Guia para entender os confrontos no Chile


Depois de dizer que país 'estava em guerra’ diante das manifestações violentas, presidente Sebastián Piñera acabou com o toque de recolher e anunciou pacote de medidas sociais para diminuir insatisfação social

Por Redação

Em apenas alguns dias de manifestações, o Chile viveu episódios de violência que não eram vistos desde que a democracia retornou ao país, após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ao menos 19 pessoas morreram, mais de 2 mil foram presas e o próprio presidente, Sebastián Piñera, declarou que o país estava “em guerra”. Veja abaixo o que está acontecendo.

Manifestações foram convocadas inicialmente em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago Foto: Rodrigo Garrido / Reuters

• Como os protestos começaram?

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As manifestações foram convocadas inicialmente pelas redes sociais em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago. O valor passaria de 800 pesos para 830 pesos (cerca de R$ 4,80). Tamanho reajuste não era visto no país desde 2010. O governo justificou a medida pela alta do preço do petróleo e do dólar, além da modernização do sistema de transporte. Mas os movimentos acabaram sendo ampliados pelo descontentamento da população com questões como saúde, educação, moradia e aposentadorias.

• Por que o governo decretou estado de emergência?

Com o anúncio da medida de Piñera, diversos protestos tomaram conta de Santiago. As manifestações evoluíram para episódios de violência, incluindo ataques a estações de metrô, saques a lojas e incêndios. A situação levou o presidente a decretar estado de emergência. Inicialmente, ele contemplou apenas as províncias de Santiago e Chacabuco, e as cidades de Puente Alto e San Bernardo. Mas depois foi ampliado para as áreas de Valparaíso, no centro do país, e a província de Concepción, no sul.

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• Diante do caos, o que fez Piñera?

Mesmo sob estado de emergência, novos confrontos foram registrados no sábado, 19, entre manifestante e a polícia do Chile, e militares e tanques do Exército foram enviados às ruas da capital para tentar conter a situação. Os movimentos também ocorreram em outras regiões, como Valparaíso e Viña del Mar. Diante da situação, Piñera anunciou a suspensão do aumento das passagens de metrô em Santiago, onde ainda decretou toque de recolher.

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O Chile está ‘em guerra’, afirmou o presidente Sebastián Piñera, depois que o país foi abalado por três dias de manifestações violentas e saques que deixaram pelo menos sete mortos e quase 1.500 detidos.

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• Há mortes?

Mesmo com o decreto de Piñera, os protestos continuaram pelo país. Um supermercado e uma loja de roupas foram saqueados e incendiados. Na ocasião, sete pessoas morreram. Um dos sobreviventes teve 75% do corpo queimado. No dia seguinte, o ministro do Interior, Andrés Chadwick, informou que o número havia subido para 11 mortos, sendo que 10 pessoas morreram queimadas e uma foi baleada por militares.

Mais tarde, um homem que participava de um saque foi atropelado por um veículo das forças armadas ao tentar fugir do local em Talcahuano, disse o chefe do estado de emergência em Concepción, 500 km ao sul de Santiago. Nesta terça-feira, 22, as autoridades informaram que mais duas pessoas morreram baleadas nas cidades de La Serena e Coquimbo. Além disso, outro corpo foi encontrado perto de Curicó - não há detalhes sobre o caso, mas a Promotoria regional acredita que a vítima morreu baleada por um membro do Exército.

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O governo chileno decretou 'estado de emergência', neste sábado, e ordenou a presença de militares nas ruas da capital após os violentos protestos registrados na véspera. O presidente chileno, Sebatián Piñera, fez um anúncio oficial à população.

Segundo Chadwick, houve 70 “incidentes sérios de violência” somente no domingo, incluindo saques a 40 supermercados e outros pontos comerciais.

• A violência cessou?

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Os confrontos voltaram a ocorrer em vários pontos de Santiago e as autoridades decretaram toque de recolher, em meio ao estado de emergência. Até o momento, 1.462 pessoas foram detidas nas manifestações. O centro da capital se tornou um cenário de destruição: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas.

