O grupo terrorista Hamas anunciou neste domingo, 14, a decisão de pôr fim às negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. A “falta de seriedade” e os “massacres” de Israel, foram os principais motivos para a suspensão, segundo disse um dos altos dirigentes do grupo à agência AFP. Na última semana, 90 pessoas morreram após um ataque israelense que atingiu uma área designada como “zona humanitária”, no sul da Faixa de Gaza.
O alvo seria um dos comandantes do Hamas, Mohammed Deif, que, segundo informações divulgadas pela AFP, está vivo. Deif está no topo da lista dos mais procurados por Israel há anos e acredita-se que tenha escapado de várias tentativas de assassinato israelenses no passado.
Autoridades israelenses disseram que o ataque também tinha como alvo outro importante líder do Hamas, Rafa Salama, que não foi mencionado pelos dirigentes do grupo ouvidos pela AFP.
Israel lançou sua campanha em Gaza após o ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual os terroristas invadiram o sul de Israel, mataram cerca de 1,2 mil pessoas (a maioria civis) e sequestraram cerca de 250.
Desde então, as ofensivas terrestres e os bombardeios israelenses mataram mais de 38,3 mil pessoas em Gaza e feriram mais de 88 mil, segundo o Ministério da Saúde do território. O ministério não faz distinção entre combatentes e civis em sua contagem. Mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram expulsos de suas casas, e a maioria está agora amontoada em acampamentos em condições miseráveis, enfrentando fome generalizada. /AFP