De Beirute a Nova York

O Brasil é aliado, amigo, rival ou inimigo dos EUA?


Os Estados Unidos, como todos os países, possuem aliados, amigos, rivais e inimigos. Já escrevi aqui sobre este tema no passado, mas volto hoje com a visita da presidente Dilma Rousseff a Nova York e Washington, onde se encontrará com Barack Obama. Há, claro, alguns casos em que um país pode ser duas das qualificações acima.

Por gustavochacra

Aliados, por exemplo, são Israel, México, Japão, Reino Unido e Arábia Saudita. Mas, enquanto os israelenses, mexicanos, japoneses e britânicos são também amigos, os sauditas devem ser classificados apenas como aliados. Não há necessariamente amizade. O mesmo se aplica ao Paquistão.

Amigos, por outro lado, são nações que possuem boas relações com os EUA, sem necessariamente serem aliados. O Uruguai e a Noruega, entre vários outros, são exemplos de amigos.

Os rivais clássicos dos EUA são a China e a Rússia. Mas, em alguns casos, países aliados, como a França, podem ser rivais, como no caso da venda de caças e em zonas de influência na África e no Oriente Médio.

continua após a publicidade

Os inimigos dos EUA podem tanto ser rivais como não. O Irã e a Coreia do Norte são inimigos americanos, mas não podem ser classificados como rivais. Os iranianos, talvez, em uma escala menor, na disputa por influência em Bagdá, embora ambos apoiem o mesmo lado.

E o Brasil? O Brasil é amigo dos EUA. Todas as pessoas sérias em Brasília e Washington sabem disso. Aliado? Em alguns temas globais, sem dúvida. Mas nada próximo da aliança americana com os britânicos. Rival? Em uma escala menor, na América Latina. E inimigo? Certamente não.

O importante, na visita de Dilma, não é, portanto, estreitar a amizade. Mas estreitar uma aliança entre os dois países, deixando de lado uma rivalidade inútil.

continua após a publicidade

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus.

Aliados, por exemplo, são Israel, México, Japão, Reino Unido e Arábia Saudita. Mas, enquanto os israelenses, mexicanos, japoneses e britânicos são também amigos, os sauditas devem ser classificados apenas como aliados. Não há necessariamente amizade. O mesmo se aplica ao Paquistão.

Amigos, por outro lado, são nações que possuem boas relações com os EUA, sem necessariamente serem aliados. O Uruguai e a Noruega, entre vários outros, são exemplos de amigos.

Os rivais clássicos dos EUA são a China e a Rússia. Mas, em alguns casos, países aliados, como a França, podem ser rivais, como no caso da venda de caças e em zonas de influência na África e no Oriente Médio.

Os inimigos dos EUA podem tanto ser rivais como não. O Irã e a Coreia do Norte são inimigos americanos, mas não podem ser classificados como rivais. Os iranianos, talvez, em uma escala menor, na disputa por influência em Bagdá, embora ambos apoiem o mesmo lado.

E o Brasil? O Brasil é amigo dos EUA. Todas as pessoas sérias em Brasília e Washington sabem disso. Aliado? Em alguns temas globais, sem dúvida. Mas nada próximo da aliança americana com os britânicos. Rival? Em uma escala menor, na América Latina. E inimigo? Certamente não.

O importante, na visita de Dilma, não é, portanto, estreitar a amizade. Mas estreitar uma aliança entre os dois países, deixando de lado uma rivalidade inútil.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus.

Aliados, por exemplo, são Israel, México, Japão, Reino Unido e Arábia Saudita. Mas, enquanto os israelenses, mexicanos, japoneses e britânicos são também amigos, os sauditas devem ser classificados apenas como aliados. Não há necessariamente amizade. O mesmo se aplica ao Paquistão.

Amigos, por outro lado, são nações que possuem boas relações com os EUA, sem necessariamente serem aliados. O Uruguai e a Noruega, entre vários outros, são exemplos de amigos.

Os rivais clássicos dos EUA são a China e a Rússia. Mas, em alguns casos, países aliados, como a França, podem ser rivais, como no caso da venda de caças e em zonas de influência na África e no Oriente Médio.

Os inimigos dos EUA podem tanto ser rivais como não. O Irã e a Coreia do Norte são inimigos americanos, mas não podem ser classificados como rivais. Os iranianos, talvez, em uma escala menor, na disputa por influência em Bagdá, embora ambos apoiem o mesmo lado.

E o Brasil? O Brasil é amigo dos EUA. Todas as pessoas sérias em Brasília e Washington sabem disso. Aliado? Em alguns temas globais, sem dúvida. Mas nada próximo da aliança americana com os britânicos. Rival? Em uma escala menor, na América Latina. E inimigo? Certamente não.

O importante, na visita de Dilma, não é, portanto, estreitar a amizade. Mas estreitar uma aliança entre os dois países, deixando de lado uma rivalidade inútil.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco são permitidos ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, na Rádio Estadão, na TV Estadão, no Estadão Noite no tablet, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor), no Instagram e no Google Plus.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.