Protestos no Chile

1 | 15

Mais um dia de caos

Foto: Pablo Vera/AFP
2 | 15

Saques ao comércio

Foto: Esteban Felix/AP
3 | 15

Após noite violenta...

Foto: EFE/Esteban Garay
4 | 15

Segurança nas ruas

Foto: REUTERS/Edgard Garrido
5 | 15

Escalada da violência

Foto: CLAUDIO REYES / AFP
6 | 15

Quebra-quebra e mortes no Chile

Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
7 | 15

3º dia de protestos

Foto: Martin BERNETTI / AFP
8 | 15

Aumento no preço

Foto: Ramon Monroy/ Reuters
9 | 15

Onda de protestos

Foto: Pablo Vera /AFP
10 | 15

Segurança

Foto: Pablo Vera/AFP
11 | 15

Incêndio no metrô

Foto: Alberto Pena/Efe
12 | 15

Santiago vive mais um dia de protestos

Foto: Martin Barnetti/AFP
13 | 15

Violência na capital chilena

14 | 15

Mortes em incêndio

Foto: Pablo Vera/ AFP
15 | 15

Protestos no Chile

Foto: REUTERS/Carlos Vera

• Como está a situação nos aeroportos?

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No domingo, milhares de pessoas ficaram presas no aeroporto de Santiago após as companhias aéreas anunciarem atrasos e cancelamentos. Os corredores do principal terminal aéreo chileno foram transformados em dormitórios. Sem comida ou água e sem poder sair do local em razão do toque de recolher e da falta de transportes, os passageiros esperavam pacientemente para ver se os itinerários seriam alterados.

• "Fora, militares"

No dia 21, as manifestações recomeçaram aos gritos de "Fora, militares". Quase todas as escolas e universidades da capital suspenderam as aulas. O transporte público seguiu ainda bastante alterado. Longas filas se formaram em postos de gasolina e supermercados.

Piñera convocou uma reunião para o dia seguinte com os partidos políticos, para tentar alcançar um "pacto social".

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Manifestantes bloqueiam estrada no Deserto do Atacama, Chile, no dia 21 de outubro

• Medidas sociais sem efeito

No dia 22, apesar do pedido de "perdão" do presidente e do anúncio de um pacote de medidas sociais – aumento das pensões mais baixas, congelamento das tarifas de eletricidade –, a insatisfação social não diminui. Os principais sindicatos e movimentos sociais do país convocaram uma greve geral.

• Greve geral

No dia 23, primeiro dia de greve, as manifestações continuaram em várias cidades do Chile. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Santiago, exigindo o fim das medidas de exceção e que "os militares voltem para o quartel". A multidão também exige respostas para a pior crise social do país em 30 anos.

O movimento é acompanhado pelos poderosos sindicatos das minas de cobre – o país é o principal produtor mundial desta commodity –, do pessoal da saúde e do setor portuário. O governo apelou à reserva militar para apoiar os 20.000 homens já mobilizados nas ruas.

• Fim do toque de recolher

No dia 24, as greves e manifestações continuaram. Piñera anuncia um plano para encerrar o toque de recolher e pôr fim ao estado de emergência.

Desde o início do movimento, 19 pessoas morreram, incluindo uma criança de 4 anos, e 584 ficaram feridas, como resultado dos distúrbios que também levaram a centenas de detenções, de acordo com relatório do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI).  / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em apenas alguns dias de manifestações, o Chile viveu episódios de violência que não eram vistos desde que a democracia retornou ao país, após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ao menos 19 pessoas morreram, mais de 2 mil foram presas e o próprio presidente, Sebastián Piñera, declarou que o país estava “em guerra”. Veja abaixo o que está acontecendo.

Manifestações foram convocadas inicialmente em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago Foto: Rodrigo Garrido / Reuters

• Como os protestos começaram?

As manifestações foram convocadas inicialmente pelas redes sociais em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago. O valor passaria de 800 pesos para 830 pesos (cerca de R$ 4,80). Tamanho reajuste não era visto no país desde 2010. O governo justificou a medida pela alta do preço do petróleo e do dólar, além da modernização do sistema de transporte. Mas os movimentos acabaram sendo ampliados pelo descontentamento da população com questões como saúde, educação, moradia e aposentadorias.

