Guru de Putin pede ‘mais do que apenas vingança’ após morte da filha em explosão de carro


Nacionalista russo emitiu uma declaração pedindo a ‘vitória militar’ como vingança – uma exortação que poderia levar a uma escalada na guerra na Ucrânia

Por Redação

MOSCOU - Alexander Dugin, considerado o ideólogo do presidente russo, Vladimir Putin, pediu “mais do que apenas vingança ou retribuição” depois que sua filha Daria Dugina foi morta em uma explosão de carro no sábado, 20. O Serviço Federal de Segurança da Rússia, o FSB, culpou a Ucrânia nesta segunda-feira pela morte de Dugina.

O nacionalista russo e fervoroso aliado de Putin emitiu uma declaração pedindo a “vitória militar” como vingança – uma exortação que poderia levar a uma escalada na guerra na Ucrânia.

“Nossos corações anseiam por mais do que apenas vingança ou retribuição”, disse Dugin no comunicado. “É muito pequeno, não é o estilo russo. Só precisamos da nossa Vitória. Minha filha colocou sua própria vida em seu altar. Então vença, por favor!”

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Em imagem de arquivo, Alexander Dugin discursa durante a manifestação 'Batalha pelo Donbas' e apoio aos rebeldes pró-Rússia nas regiões do leste da Ucrânia Foto: Moscow News Agendy/Reuters - 18/10/2014

Na declaração, que retratou os russos como vítimas e não como agressores e invasores perpetrando uma guerra na Ucrânia, Dugin chamou o atentado contra sua filha de “um ataque terrorista realizado pelo regime nazista ucraniano”.

A Ucrânia negou envolvimento no assassinato de Dugina, editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA. Kiev também alertou sobre um aumento nos ataques russos a cidades ucranianas antes do Dia da Independência do país, na quarta-feira, que coincide com o aniversário de seis meses dos combates.

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Logo após a declaração do FSB, Dugin repetiu suas alegações em seus primeiros comentários desde a explosão. “Os inimigos da Rússia a mataram furtivamente”, disse Dugin, no comunicado, que também elogiou sua filha como patriota e filósofa. “Mas nós, nosso povo, não podemos ser quebrados nem por golpes tão insuportáveis. Eles queriam esmagar nossa vontade com terror sangrento contra os melhores e mais vulneráveis de nós. Mas eles não vão.”

A declaração de Dugin foi divulgada na forma de uma carta compartilhada por Konstantin Malofeev, proprietário de um canal de TV nacionalista e cristão ortodoxo, Tsargrad, no qual Dugin é editor-chefe. O ideólogo disse que a morte de Dugina deveria “inspirar” soldados russos a continuar o ataque na Ucrânia.

Putin enviou a Dugin uma carta de condolências dizendo que a morte de sua filha foi resultado de “um crime vil e cruel”, segundo o Kremlin, que publicou o texto.

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Dugina era editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA  Foto: Tsargrad.tv/Handout via Reuters -

“Jornalista, cientista, filósofa, correspondente de guerra, ela serviu honestamente ao povo, à Pátria, e por meio de suas ações provou o que significa ser patriota da Rússia”, disse Putin em sua mensagem de condolências.

Dugina, de 29 anos, estava dirigindo o carro de seu pai após deixar um festival nos arredores de Moscou que ambos participaram quando a explosão ocorreu, envolvendo o carro. Alguns analistas externos e amigos da família suspeitam que Dugin, um ideólogo que ajudou a moldar a narrativa do Kremlin sobre a Ucrânia, era o verdadeiro alvo. Dugina também apoiou fortemente a guerra de Putin contra a Ucrânia.

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O FSB afirmou que a explosão foi orquestrada por “serviços especiais ucranianos” e realizada por uma mulher ucraniana que supostamente realizou semanas de vigilância antes do atentado e depois fugiu para a Estônia com sua filha.

Tensões

Segundo o FSB, a ucraniana e sua filha participaram do mesmo festival e estavam alugando um apartamento em Moscou perto de onde Dugina morava. Mais tarde, as autoridades russas divulgaram um vídeo supostamente mostrando a mulher que acusam de assassinato e uma criança entrando na Rússia de carro, em um Mini Cooper, em 23 de julho, e dirigindo por vários locais em Moscou.

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A alegação de que a mulher escapou para a Estônia ocorre em meio a tensões entre Moscou e Talín sobre o recente anúncio do governo estoniano de que removeria centenas de monumentos soviéticos, além de negar a entrada de russos com vistos Schengen emitidos pela Estônia.

Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Estônia, Liisa Toots, disse que não era apropriado discutir se a mulher ucraniana e sua filha identificadas pelo FSB entraram no país após deixar a Rússia.

Flores e velas são colocadas ao lado de uma fotografia de Daria Dugina, morta em um ataque com carro-bomba, em Moscou  Foto: Maxim Shemetov/Reuters - 22/08/2022
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“Podemos compartilhar informações sobre os indivíduos que entram ou saem da Estônia apenas nos casos previstos por lei”, disse Toots em resposta a perguntas enviadas por e-mail. “A acusação do FSB russo, que chegou até nós pelo canal de propaganda do Kremlin, não é uma delas.”

