A Ucrânia lançou uma nova rodada de ataques com drones na Rússia, entre a noite de terça-feira, 12, e esta quarta-feira, 13, tendo como alvos instalações de energia russas, danificando e provocando a interrupção de refinarias de petróleo.
Uma refinaria na cidade de Ryazan, a 200 quilômetros de Moscou, foi alvo de um dos ataques, que deixou pelo menos duas pessoas feridas e provocou um incêndio. O governador Pavel Malkov, no Telegram, indicou que equipes de emergência foram até a refinaria, que é uma das maiores produtoras de combustível da Rússia central e controlada pela gigante petrolífera Rosneft.
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Horas antes, um dos ataques atingiu a refinaria NORSI, operada pela Lukoil, a segunda maior petrolífera da Rússia, na região de Níjni Novgorod. O ataque causou um incêndio que espalhou uma espessa fumaça preta, de acordo com as autoridades locais e imagens nas mídias sociais.
Outro drone atingiu regiões nos arredores da cidade de Kirishi, a sudoeste de São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia e onde fica outra grande refinaria. Um quarto ataque atingiu tanques de armazenamento de petróleo em Oriol, uma região próxima à fronteira com a Ucrânia, segundo as autoridades.
De acordo com a agência de notícias estatal russa Tass, o Ministério da Defesa da Rússia relatou a interceptação de 65 drones em pelo menos seis regiões diferentes. O governador de Voronej, Alexander Gusev, disse que mais de 40 dispositivos foram destruídos na região desde a noite passada.
Na madrugada de terça-feira, uma refinaria foi atacada por um drone ucraniano na cidade de Kstovo, na região de Nizhny Novgorod, a 800 km da fronteira com a Ucrânia e outro incêndio eclodiu em um complexo de combustível na região de Oryol, a cerca de 160 km da fronteira, após um ataque de drone.
A exportação de petróleo e de gás natural tem sido uma grande fonte de receita para a Rússia desde o início da guerra, sendo inclusive alvo de sanções pelos Estados Unidos e aliados. Além do impacto sobre a economia, os ataques de drones ucranianos também podem afetar o suprimento de combustível para veículos militares./Com informações de AFP e Dow Jones Newswires e colaboração de Laís Adriana (Broadcast).