• Por que o governo decretou estado de emergência?

Com o anúncio da medida de Piñera, diversos protestos tomaram conta de Santiago. As manifestações evoluíram para episódios de violência, incluindo ataques a estações de metrô, saques a lojas e incêndios. A situação levou o presidente a decretar estado de emergência. Inicialmente, ele contemplou apenas as províncias de Santiago e Chacabuco, e as cidades de Puente Alto e San Bernardo. Mas depois foi ampliado para as áreas de Valparaíso, no centro do país, e a província de Concepción, no sul.

• Diante do caos, o que fez Piñera?

Mesmo sob estado de emergência, novos confrontos foram registrados no sábado, 19, entre manifestante e a polícia do Chile, e militares e tanques do Exército foram enviados às ruas da capital para tentar conter a situação. Os movimentos também ocorreram em outras regiões, como Valparaíso e Viña del Mar. Diante da situação, Piñera anunciou a suspensão do aumento das passagens de metrô em Santiago, onde ainda decretou toque de recolher.

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O Chile está ‘em guerra’, afirmou o presidente Sebastián Piñera, depois que o país foi abalado por três dias de manifestações violentas e saques que deixaram pelo menos sete mortos e quase 1.500 detidos.

• Há mortes?

Mesmo com o decreto de Piñera, os protestos continuaram pelo país. Um supermercado e uma loja de roupas foram saqueados e incendiados. Na ocasião, sete pessoas morreram. Um dos sobreviventes teve 75% do corpo queimado. No dia seguinte, o ministro do Interior, Andrés Chadwick, informou que o número havia subido para 11 mortos, sendo que 10 pessoas morreram queimadas e uma foi baleada por militares.

Mais tarde, um homem que participava de um saque foi atropelado por um veículo das forças armadas ao tentar fugir do local em Talcahuano, disse o chefe do estado de emergência em Concepción, 500 km ao sul de Santiago. Nesta terça-feira, 22, as autoridades informaram que mais duas pessoas morreram baleadas nas cidades de La Serena e Coquimbo. Além disso, outro corpo foi encontrado perto de Curicó - não há detalhes sobre o caso, mas a Promotoria regional acredita que a vítima morreu baleada por um membro do Exército.

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O governo chileno decretou 'estado de emergência', neste sábado, e ordenou a presença de militares nas ruas da capital após os violentos protestos registrados na véspera. O presidente chileno, Sebatián Piñera, fez um anúncio oficial à população.

Segundo Chadwick, houve 70 “incidentes sérios de violência” somente no domingo, incluindo saques a 40 supermercados e outros pontos comerciais.

• A violência cessou?

Os confrontos voltaram a ocorrer em vários pontos de Santiago e as autoridades decretaram toque de recolher, em meio ao estado de emergência. Até o momento, 1.462 pessoas foram detidas nas manifestações. O centro da capital se tornou um cenário de destruição: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas.

Protestos no Chile

1 | 15

Mais um dia de caos

Foto: Pablo Vera/AFP
2 | 15

Saques ao comércio

Foto: Esteban Felix/AP
3 | 15

Após noite violenta...

Foto: EFE/Esteban Garay
4 | 15

Segurança nas ruas

Foto: REUTERS/Edgard Garrido
5 | 15

Escalada da violência

Foto: CLAUDIO REYES / AFP
6 | 15

Quebra-quebra e mortes no Chile

Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
7 | 15

3º dia de protestos

Foto: Martin BERNETTI / AFP
8 | 15

Aumento no preço

Foto: Ramon Monroy/ Reuters
9 | 15

Onda de protestos

Foto: Pablo Vera /AFP
10 | 15

Segurança

Foto: Pablo Vera/AFP
11 | 15

Incêndio no metrô

Foto: Alberto Pena/Efe
12 | 15

Santiago vive mais um dia de protestos

Foto: Martin Barnetti/AFP
13 | 15

Violência na capital chilena

14 | 15

Mortes em incêndio

Foto: Pablo Vera/ AFP
15 | 15

Protestos no Chile

Foto: REUTERS/Carlos Vera

• Como está a situação nos aeroportos?