O Comitê de Investigação da Rússia está investigando a explosão e tratando o caso como assassinato./WPOST

MOSCOU - Alexander Dugin, considerado o ideólogo do presidente russo, Vladimir Putin, pediu “mais do que apenas vingança ou retribuição” depois que sua filha Daria Dugina foi morta em uma explosão de carro no sábado, 20. O Serviço Federal de Segurança da Rússia, o FSB, culpou a Ucrânia nesta segunda-feira pela morte de Dugina.

O nacionalista russo e fervoroso aliado de Putin emitiu uma declaração pedindo a “vitória militar” como vingança – uma exortação que poderia levar a uma escalada na guerra na Ucrânia.

“Nossos corações anseiam por mais do que apenas vingança ou retribuição”, disse Dugin no comunicado. “É muito pequeno, não é o estilo russo. Só precisamos da nossa Vitória. Minha filha colocou sua própria vida em seu altar. Então vença, por favor!”

Em imagem de arquivo, Alexander Dugin discursa durante a manifestação 'Batalha pelo Donbas' e apoio aos rebeldes pró-Rússia nas regiões do leste da Ucrânia Foto: Moscow News Agendy/Reuters - 18/10/2014

Na declaração, que retratou os russos como vítimas e não como agressores e invasores perpetrando uma guerra na Ucrânia, Dugin chamou o atentado contra sua filha de “um ataque terrorista realizado pelo regime nazista ucraniano”.

A Ucrânia negou envolvimento no assassinato de Dugina, editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA. Kiev também alertou sobre um aumento nos ataques russos a cidades ucranianas antes do Dia da Independência do país, na quarta-feira, que coincide com o aniversário de seis meses dos combates.

Logo após a declaração do FSB, Dugin repetiu suas alegações em seus primeiros comentários desde a explosão. “Os inimigos da Rússia a mataram furtivamente”, disse Dugin, no comunicado, que também elogiou sua filha como patriota e filósofa. “Mas nós, nosso povo, não podemos ser quebrados nem por golpes tão insuportáveis. Eles queriam esmagar nossa vontade com terror sangrento contra os melhores e mais vulneráveis de nós. Mas eles não vão.”

A declaração de Dugin foi divulgada na forma de uma carta compartilhada por Konstantin Malofeev, proprietário de um canal de TV nacionalista e cristão ortodoxo, Tsargrad, no qual Dugin é editor-chefe. O ideólogo disse que a morte de Dugina deveria “inspirar” soldados russos a continuar o ataque na Ucrânia.

Putin enviou a Dugin uma carta de condolências dizendo que a morte de sua filha foi resultado de “um crime vil e cruel”, segundo o Kremlin, que publicou o texto.

Dugina era editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA  Foto: Tsargrad.tv/Handout via Reuters -

“Jornalista, cientista, filósofa, correspondente de guerra, ela serviu honestamente ao povo, à Pátria, e por meio de suas ações provou o que significa ser patriota da Rússia”, disse Putin em sua mensagem de condolências.

Dugina, de 29 anos, estava dirigindo o carro de seu pai após deixar um festival nos arredores de Moscou que ambos participaram quando a explosão ocorreu, envolvendo o carro. Alguns analistas externos e amigos da família suspeitam que Dugin, um ideólogo que ajudou a moldar a narrativa do Kremlin sobre a Ucrânia, era o verdadeiro alvo. Dugina também apoiou fortemente a guerra de Putin contra a Ucrânia.

O FSB afirmou que a explosão foi orquestrada por “serviços especiais ucranianos” e realizada por uma mulher ucraniana que supostamente realizou semanas de vigilância antes do atentado e depois fugiu para a Estônia com sua filha.

Tensões

Segundo o FSB, a ucraniana e sua filha participaram do mesmo festival e estavam alugando um apartamento em Moscou perto de onde Dugina morava. Mais tarde, as autoridades russas divulgaram um vídeo supostamente mostrando a mulher que acusam de assassinato e uma criança entrando na Rússia de carro, em um Mini Cooper, em 23 de julho, e dirigindo por vários locais em Moscou.

A alegação de que a mulher escapou para a Estônia ocorre em meio a tensões entre Moscou e Talín sobre o recente anúncio do governo estoniano de que removeria centenas de monumentos soviéticos, além de negar a entrada de russos com vistos Schengen emitidos pela Estônia.

Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Estônia, Liisa Toots, disse que não era apropriado discutir se a mulher ucraniana e sua filha identificadas pelo FSB entraram no país após deixar a Rússia.

Flores e velas são colocadas ao lado de uma fotografia de Daria Dugina, morta em um ataque com carro-bomba, em Moscou  Foto: Maxim Shemetov/Reuters - 22/08/2022

“Podemos compartilhar informações sobre os indivíduos que entram ou saem da Estônia apenas nos casos previstos por lei”, disse Toots em resposta a perguntas enviadas por e-mail. “A acusação do FSB russo, que chegou até nós pelo canal de propaganda do Kremlin, não é uma delas.”

