De Beirute a Nova York

Quem serão os republicanos anti-Trump mais importantes?


Os republicanos possuem maioria no Senado em Washington. Mas isso não significa que Donald Trump terá o apoio de todos os 51 senadores (em breve 52) para aprovar todas as suas medidas, especialmente em política externa. Na verdade, o futuro presidente terá ao menos quatro senadores que tendem a se posicionar contra ele em muitos temas

Por gustavochacra

1) Primeiro, os senadores John McCain e Lindsey Graham. Ambos, veteranos no Senado, não votaram em Trump para presidente apesar de serem republicanos. Graham talvez tenha sido uma das figuras políticas mais críticas de Trump - mais até do que democratas. E, assim como McCain, discorda de uma aproximação do futuro presidente com a Rússia e de muitas de suas propostas em política externa.

2) Em segundo lugar, há o senador Rand Paul. Também republicano, mas de viés libertário, ele já deixou claro que fará o possível para impedir, por exemplo, que Rudolph Giuliani seja secretário de Estado. Ambicioso e recém reeleito para o Senado, quer ser presidente no futuro. Suas ideias libertárias são o oposto do que pregou Trump na campanha. Certamente, tentará comprar uma briga com o ocupante da Casa Branca.

3) Terceiro, o jovem carismático senador Bob Sasse, um dos líderes do movimento Never Trump dentro do Partido Republicano. Ao lado de Graham, foi o mais aberto crítico do futuro presidente na campanha, fazendo uma série de comícios para condenar a candidatura. Conservador tradicional e pró-livre comércio, repudia muitas das propostas nativistas e populistas de Trump.

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4) Além destes quatro e de outros senadores republicanos menos conhecidos, ainda temos de observar como agirão o ultra-conservador Ted Cruz e Marco Rubio. Os dois foram inimigos abertos de Trump nas primárias e defendem políticas diferentes do novo presidente. No fim, apoiaram, com ressalvas, Trump (por isso não os incluí entre o grupo que certamente brigará com o futuro presidente).

E não será simples para Trump conseguir o apoio de alguns destes senadores sem se afastar ainda mais de outros. Se optar por uma política externa isolacionista, pode ganhar a simpatia de Rand Paul, mas será atacado por McCain, Graham e Rubio. Caso faça o oposto, baterá de frente com Paul e outros libertários.

Há muitas nuances que precisam ser observadas. E, insisto, ainda é cedo para saber quem terá influência em um governo Trump. Lembrem que George W. Bush, embora tivesse os competentes Colin Powell e Condoleezza Rice nos cargos de secretário de Estado e assessora de segurança nacional em seu primeiro mandato, acabou sendo dominado pelo seu vice, Dick Cheney, e pelo seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, se aventurando em uma invasão no Iraque quando o foco deveria ter sido apenas combater a Al Qaeda no Afeganistão.

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Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

Comentários na minha página no Facebook. Peço que evitem comentários islamofóbicos, antissemitas, anticristãos e antiárabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores. Também evitem ataques entre leitores ou contra o blogueiro.Não postem vídeos ou textos de terceiros. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a minha opinião e não tenho condições de monitorar todos os comentários Acompanhe também meus comentários no Globo News Em Pauta, no Twitter @gugachacra , no Facebook Guga Chacra (me adicionem como seguidor) e no Instagram

1) Primeiro, os senadores John McCain e Lindsey Graham. Ambos, veteranos no Senado, não votaram em Trump para presidente apesar de serem republicanos. Graham talvez tenha sido uma das figuras políticas mais críticas de Trump - mais até do que democratas. E, assim como McCain, discorda de uma aproximação do futuro presidente com a Rússia e de muitas de suas propostas em política externa.

2) Em segundo lugar, há o senador Rand Paul. Também republicano, mas de viés libertário, ele já deixou claro que fará o possível para impedir, por exemplo, que Rudolph Giuliani seja secretário de Estado. Ambicioso e recém reeleito para o Senado, quer ser presidente no futuro. Suas ideias libertárias são o oposto do que pregou Trump na campanha. Certamente, tentará comprar uma briga com o ocupante da Casa Branca.

3) Terceiro, o jovem carismático senador Bob Sasse, um dos líderes do movimento Never Trump dentro do Partido Republicano. Ao lado de Graham, foi o mais aberto crítico do futuro presidente na campanha, fazendo uma série de comícios para condenar a candidatura. Conservador tradicional e pró-livre comércio, repudia muitas das propostas nativistas e populistas de Trump.

4) Além destes quatro e de outros senadores republicanos menos conhecidos, ainda temos de observar como agirão o ultra-conservador Ted Cruz e Marco Rubio. Os dois foram inimigos abertos de Trump nas primárias e defendem políticas diferentes do novo presidente. No fim, apoiaram, com ressalvas, Trump (por isso não os incluí entre o grupo que certamente brigará com o futuro presidente).

E não será simples para Trump conseguir o apoio de alguns destes senadores sem se afastar ainda mais de outros. Se optar por uma política externa isolacionista, pode ganhar a simpatia de Rand Paul, mas será atacado por McCain, Graham e Rubio. Caso faça o oposto, baterá de frente com Paul e outros libertários.