No domingo, milhares de pessoas ficaram presas no aeroporto de Santiago após as companhias aéreas anunciarem atrasos e cancelamentos. Os corredores do principal terminal aéreo chileno foram transformados em dormitórios. Sem comida ou água e sem poder sair do local em razão do toque de recolher e da falta de transportes, os passageiros esperavam pacientemente para ver se os itinerários seriam alterados.

• "Fora, militares"

No dia 21, as manifestações recomeçaram aos gritos de "Fora, militares". Quase todas as escolas e universidades da capital suspenderam as aulas. O transporte público seguiu ainda bastante alterado. Longas filas se formaram em postos de gasolina e supermercados.

Piñera convocou uma reunião para o dia seguinte com os partidos políticos, para tentar alcançar um "pacto social".

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Manifestantes bloqueiam estrada no Deserto do Atacama, Chile, no dia 21 de outubro

• Medidas sociais sem efeito

No dia 22, apesar do pedido de "perdão" do presidente e do anúncio de um pacote de medidas sociais – aumento das pensões mais baixas, congelamento das tarifas de eletricidade –, a insatisfação social não diminui. Os principais sindicatos e movimentos sociais do país convocaram uma greve geral.

• Greve geral

No dia 23, primeiro dia de greve, as manifestações continuaram em várias cidades do Chile. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Santiago, exigindo o fim das medidas de exceção e que "os militares voltem para o quartel". A multidão também exige respostas para a pior crise social do país em 30 anos.

O movimento é acompanhado pelos poderosos sindicatos das minas de cobre – o país é o principal produtor mundial desta commodity –, do pessoal da saúde e do setor portuário. O governo apelou à reserva militar para apoiar os 20.000 homens já mobilizados nas ruas.

• Fim do toque de recolher

No dia 24, as greves e manifestações continuaram. Piñera anuncia um plano para encerrar o toque de recolher e pôr fim ao estado de emergência.

Desde o início do movimento, 19 pessoas morreram, incluindo uma criança de 4 anos, e 584 ficaram feridas, como resultado dos distúrbios que também levaram a centenas de detenções, de acordo com relatório do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI).  / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em apenas alguns dias de manifestações, o Chile viveu episódios de violência que não eram vistos desde que a democracia retornou ao país, após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ao menos 19 pessoas morreram, mais de 2 mil foram presas e o próprio presidente, Sebastián Piñera, declarou que o país estava “em guerra”. Veja abaixo o que está acontecendo.

Manifestações foram convocadas inicialmente em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago Foto: Rodrigo Garrido / Reuters

• Como os protestos começaram?

As manifestações foram convocadas inicialmente pelas redes sociais em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago. O valor passaria de 800 pesos para 830 pesos (cerca de R$ 4,80). Tamanho reajuste não era visto no país desde 2010. O governo justificou a medida pela alta do preço do petróleo e do dólar, além da modernização do sistema de transporte. Mas os movimentos acabaram sendo ampliados pelo descontentamento da população com questões como saúde, educação, moradia e aposentadorias.

• Por que o governo decretou estado de emergência?

Com o anúncio da medida de Piñera, diversos protestos tomaram conta de Santiago. As manifestações evoluíram para episódios de violência, incluindo ataques a estações de metrô, saques a lojas e incêndios. A situação levou o presidente a decretar estado de emergência. Inicialmente, ele contemplou apenas as províncias de Santiago e Chacabuco, e as cidades de Puente Alto e San Bernardo. Mas depois foi ampliado para as áreas de Valparaíso, no centro do país, e a província de Concepción, no sul.

• Diante do caos, o que fez Piñera?

Mesmo sob estado de emergência, novos confrontos foram registrados no sábado, 19, entre manifestante e a polícia do Chile, e militares e tanques do Exército foram enviados às ruas da capital para tentar conter a situação. Os movimentos também ocorreram em outras regiões, como Valparaíso e Viña del Mar. Diante da situação, Piñera anunciou a suspensão do aumento das passagens de metrô em Santiago, onde ainda decretou toque de recolher.

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O Chile está ‘em guerra’, afirmou o presidente Sebastián Piñera, depois que o país foi abalado por três dias de manifestações violentas e saques que deixaram pelo menos sete mortos e quase 1.500 detidos.