O Comitê de Investigação da Rússia está investigando a explosão e tratando o caso como assassinato./WPOST

MOSCOU - Alexander Dugin, considerado o ideólogo do presidente russo, Vladimir Putin, pediu “mais do que apenas vingança ou retribuição” depois que sua filha Daria Dugina foi morta em uma explosão de carro no sábado, 20. O Serviço Federal de Segurança da Rússia, o FSB, culpou a Ucrânia nesta segunda-feira pela morte de Dugina.

O nacionalista russo e fervoroso aliado de Putin emitiu uma declaração pedindo a “vitória militar” como vingança – uma exortação que poderia levar a uma escalada na guerra na Ucrânia.

“Nossos corações anseiam por mais do que apenas vingança ou retribuição”, disse Dugin no comunicado. “É muito pequeno, não é o estilo russo. Só precisamos da nossa Vitória. Minha filha colocou sua própria vida em seu altar. Então vença, por favor!”

Em imagem de arquivo, Alexander Dugin discursa durante a manifestação 'Batalha pelo Donbas' e apoio aos rebeldes pró-Rússia nas regiões do leste da Ucrânia Foto: Moscow News Agendy/Reuters - 18/10/2014

Na declaração, que retratou os russos como vítimas e não como agressores e invasores perpetrando uma guerra na Ucrânia, Dugin chamou o atentado contra sua filha de “um ataque terrorista realizado pelo regime nazista ucraniano”.

A Ucrânia negou envolvimento no assassinato de Dugina, editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA. Kiev também alertou sobre um aumento nos ataques russos a cidades ucranianas antes do Dia da Independência do país, na quarta-feira, que coincide com o aniversário de seis meses dos combates.

Logo após a declaração do FSB, Dugin repetiu suas alegações em seus primeiros comentários desde a explosão. “Os inimigos da Rússia a mataram furtivamente”, disse Dugin, no comunicado, que também elogiou sua filha como patriota e filósofa. “Mas nós, nosso povo, não podemos ser quebrados nem por golpes tão insuportáveis. Eles queriam esmagar nossa vontade com terror sangrento contra os melhores e mais vulneráveis de nós. Mas eles não vão.”

A declaração de Dugin foi divulgada na forma de uma carta compartilhada por Konstantin Malofeev, proprietário de um canal de TV nacionalista e cristão ortodoxo, Tsargrad, no qual Dugin é editor-chefe. O ideólogo disse que a morte de Dugina deveria “inspirar” soldados russos a continuar o ataque na Ucrânia.

Putin enviou a Dugin uma carta de condolências dizendo que a morte de sua filha foi resultado de “um crime vil e cruel”, segundo o Kremlin, que publicou o texto.

Dugina era editora-chefe de um site de desinformação russo que estava sob sanções dos EUA  Foto: Tsargrad.tv/Handout via Reuters -

“Jornalista, cientista, filósofa, correspondente de guerra, ela serviu honestamente ao povo, à Pátria, e por meio de suas ações provou o que significa ser patriota da Rússia”, disse Putin em sua mensagem de condolências.

Dugina, de 29 anos, estava dirigindo o carro de seu pai após deixar um festival nos arredores de Moscou que ambos participaram quando a explosão ocorreu, envolvendo o carro. Alguns analistas externos e amigos da família suspeitam que Dugin, um ideólogo que ajudou a moldar a narrativa do Kremlin sobre a Ucrânia, era o verdadeiro alvo. Dugina também apoiou fortemente a guerra de Putin contra a Ucrânia.

O FSB afirmou que a explosão foi orquestrada por “serviços especiais ucranianos” e realizada por uma mulher ucraniana que supostamente realizou semanas de vigilância antes do atentado e depois fugiu para a Estônia com sua filha.

Tensões

Segundo o FSB, a ucraniana e sua filha participaram do mesmo festival e estavam alugando um apartamento em Moscou perto de onde Dugina morava. Mais tarde, as autoridades russas divulgaram um vídeo supostamente mostrando a mulher que acusam de assassinato e uma criança entrando na Rússia de carro, em um Mini Cooper, em 23 de julho, e dirigindo por vários locais em Moscou.

A alegação de que a mulher escapou para a Estônia ocorre em meio a tensões entre Moscou e Talín sobre o recente anúncio do governo estoniano de que removeria centenas de monumentos soviéticos, além de negar a entrada de russos com vistos Schengen emitidos pela Estônia.

Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Estônia, Liisa Toots, disse que não era apropriado discutir se a mulher ucraniana e sua filha identificadas pelo FSB entraram no país após deixar a Rússia.

Flores e velas são colocadas ao lado de uma fotografia de Daria Dugina, morta em um ataque com carro-bomba, em Moscou  Foto: Maxim Shemetov/Reuters - 22/08/2022

“Podemos compartilhar informações sobre os indivíduos que entram ou saem da Estônia apenas nos casos previstos por lei”, disse Toots em resposta a perguntas enviadas por e-mail. “A acusação do FSB russo, que chegou até nós pelo canal de propaganda do Kremlin, não é uma delas.”

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