra tais ações em telefonemas com funcionários do alto escalão do governo Biden. Ele acrescentou que “o envolvimento profundo e aberto dos EUA” na guerra na Ucrânia “efetivamente coloca os EUA à beira de se tornarem parte do conflito”.

“Gostaríamos de evitar uma situação em que os EUA se tornam parte do conflito, mas até agora não vimos sua prontidão para considerar profundamente e seriamente esses avisos”, disse Riabkov.

As declarações do vice-ministro acontecem no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciam o envio de novas armas e equipamentos militares para ajudar a Ucrânia. O carregamento soma US$ 775 milhões e ilustra uma estratégia dupla: alimentar a luta imediata de artilharia da Ucrânia e a construção de um arsenal para apoiar um contra-ataque perto de Kherson, no sul do país, que ainda não se concretizou totalmente.

O último carregamento inclui 40 tanques blindados equipados com rolos gigantes para limpar campos minados antes de qualquer operação terrestre na Ucrânia; 50 veículos Humvees blindados; 1,5 mil mísseis guiados e 1 mil mísseis antitanque Javelin. O Pentágono também anunciou o envio de mais mísseis antirradiação de alta velocidade, ou HARMs – armas ar-terra projetadas para buscar e destruir o radar de defesa aérea russo.

Apesar dos últimos incidentes, um oficial do Ocidente disse que a guerra está em uma “paralisação quase operacional”, com nenhum dos lados capaz de lançar grandes ofensivas. “Todo o ritmo da campanha desacelerou, em parte porque ambos os lados se tornaram mais conscientes de que esta é uma maratona, não uma corrida curta, e que as taxas de gastos e a conservação de suas munições são importantes”, disse o funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não está autorizado a discutir assuntos de inteligência publicamente.

Acusações mútuas sobre usina nuclear

Enquanto isso, Kiev e Moscou continuaram a acusar um ao outro de bombardear a usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa, alimentando temores internacionais de uma catástrofe no continente. A usina está sob ocupação russa desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, e, segundo as autoridades ucranianas, tem sido utilizada para armazenar tropas e armas.

Segundo o Kremlin, o presidente russo Vladimir Putin disse ao francês Emmanuel Macron que bombardeios ucranianos em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia “levantaram a ameaça de uma catástrofe em larga escala que poderia levar à contaminação radioativa de grandes territórios”.

A Ucrânia e analistas militares acusam a Rússia de usar a usina como um “escudo”, sabendo que os ucranianos hesitam revidar ataques por causa do risco de um acidente nuclear. A Rússia nega as acusações e acusa as forças ucranianas de bombardear repetidamente a usina. /AP, NYT

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