• Há mortes?

Mesmo com o decreto de Piñera, os protestos continuaram pelo país. Um supermercado e uma loja de roupas foram saqueados e incendiados. Na ocasião, sete pessoas morreram. Um dos sobreviventes teve 75% do corpo queimado. No dia seguinte, o ministro do Interior, Andrés Chadwick, informou que o número havia subido para 11 mortos, sendo que 10 pessoas morreram queimadas e uma foi baleada por militares.

Mais tarde, um homem que participava de um saque foi atropelado por um veículo das forças armadas ao tentar fugir do local em Talcahuano, disse o chefe do estado de emergência em Concepción, 500 km ao sul de Santiago. Nesta terça-feira, 22, as autoridades informaram que mais duas pessoas morreram baleadas nas cidades de La Serena e Coquimbo. Além disso, outro corpo foi encontrado perto de Curicó - não há detalhes sobre o caso, mas a Promotoria regional acredita que a vítima morreu baleada por um membro do Exército.

Seu navegador não suporta esse video.

O governo chileno decretou 'estado de emergência', neste sábado, e ordenou a presença de militares nas ruas da capital após os violentos protestos registrados na véspera. O presidente chileno, Sebatián Piñera, fez um anúncio oficial à população.

Segundo Chadwick, houve 70 “incidentes sérios de violência” somente no domingo, incluindo saques a 40 supermercados e outros pontos comerciais.

• A violência cessou?

Os confrontos voltaram a ocorrer em vários pontos de Santiago e as autoridades decretaram toque de recolher, em meio ao estado de emergência. Até o momento, 1.462 pessoas foram detidas nas manifestações. O centro da capital se tornou um cenário de destruição: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas.

Protestos no Chile

1 | 15

Mais um dia de caos

Foto: Pablo Vera/AFP
2 | 15

Saques ao comércio

Foto: Esteban Felix/AP
3 | 15

Após noite violenta...

Foto: EFE/Esteban Garay
4 | 15

Segurança nas ruas

Foto: REUTERS/Edgard Garrido
5 | 15

Escalada da violência

Foto: CLAUDIO REYES / AFP
6 | 15

Quebra-quebra e mortes no Chile

Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
7 | 15

3º dia de protestos

Foto: Martin BERNETTI / AFP
8 | 15

Aumento no preço

Foto: Ramon Monroy/ Reuters
9 | 15

Onda de protestos

Foto: Pablo Vera /AFP
10 | 15

Segurança

Foto: Pablo Vera/AFP
11 | 15

Incêndio no metrô

Foto: Alberto Pena/Efe
12 | 15

Santiago vive mais um dia de protestos

Foto: Martin Barnetti/AFP
13 | 15

Violência na capital chilena

14 | 15

Mortes em incêndio

Foto: Pablo Vera/ AFP
15 | 15

Protestos no Chile

Foto: REUTERS/Carlos Vera

• Como está a situação nos aeroportos?

No domingo, milhares de pessoas ficaram presas no aeroporto de Santiago após as companhias aéreas anunciarem atrasos e cancelamentos. Os corredores do principal terminal aéreo chileno foram transformados em dormitórios. Sem comida ou água e sem poder sair do local em razão do toque de recolher e da falta de transportes, os passageiros esperavam pacientemente para ver se os itinerários seriam alterados.

• "Fora, militares"

No dia 21, as manifestações recomeçaram aos gritos de "Fora, militares". Quase todas as escolas e universidades da capital suspenderam as aulas. O transporte público seguiu ainda bastante alterado. Longas filas se formaram em postos de gasolina e supermercados.

Piñera convocou uma reunião para o dia seguinte com os partidos políticos, para tentar alcançar um "pacto social".

Seu navegador não suporta esse video.

Manifestantes bloqueiam estrada no Deserto do Atacama, Chile, no dia 21 de outubro

• Medidas sociais sem efeito

No dia 22, apesar do pedido de "perdão" do presidente e do anúncio de um pacote de medidas sociais – aumento das pensões mais baixas, congelamento das tarifas de eletricidade –, a insatisfação social não diminui. Os principais sindicatos e movimentos sociais do país convocaram uma greve geral.