Há muitas nuances que precisam ser observadas. E, insisto, ainda é cedo para saber quem terá influência em um governo Trump. Lembrem que George W. Bush, embora tivesse os competentes Colin Powell e Condoleezza Rice nos cargos de secretário de Estado e assessora de segurança nacional em seu primeiro mandato, acabou sendo dominado pelo seu vice, Dick Cheney, e pelo seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, se aventurando em uma invasão no Iraque quando o foco deveria ter sido apenas combater a Al Qaeda no Afeganistão.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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1) Primeiro, os senadores John McCain e Lindsey Graham. Ambos, veteranos no Senado, não votaram em Trump para presidente apesar de serem republicanos. Graham talvez tenha sido uma das figuras políticas mais críticas de Trump - mais até do que democratas. E, assim como McCain, discorda de uma aproximação do futuro presidente com a Rússia e de muitas de suas propostas em política externa.

2) Em segundo lugar, há o senador Rand Paul. Também republicano, mas de viés libertário, ele já deixou claro que fará o possível para impedir, por exemplo, que Rudolph Giuliani seja secretário de Estado. Ambicioso e recém reeleito para o Senado, quer ser presidente no futuro. Suas ideias libertárias são o oposto do que pregou Trump na campanha. Certamente, tentará comprar uma briga com o ocupante da Casa Branca.

3) Terceiro, o jovem carismático senador Bob Sasse, um dos líderes do movimento Never Trump dentro do Partido Republicano. Ao lado de Graham, foi o mais aberto crítico do futuro presidente na campanha, fazendo uma série de comícios para condenar a candidatura. Conservador tradicional e pró-livre comércio, repudia muitas das propostas nativistas e populistas de Trump.

4) Além destes quatro e de outros senadores republicanos menos conhecidos, ainda temos de observar como agirão o ultra-conservador Ted Cruz e Marco Rubio. Os dois foram inimigos abertos de Trump nas primárias e defendem políticas diferentes do novo presidente. No fim, apoiaram, com ressalvas, Trump (por isso não os incluí entre o grupo que certamente brigará com o futuro presidente).

E não será simples para Trump conseguir o apoio de alguns destes senadores sem se afastar ainda mais de outros. Se optar por uma política externa isolacionista, pode ganhar a simpatia de Rand Paul, mas será atacado por McCain, Graham e Rubio. Caso faça o oposto, baterá de frente com Paul e outros libertários.

Há muitas nuances que precisam ser observadas. E, insisto, ainda é cedo para saber quem terá influência em um governo Trump. Lembrem que George W. Bush, embora tivesse os competentes Colin Powell e Condoleezza Rice nos cargos de secretário de Estado e assessora de segurança nacional em seu primeiro mandato, acabou sendo dominado pelo seu vice, Dick Cheney, e pelo seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, se aventurando em uma invasão no Iraque quando o foco deveria ter sido apenas combater a Al Qaeda no Afeganistão.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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1) Primeiro, os senadores John McCain e Lindsey Graham. Ambos, veteranos no Senado, não votaram em Trump para presidente apesar de serem republicanos. Graham talvez tenha sido uma das figuras políticas mais críticas de Trump - mais até do que democratas. E, assim como McCain, discorda de uma aproximação do futuro presidente com a Rússia e de muitas de suas propostas em política externa.

2) Em segundo lugar, há o senador Rand Paul. Também republicano, mas de viés libertário, ele já deixou claro que fará o possível para impedir, por exemplo, que Rudolph Giuliani seja secretário de Estado. Ambicioso e recém reeleito para o Senado, quer ser presidente no futuro. Suas ideias libertárias são o oposto do que pregou Trump na campanha. Certamente, tentará comprar uma briga com o ocupante da Casa Branca.

3) Terceiro, o jovem carismático senador Bob Sasse, um dos líderes do movimento Never Trump dentro do Partido Republicano. Ao lado de Graham, foi o mais aberto crítico do futuro presidente na campanha, fazendo uma série de comícios para condenar a candidatura. Conservador tradicional e pró-livre comércio, repudia muitas das propostas nativistas e populistas de Trump.

4) Além destes quatro e de outros senadores republicanos menos conhecidos, ainda temos de observar como agirão o ultra-conservador Ted Cruz e Marco Rubio. Os dois foram inimigos abertos de Trump nas primárias e defendem políticas diferentes do novo presidente. No fim, apoiaram, com ressalvas, Trump (por isso não os incluí entre o grupo que certamente brigará com o futuro presidente).

E não será simples para Trump conseguir o apoio de alguns destes senadores sem se afastar ainda mais de outros. Se optar por uma política externa isolacionista, pode ganhar a simpatia de Rand Paul, mas será atacado por McCain, Graham e Rubio. Caso faça o oposto, baterá de frente com Paul e outros libertários.

Há muitas nuances que precisam ser observadas. E, insisto, ainda é cedo para saber quem terá influência em um governo Trump. Lembrem que George W. Bush, embora tivesse os competentes Colin Powell e Condoleezza Rice nos cargos de secretário de Estado e assessora de segurança nacional em seu primeiro mandato, acabou sendo dominado pelo seu vice, Dick Cheney, e pelo seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, se aventurando em uma invasão no Iraque quando o foco deveria ter sido apenas combater a Al Qaeda no Afeganistão.

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