• Greve geral

No dia 23, primeiro dia de greve, as manifestações continuaram em várias cidades do Chile. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Santiago, exigindo o fim das medidas de exceção e que "os militares voltem para o quartel". A multidão também exige respostas para a pior crise social do país em 30 anos.

O movimento é acompanhado pelos poderosos sindicatos das minas de cobre – o país é o principal produtor mundial desta commodity –, do pessoal da saúde e do setor portuário. O governo apelou à reserva militar para apoiar os 20.000 homens já mobilizados nas ruas.

• Fim do toque de recolher

No dia 24, as greves e manifestações continuaram. Piñera anuncia um plano para encerrar o toque de recolher e pôr fim ao estado de emergência.

Desde o início do movimento, 19 pessoas morreram, incluindo uma criança de 4 anos, e 584 ficaram feridas, como resultado dos distúrbios que também levaram a centenas de detenções, de acordo com relatório do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI).  / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em apenas alguns dias de manifestações, o Chile viveu episódios de violência que não eram vistos desde que a democracia retornou ao país, após o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Ao menos 19 pessoas morreram, mais de 2 mil foram presas e o próprio presidente, Sebastián Piñera, declarou que o país estava “em guerra”. Veja abaixo o que está acontecendo.

Manifestações foram convocadas inicialmente em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago Foto: Rodrigo Garrido / Reuters

• Como os protestos começaram?

As manifestações foram convocadas inicialmente pelas redes sociais em razão do aumento do preço das passagens de metrô em Santiago. O valor passaria de 800 pesos para 830 pesos (cerca de R$ 4,80). Tamanho reajuste não era visto no país desde 2010. O governo justificou a medida pela alta do preço do petróleo e do dólar, além da modernização do sistema de transporte. Mas os movimentos acabaram sendo ampliados pelo descontentamento da população com questões como saúde, educação, moradia e aposentadorias.

• Por que o governo decretou estado de emergência?

Com o anúncio da medida de Piñera, diversos protestos tomaram conta de Santiago. As manifestações evoluíram para episódios de violência, incluindo ataques a estações de metrô, saques a lojas e incêndios. A situação levou o presidente a decretar estado de emergência. Inicialmente, ele contemplou apenas as províncias de Santiago e Chacabuco, e as cidades de Puente Alto e San Bernardo. Mas depois foi ampliado para as áreas de Valparaíso, no centro do país, e a província de Concepción, no sul.

• Diante do caos, o que fez Piñera?

Mesmo sob estado de emergência, novos confrontos foram registrados no sábado, 19, entre manifestante e a polícia do Chile, e militares e tanques do Exército foram enviados às ruas da capital para tentar conter a situação. Os movimentos também ocorreram em outras regiões, como Valparaíso e Viña del Mar. Diante da situação, Piñera anunciou a suspensão do aumento das passagens de metrô em Santiago, onde ainda decretou toque de recolher.

Seu navegador não suporta esse video.

O Chile está ‘em guerra’, afirmou o presidente Sebastián Piñera, depois que o país foi abalado por três dias de manifestações violentas e saques que deixaram pelo menos sete mortos e quase 1.500 detidos.

• Há mortes?

Mesmo com o decreto de Piñera, os protestos continuaram pelo país. Um supermercado e uma loja de roupas foram saqueados e incendiados. Na ocasião, sete pessoas morreram. Um dos sobreviventes teve 75% do corpo queimado. No dia seguinte, o ministro do Interior, Andrés Chadwick, informou que o número havia subido para 11 mortos, sendo que 10 pessoas morreram queimadas e uma foi baleada por militares.

Mais tarde, um homem que participava de um saque foi atropelado por um veículo das forças armadas ao tentar fugir do local em Talcahuano, disse o chefe do estado de emergência em Concepción, 500 km ao sul de Santiago. Nesta terça-feira, 22, as autoridades informaram que mais duas pessoas morreram baleadas nas cidades de La Serena e Coquimbo. Além disso, outro corpo foi encontrado perto de Curicó - não há detalhes sobre o caso, mas a Promotoria regional acredita que a vítima morreu baleada por um membro do Exército.

Seu navegador não suporta esse video.

O governo chileno decretou 'estado de emergência', neste sábado, e ordenou a presença de militares nas ruas da capital após os violentos protestos registrados na véspera. O presidente chileno, Sebatián Piñera, fez um anúncio oficial à população.

Segundo Chadwick, houve 70 “incidentes sérios de violência” somente no domingo, incluindo saques a 40 supermercados e outros pontos comerciais.

• A violência cessou?

Os confrontos voltaram a ocorrer em vários pontos de Santiago e as autoridades decretaram toque de recolher, em meio ao estado de emergência. Até o momento, 1.462 pessoas foram detidas nas manifestações. O centro da capital se tornou um cenário de destruição: semáforos no chão, ônibus queimados, lojas saqueadas e destroços nas ruas.

Protestos no Chile

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Mais um dia de caos

Foto: Pablo Vera/AFP
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Saques ao comércio

Foto: Esteban Felix/AP
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Após noite violenta...

Foto: EFE/Esteban Garay
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Segurança nas ruas

Foto: REUTERS/Edgard Garrido
5 | 15

Escalada da violência

Foto: CLAUDIO REYES / AFP
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Quebra-quebra e mortes no Chile

Foto: REUTERS/Ivan Alvarado
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3º dia de protestos

Foto: Martin BERNETTI / AFP
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Aumento no preço

Foto: Ramon Monroy/ Reuters
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Onda de protestos

Foto: Pablo Vera /AFP
10 | 15

Segurança

Foto: Pablo Vera/AFP
11 | 15

Incêndio no metrô

Foto: Alberto Pena/Efe
12 | 15

Santiago vive mais um dia de protestos

Foto: Martin Barnetti/AFP
13 | 15

Violência na capital chilena

14 | 15

Mortes em incêndio

Foto: Pablo Vera/ AFP
15 | 15

Protestos no Chile

Foto: REUTERS/Carlos Vera

• Como está a situação nos aeroportos?

No domingo, milhares de pessoas ficaram presas no aeroporto de Santiago após as companhias aéreas anunciarem atrasos e cancelamentos. Os corredores do principal terminal aéreo chileno foram transformados em dormitórios. Sem comida ou água e sem poder sair do local em razão do toque de recolher e da falta de transportes, os passageiros esperavam pacientemente para ver se os itinerários seriam alterados.

• "Fora, militares"

No dia 21, as manifestações recomeçaram aos gritos de "Fora, militares". Quase todas as escolas e universidades da capital suspenderam as aulas. O transporte público seguiu ainda bastante alterado. Longas filas se formaram em postos de gasolina e supermercados.

Piñera convocou uma reunião para o dia seguinte com os partidos políticos, para tentar alcançar um "pacto social".

Seu navegador não suporta esse video.

Manifestantes bloqueiam estrada no Deserto do Atacama, Chile, no dia 21 de outubro

• Medidas sociais sem efeito

No dia 22, apesar do pedido de "perdão" do presidente e do anúncio de um pacote de medidas sociais – aumento das pensões mais baixas, congelamento das tarifas de eletricidade –, a insatisfação social não diminui. Os principais sindicatos e movimentos sociais do país convocaram uma greve geral.

• Greve geral

No dia 23, primeiro dia de greve, as manifestações continuaram em várias cidades do Chile. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Santiago, exigindo o fim das medidas de exceção e que "os militares voltem para o quartel". A multidão também exige respostas para a pior crise social do país em 30 anos.

O movimento é acompanhado pelos poderosos sindicatos das minas de cobre – o país é o principal produtor mundial desta commodity –, do pessoal da saúde e do setor portuário. O governo apelou à reserva militar para apoiar os 20.000 homens já mobilizados nas ruas.

• Fim do toque de recolher

No dia 24, as greves e manifestações continuaram. Piñera anuncia um plano para encerrar o toque de recolher e pôr fim ao estado de emergência.

Desde o início do movimento, 19 pessoas morreram, incluindo uma criança de 4 anos, e 584 ficaram feridas, como resultado dos distúrbios que também levaram a centenas de detenções, de acordo com relatório do Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI).  / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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